Inimigos Mortais não se Beijam escrita por Sabrina Pires


Capítulo 10
Surpreendendo-se


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAHHHHH! ALOKA-
Me deu vontade de fazer isso (:
Vi HP7 ontem e vocês? Achei MARA! *-*
Agora é suportar a espera até julho do ano que vem para o próximo.
Anyway...
Fãs de Neville e Luna vão gostar desse cap(eu acho) .
Bom, nem sei se demorei muito para postar...
Anyway-
Espero que gostem.



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Sem saber ao certo por que, Draco sentiu um forte impulso de ir atrás da garota e sentiu raiva por isso, afinal, foi ela mesma quem inventou essa história maluca de fingir um namoro. “Se não ia aguentar era melhor nem ter começado. Garota doida...”

Mas, apesar disso, Malfoy se sentiu culpado e assustou-se com esse súbito sentimento. Sentiu-se impotente diante do que estava vivenciando e ficou furioso por isso. Irou-se por Hermione ser a causadora dessa emoção que o assolou repentinamente.


A raiva foi maior que qualquer outra coisa e a fim de expulsar os pensamentos inoportunos que tanto lhe incomodavam naquele instante, balançou a cabeça ferozmente se retirando do local.


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Sentada em baixo da arquibancada,de onde via todo o campo e jamais seria importunada, Hermione derramava lágrimas de tristeza misturadas à fúria em meio ao pó do local onde alguns insistentes raios de sol tentavam entrar.


O ano letivo mal havia começado e parecia que um furacão havia passado por sua vida. Tantas pessoas novas, tantas escolhas novas e novas responsabilidades... Todo esse “tudo” preocupava a castanha. Ela pensava se suportaria esse peso sobre suas costas. Relembrava do tempo em que as provas de poções eram sua maior preocupação. Como queria que aqueles momentos voltassem...


Aos poucos o foco da castanha se direcionou aos acontecimentos recentes. Pensou se as decisões tomadas foram mesmo as mais acertadas. Pensou se poderia pagar o preço que namorar seu maior inimigo exigia. Se poderia suportar ser olhada com ódio pelos amigos, e mais que isso, por Harry.


A dona das orbes castanhas sentiu um aperto no peito ao lembrar-se de Harry. Mal pôde suportar as palavras de revolta do garoto há pouco. Não suportaria ser odiada pelo mesmo. Afinal, não é apenas a curiosidade da morena que a impulsionou a propor o tal namoro? Afinal, não fora apenas isso? Sua mera curiosidade? Claro que, como a castanha havia afirmado para Malfoy, ela estava preocupada com a segurança do possível objeto mágico escondido na passagem, mas... No fundo, talvez fosse apenas a curiosidade investigadora da estudiosa aluna.

Ser odiada pelo garoto que amava era um preço muito alto a pagar para satisfazer o instinto curioso de Hermione.


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Draco encontrava-se em um largo e movimentado corredor, envolto por uma corja de sonserinos que ainda não haviam questionado sobre o namoro com a sangue-ruim por medo da reação do esnobe.


As gargalhadas espalhafatosas enchiam todo o corredor e instigavam os olhares curiosos que passavam por perto.


– Malfoy! Hermione apontou do lado de fora do grupinho, que abriu passagem ao ouvir a garota notadamente ansiosa.


A garota aproximou-se do loiro, segurou firme em sua gravata e saiu puxando-o para longe enquanto murmurava algo que Draco identificou como “Precisamos conversar”.


Os alunos dos arredores assistiram abismados a aquela cena pouco habitual.


“Ótimo! Mal começamos a namora e já estou sendo arrastado até uma discussão de relação!” Pensou o garoto achando aquilo muito estranho.


Em explicação a essa abordagem peculiar de Hermione tome apenas uma grifinória repleta de problemas e indagações e que esteve em pranto tempo suficiente para ficar evidente em seu rosto a vermelhidão e o inchaço ocasionados pelo mesmo.


Após alguns passos apressados, puxões que ocasionaram vermelhidão e esquinas dobradas, Hermione encontrou uma sala vazia semelhante a aquela onde toda confusão havia começado.


Ao adentrar a sala, a garota soltou o loiro, que cambaleou e após se recompor questionou:


– O que você quer? Foi ríspido e firme em sua fala.


