A Hard Love 2 escrita por Raiane C Soares, Isa Lopes


Capítulo 15
Siblings Szohr And The Truth


Notas iniciais do capítulo

Oi!!



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– 911, polícia dos Estados Unidos. Qual é a sua emergência? - uma mulher disse, parecendo entediada.

– E-eu... - murmurei, andando de um lado para o outro, no centro da sala. - Minha namorada foi abusada sexualmente por um idiota.

– Oh... - ela sussurrou, se alertando. - Vocês já foram a alguma delegacia, senhor...

– Santana Lopez. Sou uma garota, caso queira saber.

– Me desculpe, senhorita Lopez. - ela disse, acalmando sua própria voz. - Me conte, como sua namorada está?

– Ela está assustada, suja...

– Vocês já foram a alguma delegacia? - ela repetiu.

– Não. - ouvi o som da porta do banheiro sendo fechada, suspirei. - Rachel está com medo e...

– Vocês precisam ir para uma delegacia, o quanto antes. - sua voz parecia mais preocupada. - Sua namorada não pode se limpar, pois ela é a prova.

– E o que vão fazer com o idiota que a abusou? - fui até o banheiro, abrindo logo a porta. - Rachel, querida, ponha suas roupas novamente.

– Por quê? - ela murmurou, roucamente.

– Sua namorada pode me dizer como era esse homem? - a mulher perguntou.

– Ela o conhece. - respondi, pegando minha bolsa, enquanto Rachel calçava um par de botas. - O idiota estuda na mesma faculdade que ela, creio que ele vive lá. - Rachel e eu saímos do apartamento, logo entramos no elevador.

– Em que faculdade ela estuda?

– Pierce College.

– Em que local vocês moram?

– Keokuk Avenue, próximo à faculdade.

– Tudo bem, senhorita Lopez. Lhe mandarei as coordenadas para uma das delegacias mais próximas, onde mandarei seu caso à um dos policiais. Enquanto isso, me diga, qual é o nome desse homem?

– Elliot. - Rachel se encolheu ao meu lado, por ouvir o nome.

– Sem sobrenomes?

– Eu não sei!

– Se acalme senhorita Lopez. - Rachel e eu entramos no carro, ela sentou atrás, ainda assustada. - Vejo que não adiantaria querer mais informações no momento, então apenas siga o caminho com cuidado, que eu passarei as informações aos policiais.

– Obrigada.

Desliguei a chamada e olhei para Rachel pelo espelho retrovisor, ela encarava o nada, sem piscar. Imaginar Elliot molestando Rachel me fez acelerar o carro, meu sangue fervia por dentro.

– Eles vão me tocar? - Rachel perguntou.

– Ninguém irá lhe tocar. - respondi. - Eu não deixarei ninguém mais lhe tocar.

O caminho até a delegacia não durou muito, em menos de 20 minutos nós chegamos. Rachel e eu entramos, ela se sentou em uma cadeira verde e eu me aproximei do balcão, onde um homem gordo apreciava de sua rosquinha.

– Com licença. - resmunguei, ao perceber que ele não me olhava. - Hey!

– Mocinha, não grite. - ele disse, ainda sem olhar para mim. - Seja lá qual for o seu problema, preencha esse formulário e...

– Formulário? Minha namorada foi molestada e eu devo preencher um formulário?

– Em que posso ajudá-la? - outro homem perguntou, ele era alto e aparentemente forte.

– Sou Santana Lopez e...

– Lopez? - ele olhou para um papel em sua mão. - Sua namorada foi molestada sexualmente por um homem, certo?

– Sim. - olhei para Rachel, ela parecia começar a cochilar na cadeira.

– Suponho que seja ela. - ele disse, seguindo meu olhar. - Olá, senhorita...

– Berry. - respondi por ela. - Rachel Berry.

– Do músico Hiram Berry? - ele parecia espantado.

– Conhece meu pai? - Rachel se manifestou, o fazendo sorrir.

– Estudamos juntos no colegial. - o delegado respondeu, passando a mão em seus cabelos. - Ele me roubou uma garota.

– Essa história me parece bem interessante. - o cortei. - Mas, o que vocês farão quanto à isso?

– Dois dos meus agentes foram até a Pierce College, para investigar mais sobre isso e...

– Vocês vão mesmo acreditar nessa garota? - ouvi a voz grossa gritar, Rachel se encolheu o máximo possível. - Ela é maluca!

– Cale-se, senhor Szohr! - um dos policiais que o seguravam, disse. - Delegado Humprey, o levaremos para sala.

