Uma Nova Vida escrita por Rhozan


Capítulo 2
Eu derroto o rei fantasma


Notas iniciais do capítulo

Hey! Bem, duas semanas de atraso! Quero me desculpar com quem comentou e até com quem não comentou, pois demorei pra postar, BEM mais do que o prazo estipulado, mas é que eu to trabalhando agora e fica ruim postar mesmo, por que capítulo mesmo eu já tenho até o quarto, completo!
Gostei muito de ler os reviews, sério, valeu quem comentou, tenho algo importante nas notas finais, quem ler, pode ajudar em algo. Ou não. Mas enfim, até lá em baixo.
Boa leitura!



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– Shishi. Quem quer jogar Mikey e Donald III e comer brigadeiro? Eu fiz agora. - Me falava Mika, tentando me entusiasmar. Assim estava a nossa situação a mais ou menos um mês, dês de que Annabeth e eu terminamos.
Eu apenas a olhei melancólico e disse - Estou bem dormindo, Mikey exige muita força pra se jogar.
– Ahh, para Percy, já fazem duas semanas que vocês terminaram e dês daquele dia as únicas coisas que você quer fazer é passear sozinho pra voltar esfarrapado e passarmos o tempo indicado jogando videogame e fazendo temas escolares, já rejeitou Super Mario e Rock'n Roll Racer! - Me dizia ela braba - Assim parece que o Super Nintendo já esta ultrapassado! - Mika foi desligar a câmera pra poder me dar a bronca, algo que eu achava legal, assim nós não éramos supostamente vistos discutindo minhas desventuras amorosas.

Estávamos em meu quarto, eu estava deitado com os braços abertos e de barriga pra cima, Mika estava de pé com as pernas entre meu peito e costelas. Ela ainda estava com a vestimenta do colégio, eu só com a calça, estava bem, hoje eu não tive briga com nenhum monstro, então pude vir direto pra casa. Meu quarto estava bagunçado, como sempre. Mika geralmente me ajudava a arrumar ele (tentava) e geralmente ficava pouca coisa organizado, hoje em especial meu quarto esta bom.
Meu quarto agora era o antigo quarto da minha mãe. Minha mãe e Paul agora estavam morando juntos, então essa casa ficaria pra mim quando completasse dezoito anos. Várias vezes eles vinham me visitar de noite pra janta ou eu ia visitá-los, eu até tinha um quarto lá. Minha cama ficava com as costas na parede, deixando seus dois lados livres com bidês e abajures, ela ficava de frente pra porta, no seu lado direito ficava meu armário de gavetas azul, e entre a porta e o armário ficava a porta do banheiro que tinha no quarto. No lado esquerdo da minha cama branca com lindos lençóis azuis, da mesma cor da parede, ficava a janela que dava direto pra rua. Minhas paredes eram azuis e atrás da cama preta, tinha também um tapete azul, só o assoalho e o teto eram marrons com alguns quadros de deuses, porém pra olhos mortais pareciam só pinturas antigas, Mika já me disse isso. E não, ela não sabe que sou um semideus, ela apenas disse "essa pintura é antiga, né?" e eu respondia que sim, sem ter muita idéia do que ela dizia, na primeira vez. Agora eu me encontrava deitado no meu tapete, com as pernas atiradas pro lado da cama e Mika me olhando um pouco brava ainda e voltou a ter as pernas entre as minhas costelas.
– Eu posso ver sua calcinha.

–Ah! - Soltou um suspiro de surpresa e logo se sentou na cama com as pernas juntas e com as bochechas vermelhinhas, ela ficava fofa assim. Logo depois me dirigiu um olhar avaliativo. Mesmo estando a tanto tempo juntos, ela não se acostumou completamente com meu jeito despojado. Puts, eu realmente tenho dom pra atrair certinhas.

– Perseu. -

– Percy. - Corrigi-a.

– Perseu. - Disse mais brava.

– Percy. - Quase dormindo.

– Perseu! - Exclamou nervosa.
– Argh! - Senti um leve peso na barriga, fazendo eu abrir os olhos. Eu sabia o que era, mas abri os olhos pra olhar de perto e não perder a oportunidade. - Andou comendo muito negrinho, Mika. - Disse brincando e agarrando sua cintura e ela corou mais forte.

– S-seu idiota! Isso é algo que se fala?! Eu só vou falar mais uma vez! - Ela disse se inclinando pra ficar cara a cara comigo, quase sentando em cima do Percy Jr., o que eu gostei e não gostei, afinal, deu vontade de fazer algo com Mika, sendo que eu não queria compromisso por hora, eu ainda estava muito machucado. Iria fazer com raiva e pensando em outra, Mika não merece isso.