– Eu desisto. Declarou Hermione em baixo tom desabando sobre a cadeira de madeira envelhecida.


– O quê? Draco não compreendeu de início do que a castanha estava falando.


–Eu desisto... Eu... Hermione levantou-se e se pôs a caminhar de um lado para o outro. – Eu não irei conseguir namorar com você. Minha vida está virando de pernas para o ar! A garota gesticulava desesperadamente.


Ambos permaneceram em silêncio por alguns segundos. Tempo suficiente para um leve sorriso ameaçar desabrochar na face de Malfoy.


– Não vou destruir minhas amizades apenas para satisfazer minha curiosidade. A castanha sentou-se novamente, agora de cabeça baixa e concluiu com um tom de voz vagaroso:


– O acordo acaba aqui. Estamos livres afinal.


Draco ouviu o discurso da morena atenciosamente e um sorriso debochado moldou-se em seu rosto.


– Eu sabia... Nesse momento Hermione ergueu a cabeça a fim de ouvir melhor o que o loiro tinha a dizer.


–Sabia que isso não iria durar. Sabia que você não iria agüentar. Draco soltou uma risada incrivelmente irritante na concepção de Hermione.


Nesse momento a morena pôs-se de pé.


– Como eu havia dito antes... Você é fraca. Não suportaria esse namoro nem se sua vida dependesse disso. Sorriu de forma provocativa mais uma vez e concluiu:


– Por isso aceitei essa loucura. Ou acha que me senti realmente ameaçado com aquela história da sala da Minerva? Perguntou cínico soltando um ruído indecifrável ao virar o rosto na direção contrária à da castanha.


– Você é um dissimulador asqueroso Malfoy! A garota exasperou irritada, aproximando-se de Draco.


– Eu - não - sou - fraca!Disse pausadamente para enfatizar suas palavras. – Eu poderia te suportar o tempo que fosse necessário. Já te suportei por todos esses anos... Mais alguns meses não seria tão difícil. Declarou antes de virar-se para ir embora pensando estar findada essa loucura.


Mas, foi impedida por uma voz arrastada.


–Quer apostar? O loiro cruzou os braços e sorriu de forma vitoriosa.


Hermione tornou seu corpo de forma que pudesse ver os olhos de Draco.


– Como? A garota não compreendeu aonde Draco pretendia chegar com aquilo.


– Eu? Duvido que você consiga resistir. Você? Defende com garra que é supostamente forte o bastante para isso. Draco caminhou elegantemente até a castanha e concluiu:


–Façamos uma aposta então. Quer dizer, se você não estiver com medo de perder é claro... Ergueu uma sobrancelha em tom desafiador.


Hermione se aproximou do loiro de forma a sentir que poderia a qualquer instante mergulhar na imensidão azul e cinza de seus olhos.


– Está me desafiando Malfoy? Perguntou firme.


Draco ergueu a sobrancelha mais uma vez. Isso bastou como resposta para a garota.


–Pois considere a aposta como feita. Concluiu a castanha tendo êxito em disfarçar sua raiva por Malfoy ter duvidado dela.


Encararam-se como cães raivosos por alguns minutos até Draco quebrar o silêncio.


– Ótimo. Pronta para perder querida? Malfoy declarou cínico estendendo a mão a fim de selar o novo acordo, ou melhor, a nova provocação.


Em resposta Hermione também estendeu sua mão e em um rápido aperto selaram aquele confronto de orgulho.


A partir desse momento, aquele namoro que havia se iniciado por motivos tolos teria agora motivos de orgulho, disputa e rivalidade impensada. Razões estas que não deixam de ser tolas, porém, são mais aceitáveis e justificáveis.


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A notícia da nova briga entre Hermione e Harry se espalhou pelo castelo como fumaça. E logo Gina, Rony e Luna souberam...


– Então é verdade? Hermione Granger e Draco Malfoy estão mesmo juntos? Perguntou Luna a Dino e Simas, que contavam a nova aos amigos.


– Sim Luna. Você não viu no JH? Indagou Simas.


– Não reparei. A loira deu de ombros, mais preocupada com seus pensamentos.


– Não acredito que a Mione fez isso conosco! Ronald revoltava-se cerrando os punhos.