– Faça isso, por favor. - o delegado disse, franzindo sua testa. - Quanto a você... - ele olhou para Elliot, que bufava de raiva. - Seja lá o que tenha feito com aquela menina, receberá um castigo horrível.

– Eu sou inocente! - Elliot gritou, esperneando. - Ela é maluca! Ela inventou tudo isso, por me odiar!

Os policiais o levaram, me aproximei de Rachel e pensei em abraçá-la, mas saber que ela poderia correr de mim, me fez manter certa distância.

– Rachel... - o delegado sussurrou, se aproximando mais. - Esse é minha amiga, policial Miller, e ela cuidará de você.

Rachel abaixou mais sua cabeça, olhei para a mulher à nossa frente, ela era negra com os cabelos presos em um coque perfeito.

– Olá, Rachel. - ela disse, se abaixando, como se falasse com uma criança. - Pode me chamar por Frances. Você poderia me seguir até uma sala?

Imaginei que Rachel negaria, mas a mesma se levantou e seguiu a policial, mais quieta que antes. Delegado Humprey sentou ao meu lado, suspirou e olhou para o nada.

– Sabe me dizer como anda Polie? - ele perguntou, acanhado.

– Como?

– Polie. Suponho que ela seja mãe de Rachel.

– Oh, não... - ri um pouco, o deixando confuso. - Creio que esteja falando de senhora Beckendorff. Isso é uma longa história, mas ela não é mãe de Rachel e... - arregalei um pouco meus olhos, me levantando rapidamente. - Se me der licença, delegado, mas eu preciso fazer uma ligação.

– Tudo bem, fique à vontade.

Me afastei dele, peguei meu celular e disquei o número, respirando fundo a cada toque.

– Me diz que é importante, para me ligar quando já estou dormindo.

– Quinn, eu preciso da sua ajuda. - murmurei.

– Não acredito muito nisso, já que você consegue controlar as crises de Rachel, melhor do que qualquer outro, mas... o que você quer?

– Rachel e eu estamos na delegacia e...

– O que? - ela gritou, me assustando. - Como assim, na delegacia? O que aconteceu, Santana? O que você fez?

Ouvi outra voz, era Brittany, abaixei minha cabeça e senti meus olhos se encherem de lágrimas.

– Quinn, e-eu... Rachel foi molestada e estão com ela no momento. - solucei um pouco alto. - Eu sei que deveria estar forte por ela, mas acho que não consigo. Ela quer Shelby, e talvez seja melhor ela voltar para Ohio, voltar para a mãe e...

– Santana, se acalme. - ouvi a voz de Brittany. - Rachel não precisa da mãe, você sabe disso, todas nós sabemos. Ela deve estar assustada, com medo, traumatizada...

– Brittany. - Quinn a repreendeu. - O que ela quer dizer é que... Rachel só precisa saber que a mãe não estará aqui para tudo, então você deve estar aqui para ela.

– Eu estou. - murmurei. - Eu sei que estou, mas ela não sabe.

– Prove a ela que está. - Brittany disse. - E não deixe mais nenhum recado comigo, pois eu sempre esqueço de entregar.

– Você não está ajudando, Brittany. - Quinn resmungou.

– Me desculpe, Sant...

– Quinn, o que eu faço? - perguntei, suspirando.

– Se acalme, vá ficar com ela, Rachel precisa de você agora. Avisarei à Andrea. Se precisar de mim, me ligue.

– Obrigada Quinn.

Desliguei a chamada, me virei e vi a policial Miller se aproximar de mim.

– Senhorita Lopez... - ela começou. - Eu gostaria de lhe fazer algumas perguntas.

– Claro...

– Rachel me parece bem calada, não responde às minhas perguntas, nem mesmo se move. Consegui fazê-la trocar de roupa, mas nada além disso. Sabe de alguma doença que ela tenha?

– Ela é autista.

– Certo. - ela suspirou. - Você me ajudaria com isso?

– Tudo bem.

Nós fomos para a sala em que Rachel estava, a mesma estava em pé, encostada em uma das paredes, totalmente encolhida.

– Rachel, sua namorada está aqui. - policial Miller disse.

– Querida... - sussurrei, me aproximando dela. - Está tudo bem. Eu estou aqui agora.

Ela levantou seu rosto, franziu sua testa e se afastou da parede, para acariciar meu rosto.

– Você está chorando? - ela perguntou, roucamente. - Alguém lhe tocou? Foi Elliot?

– Não, Rachel. - sorri para ela. - Ninguém me tocou. Eu estou bem...

– Mas você está chorando.

– Eu só estou preocupada com você. - seu rosto se aproximou do meu, logo seu nariz tocou o meu. - Vai ficar tudo bem.

