I can´t stand you, love escrita por Team Caskett


Capítulo 6
Capítulo 6 - Festa surpresa - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Voltei com mais um capítulo :) ! Quero agradecer muito às leitoras que estão comentando a história. Obrigada, os vossos comentários são muito importantes e deixam-me muito contente :). Neste capítulo, talvez Rick consiga cumprir com o seu plano: recuperar o seu diário e "elaborar" a sua vingança. A pergunta é: será que ele vai conseguir? eheheheh, eu torço pela Kate e vocês?
Música: Olly Murs - Wrapped Up.
Boa leitura :) .



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No capítulo anterior:

Assim que vi Ryan piscar o olho, fui a correr até à mochila de Beckett e sem dar nas vistas, consegui tirar da bolsa pequenina a chave de casa dela. Agora, só preciso de uma cópia da chave e já posso recuperar o meu diário. Ou melhor ainda: vingar-me dessa maluca a quem dão o nome de ser humano. Katherine Beckett você vai mesmo se arrepender.

Pov Kate

O Ryan veio com uma conversa muito estranha. Que estava alguém não sei aonde. Foi muito estranho, devo dizer.

A manhã passou rápido e eu desde a primeira aula da manhã que nunca mais vi o babaca do Castle. Algo não estava bem. Primeiro o Ryan vem com uma conversa muito estranha e agora esse anormal desaparece. Temos que admitir que é, no mínimo, estranho. Ainda por cima, eu preciso de combinar com ele para terminar-mos o trabalho.

–Gente, alguém sabe do Castle? – Esposito perguntou, quando já estávamos sentados no restaurante do costume a almoçar.

–Sim, ele foi a uma consulta médica de rotina. – Ryan respondeu na hora.

–E só o avisou a si? – Lanie, desconfiou, torcendo o nariz.

–Sim, algum problema? – Quase que podia afirmar que Ryan estava a mentir. Mas preferi não dar muita importância a isso.

–Não, só acho estranho. O Castle é que tem a mania de espalhar as noticias para todo o mundo. – Lanie também não deu muita importância.

–Querem sair agora? Podemos ir assistir um filme novo que saiu. – Espo sugeriu.

–Acho uma ótima ideia. – Todos concordamos e assim que pagamos a conta, rumamos para o cinema.

A tarde correu bem e o filme era muito legal. Na porta de casa, já tinha perdido dez minutos, enquanto vasculhava toda a mochila, procurando pela chave.

Resolvi bater à porta e fui logo recebida com um abraço reconfortante de meu pai.

–Esqueceu da chave?

–Parece que sim. Tenho quase a certeza que a tinha levado. Você não a viu aqui por casa? – Perguntei, desconfiada.

–Não, talvez a sua mãe tenha levado por engano. Amanhã perguntamos. Ela hoje vai chegar mais tarde a casa. Teve uns problemas no escritório. – O meu pai, explicou.

–Alguma coisa de grave? – Franzi o sobrolho, preocupada.

–Não. Esteja descansada. – Sorriu, tranquilizando-me, aliás, como sempre o faz. – Vamos jantar?

Assenti a cabeça, afirmamente.

Jantamos, contei sobre o meu dia, o meu pai falou-me sobre o seu dia e depois de arrumar-mos a mesa, assistimos um pouco de TV.

–Acho que vou dormir. Fica bem? – Falei, enquanto me levantava do sofá confortável e macio.

–Sim. Boa noite. – Beijou a minha testa e eu fui correndo para o quarto ler o querido diário do meu querido Castelinho. Eu não suporto esse garoto. Apesar das nossas divergências, o meu dia de hoje foi mais monótono sem ele. Estranho.

Vesti a minha camisola, branca, larga para dormir, liguei a luz leve da mesinha de cabeceira e deitei-me na cama. Abri na página onde tinha ficado e comecei a ler.

Hoje sonhei com ele… Outra vez. Já é a terceira noite seguida em que ele aparece nos meus sonhos. Nos meus pesadelos. Porquê que é tão difícil? Nunca o vi na minha vida, como posso sonhar com ele? Complexo demais para o meu cérebro básico.

Aquilo que lia estava a deixar-me curiosa. Quem seria este homem de quem ele fala? Tentei continuar a ler, mas quando dei por mim, adormeci. Só me lembro de apagar a luz e adormecer.

Pov Castle

–Mas onde é que você vai a esta hora da noite, Richard? – A minha mãe, olhava para mim, perplexa ao ver-me dirigir para a entrada do loft.

–Eu já lhe expliquei, mãe. Vou buscar o meu diário que aquela maluca roubou. – Respondi, honesto.

