I can´t stand you, love escrita por Team Caskett


Capítulo 12
Capitulo 12- Afinal pode ser amor


Notas iniciais do capítulo

Olá :) desculpem pela demora em postar, mas aqui temos mais um capítulo. Espero que gostem :) .
Boa leitura.



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Capítulo anterior:

–Beckett?!

–Castle?!

Boa, a situação não podia melhorar. Agora estou no meio do nada com o Castle. O babaca do Castle.

Pov Lanie

O ônibus ainda era grande, mas eu achava estranho não ouvir Kate a resmungar com Castle. Estava com Espo e Kevin que tinham vindo comigo no ônibus. Apertados, mas tinham vindo junto de mim os dois.

–Vocês não acham estranho a Kate e o Castle estarem tão calados? – Perguntei, interrompendo-os de uma briga parva que estavam tendo.

–Agora que fala… Eu nem os vi entrando no ônibus. – Ryan, comentou.

–Realmente. Quando chegarmos na escola, ligamos para eles. – Espo disse, desvalorizando.

Estava achando aquilo tudo muito estranho. Começava a anoitecer e eu não conseguia imaginar onde aqueles dois se haviam metido. Pelo menos, se souber que Kate está com Castle, está bem.

Pov Castle

Beckett havia me explicado que o bebé que eu tinha ouvido era uma gravação. Só mesmo eu para tentar salvar um “bebé”. Conclusão: acho que o destino está sempre a tentar nos juntar. Qualquer que seja o motivo, nós os dois acabámos sempre no mesmo sítio. Sozinhos.

Estávamos caminhando entre a floresta e acabei tropeçando num pau que tinha no chão.

–Você está bem? – Beckett, baixou-se e levou a mão ao meu joelho que estava arranhado. Tinha rasgado a calça.

–Aquela típica pergunta sem sentido nenhum… – Ri, brincando.

–Você têm um feitio intragável! Só estava tentando ajudar! – Levantou-se, protestando.

–E eu só estava brincando! – Abanei a cabeça e quando me tentei levantar, percebi que me tinha magoado. Vi que Beckett olhou para mim pelo canto do olho com um tanto de preocupação, mas soube disfarçar.

–Acha que me podia ajudar? Devo ter torcido o pé… – Calculei.

–Agora está querendo ajuda? – Olhou para mim chateada e cruzou os braços. Confesso que quando ela ficava chateada ficava bem sexy. – Ainda há pouco tempo estava rindo…

–Pode me ajudar ou não? – Falei sério.

–Ok. – Torceu um pouco o nariz e depois pegou no meu braço, de modo a ficar por cima do seu ombro.

Começava a anoitecer e a ficar frio. Eu começava a ficar com fome.

–O que é aquilo ali? – Kate apontou para uma pequena casa em madeira que era visível a poucos metros de distância.

–Será que está abandonada? – Perguntei, na esperança de conseguirmos arranjar um sítio confortável para passarmos a noite.

–Fique aqui. Eu vou lá ver. – Separou-se de mim, deixando o seu doce cheiro a cerejas ser levado pela brisa. Por momentos fechei os olhos, inspirando-o.

–Sozinha? Nem pense nisso! – Fui atrás dela com dificuldade.

–Está dando numa de pai autoritário agora? O senhor Jim está em casa. – Zoou, rindo.

–Você não tem medo de andar aqui? Está escuro… – Olhei para as grandes árvores, enquanto um pássaro passava por nós, voando alto. Apenas a Lua conseguia iluminar a floresta. O céu estava estrelado e cheio de desenhos.

Pov Kate

Abri a porta velha de madeira que estava diante de mim. O barulho da porta a ranger comprovava a minha suspeita – a pequena casa de madeira estava abandonada.

A luz forte que surgiu na minha direção assustou-me. Virei-me repentinamente e revirei os olhos ao ver Castle com um sorriso de criança nos lábios.

–Olha só o que eu encontrei na minha mochila! – Abanou a lanterna que segurava na mão. A expressão de felicidade dele, me fez rir. Ele é mesmo infantil.

–Vou ver se está alguém na casa… – Avisei e quando me preparava para entrar, Castle impediu-me.

–Não sem mim! Nem pense que a vou deixar sozinha aí! – Deu uma pequena corrida com dificuldade e em poucos segundos estava junto de mim.

–Acho que quem está com medo de ficar sozinho é você! – Ri e depois Castle apontou a lanterna para dentro da casa. Estava vazia.

–Está aqui alguém? – Fomos andando pela sala que era o único compartimento que havia na casa. A casa baseava-se numa sala. Havia um sofá velho verde, cheio de pó. Uns quadros velhos com uns desenhos abstratos e era só. Claro que não me posso esquecer das teias de aranha.

