The Faberry Mission escrita por Jubileep


Capítulo 27
Capítulo 27 - Invasão


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoinhas! ♥ Voltei no prazo certo, como prometido. O próximo capítulo vai sair dia 11, mas eu quero pedir algo pra vocês do fundo do meu coração: comentem. Eu sei que fui uma autora meio babaca nos capítulos anteriores, demorando bastante pra postar, mas estou escrevendo sempre que posso e estou tendo programar os capítulos pra não correr o risco de vocês ficarem sem. Então, quem é fantasminha, apareça, por favorzin, os comentários me motivam MUITO! :D



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O plano mirabolante de Rachel Berry era invadir o escritório de Sue Sylvester à noite e achar em seu computador ou em meio às suas papeladas sua lista de músicas preferidas, ou então qualquer outra coisa que denunciasse suas preferências e seus gostos. Se o clube do coral cantasse algo que lhe agradasse talvez a treinadora, e então jurada, não lhes deixasse como último lugar – talvez ela até começasse a simpatizar com eles, ou então os odiasse ainda mais.

No entanto, a baixinha claramente não entendia muito de invasões, sempre sendo um desastre quando arriscava tal coisa. Tina Cohen-Chang servira como uma luva em sua missão, e com a ajudinha da asiática Rachel seria vista como a salvadora do ND, uma líder de verdade – bem mais do que Quinn Fabray.

Já não bastava esconder seu amor pela loira, agora chegara a um ponto que tornara aquilo tudo em uma competição – sem imaginar que a Cheerio só estava engajada nos cupcakes para lhe mostrar o quão melhor do que Finn ela era.

Fabray não queria tirar Rachel da liderança do clube, mas sim Finn. O orgulho e o egoísmo da morena, entretanto, não conseguiam enxergar isso.

Passavam das nove da noite quando a asiática e Berry se encontraram no portão de entrada do colégio, próximo ao estacionamento. Mais quinze minutos e o guarda que cuidava do WMHS durante aquele turno sairia para comer seus donuts em uma lanchonete no centro da cidade, lhes dando cerca de meia hora de vantagem.

– Trouxe as cordas? – Rachel Berry perguntou assim que se agachou para se esconder atrás de um arbusto junto com Tina.

– Sim... E t-t-trouxe uma ajudinha e-extra também. – Disse, mexendo a cabeça como se estivesse fazendo um sinal para alguém. De repente a sombra de uma terceira pessoa apareceu de modo sorrateiro ao lado das duas.

A pessoa em questão tirou o capuz e denunciou Noah Puckerman animadíssimo para invadir o próprio colégio.

– Ele? Sério, T? Essa missão era nossa. – Protestou Berry, irritada. Não estava incomodada porque a missão era “delas”, mas sim porque Puck era aliado de Quinn e ele com certeza lhe avisaria sobre seu plano. – Noah, pode ir pra casa. Eu e Tina conseguimos daqui.

– P-por que? Ele é b-b-bom com essas c-coisas também. Rela-laxe, Rach. – Assegurou Tina, sem fazer ideia dos reais propósitos da baixinha, que permanecia emburrada.

– Desencana, anã. Eu vim pra somar. – Ele deu uma piscadinha marota e permaneceu no local.

Os minutos se passaram e logo os três puderam ver o carro com o logo da Lima Security saindo em direção à rua que ia para o centro da cidade, deixando o William McKinley completamente abandonado.

Puck correu todo o estacionamento até conseguir achar um caixote enorme que lhes possibilitava entrar pelas janelas da sala do coral. Os jovens usavam máscara que haviam comprado numa loja barata de fantasias, porém, quando entraram, o badboy do grupo tratou de cobrir as câmeras de segurança com uma fita crepe marrom.

– Precisamos ser rápidos. – Decretou o garoto enquanto Rachel e Tina corriam em direção ao gabinete de Sue Sylvester. A asiática tirou tudo o que precisava para destrancar a porta do mesmo e Rachel a guiava com a lanterna.

A fechadura era diferente da maioria que Tina já lidara e por isso a garota de mechas azuis demorava tanto para conseguir abri-la. Os segundos e os minutos se passavam com uma rapidez quase absurda.

– O segurança. Ele está voltando. – Puck avisou aos sussurros. – Não vai dar tempo, T. – Insistiu, deixando a garota ainda mais aflita do que já estava. – Ele vai voltar pra fazer a ronda dentro da escola, ele sempre faz isso depois que volta do Dunkin’ Donuts.

– Como você sabe disso? – Indagou Rachel, ainda segurando a lanterna.

– Eu sempre quis invadir esse colégio à noite, dãã. E é preciso estudar a coisa toda pra isso, talvez por isso que Chang tenha me ligado pra ajudar. Não precisava ter surtado, Rachel. – Revirou os olhos. – Apresse-se Tina!