–Você acha bem ter roubado a chave de casa de Kate e agora ir na casa dela sem autorização? – A minha mãe, perguntou, chocada.

–Foi ela quem começou. Ou não se lembra quem roubou primeiro quem? – Defendi-me.

–Olhe, faça o que quiser. Essas brigas já duram desde que vocês são pequenos. – A minha mãe deu de ombros.

–Se eu não aparecer, não se preocupe, ok? Beijo, te amo. – Beijei a testa da minha mãe, Martha.

–Ok, juízo. Amanhã é dia de aulas. – Ainda consegui ouvir a minha mãe murmurar qualquer coisa antes de sair.

Como o meu loft era perto da casa de Beckett, fui a pé. Ainda tive que esperar um tempo, até que as luzes da casa estivessem apagadas.

Cautelosamente, encaixei a chave na fechadura e rodei-a, lentamente, de modo a não fazer barulho.

Antes de abrir a porta completamente, espreitei para ter a certeza que não estava mesmo ninguém acordado. Não quero que me aconteça como a Meredith… Com esta maluca da Beckett à solta, todos os cuidados são poucos.

Antes que me esquecesse, pousei a chave original de Beckett em cima de uma mesa que tinha à entrada de casa e depois avancei até me encontrar na sala.

O meu coração quase parou quando ouvi o pai de Beckett falar, mas rapidamente percebi de que ele estava dormindo que nem um anjinho. As coisas que este homem já aturou entre mim e Beckett… Ainda não sei como ele pode gostar de mim como um filho.

Avistei as escadas e subi, uma a uma, com pés de algodão, tentando ao máximo ser silencioso.

Sabia que o quarto dela, era a primeira porta, porque em criança passava muito tempo nesta casa. Como é possível nós já desde crianças brigar-mos? Lembro-me de uma vez que ela me rachou a cabeça. Já em criança era louca.

Abanei a cabeça, proibindo-me a mim próprio de me distrair. Coloquei as duas mãos no puxador da porta, de forma a fazer o mínimo ruído que conseguisse.

O quarto estava iluminado apenas pela luz da Lua. Assim que a vi dormir, fiquei mais descansado. Mas tinha que ter a certeza que Beckett estava mesmo dormindo. Aproximei-me dela e a primeira coisa que vi foi ela segurando o meu diário. Merda! Assim Kate vai sentir eu a tirá-lo.

Assobiei baixinho para ver qual a sua reacção. Nada. Bati palmas, também baixo, e nada.

–Esta tem sono de pedra. – Dei um risinho, satisfeito. Assim que falei, me ferrei. A maluca começou a dizer umas coisas numa linguagem que só ela conhece e depois virou-se para o lado e agarrou com toda a força o meu diário. Estou ferrado! Agora me fez lembrar daquela cena do filme “A Dama e o Vagabundo” onde o cachorro pequenino tem que tirar o osso ao cachorro grande. Não que eu me ache inferior a ela, mas temos que admitir que essa garota é capaz de tudo.

Suspirei e puxei as mangas da minha camisola para trás. Isto vai ser difícil, vão por mim.

–Tenho que ser inteligente… - Olhei em redor do quarto e consegui achar um lápis afiado. – Era mesmo isto que eu precisava. – Ri e depois fui para o outro lado da cama de modo a ficar nas costas de Beckett. Assim, caso ela acorde, tenho tempo de me esconder debaixo da cama, sem ela me ver.

Curvei-me um pouco sobre o seu corpo até alcançar o seu braço moreno e depois com a pontinha do lápis, deslizei suavemente por todo o seu braço. Aquela sensação rapidamente a fez mudar de posição e coçar freneticamente o braço. Confesso que tive que segurar o riso. Beckett fica bem engraçada dormindo.

Voltou a ficar de barriga para cima. Exactamente o que eu queria. Melhor ainda… Ela já não estava segurando mais o diário. Espreitei por cima do seu corpo e vi o meu querido diário pousado ao seu lado. Debrucei-me sobre Beckett e em poucos segundos, tinha o meu diário de novo, seguro, na minha mão.

Suspirei, aliviado. Vi que a página estava marcada. Abri e por uns momentos fiquei tenso. A sério que tinha logo que abrir nesta página? Na página de meu pai? Comecei a ficar nervoso e decidi fechar. Agora só preciso de ir embora.

Quando estava prestes a abrir a porta, o meu coração gelou.

–Não vá embora… - A sua voz saiu suave e doce. Uma voz a que eu não estava acostumado e que desconhecia. Aquilo me inquietou. Virei-me, vagarosamente para ela e vi que estava sonhando. Aproximei-me novamente e quando dei por mim, estava ajoelhado no chão, olhando para Kate.

