Just Breathe escrita por Pacheca
Notas iniciais do capítulo
Então, ficou um capítulo bem curtinho, mas é para encerrar a fic :) Espero que, mesmo pequenininha, tenha sido do agrado de todos que leram ^~^ O nome do capítulo é a música executada pelo Kevin Olusola :3 Um beijo :)
Martin sentia um tipo estranho de tristeza ao se sentar ali. O túmulo da mãe ficara bem de frente para um banquinho de pedra. Tinha ido visitar a mãe pela primeira vez desde o enterro. Um mês já havia se passado.
– Ei, mãe. – Falou, respirando fundo. Era domingo, quatro da tarde. O sol brilhava junto à uma brisa leve. Olhou na direção onde Anna estava esperando, virada de costas para ele.
Conversou um pouco com a mãe. Contou-lhe como passara o mês. Tinha sido difícil. Só de entrar em casa e ver as coisas da mãe em cada canto do apartamento quase chorava.
Falar daquele jeito aliviava um pouco a dor. Secou o rosto, sorrindo. Quase podia ouvir a mãe parada a seu lado, mandando-lhe vestir uma blusa mais quentinha.
– Eu amo a senhora. – Falou, erguendo o rosto. Anna ainda olhava para o outro lado do cemitério, sem os fones de ouvido. Era raro vê-la sem os fones. – Anna.
– Sim? – Ela se virou para ele, caminhando lentamente.
– Tudo bem?
– É, eu só estava olhando as lápides. Cemitérios são estranhos. – Franziu o cenho para Anna depois de olhar o cenário a seu redor. – São bonitos. Mórbidos, mas bonitos.
– Bonitos? Você diz as lápides?
– Sim. São imagens bonitas. – Ela suspirou. – E você?
– Eu não sei. – Respondeu. Realmente, não sabia o que sentir ou achar. Não sabia nem o que seria de sua vida. – Eu só espero que ela esteja bem, porque eu não estou.
– Está sim. – Inclinou-se, apoiando a cabeça nos ombros de Anna. – Sabe, eu fui no funeral da mãe do Filipe.
– Da sua sala.
– Uhum. E um primo dele me ensinou, não com essas palavras, que você não deve sofrer. Sua mãe detestaria ter gastado a vida toda tentando te fazer feliz e ver tudo se desfazer justo quando ela não pode arrumar nada.
– Anna, você acredita em Deus? – Viu que pegou a amiga de surpresa, mas ela ainda assim o respondeu.
– Eu acredito que Ele saiba o que faz. E que se ele levou sua mãe, é porque ela já tinha feito o que precisava.
– Eu acredito que Ele tentou ajudá-la. Livrar minha mãe da dor de perder um filho.
– Você vai ficar bem, Martin. – Ela sorriu para ele. – Ela ainda te ama, sempre amará.
– Eu sei. Disso eu sei.
– Então, vamos. – Anna ficou de pé, ajudando-o a se levantar também. Martin secou o rosto mais uma vez, seguindo-a pelo caminho pavimentado entre lápides.
Ainda era um momento frágil. Martin ainda não sabia muito bem como iria lidar com a ausência da mãe, mesmo depois de um mês, podia ver o medo de Anna de que Martin fizesse algo parecido com o irmão...e bem, o pai de Martin tentava se aproximar do filho, depois de tantos erros.
Mas era domingo, e o sol começava a se pôr. Martin sentia-se mais leve depois de conversar com a mãe.
Poderia fazer aquilo todos os domingos.
Até encontrar o rumo que deveria tomar.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Obrigada a todos...Até uma próxima oportunidade :)