– Penso agora no Harry... E em onde ele pode estar... Declarou Gina cabisbaixa, preocupada com seu namorado.


–Ele deve querer um tempo sozinho para organizar as idéias Gina. Não se preocupe tanto. Dino tentou confortar a ruiva.


– É... É provável... O que acha Lu? A garota voltou-se para a amiga, porém não a encontrou.


– Aonde a Luna foi? Rony perguntou obtendo como resposta apenas as expressões interrogativas dos amigos.


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Harry encontrava-se sentado sobre uma pedra qualquer, observando os testrálios e na tentativa de esquecer o ocorrido com Hermione, relembrava-se da primeira vez que pôde ver essas criaturas, no ano anterior. Luna havia ensinado muito ao garoto naquele ano. E vez ou outra ela ainda o surpreendia com fantásticas lições sobre a vida e como a complicamos.


–São mesmo fascinantes quando compreendidos não é? Indagou mais como uma exclamação uma loira de longos cabelos e grandes devaneios que apareceu repentinamente.


–Luna! Você me assustou... Afirmou o moreno, que quase caiu de seu assento.


– Desculpe-me. Disse a garota se sentando ao lado do moreno, porém no chão, sobre as folhas caídas.


– Imagino que a cena que envolveu Hermione, Malfoy e eu já esteja na boca dos alunos... Declarou Harry desanimado, já adivinhando o porquê da chegada de Lovegood.


– Acho engraçado... A garota iniciou com um sorriso curioso.


– O quê? Perguntou o moreno curioso.


– As pessoas vivem procurando a felicidade plena, mas, não percebe que a felicidade está ao redor delas. A garota prosseguiu. Harry mergulhou no silêncio mais profundo.


– Não entendo aqueles que me olham com desdém, se sentindo superiores. São eles que desperdiçam um sorriso amigo, uma amizade duradoura... Essas coisas que fazem cada dia ser o mais feliz. Luna esboçou um sorriso singelo, segurou a mão direita de Harry, gélida pelo vento, ergueu o olhar a fim de encará-lo (ele a encarou também) e concluiu:


– Não seja como essas pessoas Harry. Não jogue sua felicidade fora. Pense nos sorrisos... Eles fazem com que tudo valha a pena, e têm o poder de apagar qualquer pensamento ruim quando vindos de nossos melhores amigos. A loira se levantou, sorriu simpaticamente , se virou , limpou as folhas de sua saia e sumiu saltitante por entre as árvores e arbustos.


Neste momento Harry se apegou às falas de Luna e mergulhou em reflexões profundas e duradouras.


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De onde estava sentado, Chris tinha uma visão completa do campo de quadribol. Encontrava-se perdido em pensamentos. As cenas de mais cedo se misturavam às lembranças do garoto junto à Hermione, deixando o moreno em um mar de confusão, tristeza e revolta.


– Ora, ora, ora... Se não é o garoto bonzinho da Sonserina! Christopher não é? Aquela voz estridente era inconfundível.


– Christian. O que faz aqui Pansy? Perguntou ríspido, característica que tem se mostrado ativamente presente nas últimas horas.


– Aquele velho caquético me obrigou a limpar a arquibancada inteira sem magia. Punição por causa do Potter e sua amiguinha. Respondeu rolando os olhos.


– Ótimo. Boa sorte. Você tem muito trabalho pela frente. Chris declarou sem interesse, se levantou e fez menção de se afastar.


– Espera! A garota o impediu com sua voz esganiçada.


– O que foi? Indagou o moreno impaciente.


– Você está assim por causa da Granger não é? Perguntou completando:


– Eu também vi o que ela e o Draquin... Digo, Draco fizeram. Aquele traidor...


O garoto rolou os olhos e novamente fez menção de ir embora. Parkinson começava a irritá-lo.


Rapidamente, a mente malévola da morena trabalhou a mil e logo um plano, segundo ela genial, lhe veio à cabeça.


– Não quer dar uma lição nela? Afinal, ela te enganou não é? Vamos nos unir. O Draco também merece uma lição. Sugeriu.


– A vingança não faz parte do que adoto como sendo decente Pansy. Ao contrário de você, eu tenho caráter. O moreno respondeu firme e mais uma vez virou-se para afastar-se e novamente foi impedido.


