The Faberry Mission escrita por Jubileep


Capítulo 22
Capítulo 22 - Planos


Notas iniciais do capítulo

GENTE ASDFGHJK GENTE DO CÉU. Tava eu passeando por aí e eu não faço ideia do que aconteceu que eu comecei a pensar numa possível ~segunda temporada~. Eu já tenho boa parte de TFM em mente, o final eu tenho planejado desde que comecei a escrever e eu tô com umas ideias para esse meio da fic ~e tô anotando tudo: minhas ideias e as sugestões de vcs~, e sei lá, eu curto muuuito escrever essa fic! Daí pensei: por que não uma "season two" com um salto no tempo e tal? Se eu fizer vai ser, provavelmente, uma shortfic, maaaas... a pergunta é: VOCÊS LERIAM???? Me respondam nos reviews!!!




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Ah! Foi normal. – Deu de ombros, desviando o olhar para um quadro sobre a penteadeira. Na foto Santana estava ao lado de uma mulher no auge de seus 60 ou 70 anos; sua avó, provavelmente.

– Como assim? Esse beijo te fez ser expulsa dos Berry e causou um drama gigante pra você vir me dizer com essa cara de sonsa que foi “normal”? Sério, Fabray: vai se foder. – Reclamou claramente alterada. – Tem que ter sido pelo menos “bonzinho”, pelo menos ter valido a pena.

Quinn suspirou, admitindo mentalmente que Santana estava certa.

Ela só contou para LeRoy o ocorrido porque se importou, porque o beijo fora maravilhoso. Se ele não fosse tão bom como fora talvez ele não estivesse preso em sua mente até agora.

– Foi bom sim. – Confessou. – Foi... Muito bom.

– Foi bom tipo “eu poderia ficar fazendo isso por horas”? – Indagou.

– Sim. – Disse prontamente. – Com certeza... Definitivamente. - Afirmou, sem pensar muito nas palavras proferidas.

Ela estava se tornando cada vez mais uma daquelas garotas patéticas ao estarem gostando de alguém. Estava extraordinariamente patética, contudo, não estava se importando muito com tal coisa, por mais incrível que isso soasse.

[...]

O dia seguinte havia reservado um sol ameno e um clima até que agradável, se não fosse pela névoa tensa sobre Quinn e Rachel quando elas se cruzavam, vez ou outra, nos corredores do McKinley. Elas não sabiam exatamente porque estavam assim; era uma guerra silenciosa que elas haviam travado mentalmente.

Quando paravam para pensar sobre aquele drama todo cada uma via a outra como a grande vilã, e uma vez que nenhuma delas cogitava ceder e admitir seus erros ambas agiam como se fossem desconhecidas; pior: quase como inimigas.

Para Quinn as palavras que Rachel dissera à ela no dia do beijo foram rudes e violentas. Ela gritara de forma desnecessária quase como se tivesse algo a provar pra si mesma e não para a loira, e isso soava injusto para Fabray - mesmo que Berry não correspondesse aos seus sentimentos não merecia ter sido tratada de tal forma.

Já Rachel achava uma extrema ofensa por parte da líder de torcida ter se mudado de sua casa sem nem tê-la avisado previamente, sem dizer adeus ou qualquer outra palavra amigável.

Agora os olhares que lançavam uma a outra pareciam ter apagado todas as risadas e os bons momentos, deixando apenas uma imagem errônea e horrível sobre a relação que tiveram. E aquilo doía mais do que a forma áspera que tratavam-se antes de se tornarem amigas.

– Hey, Quinn. – Rachel falou num tom que saíra como um sussurro; mas ainda que num tom baixo ela não deixara sua estrutura se abalar. – Como vai a vida na casa da sua melhor amiga do Universo? – Perguntou debochadamente, querendo esconder a pequena faísca de fúria no fundo de seu peito.

– Boa. Obrigada. – Disse sem muitas delongas, nervosa por vê-la novamente. – Eu adoraria conversar com você, Rachel, mas eu tenho algumas coisas pra fazer.

– Por que você nem ao menos me avisou? – Perguntou ignorando completamente a loira. Seu olhar demonstrava tristeza, uma tristeza escondidinha, da qual Rachel tentava arduamente disfarçar.

– Não havia muito a se avisar. – Respondeu sem nenhuma animação. Ela fitava Rachel e ela tentava não demonstrar o quanto estava gostando dessa vista, apesar de ela deixar seu coração um tanto quanto alvoroçado.

– Rach, Q está te incomodando? – Finn chegou, entrelaçando seus dedos aos da morena. Quinn analisou suas mãos juntas como se estivessem apaixonados. – Sei que vocês são amigas, mas minha namorada não está no clima pra conversa, certo, Rach? – A loira revirou os olhos. Rachel estava namorando o Finnútil? O bonecão de posto? O Free Willy? O cara mais estúpido do McKinley? O Finnbecil? O mesmo cara que um mês atrás estava sendo um babaca com ela? Sério? Ela havia sido trocada por... Aquilo?