– C-Calma, estou q-quase conseguindo. – Assegurou. E ela realmente estava, mais alguns breves segundos e a asiática finalmente conseguira abrir a porta do gabinete de mulher. – R-Rachel, leve o k-kit de ferramentas, v-você pode p-precisar lá dentro. D-Duvido que Sue mantenha suas g-gavetas abertas. Ou use um g-grampo de c-cabelo. – Orientou, empurrando com o pé a caixa que estava usando pra destrancar o gabinete.

– O que você está falando? Você não vem comigo, T? – Mesmo no escuro era possível ver os olhos de Rachel arregalados, claramente atônita por tal novidade. – Como assim?

– V-Você precisa de t-tempo. O segurança n-não vai demorar p-pra revistar as salas. Nós d-distraímos ele e você p-procura a lista. – Explicou. – V-Vamos. – E no minuto seguinte Puck e Tina já haviam desaparecido no corredor, deixando uma Rachel completamente atordoada e com uma “missão” pra finalizar.

Ela tinha que encontrar algo ali dentro. Uma lista de música, algo que revelasse o que Sue Sylvester gosta, um diário, qualquer coisa.

[...]

– O que os dois pirralhos do primeiro ano estão fazendo à noite no colégio? – A voz do segurança era ríspida e ele revezava entre cegar os olhos de Tina com a luz da lanterna e cegar os de Puck. – Vamos, desembuchem!

– Na verdade, eu sou do segundo ano. – Corrigiu Noah, irritando ainda mais o homem.

– Tanto faz! Digam, por que estão aqui? – Voltou a perguntar, enquanto ambos os jovens tentavam pensar em algo e ganhar tempo.

– Droga, Puck! – Vociferou a garota. – Eu disse que podíamos pedir permissão ao Professor Mills de Educação Física amanhã pra usarmos a quadra. Eu disse, desde o começo, que não era uma boa ideia!

O badboy engoliu em seco, tentando entender aonde havia parado a Tina gaga, e principalmente, o que ela estava tentando fazer dizendo aquelas coisas.

– E-Eu... – ele gaguejou brevemente – Eu só estava tentando ajudar, eu tinha uma boa intenção! – Disse, tentando contornar a história.

– De boas intenções o inferno está repleto. – Ela cruzou os braços, lançando um olhar mortal ao colega. – Droga! Se meus pais souberem eles não vão me deixar ir ao campeonato. Tudo culpa sua!

– Culpa minha? Eu não apontei uma arma na sua cabeça e te obriguei a vir aqui, lindinha. – Exclamou revoltado.

– Será que as duas crianças podem parar de gritar que nem dois malucos e me explicar o que está acontecendo? – Mesmo com a claridade da lanterna que deixava a pele do guarda meio pálida era possível ver suas bochechas corarem de raiva violentamente. – Eu não fico aqui à noite inteira e vou dormir às seis da manhã pra ouvir dois adolescentes gritando um com o outro.

E de repente, Tina Cohen-Chang começou a chorar desesperadamente.

[...]

“Okay, se eu fosse Sue Sylvester, onde diabos eu iria guardar as coisas que eu gosto ou que mostram minha personalidade?” Rachel se perguntava, enquanto dava passos suaves pelo gabinete, à procura de algo. “Computador? Não, ela é velha. Ela sabe mexer num computador?”.

Sentou-se na cadeira da treinadora e deu um suspiro de alívio. Que cadeira era aquela? Era realmente deliciosa, como Sue poderia estar sempre tão zangada se passava quase metade do dia relaxando sua bunda naquela cadeira demasiada confortável?

“Por que ela se importaria em pedir um assento personalizado com tanta almofada dentro? Credo! Não que seja ruim algo tão aconchegante pra esquecer um pouco do estresse que alunos do Ensino Médio devem causar, mas é um exagero. Deve caber um animal morto aí dentro!” e então Rachel teve um estalo “...Eu sou uma gênia! Isso, definitivamente não é só uma cadeira.”.

Pulou do móvel e começou a procurar com afinco por um possível fundo falso. Não demorou muito para que seus dedos passassem por uma parte do inferior da cadeira onde a textura não seguia o mesmo padrão que o resto do tecido.

– Te achei. – Levantou e pressionou a tal parte, buscando por uma abertura ou fresta.

Lá estava. Debaixo das almofadas que cobriam 80% do trono de Sue Sylvester havia uma espécie de bolso, onde ela poderia guardar algo de um tamanho considerável. Enfiou os dedos finos e minúsculos no buraco e tirou de lá uma espécie de diário, trancado com cadeado. “Tina cuida disso” pensou, dando de ombros e guardando o caderno em sua mochila.

Agora, precisava achar mais coisas possivelmente úteis e depois achar uma forma de escapar dali.

[...]

– Viu o que você fez? Seus gritos a assustou. – Puck reclamou, apontando para Tina e suas lágrimas ininterruptas. O badboy não fazia ideia de qual era a história que a colega havia planejado para enrolar o segurança, mas seu choro repentino estava dando certo e tomando bastante tempo do homem.

– Ok, mocinha. Enxugue essas lágrimas e me explique porque está aqui quase dez horas da noite. Você e seu amigo. – Disse, num tom bem mais ameno que antes; oferecendo um lenço para a garota. – Ou vou ter que ligar pros seus pais pra perguntar.