– Não é vingança querido. O meu plano é mostrar para eles o que eles perderam. Aposto que assim, eles perceberão rapidinho o erro que cometeram e correrão às pressas para nós.


Dessa vez o moreno parou. Pansy sentiu esperança, ou algo bem parecido com isso.


–Você está querendo dizer... Incitou o garoto virando-se para mirar a morena.


– Exatamente. A cara de bulldog afirmou firme e sorrindo vitoriosamente


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Durante o período da tarde Hermione permaneceu afastada de Hogwarts e além de Hogsmead. Preferiu sentar-se e observar a casa dos gritos por detrás da cerca que as separava.


Em certo momento a garota deu um longo suspiro e reclamou para si em voz alta:


– Por que eu fiz essa bobagem?!


– Tempos difíceis não? Um garoto tímido quase gaguejando declarou surgindo repentinamente.


– Neville! Que susto! O que faz aqui? Perguntou a morena que havia saltado de seu lugar com a repentina aparição do garoto.


– Estava na Dedosdemel. Respondeu calmo


– Se refere a mim e ao Ma... Draco com “tempos difícieis”? A castanha indagou desanimada, temendo uma reação repreendedora assim como a dos outros.


– Quem sou eu para questionar as escolhas de uma colega de casa... Certamente tem seus motivos. Declarou o moreno.


Hermione se acalmou respirando aliviada e sorrindo.


– Mas, uma coisa é certa: com o tempo percebemos que tudo o que fizermos nos trará consequências. Sobretudo nossas decisões. O moreno iniciou um discurso surpreendente evidenciando sua timidez através da fala falha.


– Nada acontece por acaso Hermione. A vida é como um imenso quebra-cabeça de peças irregulares: montá-lo é um desafio enorme, mas... Um dia... Tudo se encaixa e as respostas vêm à tona. Concluiu o garoto antes de se despedir, virar-se e dirigir-se a Hogwarts.


Hermione sentou-se novamente para refletir sobre o que Neville havia lhe dito e no fato de Neville tê-lo dito.


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– Tudo bem Draco. Eu percebi que ninguém quis tocar nesse assunto o dia inteiro. Blaise andava de um lado para o outro como se buscasse palavras que o ajudassem a acreditar no que diria.


– Mas, eu tenho que saber: que história é essa de namorar com a sangue-ruim? Você pirou cara?! Indagou indignado ao amigo, que estava jogado sobre um sofá do hall dos monitores.


– Não tem o que explicar... Estamos namorando e pronto. Só isso. Respondeu o loiro rolando os olhos.


– Você está passando mal? Blaise se aproximou de Draco e pôs a mão sobre sua testa a fim de sentir sua temperatura, se afastou e continuou: comeu daquele brownie que deu à Pansy? Você só pode estar delirando! Exclamou o moreno mais indignado que no início.


– Olha Zabini, eu tenho meus motivos está bem? E ela não é tão ruim assim. Respondeu o loiro pensando “Não acredito que disse isso”.


Blaise parou em frente ao loiro e delcarou com a mão no queixo demonstrando reflexão demasiada até essa conclusão:


– Deve ter sido o sol da tarde. No jantar certamente você estará normal.


– Tchau. Durma um pouco, vai lhe fazer bem. Disse o moreno antes de sair do hall.


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Durante o jantar havia uma tensão nas mesas da sonserina e grifinória que não as abandonava. O motivo era simples: todos esperavam a chegada do casal mais comentado do ano, que ainda não havia dado as caras desde a briga com Potter, pelo menos não como um casal mesmo.


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Hermione penteava os cabelos em frente ao espelho quando ouviu batidas severas na porta.


– O que foi Malf... Draco? Obviamente só poderia ser o loiro.


– Ande logo, temos que aparecer juntos por aí se quiser ganhar o papel da peça. Gritou ele do lado de fora.


– Agora eu sei por que nunca quis namorar... A castanha murmurou antes de sair do quarto discutindo com Malfoy.


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Em meio ao burburinho curioso dos alunos, um casal excêntrico surgiu na entrada do grande salão, causando espanto em todos e consequentemente findando o burburinho.

Não houve tempo para questionamentos. Logo outro casal improvável apontou na entrada, causando um alvoroço inquietante de indagações.