O pior não era seu coração que havia se apertado violentamente ao saber da novidade, sentia-se mais que triste, mas humilhada, quase ofendida por logo Finn Hudson, seu ex, estar com a garota por quem estava apaixonada.

Ela aceitaria perder para qualquer um, menos para o quarterback.

– Eu já estava de saída, Finn. – Deu um sorrisinho amargo e saiu do caminho do casal mais patético do colégio. Estava um tanto quanto enojada, inclusive.

Encostada em seu armário Rachel também não expressava uma cara muito amigável.

– Finn, eu sei me cuidar. Quinn e eu estávamos apenas conversando... Ou tentando. – Bufou, desentrelaçando-se do rapaz.

– Desculpa se fui imbecil, é só que Quinn e eu não acabamos nosso namoro muito bem, não quero que ela envenene você a meu respeito, sabe? Não sou muito confiante, mas eu tinha uma boa intenção. – Se explicou, com sua usual expressão de bom moço.

– De boas intenções o inferno está cheio, Finn. Da próxima vez me deixe conversar sossegada, prometo que se precisar te chamo para me “defender” ou qualquer coisa do tipo. – Disse rispidamente, lhe dando um selinho logo em seguida para apaziguar o clima tenso sobre os dois.

– Okay então, docinho. – Respondeu, sem se importar com a forma áspera que Rachel lhe tratara, apenas sendo um bobo apaixonado. “Patético” Santana e Quinn diriam, se assistissem a cena.

[...]

– Você tem notícias de Quinn? Ela nunca nem ao menos nos ligou. – Kaitlin perguntou para Judy na cozinha dos Fabray, enquanto a mulher cortava as cenouras com cautela. Não havia perguntado num tom preocupado, mas apenas num tom de quem queria ressaltar que ela era uma filha bem mais exemplar que a caçula.

– Bom... A culpa não é só dela – ponderou -, nós devíamos ter ligado. – Disse, parando por um momento suas atividades. – Você não se sente mal? – Indagou depois de certo tempo em silêncio.

– Pelo quê? – Inquiriu fazendo-se de confusa. Judy permaneceu quieta, desviando o olhar para o ladrilho verde musgo que decorava a parede do cômodo. – Por Quinn? Bom... Ela precisava de um choque de realidade e o que podíamos fazer? Manter uma pecadora debaixo de nosso teto? Digo... Eu moro em Nova Iorque, mas com meus planos para vir pra cá não poderia suportar que minha filha convivesse com uma tia assim. O que ela poderia pensar? Como eu e Peter explicaríamos?

A mãe de Kaitlin e Quinn processou as palavras ditas pela mais velha das filhas.

– É verdade. – Concordou, por fim. - Não quero o mal para a pequena Jane, é só que... Ela é minha filha e apesar dos pesares eu a amo. Queria que as coisas não tivessem acabado assim... – Suspirou, tomando a faca de cozinha em mãos novamente e posicionando uma cebola na tábua de madeira, pronta para cortá-la.

– Mãe, eu sei que é difícil. Mas talvez um dia ela volte; um dia talvez ela mude. Sei que é um caminho tortuoso, mas se ela não nos contatou é porque ela ainda precisa de um tempo para refletir sobre esse sentimento errado dentro dela. – A loira disse, pousando a mão esquerda no ombro da progenitora e lhe dando um olhar sensível. – Não se sinta culpada. É para o bem dela.

– Mas como posso não me sentir culpada se nem ao menos sei se ela tem um teto? – Disse, sentindo uma pontada de sofrimento perfurar seu peito.

– Judy... – Ela pegou sua mão de forma carinhosa. -... Relaxe. Quinn é a garota mais popular de seu colégio; ela deve ter conseguido um lugar pra ficar assim que saiu da porta pra fora... Agora basta esperar ela se curar dessa fase dela.

– É... Pensando bem... Você está certa. Só espero que não demore muito para ela adentrar novamente no caminho certo. – Afirmou a mulher, voltando a se concentrar na cebola em sua frente, preparada para ser picada.

– É... Todo nós esperamos.

De repente Kaitlin saiu do cômodo, provavelmente iria mimar o marido que conversava animadamente com Russell sobre algum assunto aleatório e chato. Peter realmente se esforçava para manter um bom relacionamento com o sogro, que mantinha sempre a postura de durão.

Agora, solitária na cozinha, Judy sentia as lágrimas percorrerem por todo seu rosto, e ela não culpava a cebola por isso.

[...]

– Treinadora Sylvester! – Quinn chegou dizendo num tom determinado assim que entrara no gabinete da mulher, que tentava esconder seu sorrisinho malicioso por já ter sido informada por Lopez de que “com toda certeza Quinnie está gostando da Hobbit”.

– Olá, Fabray. Quanto tempo que você não vem me atualizar sobre seu progresso no plano. Sente-se. – Apontou, com a mão direita, a cadeira almofadada vermelha das Cheerios em frente a sua mesa de vidro, logo ocupada pela líder de torcida.

