The Faberry Mission escrita por Jubileep


Capítulo 15
Capítulo 15 - Aliadas


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o atraso de um dia. Não esqueçam de me seguir no twitter (in_LAmach1ne), sempre que atrasar vou tentar avisar por lá o novo horário do capítulo e etc.

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Quinn Fabray sabia o porquê de Rachel ter ido tão depressa ao banheiro e entendia completamente seu lado, essa era a hora onde todas as dúvidas infernais surgiam para conturbar sua mente. Onde o certo e o errado se parecem tanto um com o outro.

A mulher da recepção mascava um chiclete de maçã verde tão forte que o cheiro emanava por quase todo o local, o suficiente para Quinn saber seu sabor. Ela parecia mais antipática do que antes, agora impaciente pela demora de Rachel.

– Sua amiga não vai sair do banheiro, não? – Perguntou num tom rude, revirando os olhos enquanto arrumava algumas pilhas de papéis.

– Eu não sei. – Quinn tinha uma expressão desnorteada e revezava o olhar entre a recepcionista e a porta do banheiro feminino. – Eu vou dar uma olhada.

Então, depois dos vários minutos de espera a líder de torcida decidira checar o estado da amiga. Arrumou a bolsa no ombro e foi até o local cercado de ladrilhos e pias de mármore; encontrando-o completamente vazio.

– Rachel? – Exclamou, passeando o olhar pelo banheiro.

Caminhara lentamente até o fim das fileiras de cabines sanitárias, abaixando-se – mesmo estando de saia – para procurar os pés de Rachel. Temia que a garota houvesse pulado a janela, afinal, ela era pequena o suficiente para conseguir passar pelo buraco minúsculo.

– Quinn... – De repente a morena aparecera, saindo da primeira cabine e fazendo a loira levantar-se prontamente. – Eu... Eu... Nem fiz nada na privada. – Admitiu e Fabray riu fraco para a garota.

– Eu sei. – Afirmou. – Essas marcas de lágrimas nada discretas denunciam tudo, Rach. E além do mais sei que você deve ter vindo aqui para pensar melhor sobre isso, porque não tem certeza. – Completou.

– Sim, é verdade. – Admitiu, abaixando a cabeça. - Não precisa ler mentes para perceber né? Enfim... – Suspirou e fungou o nariz, chorosa. -...Eu estava tão, mas tão certa de que queria isso. Digo, não parecia haver prós e contras. Parecia haver só prós. – Desabafou.

Quinn, sem nem ao menos perceber, abraçou a menor de forma protetora e amigável; permitindo que o rosto de Berry repousasse sobre seu busto. Algumas lágrimas teimosas caíram e umedeceram o casaco das Cheerios, mas Fabray não dava a mínima.

Queria desesperadamente curá-la, fazer com que aquela ideia de cirurgia fosse embora de uma vez por todas. Queria protegê-la daqueles padrões de beleza que um dia também lhe machucaram, e lhe transformaram em mais uma vítima.

Queria tanto fazer com que sua dor acabasse. Queria tanto salvá-la.

Desvencilharam-se e seus olhares permaneceram fixos. E com aquela voz calma que se tornara cada vez mais usual para Quinn ela começara:

– Não faça se não tem certeza.

– Mas não é algo definitivo. - Tentou justificar. - Eu só não tenho certeza, talvez eu queira ou talvez não. – Insistiu, pois mesmo que seu coração estivesse cheio de dúvidas e questionamentos não queria perder aquela batalha. A batalha que travara contra ela mesma.

– Só? Não ter certeza para algo desse tamanho, Rach, já é motivo suficiente para parar. Você não precisa continuar com isso. – Argumentou. – Você não é fraca como Lucy Caboosey, você é a garota mais forte que eu conheço. Você não precisa passar por essa situação, não precisa ser tão medrosa quanto Lucy e se submeter a isso porque... Você é incrível, você é confiante e você é forte, exatamente desse jeito e exatamente com esse nariz.

De repente, lhe veio uma luz e a voz da loira continuara ecoando em sua mente. Talvez a Cheerio estivesse certa, talvez ela devesse manter-se assim e futuramente contar por aí o quão corajosa fora. Isso daria uma boa história e seu nariz exorbitante poderia se tornar até motivo de inspiração.

Então seus pensamentos começaram a se organizar, já não estavam mais tão confusos quanto minutos antes.

Rachel desviou o olhar e engoliu em seco. Depois voltou a fitar Quinn, com aquela mesma expressão de cão pidão, de criança de cinco anos perdida no supermercado. Fungou e limpou a garganta.

– Falaram para Barbra fazer uma cirurgia no nariz também...

– E ela fez? – A loira indagou e Rachel balançou a cabeça negativamente. – Viu?

E então fora a vez da baixinha puxar a líder de torcida para um abraço.

– Muito, muito obrigada por estar aqui. – Berry sussurrou e Fabray nunca sentiu tanta vontade de abortar o plano e envolver-se naquele abraço para o resto de sua vida.

[...]

No gabinete de Sue Sylvester.

– Por que me quer aqui, afinal? – Inquiriu Lopez, claramente impaciente enquanto tamborilava o dedo no vidro da mesa de Sue. Ela tinha a sobrancelha arqueada e certa expressão de desconfiança no rosto.