– Hum... Rachel. - policial Miller murmurou, não querendo nos assustar. - Você poderia responder algumas perguntas?

Rachel deu de ombros, me afastei dela e puxei uma cadeira para ela se sentar, logo ela o fez.

– Está tudo bem. - sussurrei para ela. - Continue, policial Miller.

– Certo... - ela olhou para um papel em cima da mesa. - Aqui diz que você foi molestada sexualmente por Elliot Szohr. Você confirma isso?

– Sim. - Rachel sussurrou, afirmando com a cabeça.

– Ele a machucou?

– Sim. - Rachel colocou a mão no braço que antes havia cravado suas unhas.

– Poderia me dizer como aconteceu, exatamente?

Puxei uma cadeira para eu me sentar ao seu lado, Rachel abaixou mais sua cabeça e suspirou, vi uma lagrima cair de seu olho.

– E-eu estava voltando para casa, andando... - ela se encolheu um pouco. - Ela disse que ficar no campus era mais seguro, que eu deveria dormir no quarto de Millicent.

– Quem é ela, Rachel? - policial Miller perguntou.

– Ela. - Rachel apontou para sua cabeça, ainda com a mesma baixa. - Eu não gosto de seguir suas ordens, eu não gosto dela. - ela molhou seus lábios. - Ele estava me seguindo, disse que eu não deveria andar sozinha, que Santana não gostava de mim, que eu precisava saber o que é sexo de verdade.

– Este seria Elliot?

– Sim. - Rachel resmungou, impaciente. - Ele me empurrou à um quarto, ou algo do tipo, ele era sujo e escuro. - ela virou seu rosto para mim. - Eu não gosto do escuro...

– Eu sei, querida.

– Ele me prendeu na parede, rasgou minha calcinha e abriu sua calça. Ele disse que era o melhor nisso, que não era para eu me preocupar. Ele... - as lágrimas caíram mais rápidas, me fazendo chorar junto. - Ele me fez gritar, me fez sentir dor... aqui... - ela passou a mão em seu centro, por cima do short que lhe deram para usar. - E-eu... eu quero ir para casa...

– Você já vai para casa. - policial Miller disse.

A porta foi aberta, um policial entrou com mais alguns papéis, um copo com água e alguns comprimidos.

– Ele nega ser culpado, mas os vestígios da roupa dizem o contrário. - ele disse, colocando tudo em cima da mesa. - Dê isso a ela.

– Rachel, você precisa tomar esse comprimidos.

– Tantos assim? - perguntei.

– É para o bem dela, senhorita Lopez.

Rachel tomou os comprimidos sem reclamar, nós saímos da sala e a policial Miller levou Rachel para outra sala, alegando fazê-la tomar banho e descansar. Vi uma porta com uma placa escrito “Não entre”, me aproximei e abri a porta, a mesma estava escura, com uma janela em uma das paredes. Entrei na sala rapidamente, fechei a porta e vi Elliot do outro lado da janela, logo tentei me esconder. Ele falava ao telefone, parecendo brigar com alguém. Me aproximei de uma mesa e apertei um dos botões, logo sua voz soou na sala.

– Você tem que me tirar daqui! - ele gritou, bravo. - Eu sou seu irmão! Não importa o que eu tenha feito, você deve me ajudar! - ele esmurrou a mesa, rosnando. - Millicent, me tire daqui! Eu não quero ser preso! Você vai ficar do lado dela? Quer saber? Que se dane você e ela! - Elliot jogou o celular na parede e rosnou alto, visivelmente irritado. - Sua idiota! Quando papai descobrir que você me beijou, ele irá lhe matar! - arregalei um pouco meus olhos. - Eu te mato, Millicent!

Saí da sala rapidamente, esbarrei na policial Miller, ela franziu sua testa, semicerrando seus olhos.

– Senhorita Lopez... - ela começou, parecendo ignorar o acontecido. - Rachel está pronta. Por hora, ela pode ir para casa e descansar, mas peço que deixe seu número anotado, caso precisássemos do depoimento de Rachel novamente.

– Certo... - cruzei meus braços. - E quanto à Elliot?

– Ele passará a noite aqui, faremos mais algumas perguntas, conforme for, amanhã resolveremos seu destino. - ela sorriu, parecendo querer me tranquilizar. - Vá para casa, e leve Rachel, vocês precisam descansar bastante.

– Obrigada, policial Miller.


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Notas finais do capítulo

Acho que esteja faltando uma coisa ou outra, mas ficou um pouco grandinho, então preferi deixar assim. E pode ter erros.. talvez muitos ou poucos. Eu escrevi com sono e de última hora.. Bloqueio só some quando estou com sono.. Enfim..
xoxo