–Uau! Imagina só quem vivia aqui… Um velho solitário de cabelo grisalho, com uma longa barba branca... – A imaginação fértil de Castle começou a falar.

–O Papai Noel? – Brinquei e tirei-lhe a lanterna da mão.

–Será que alguém está vivendo aqui? – Passei os olhos por todo o local, tentando encontrar algo para nos aquecer. A verdade é que estava ficando frio.

–Têm ali velas! Podemos acender, não sei quanto tempo durará essa luz. – Castle apontou para a lanterna.

–Até que enfim você tem uma boa ideia. – Zoei e tratei de acender as duas velas que tinha em cima de um pequeno balcão no canto da pequena sala, também em madeira.

–Até acho isto meio romântico… – Castle olhou para mim, meio sem jeito e achei aquilo fofo.

–Não sei onde está o lado românico desta situação. – Disfarcei e assim que acendi as velas, a pequena sala ficou um pouco mais acolhedora e não tanto assustadora. Sentei-me no sofá velho que tinha lá, que moldou o meu corpo.

–Pense bem. Estamos aqui só nós os dois, nesta sala… Com velas… Não acha, no mínimo, romântico? – Virou-se de frente para mim, com os seus olhos azuis brilhantes. Com um brilho diferente.

–Castle, pare de fazer filmes! – Levantei-me e peguei no celular para ver se tinha rede. Nada. Bufei, aborrecida.

–Algum problema? – Olhou para mim.

–Continuo sem rede no celular… – Voltei a guardar o celular no bolso e sentei-me no sofá verde, novamente.

–Também não tenho. O problema é que nem conseguimos avisar os nossos pais. – Castle acabou se sentando ao meu lado.

–Teremos de ir a pé até lá. – Sugeri. Afinal era a única hipótese que tínhamos.

–Mas não vamos agora. – Castle, contrariou.

–Porque não? Chegamos lá em uma hora. Não é assim tão distante. – Observei.

–Você é louca mesmo, não é? Acha mesmo que a deixaria andar por ai sozinha, nesta escuridão? – Pude ver a honestidade nos seus olhos azuis.

–Você se preocupa comigo? Quem diria… – Brinquei e ele revirou os olhos. De seguida abriu a mochila e tirou de lá um chocolate enorme.

–Pode me dar um pouco? – Pedi, com o meu estômago reclamando.

–Ah…! Pensava que eu não me preocupava consigo. – Levou o chocolate à boca e me olhou, provocando.

–Ei! Eu quero chocolate, ouviu? – Pulei em cima de Castle e tirei-lhe o chocolate das mãos.

Estou reconhecendo este cenário. Eu em cima de Castle? Brigando?

Pov Castle

Quando estava fechando os olhos para saborear o meu delicioso chocolate, a louca pula em cima de mim e eu acabei trincando o ar. Quando dei por mim, Beckett corria para o outro canto da sala, comendo de uma vez só o meu chocolate. O MEU.

–O que você fez?! – Perguntei, chocado, levantando-me do sofá.

–Era bom. – Lambeu os dedos, com o canto da boca sujo de chocolate.

–Era o MEU chocolate! – Acusei, aproximando-me dela.

–Tem razão… ERA! – Riu, feita uma louca e numa atitude imatura, impulsiva e de vingança, colei as nossas bocas. Kate ofereceu resistência ao início, mas assim que trinquei o seu lábio inferior, ela cedeu.

Desta vez nenhum de nós tinha desculpa. Não estávamos bêbedos, nem nos estávamos escondendo de ninguém. Éramos só nós dois. Descarregando emoções e tensões que sentíamos há muito tempo. E ela até pode negar, mas aquilo que eu sinto, ela também sente.

O nosso beijo começou lento e suave, até que se tornou em algo descontrolado, apaixonado, cheio de fúria, amor e desejo. Era incrível como um simples beijo poderia ser tão prazeroso.

Juntei as nossas testas. A nossa respiração estava igualmente acelerada e pesada.

Virei-me de costas para Beckett, sem saber como reagir. Eu nem tenho explicação para o que acabei de fazer. Quer dizer, eu beijei-a. Porquê? Não tem de haver um motivo. Quis e ponto.

Após uns segundos de silêncio, senti o seu braço agarrando o meu e, para meu espanto, Beckett puxou-me para a sua boca e envolveu-nos num beijo intenso. Puxei-a contra o meu peito e agarrei os seus cabelos longos e fortes. O seu suspiro pesado, me deixou satisfeito. Deslizou as suas mãos pelas minhas costas e apertou levemente a minha bunda. Desconhecia este lado de Kate. Mas estava gostando. Cada vez mais.