Hermione não acreditou no que estava diante de seus olhos.Tratava-se de Chris. Mas, não apenas ele. Estava em companhia de Pansy Parkinson. DE MÃOS DADAS!

Christian encarou o casal erguendo a sobrancelha em desafio. Pansy permaneceu ao seu lado de nariz empinado e com o ar esnobe de sempre.


Hermione sentiu um aperto no peito. Chris havia mentido afinal. Tornou-se um sonserino sem escrúpulos como todos os outros.


Desviando a atenção da garota, Draco puxou-a para um envolvente beijo. Dessa vez não apenas um selinho. Um beijo que, por mais que neguem, deixou as pernas de ambos trêmulas e suas respirações descompassadas, o último fato os fez se afastarem rapidamente.


Hermione olhou assustada para Draco, que a fitou repreensivamente incitando-a a continuar a representação.


– Venha comigo. Draco murmurou ao pé do ouvido da morena, que o seguiu, mesmo saberndo ser uma péssima idéia.


Enquanto caminhavam até a mesa, o casal era insistentemente observado por alunos de todas as casas.


Harry respirou fundo e desviou o olhar da cena.


Ao se sentarem uma avalanche de olhares sonserinos repreensivos (principalmente das garotas) e piadinhas de mal gosto foram lançadas à Hermione.


– Você estava mesmo falando sério! Blaise espantou-se.


– Eu te disse. Você não quis acreditar. Disse Draco rolando os olhos.


Após muita conversa entre os sonserinos e um jantar torturante para Hermione, uma loira franzina de rosto fino e comprido se pronunciou provocando a castanha.


– Não sei o que você viu nessa aí Draco. Seu gosto já foi mais apurado querido. Ao fim soltou um risinho cínico incrivelmente mais irritante que o riso de Malfoy.


– Presumo que você entre nesse “gosto apurado” não é mesmo? Hermione respondeu cínica à provocação. Foi a primeira vez que se pronunciou em todo o jantar.

Chris e Pansy haviam se sentado não muito longe do casal e lançaram olhares esnobes para os dois como que se perguntando “ Quem ela acha que é?” pelo menos por parte de Parkinson.


Em outra mesa do salão, o jantar transcorria em meio à revolta e indagações.


– Por que essas caras pessoal? Perguntou Luna.


– Os meninos continuam indignados com a Mione... Gina respondeu por eles.


– Ah... Só isso? Indagou Lovegood indiferente.


– Você acha pouco?! Perguntou Rony em tom de absurdo.


– Eu acho uma besteira toda essa infantilidade de vocês. A Hermione tem direito de namorar quem ela quiser. Vocês não têm autoridade nenhuma sobre ela. A ruiva se manifestou a respeito.


Ronald soltou um suspiro indignado.


Harry por sua vez, respirou fundo e pronunciou-se sobre o assunto pela primeira vez durante o jantar.


– Gina tem razão. O moreno permaneceu de cabeça baixa.


– Hã? Todos se assustaram com a declaração de Harry soltando o monossílabo em uníssono.


– Hermione sempre esteve ao nosso lado. Sempre nos apoiou independente da besteira que estávamos fazendo. Já perdi a conta de quantas vezes ela nos salvou. Harry fez uma pausa, ergueu a cabeça e conluiu:


– Apoiá-la agora é o mínimo que podemos fazer em retribuição. É claro que... Suportar o Malfoy com a Mione é quase impossível... Mas... Vou fazer um esforço. Harry disse a última parte rolando os olhos.


– O que fez você mudar tão radicalmente de opinião Harry? Perguntou Rony curioso.


– Uma pessoa muito sábia me disse para não desperdiçar as coisas importantes da vida. Harry declarou sorrindo agradecido na direção de Luna, que retribuiu o sorriso.


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Ao fim do jantar Hermione dirigiu-se ao dormitório a fim de descansar ou ler um pouco antes de fazer a ronda.

Chegando à porta, a castanha foi abordada por McGonagal, que estava na companhia de Malfoy.

Srtª Granger, que bom ter chegado. Minerva anunciou aliviada.


A castanha aproximou-se dos dois e a professora prosseguiu.


– Vim para anunciar à vocês que a partir de hoje farão a ronda juntos, visto que estão se dando tão bem isso não será problema. Delcarou Minerva animada.