O sono dela estava inquieto. Conseguia ver pela ruga que formava na sua testa, por estar com as sobrancelhas franzidas. Mexia pouco o corpo, mas com um certo nervosismo. Parecia estar a ter um pesadelo e intuitivamente levei a minha mão grande ao seu rosto macio. Esta era primeira vez que estava a fazer isto. Acariciar a Kate. Certamente ela estava dormindo, se estivesse acordada não estaria a deixar-me fazer-lhe isto.

Aquilo pareceu acalma-la. Vi um pequeno sorriso formar-se nos seus lábios carnudos e isso fez-me sorrir também. Ela era linda. Estava com uma expressão mesmo bonita no rosto. Não que ela não fosse bonita, mas nunca tinha tido esta possibilidade. A possibilidade de acaricia-la. De sentir a maciez da sua pele e era incrível como os seus cabelos inundavam o quarto com um cheiro doce a cerejas.

A vontade que tinha de a irritar, passou num ápice. Estava tão calma. Tão tranquila.

Dei por mim com uma sensação estranha. Abanei a cabeça, abstraindo-me dos meus pensamentos. Não sei porquê que o quarto estava a aquecer daquela maneira. Não muito, mas o suficiente para eu começar a sentir calor que, antes não tinha. Como se ela sentisse, puxou os lençóis para trás, mostrando assim as suas longas e bonitas pernas, nuas. Engoli em seco e achei que estava na hora de ir embora antes que a acordasse e fizesse asneira.

Com muito esforço sai daquele quarto e fui “refrescar” as ideias. O ar morno que passava pela minha cara, trazia-me aquele cheiro a cerejas. Devo estar louco. Só pode. Dei uma corrida até casa e fui tomar um duche. Pensando que iria esquecer o que aconteceu ainda à pouco, mas não resultou. Forcei-me a esquecer, assim que adormeci.

Pov Kate

Assim que cheguei à sala, os meus pais já estavam tomando o pequeno-almoço.

–Bom dia. – Bocejei, sonolenta.

–Isso é que é entusiamo para ir para a escola. – Minha mãe brincou.

–Não consigo mesmo disfarçar… - Ri e levei a minha fatia de pão à boca, seguido de um delicioso gole de suco de laranja.

Assim que cheguei à escola, atrasada como sempre, fui a última a chegar à sala. Assim que entrei, todos os alunos olhavam para mim e comentavam qualquer coisa.

Sentei-me ao lado do animal e lá estava ele com aquele sorrisinho parvo e provocador na cara.

–Algum problema? – Perguntei, irritada.

–Bom dia. – Sorriu e acenou a mão no ar.

–Você é mesmo um anormal. – Fiz-lhe o dedo do meio e tirei os cadernos para fora. Vi Meredith sentada ao lado de Gina e de vez em quando olhavam para mim e soltavam uns risinhos. A certa altura, explodi.

–É hoje que eu quebro a cara dessas duas palermas… - Sussurrei.

–O que disse? – Castle perguntou, confuso.

–Nada. – Falei, enquanto abanava a perna energeticamente. Eu vou ser mais esperta e vou dar cabo dessas duas de uma vez só. Elas vão ver.

Assim que tocou para o intervalo, arrastei Lanie até a uns bancos que tem na escola na parte exterior.

–Ai! Você magoa! – Fez biquinho, enquanto acariciava o braço.

–Lanie? O que se passa? Porque estão todos os alunos olhando para mim? – Perguntei direta e pude ver o pânico nos olhos da minha melhor amiga.

–Eu sei lá! Que aula vamos ter a seguir?

–Lanie! Pode parar de desviar a conversa, por favor? O que se passa? Você sabe que eu vou descobrir e aí vai ser pior…

–Ai, Kate. Você tem a mania da perseguição, garota. Não está acontecendo nada, você é linda. É normal que olhem para si, não é?

–Sabe uma coisa? – Perguntei, semicerrando os olhos.

–Não… - Respondeu, meia a medo.

–Eu sei que você está escondendo algo de mim. Aliás, todos os alunos estão, mas eu vou descobrir o porquê. Pode crer que vou! – Disse determinada.

Pov Lanie

Vocês nem sabem como me está a custar mentir para a minha girlfriend, mas eu prometi a Castle guardar segredo. E embora seja muito difícil para mim guardar um segredo, eu vou guardar. Afinal, Castle, tem um motivo muito forte.


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Notas finais do capítulo

Qual será o segredo? Ehehe :) .



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