– Não! Isso não! Por favor! – Suplicou. – É que... – Ela fungava copiosamente. -...E-Eu me inscrevi numa maratona regional. De basquete. Eu seeeeempre amei basquete, e o prêmio é em dinheiro. – Engoliu em seco, fingindo um nervosismo absurdo enquanto o homem mais velho a ouvia atentamente. – Mas meus pais... Eles não têm condições para me colocar num daqueles cursos de esportes caríssimos, nem alugar uma quadra pra eu treinar até a maratona. E só há pessoas de colégios particulares e vadias riquinhas.

– Sinto muito. – O mais velho disse. – Mas isso ainda não esclarece muita coisa.

– Pois estão. Puck e eu somos do clube do coral, e eu estava contando pra ele sobre isso. Bom, apesar de parecer um badboy ele é um grande amigo. Ele achou que era uma boa ideia invadir a escola à noite pra treinarmos. – Explicou, os olhos ainda marejados.

– Os Cohen-Chang apesar das dificuldades sempre foram tão compreensíveis com tudo, e eles realmente precisam do dinheiro para sustentar a casa e os vááários filhos. – Puck completou, fazendo sua melhor imitação de bom moço. – Se Tina ganhasse esse campeonato seria de grande ajuda pra eles.

– Nós sentimentos muito. – Disse a asiática. – Não vai se repetir. Mas não conte aos meus pais, por favor, eles não podem saber. – Pediu.

– Huh... E-Eu... Tudo bem, mocinha. Meus lábios estão selados. Você também, rapaz. Não chamarei seus pais. – Concordou o homem. – Sinto muito por sua situação.

– Obrigada. Saiba que eu desejo tudo de bom pra você. – E então Tina não hesitou em abraçar o segurança, para finalizar sua grande cena. – Mas, hm, então... Como foi o seu dia?

– O m-meu dia? Nossa... Ninguém nunca me pergunta isso. – O homem sorriu fraco. – Bem, eu t... – Começara, mas fora, entretanto, cortado pelo toque do celular da asiática em sua frente.

“Achei oq precisava. Temos q sair daqui. – R”

– É minha mãe. Ela descobriu que eu saí de casa. Droga! – Tina retrucou. – Desculpe o transtorno. E muita obrigada. Ah... Mais uma coisinha! Eu esqueci meu casaco na quadra de basquete. Será que eu e Puck podemos voltar pra buscar?

– É-É claro.

E quase como se incorporassem o The Flash os dois jovens desapareceram do corredor logo no segundo seguinte, extremamente vitoriosos.

– Pelo amor de Deus, o que foi aquilo? – Puck arregalou os olhos, quando se afastaram do segurança e viraram o corredor do gabinete de Sue. – Eu pensei que você fosse gaga!

– Bom, eu não sou. – A garota deu de ombros, enquanto gabava-se mentalmente pelo desempenho extraordinário. – E o Oscar vai para... Tina “fucking” Cohen-Chang, vadias! – Bom, já não se gabava mentalmente mais.

– Todo esse tempo? Era mentira?

– Chupa Meryl Streep.

[...]

Eu ainda não acredito que conseguimos! – Comemorava Rachel, no banco de trás do carro de Puck. – Ah, fico feliz que tenha vindo para o meu lado, Noah. Vai ser bem melhor do que criar alianças com Quinn.

– Ok, anã. Eu sei que você está eufórica por estar falando comigo e tudo mais, mas eu não estou do seu lado. – Esclareceu friamente e Rachel arregalou os olhos.

– Não? Ai meu Deus, você vai contar pra Q, não vai? Você vai falar que eu estou planejando algo pra não deixa-la se tornar a líder do clube do coral, certo? Droga! Sabia que você por aqui acarretaria em algo desastroso. – Exclamava com uma rapidez enorme, atropelando as palavras enquanto fazia sua expressão dramática de habitualmente.

Puck suspirou, tentando manter a paciência.

– Eu não tô do lado de ninguém. Tô do lado do clube do coral, se vocês podem fazer algo pra ajudar então eu ajudarei ambas. Para de achar que tudo ao seu redor quer competir com você; Quinn não quer, por exemplo.

– Desculpa, talvez eu tenha exagerado um pouquinho. – Confessou, falando num tom relativamente mais calmo. – O que importa é que eu consegui o diário de Sue Sylvester. E eu mal posso esperar pra lê-lo e descobrir o que ela gosta. E baseado nisso, iremos construir nossa performance para as Sectionals, e iremos ganhar!


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Notas finais do capítulo

E aí? O que Rachel irá descobrir no diário? Sabemos que Sue já escreveu bastante nele... Sobre o plano Faberry, inclusive. E o que acharam da aparição de outros personagens? Vocês apoiam que mais membros do clube do coral apareçam com mais frequência em TFM? Me digam tudo, não me escondam nada hahah ♥
COMENTEM AMORZINS!
Beijos e até o próximo capítulo.

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