– Esqueça-a. - Me fitava seriamente. - Você ainda viu o que ela fez no outro dia, no outro dia! Você ficando mal por isso não machuca só você. - Hora me olhava, e hora olhava pra baixo, acho que pelo meu déficit de atenção demorei pra notar o que ela quis dizer, ela já ia se levantando quando eu me levantei rápido, nos derrubando na cama.

Eu estava por cima, segurando sua mão direita com a minha, sua mão esquerda segurava meu peito, minha mão esquerda repousava sua cintura e nossas pernas ficavam pra fora da cama, ela como se estivesse sentada-deitada e eu apoiado com o joelho na dobra do colchão, no meio de suas pernas. Olhos nos olhos. As testas estavam quase coladas, os hálitos já se trocavam. Não aguentei, precisava disso, achava-a linda e percebi nessas últimas semanas que ela realmente sentia algo por mim. Não a usaria, se eu fosse ficar com alguém depois da Annabeth, eu me via só com ela.

– Mika... - Sussurrei seu nome antes de fechar os olhos e cortar o espaço entre nós.

Ficamos ambos deitados na cama trocando beijos e as vezes nos olhávamos, mas não trocávamos palavras. Ficamos assim um tempo, alguns minutos, talvez mais. Estávamos ambos tapados, eu estava apenas de calça e pronto pra começar a despi-la. Mika sabia que eu ainda amava Annabeth, assim como sabe que eu sinto algo forte por ela, principalmente em decorrer desses últimos dias. Eu pensava se era o certo a fazer isso agora, mas resolvi tacar o foda-se. Era difícil me segurar, era o uniforme da escola porra! Eu estava pra desabotoar o sutiã dela quando escuto "Percy, Trouxemos pizza!". Minha mãe, Sally Jackson e meu padrasto Paul chegaram. Eu os amava, mas nesse momento, eram as últimas pessoas que eu queria ver.

Arregalei os olhos, pude ver Mika fazer o mesmo. Há pouco tempo eu estava chorando pelos cantos por causa da Annabeth e agora estava me agarrando com outra. Acho que isso era o remédio que eu precisava na verdade. Me levantei e fui me vestir adequadamente, vi Mika fazer o mesmo com o canto dos olhos.

– Mika. - Me olhou angustiada.

– Percy. - Sorri de canto.

– Finalmente, não gosto de perseu.

– Olha Percy, eu sei que não é certo... Mas eu me apaixonei por você enquanto ainda estava namorando. Caso você não me queira mais como parceira do programa da escola... Eu entenderei. Sei que ainda ama Annabeth, mas... - A calei botando um dedo em seus lábios. - Shiiu... - Ela apenas franziu a testa me olhando com os olhos segurando lágrimas e mãos trêmulas.

– Sabe, Mika. - Respirei - Eu realmente ainda amo a Annabeth. - Disse na lata, mas logo me arrependi. Ela apertou a mão até a ponta dos dedos ficarem brancas e trincou os dentes, caiu algumas finas lágrimas, nos seus olhos fechados.

– Hugh, Pers... - ... - Eu sempre soube que não deixaria de amá-la tão rápido, só que dói ouvir isso, sabia?! Dói pra caramba! - Ela tremia segurando minha mão. Apenas ajoelhei-me e disse.

– Sabe, Mika. - Falei suavemente. - Eu tenho convicção de que quando eu esquecer Annabeth completamente, vai ser por você. Você e mais ninguém. - Ela se limitou a abrir um sorriso mínimo, sorriso esse que já fez me acalmar de volta. Eu soube naquele instante, agora era a hora. Mika descobriria a verdade sobre mim.

– Eu tenho algo pra te contar.
– Oque?
– Eu não sou exatamente, hã, "mortal" - Fiz aspas - como você.
– Quê? Ta dizendo no sentido de bater nos outros garotos? Como assim? Algum já bateu em você e eu não sei?
– Não é isso é que -

– Vamos logo Percy! Eu e Paul temos que voltar pra casa ainda hoje! Estamos abrindo a pizza! - Gritou minha mãe lá da sala, me interrompendo.

– Eu te conto depois do jantar, pode ser?
– Eu vou cobrar.
– Haha, pode deixar. - Me aproximei, e dei um selinho de leve. - Dorme aqui hoje?