– Soube que Quinn lhe contou meu plano. – Começou e a latina logo afirmou num gesto com a cabeça. – Mas você não acreditou, certo?

– Não mesmo. – Mentiu a jovem, mesmo que tivesse acreditado. Espera... Então a loira oxigenada havia mentido para ela? A Barbie estava pedindo para levar uma surra digna de alguém que veio de Lima Heights Adjacents.

– Então, Lopez, vou contar a verdade para você, aposto que está morrendo de vontade de descobri-la. Mas você tem que jurar segredo... Preciso de uma aliada e você é uma vadia e é esperta, perfeita para o papel. – Disse a mais velha, aproximando-se de Santana, fitando a intensamente e colocando seus óculos. – Caso você me traia – deu uma risada maquiavélica – pode ter certeza que se arrependerá.

– Fique tranquila, eu sou ótima com segredos. – Assegurou e então, um sorrisinho malicioso formou-se em seus lábios carnudos. – Antes de qualquer coisa... Se quer mesmo que sejamos aliadas diga em voz alta que você confia plenamente em mim. – Solicitou a latina, num tom debochado.

– Santana, pare com isso. É patético. – Negou a mulher.

– Patético? Passei meses sendo invisível para você e agora você quer me ter como aliada? Tudo bem. Serei sua aliada! Mas convenhamos que você é sempre tão amiguinha de Quinn. Quero apenas ser tratada da mesma forma, treinadora. – Deu de ombros, rindo por dentro. – Não acha justo?

Sue Sylvester revirou os olhos e bufou.

– Eu confio em você, Lopez, agora pare com seu showzinho antes que eu chute seu traseiro para fora do meu escritório e te mande dentro de uma caixa para alguma máfia da América Latina. – Reclamou. – Podemos ir ao que interessa?

– Tudo bem. E o que interessa?

– Faberry. – Santana quis rir, ao mesmo tempo em que ainda estava desnorteada. Aquilo era uma palavra? Aquilo era junção de Fabray com Berry? Ai meu Deus, quem havia sido o maluco que havia inventado aquilo?

– Oi?

Lá se foram minutos de explicação e mesmo que soasse louco Sue realmente achava que aquilo era uma boa ideia: Santana Lopez podia ser de extrema utilidade na missão Faberry; e a treinadora das líderes de torcida não hesitaria em utilizar todos os recursos possíveis para ver seu sonho se concretizar.

Sylvester sabia que se mantivesse uma Santana furiosa e jogando no time inimigo as coisas para seu lado poderiam se complicar, e o que melhor do que um time com duas vadias manipuladoras?

– Okay, deixa eu me situar... Quinn acha que tem que destruir o clube do coral e por isso ela mentiu pra mim, mas na verdade quem não sabe de nada é ela porque você é quem está mentindo porque quer a anã e ela juntas... Dios mio! Isso é complicado! – Reclamou. – Mas enfim, o que eu tenho a ver com isso?

– Santana, olhe para si mesma. Você é boa, tão boa que é uma pedra no sapato. Não quero que esse seu rancor pela Fabray, por ter puxado você do armário na frente de todo o McKinley, atrapalhe meu plano. Mas do mesmo jeito que você pode me atrapalhar sei que pode me ajudar também.

– Ninguém se lembra do que Quinn disse no corredor! – Defendeu-se. – E sim, eu sei que me quer como uma aliada, treinadora Sylvester, já entendi essa parte. Mas o que diabos eu ganharia com isso, afinal? – Questionou, cruzando os braços e franzindo o cenho. - Ao contrário da senhora, não terei orgasmos só por ver aquelas duas loucas juntas, preciso de algo já que não trabalho de graça. Um prêmio.

– Além da minha eterna gratidão? O topo da pirâmide das Cheerios. – A sobrancelha clara da treinadora das líderes de torcida levantou. Um sorriso malicioso formou-se no canto de seus lábios finos, e enquanto isso Santana processava as palavras proferidas pela mulher.

– E Quinn?

– Eu cuido dela. – Assegurou.

Aquilo parecia uma boa recompensa.

– Bom, então parece que somos aliadas, Sue.

E Santana mal conseguia conter sua satisfação. “Deem boas vindas à nova vadia mais popular desse colégio.”


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Notas finais do capítulo

Será que com Rachel e Quinn vivendo sob o mesmo teto + a aproximação delas depois do lance do nariz + Sue e Santana jogando no mesmo time as coisas vão se apressar? Rezemos que sim!
Beijos, gente!
Twitter: @in_LAmach1ne

UMA COISA SUPER IMPORTANTE! "Você concorda com a definição de família como núcleo formado a partir da união entre homem e mulher, prevista no projeto que cria o Estatuto da Família?" NÃO NÉ, GENTE! Óbvio que não. Super duper hiper NÃO. Imaginem o quão fofo seria Faberry com filhinhos e filhinhas, e olhem como é lindo todas as famílias com dois papais ou duas mamães. Sabe por quê? Porque família tem que ter amor, e o amor é lindo, >TODA< forma de amor é linda.
Infelizmente muita gente acha que só "homem + mulher" é válido como família e isso é um absurdo! Tá rolando uma enquete com essa pergunta e para nossa tristeza o "SIM" tá ganhando :(

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