Deixando-me levar pelo momento, passei as minhas mãos quentes por baixo do seu moletom preto e arrepiei-me ao sentir o contacto entre as nossas peles. Num gesto rápido, trouxe-a mais para mim e desapertei o seu sutiã, fazendo-o cair ao chão. Percebi que Kate ficou admirada com a minha agilidade. Até eu mesmo fiquei.

Espalmou as suas mãos contra o meu peito, separando-nos. Suspirei, triste. Eu precisava dela.

–Castle… Isto não pode acontecer. – Olhou-me, os seus olhos estavam brilhando de uma maneira especial.

–Desculpe. Eu fui um anormal, não devia ter feito isso. – Andava de um lado para o outro, arrependido.

–Não têm problema. Só parei porque não acho correcto. Você é… – Apanhou o sutiã e vestiu-o de costas para mim.

–Eu sou o quê? – Perguntei, confuso.

–Você sabe… Virgem. – Disse, tímida. A reação dela me deu vontade de abraça-la. A sério que ela se lembrou disso? Eu sei que tinha contado para ela, quando estávamos bêbados, mas nunca pensei que ela se lembraria.

–Foi por isso que parou? – Indaguei, curioso.

–Sim, apesar de tudo, eu acho que esse deve ser um momento especial e único para você. – Olhou-me com os seus olhos grandes castanhos-esverdiados.

–Eu não esperava uma coisa dessas vindo de si. É tão… – Tentei achar uma palavra. Sentei-me de novo no sofá, tentando assimilar tudo. Quer dizer, descobrir que Kate tem este lado doce, leva tempo a assimilar.

–Lamechas? Sim, eu sei. – Sorriu levemente e não pude deixar de olhar para ela.

–Também, mas sobretudo é muito querido. – Disse, honesto.

Pov Lanie

Cheguei a casa sem noticias de Kate nem de Castle. Começava a ficar preocupada. Onde aqueles dois estariam? Está noite lá fora. É perigoso.

O meu celular começou a tocar e atendi sem mesmo ver quem era.

Lanie? – Johanna, mãe de Kate, estava triste.

–Oi, tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

Kate está consigo? Ela ainda não chegou a casa e a Martha já me ligou e disse que o Richard não está em casa também. Estou preocupada. Esses dois estão sempre se metendo em sarilhos. – Conseguia perceber que Johanna estava chorando.

–Tente ter calma, tia Johanna. Desde que chegamos eu não vi nem Kate nem Castle, mas eu tenho a certeza que eles estão juntos. Temos que ser positivos, amanhã eles vão aparecer. Se não aparecerem nós vamos ter com eles. Arranjamos uma maneira de descobrir onde eles estão. – Sorri, tentando convencer-me a mim própria disso.

Ok, querida. Se tiver noticia, pode me ligar. Eu farei o mesmo.

–Pode deixar. Tudo vai correr bem. – Tranquilizei-a e depois deitei-me na cama. Onde eles estarão? Espero que eles estejam bem.

Pov Castle

Eu e Kate arranjamos uma maneira de nos mantermos aquecidos. Foi difícil convencer Beckett de que eu não tinha segundas intenções, mas acabou por concordar.

Agora estamos aqui os dois, bem juntos, nos aquecendo um ao outro. Pela primeira vez na minha vida, eu e Kate estamos a falar por um longo tempo sem brigar.

–Posso te fazer uma pergunta? – Olhou para mim, tentando procurar os meus olhos.

–Já fez. – Brinquei, rindo levemente.

–Parvo. – Acabou rindo e socou o meu braço suavemente. – Posso?

–Sim. – Respondi, envolvendo-a nos meus braços. A verdade é que estava adorando tê-la tão junto de mim.

–Quando eu estava lendo o seu diário, você falava sobre um homem. Parecia desiludido. Quem é ele?

–Não sei. – Suspirei e encostei as nossas cabeças. – Ele é só alguém com quem eu sonho frequentemente. Na verdade, acho que é o meu pai. Ele me abandonou a mim e à minha mãe quando eu era pequeno, mas não me lembro da cara dele.

–Ele pode ter um bom motivo.

–Um bom motivo para abandonar um filho? Não me parece. – Abanei a cabeça, aborrecido. – Não quero falar disso, ok?

–Ok. – Beckett disse, simplesmente.

Ficamos conversando por mais um tempo, até que adormecemos nos braços um do outro. E eu nem sei o que isso significa.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?



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