Ela tentou dormir. Mas sentia que não estava correto. Jasper já havia se deitado. Dormia sonoramente á roncos altos e estrondosos. Ela tentou dormir... mas não era certo. Ao meio dá noite, ela caminhou até seu armário, e colocou um maiô. Mais de um dia fora da piscina... não era exatamente assim que sua vida funcionava. Ela pertencia á água. Assim como a água era parecida com ela. Agitada, nervosa, calma e de todas as formas... maleável.

 Enrolou-se em uma toalha, e ordenou a Cécilys que mantivesse silêncio. Abriu a porta com cuidado, e desceu as escadas. Notou que Mercii e o tal ‘bofe diliça’, acabaram por adormecerem agarrados no sofá. Nem pensou em falar com alguém, e escapuliu para os fundos da casa.

 E lá ela avistou... a longa e esbelta água. Que parecia murmurar seu nome... a cada micro onda que o vento da meia noite proporcionava.

 Ela comprimiu os olhos de alegria, e lutou contra sua vontade deliberada de gritar á Deus e o mundo. Enfim... se desvencilhou da longa toalha, e com apenas um salto silencioso, seu corpo mirou-se para dentro da difusão azul límpida, e enfim... encontrou-se com a imensidão aquática.

 A água estava gélida e causou arrepios na pequena menina. Ela quis flutuar... deixar seu corpo simples sobre á pressão do empuxo.

 - Me ajuda... – ela pediu de olhos fechados, acima da superfície da água.

Pra ela, sempre fora simples encontrar a solução. Sempre que seus olhos se mantenham para o céu, e o corpo na água... a calmaria á atinge... e as respostas para seus problemas voam para ela.

 Mas nem assim ela conseguiu. Seu coração palpitou pedindo pelo abraço afetuoso de Jacob... mas seus lábios sibilavam o nome de Jasper.

 E ela resolver nadar. Esquecer qualquer coisa que a perturbasse mais. Nadou. Superou suas próprias braçadas, e sentiu-se cansada. A lua nova no céu, pairou sobre sua testa molhada. E ela perdeu-se. Ela sentiu-se feliz... completa. Como se nada mais fosse errado. Como se um novo início se marcasse ali. E a lua nova... a fez sorrir. Como uma garotinha vendo um estouro de fogos. Sorriu por nada. Sorriu por tudo. Apenas sorriu. Sem querer mentir, esconder-se atrás de sua personalidade, pedir socorro a seu amigo, ou á sua gêmea, sem querer mentir pra nada. Apenas sendo Alice. Aquela pura e linda florzinha, que agora tinha os cabelos crescidos... e esperava que as coisas apenas melhorassem. Esperava que um novo mundo se abrisse pra ela. E sentia que de fato. Aconteceria. Era riu um som alto e sonoramente delicioso, e bailou como uma pequena bailarina... para a luz do luar.