– Hã, Percy, ta muito repentino, você sabe que eu nunca...
– Não! Sabe, quis dizer, só pra não ter que jogar a sobremesa que você fez fora, e ainda temos o vídeo game né?
– É, isso! Não faremos nada.
– Nada que não quisermos.
– É, nada.
– Que não estivermos com vontade.
– Percy, vamos descer. Sua mãe vai brigar com você.
– Certo. - Me limitei a dizer, enquanto pegava na sua mão e assim saímos do quarto, agora, com sorrisos mínimos no rosto.

Separamos as mãos, assim que passamos pelo corredor e chegamos na sala, como se nada tivesse acontecido.

Ao chegarmos, logo fomos cumprimentar minha mãe, com um sorriso no rosto e beijos vergonhosos pra se dar na frente de uma garota. Cumprimentei Paul normalmente e fui me servir pizza, de coração, minha favorita. A baba já estava quase caindo da minha boca, e me lembrei o por que de agora eu estar com raiva da Annabeth.

Eu estava bem mal nesses últimos dias. Mika tem passado o tempo comigo no colégio. Numa dessas tardes desanimadoras, sem monstros pra matar e com a tv à cabo em manutenção, eu estava mal, afinal, eu não tinha nada pra fazer e a lembrança do término vinha à tona. Mika ficava tentando me animar, e em uma dessas, conseguiu me convencer a ir num shopping, shopping esse que eu vi Annabeth e umas garotas, junto com alguns garotos do futebol. Nunca gostei deles, sempre preferi basquete. Quando ela me viu, se espantou e agarrou um deles. Aquilo me machucou demais. Tive que sair de lá pra não pagar um mico na frente da zaga do time de futebol da Goode. Na hora saí de lá apressado, sem falar nada. Mika apenas me seguiu tentando em vão me consolar, mas percebi que ela também tinha ficado triste, talvez pela minha reação. O dia não estava marcado pra chuva, mas quando eu sai, já caía uma forte chuva, chuva essa que me aqueceu e fez eu não estourar o bebedouro que tinha na saída do shopping. A chuva ao encostar na minha pele me deu uma sensação quente, como se eu fosse parte daquela água, aquilo me acalmou de certa forma. E eu agradeci a qual deus que fosse por ter caído aquela chuva de começo de primavera.

Dês daquele dia, Annabeth e eu nos evitamos o máximo no colégio. Algumas vezes eu via ela me olhando, mas nunca iria ir falar com ela, não depois daquilo. Me sujeitei a suas crises por ciúmes sem fundos, ela me tratando mal por isso, com seu orgulho muitas vezes acima do relacionamento. Bem, também tenho o meu orgulho a zelar. Vou me focar no meu futuro, que é uma pizza de coração e coca cola... - Azul!

– É filho, é um tipo de corante, mas não da gosto, é como se fosse mágico.– Minha mãe é única. Ela falava de um jeito e sorrindo com os olhos que eu acho que acalmaria até o minotauro depois de eu matá-lo pela quinta vez.

– Beleza! Eu vou pegar minha pizza com a mão mesmo e -
– "E" nada. Vai lavar as mãos Perseu.
– Ahh, que feio Percy, não lavou as mãos. - Brincou Mika pra me constranger na frente do Paul, aff, quase deu certo, mas somos homens e vi o Paul correr pro banheiro também.

– Ok! - Me levantei da cadeira que agora estava sentado, e estava indo pro banheiro, enquanto Paul saía de lá e me mandava uma piscadela, a campainha tocou.

– Eu atendo. - Disse, já me encaminhando pra porta. Senti algo em meu âmago, que me fez apertar a caneta em meu bolso. Meu instinto semideus palpitava como um tic-tac me alertando algo.

Abri a porta de supetão, uma lâmina negra vinha em minha direção, rápida. Destampei a caneta, com a mesma mão que segura o cabo e com reflexo puro cortei o ar tirando aquela lâmina da minha direção e jogando-a de volta na parte escura do corredor do apartamento. Percebi que estava muito escuro, mais do que o normal. Fiquei com raiva, quem diabos iria atacar na minha casa, monstros não me sentiam aqui, graças a um favor antigo que eu tinha comprido à Hécate.

– Quem esta ai? - Minha raiva era visível. Minha mãe e Mika se assustaram com o "PLIM" causado pelo corte de lâminas no ar. Mika agora estava assustada, afinal, ela estava vendo minha espada. E não era no sentido que eu queria. A antiga contracorrente agora estava com metade dela em vermelho, vermelho ruby, brilhoso e como se tivesse uma certa malícia saindo da cor.