Hermione arregalou os olhos. Draco não se assustou com a notícia. Provavelmente o loiro já havia sido informado.


– E é claro que isso também faz parte da meta de unir as casas. A professora de transfiguração finalizou se retirando aparentemente feliz com a suposta união dos alunos.

O loiro e a castanha entreolharam-se.


– Ótimo! Anunciou a castanha antes de soltar um longo suspiro, entrar no hall e seguir para o seu quarto.



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– Falou com o Potter hoje? Draco quebrou o silêncio tortuoso que perdurava há 10 minutos.


– Isso não é da sua conta Mal... Draco. A castanha respondeu entre dentes. A garota só queria que aquela ronda terminasse logo.


– Para quê tanta agressividade querida? O loiro perguntou provocando.


Hermione permaneceu em silêncio após um longo suspiro cansado.


Após alguns minutos andando, já no fim da ronda, Draco avistou Christian vindo em direção aos dois e em rápidos movimentos empurrou a castanha contra a parede fria e a beijou intensamente.


A garota não entendeu nada, entretanto, não houve tempo para que questionasse a atitude do loiro. Logo, um moreno de olhos azuis esverdeados interrompeu os pombinhos.


– Hermione?! O garoto exclamou.

A castanha reconheceria aquela voz em qualquer lugar. Rapidamente Hermione se desvencilhou de Draco e ofegante respondeu ao “chamado”.


– Chris! O... Que... Você... Faz... Aqui?


– Eu é que pergunto o que vocês fazem aqui. Quer dizer... Nem precisa perguntar não é? Falou cínico.


É claro que Draco havia beijado a garota para provocar Christian, visto que a intenção do moreno quanto à garota não era tão diferente. E também foi porque o loiro simplesmente não simpatizava com Chris.


– Qual o problema Thomas? Não consegue achar o caminho para o dormitório da sonserina, ou eles já te expulsaram de lá? Draco apareceu soltando uma gargalhada debochada após sua fala.


Chris rolou os olhos em resposta e virou-se para ir embora quando foi impedido por algo que no fundo o abalou.


– Eu fui uma burra afinal... Todos estavam certos. Você é mesmo mais um sonserino sem escrúpulos. A castanha lutava insistentemente contra o apanhado de sentimentos que naquele instante insistiam em se manifestar em forma de lágrimas.

– Nossa ronda acabou, é melhor irmos. Draco segurou firme o braço da castanha a fim de tirá-la dali.


– Não! Hermione puxou seu braço brutalmente.


“Garota teimosa... Isso não vai dar certo... Se alguém nos pega aqui depois do horário da ronda...”


– Eu sempre defendi você. Confiei em você. Você estava me provando que sonserinos podem ser pessoas boas. E agora você se une à Pansy e me lança um olhar esnobe como se nunca houvéssemos sorrido juntos, caminhado juntos... Como se me desprezasse! Nesse instante a morena deixou de lutar e rendeu-se às lágrimas.


– Você me enganou Hermione. Brincou comigo. Agora a Pansy... Ela me entende. E nunca vai me enganar como você. Respondeu ríspido.


– HAHAHAHAHAHAHAHAHA! Draco soltou uma gargalhada intrometendo-se na conversa.


– A Pansy não te enganar? Faz-me rir Thomas. Você não a conhece. Ela é capaz de tudo para conseguir o que quer. Ela é uma sonserina oras. O loiro declarou em tom de obviedade.


– Quem está aí?! Uma voz rouca e fria, seguida de um miado foi ouvida.


– Filch! Exclamaram em uníssono.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Pessoalmente gosto desse cap. Não tanto do fim, mais do início e meio mesmo, mas... é até legalzinho mesmo... xD Bom, expressem suas opiniões: mandem reviews! Vou adorar receber críticas ou elogios. ^^Kissus =**
Adicionado beem depois de atualizar o cap>>Aaah, antes q eu me esqueça. Não sei se vocês gostam, mas, achei um video de Draco e Hermione, Harry/Hermione e Draco na vdd, mas, muito bom o vídeo. Tem uma cena tipo perfeita *-* Voltei umas 30 vezes na mesma cena. :D
[http://www.youtube.com/watch?v=s1Gzpxvdte4]