– Sim... Precisamos falar sobre o plano. – Concordou enquanto arfava copiosamente. – Bem... Como posso explicar isso? Bom... Eu preciso abortar o plano. Okay, eu já te pedi isso milhões de vezes, mas agora é sério. É tipo, muito sério! – Exclamou, a sobrancelha fazendo uma curva que apenas complementava o olhar de aflição em sua íris esverdeada.

– Abortar a missão? Você está brincando, Barbie? – Sue tentou fazer sua melhor cara de indignada, tirando com uma falsa irritação os óculos e o pousando na mesa. Quinn mordia o lábio inferior com nervosismo, caçando em sua mente inquieta as palavras certas.

– Isso... Abortar o plano. – Repetiu, procurando alguma coragem dentro de si para falar tais palavras com uma postura séria.

Sue respirou fundo, massageou as têmporas lentamente e voltou a olhar Quinn, agora, com um sorrisinho que mesclava o sádico com o irritado. Não que ela estivesse irritada, apenas esperava logo a confissão da líder de torcida.

Sorrateiramente tirou um gravador de voz do bolso de seu casaco e apertou o botão que ligava o pequeno aparelho, tudo sem Quinn notar seus movimentos. Precisava registrar aquele momento histórico.

– Tudo bem. – Disse, dando de ombros, enquanto a mais jovem abria a boca, surpresa, logo em seguida. – Mas... – “Ah, é claro!” pensou Fabray, controlando-se para não bufar e revirar os olhos. -... Você tem que me dar um motivo plausível para abortar o plano. Algo que até eu me comoveria.

“Droga!” seu cérebro gritou. “Ah, Quinnie, você não tem nada a perder mesmo! Apenas diga logo a ela” seu coração aconselhou, sem muito se preocupar. “Eu acho que não irá dar certo, mas se quiser se arriscar, vá em frente... Não é como se você me ouvisse muito”, o cérebro disse com ar de desdém. “Você sabe qual é o certo a se fazer.” Sussurrou, animado, o responsável pela bagunça de sua vida.

– Porque eu acho que estou apaixonada – quase engasgou quando disse tal palavra – por R-Rachel. E eu me nego a quebrar seu coração ou destruir uma das coisas que ela mais gosta, o ND. – Suspirou pesadamente, fechou os olhos esperando os gritos que a treinadora certamente daria, mas que por incrível que pareça, não o fez.

Silêncio, e aos poucos a loira abria novamente os olhos e via a figura da treinadora das Cheerios em sua frente, com as sobrancelhas arqueadas e um sorriso bizarramente vitorioso. “Espera... O que está acontecendo?” seu coração e sua sanidade exclamaram em uníssono, enquanto Quinn procurava atentamente algum resíduo de fúria na íris clara de Sylvester; falhando miseravelmente na busca.

Isso é um motivo plausível! – Gritou a mais velha com o dedo indicador levantado, um entusiasmo claro em sua expressão.

– Você tá querendo dizer que eu gostar de Rachel é algo... Bom? Quem é você e o que você fez com a treinadora Sylvester? – Quinn se levantou e apoiou-se na mesa de vidro, levando a mão direita até a testa de Sue, querendo checar sua temperatura.

De modo espalhafatoso a mais velha empurrou a mão da jovem longe e a mesma se afastou, voltando à sua posição anterior – porém ainda incrédula com a estranha felicidade de Sue ao ouvir seu “motivo” para abortar a missão.

– Sim. É algo bom. O amor é algo bom. – Disse, depois de se recompor. – Você deveria estar feliz por estar apaixonada, Q.

– Eu deveria estar feliz por estar apaixonada se este alguém não fosse complicado como Rachel, se este alguém não fosse justamente a pessoa que eu já tentei quebrar o coração, a mando seu! – Apontou atônita, com os olhos saltando. – Você disse que queria o clube do coral destruído, disse que só assim eu poderia me manter nas Cheerios, disse milhões de coisas e agora você está sorrindo de orelha porque estou gostando de Rachel Berry? Você vai me explicar direitinho essa sua animação repentina, treinadora. Desde quando você fica feliz por “Faberry”?

– Ok... Uma hora ou outra a verdade iria chegar. Vamos por partes.

Afinal, era uma looonga história.

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~depois de deixar sua review fabulosa em TFM que tal dar uma visitadinha na minha nova one-shot?~


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Notas finais do capítulo

EITAAAAAAAAAAAAAA Será que a Quinnie vai finalmente descobrir sobre o plano? Será que ela vai gostar disso? Será que ela vai odiar essa história? E o que dizer sobre esse momento da Judy sentindo falta da Quinn? Gostaram desse retorno dos Fabray? ME DIGAM O QUE ACHARAM NOS REVIEWS E NÃO ESQUEÇAM DE ME RESPONDER: Segunda temporada de TFM, rola ou não rola? Tudo depende de vocês, docinhos ♥
BEIJOSSSS! Até algum dia nessa semana (provavelmente quarta/quinta)!