Dês de que Cronos se foi, a sua foice foi encontrada e tal maldade poderia ser "purificada" e ser usada como uma arma do Olimpo no futuro. Porém pra isso ela tinha que ficar na mão de um semideus de coração puro, Zeus me escolheu, mesmo tendo Thalia e Jason pra poder escolher. Meu pai chorou. Foi ótimo, a não ser pelo fato de que uma das habilidades da minha nova Contraalmas sugar a névoa das coisas. Isso facilita com certos monstros, mas nesse momento, a Mika pode ver minha espada com toda sua essência.

– Mãe! Vá pro quarto! Leve o Paul e a Mika com você. Já cuido daqui e poderemos jantar! - Falei e corri os olhos pra frente, rezando pra que elas fossem fazer o que pedi.

– Não está mais reconhecendo seu primo, Percy? - Fiquei muito puto.

– Nico, seu doente! Poderia ter ferido alguém! - Do corredor que agora estava bem mais escuro agora, eu pude ver aquele estranho do Nico dar um passo à frente e dizer. - Percy Jackson. Preciso testar algo contra você.

Me irritei na hora. Toda minha família pra esse sinistro testar algo, apenas dei um grito contido, brandindo minha espada contra o nico. Ele num movimento rápido - e estranho - com a mão, puxou uma lâmina nova do chão, furando meu carpete novo, e batemos as espadas. Faiscando, num clarão, pude ver sua cara de surpresa, afinal, eu estava mais forte. Não era só a espada. Dei um sorriso de canto, com seus olhos arregalados e seu braço já atrás de seu corpo, enquanto eu girava e acertava um chute em seu abdomem, o mandando pra fora da minha porta e o fazendo bater de costas na parede do corredor. Nico se levantou rápido, girando numa cambalhota e escapando de um chute consecutivo meu, e juntando sua outra espada, agora ele tinha duas. Após se levantar, me atacava ferozmente, a luta estava mais acirrada com duas espadas, mas ainda sim, eu estava levando mais fácil do que achei que seria, o que me impressionou, pois fora eu, Nico era o Semideus mais forte que eu já conheci um dia. No meio da trocação de golpes, consegui entrar na defesa do Nico e bater com a parte chata da lâmina em seu peito, e com nossas posições atuais, ele entrou cambaleante pra dentro da minha casa e eu arranquei as espadas da sua mão, e fui golpeando com o cabo em seu peito, uma, duas, três vezes. Até ele cair e eu o prensar no chão, com o joelho em seu peito, segurando seus braços e contraalmas apontada pra sua garganta. Sussurrei.

– Acabou, Nico!

Após isso, vi que eu estava arfando um pouco, e nico diferente de mim, parecia bem mais cansado. Senti o cheiro de comida e percebi nossas barrigas roncando em sincronia.

– Nico.
– Percy.

– Está com fome?
– Estou faminto.

– Junte-se a nós para a janta então. Só não crie mais problemas, não queremos terminar isso, certo?
– Claro, ainda tenho que me desculpar com sua mãe pelo carpete.

– Hã...
– Sim, eu vi como você olhou pra aquilo.

– Certo. - Me desapoiei dele, deixando-o respirar direito, enquanto guardava minha espada, e me levantava. - Vamos jantar! - Exclamei alto, para todos ouvirem. Enquanto Nico se arrumava para um jantar em que eu gostaria que fosse amigável.


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Notas finais do capítulo

Eai? Oque acharam?
Eu achei meia boca esse cap. Gostei do final só.
Enfim, eu disse que queria sua atenção aqui, e agora estou tendo - ou não - eu quero alguma ideia pro casal da fic. Eu estou no começo, então meio que tenho alguns caminhos em mente, mas não sei direito qual traçar. Mas uma coisa eu digo. O que casal que escolherem não é certo. Mas posso optar pela preferência do público uma hora ou outra pra ver como sai a coisa.
O Percy pode ficar com quem quer que for, menos a Thalia e a Annabeth, por motivos de que eu não estou afim de fazer par com elas.
Pode ser alguma deusa, alguma campista, algum personagem novo(que não vá morrer((((((sem spoiler nem nada))))))
Até o próximo! Prometo que posto mais rápido agora!
Quarto do Percy:
http://www.masotti.com.br/uploads/classification_image/image/68/quarto-azul.jpg
É um quarto simples perto dos outros, tinham vários mais legais, mas visando que o Percy é um garoto humilde, tive que colocar o quarto mais humilde que achei(não procurei muito).



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