Uma História de Amor escrita por Dark Lady


Capítulo 6
Tentando não Admitir


Notas iniciais do capítulo

Consegui postar mais cedo, tive um tempinho livre e como já estava quase todo o capítulo escrito (precisei apenas de alterar algumas coisas) decidi postar antes que não tivesse mais tempo.

Este capítulo tem bastante sobre o presente de Azumi mas é necessário para deixar um pouquinho mais de suspense na fic

Espero que gostem



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Azumi parou de escrever quando o telefone tocou. Ela levantou-se da sua pequena secretária improvisada no escritório e foi até à secretária do pai, onde estava o telefone.

- Moshi moshi! – Disse ela quando atendeu a chamada.

- Ainda bem que foste tu a atender a chmada e não o teu pai. – Disse um homem do outro lado da linha.

- Como é que o senhor sabia que eu estava aqui? – Perguntou Azumi surpresa, afinal apenas a família e a directora da escola sabiam que ela iria trabalhar com o pai. – E quem é o senhor?

- Admira-me que não tenhas conhecido a minha voz.

- O que é que o senhor quer? – Azumi estava agora a ficar com um mau pressentimento, de facto aquela voz não lhe era nada desconhecida.

- Queria apenas falar contigo, Usagi. (N/A: Usagi significa coelho(a), mais tarde na história entenderão o motivo dele a chamar assim)

Azumi ficou apavorada só de ouvir aquele nome, quase deixou o telefone cair ao chão mas logo se tentou recompor, não poderia dar aquele homem o prazer de ele saber que ela estava com medo.

- Pensei que ainda estava preso Ojisan. (N/A: Ojisan significa tio) – Disse ela com uma voz neutra, não demonstrando como realmente se sentia mas mesmo assim a dar um suave tom irónico ao modo como o chamou.

- Eu tenho os meus conhecimentos. Não me digas que pensavas que eu ficaria preso para sempre? – Disse o homem rindo. – Mas não te preocupes Usagi eu não te vou fazer mal, pelo menos por agora.

O homem depois disso desligou a chamada e Azumi ficou ainda durante algum tempo com o telefone ao ouvido. O seu coração estava acelerado mas apesar do medo que estava a sentir ela não conseguia chorar.

*

Do outro lado da cidade um homem alto e de cabelo arrepiado acabara de pousar o telefone no suporte. Ele tinha um sorriso maligno nos lábios.

- Usagi, tu e o teu querido pai têm de se preparar. A minha vingança vai começar. – Dizia ele para si mesmo sem retirar o sorriso dos lábios.

*

Azumi ainda estava na mesma posição, segurando o telefone, quando a porta do escritório abriu e ela olhou para lá vendo o pai entrar. Ele ao perceber o estado da filha ficou preocupado, não era normal ela mostrar medo e ele via pela maneira trémula como ela segurava o telefone que alguma coisas muito grave tinha acontecido. Mas antes de ele poder falar Azumi conseguiu faze-lo antes.

- Ele voltou. Conseguiu sair da prisão. – A sua voz saiu calma apesar do medo que sentia.

O pai olhou-a durante algum tempo tentando assimilar o que tinha ouvido. Agora conseguia entender o motivo dela mostrar medo no olhar, para Azumi e também para ele, era como relembrar um pesadelo.

- Tenho de ir ver porque o deixaram sair. – Disse ele tentando pensar no que poderia ter acontecido.

- É melhor tratarmos disso rápido. – Disse Azumi pousando finalmente o telefone no suporte. – Quanto mais depressa soubermos o que aconteceu mais depressa podemos resolver as coisas.

- Sim, tens toda a razão.

Eles saíram rápido do escritório e foram directamente para a polícia. Azumi estava muito preocupada, não queria ter de ver aquele homem de novo. Agora temia todas as ameaças que ele tinha dito quando ela descobriu o que ele fazia. Temia que a sua família fosse prejudicada por causa das suas descobertas, por ter descoberto o que aquele homem fazia na empresa da sua família.

Quando chegaram à polícia o pai de Azumi mostrou o seu cartão de advogado e seguiu directamente para o gabinete do chefe. Ela seguiu-o sem dizer nada, estava muito nervosa, tinha medo do que poderia acontecer, medo por si mas principalmente pela sua família.

A conversa com o chefe da polícia não durou muito mas conseguiram descobrir que o homem pagou uma elevada fiança para puder sair da prisão. O pai de Azumi protestou mas de nada adiantou, saíram da esquadra sem puderem fazer nada. Eles voltaram para casa, precisavam de avisar o resto da família rapidamente.

Assim que chegaram a casa, Azumi deixou os pais e o irmão a conversarem e subiu para o quarto, precisava de esquecer os acontecimentos daquele dia e nada melhor para isso do que continuar o seu texto. Sentou-se em frente ao computador e recomeçou o texto onde tinha parado antes de ter recebido aquele telefonema.

«»«»«»«»«»

Sasuke não conseguia prestar a mínima atenção às aulas. A conversa com Sakura, se é que aquilo poderia ser chamado de conversa, não lhe saía da cabeça. Nunca se tinha sentido assim perto de uma rapariga, apenas aquela pequena proximidade e tinha deixado com o coração acelerado e olhar aqueles olhos verdes deixava-o sem reacção, não conseguia pensar como deveria.

Agora as coisas que a sua mãe lhe dizia há anos atrás faziam algum sentido, só não concordava numa coisa, ele não podia estar apaixonado, mal conhecia Sakura. Para ele apaixonar-se por alguém era impossível, principalmente por ela. Ele nunca se tinha apaixonado, pelo menos nunca tinha sentido nada daquilo quando estava com outra rapariga mas ele não queria acreditar que estivesse apaixonado.

Sakura estava da mesma forma que ele, não conseguia ouvir nada do que os professores diziam mas ao contrário de Sasuke ela agora tinha certeza que estava apaixonada por ele. Mesmo que ela não quisesse que isso tivesse acontecido, afinal ela já tinha ficado a saber da fama de Sasuke com as outras raparigas, quase todas as semanas era uma nova e ela não queria ser mais uma na lista.

Finalmente a campainha tocos e todos se levantaram, menos Sasuke e Sakura que nem sequer a tinham ouvido. Parecia que apenas os seus corpos estavam ali porque os seus pensamentos estavam longe, quer dizer nem tão longe assim, afinal estavam um em frente ao outro e ambos pensavam um no outro.

- Hey Teme vais ficar aí? – Gritou Naruto despertando o amigo dos seus pensamentos.

- Claro que não Dobe. – Disse Sasuke arrumando as suas coisas sem mais explicações.

Sakura que também despertou dos seus pensamentos quando ouviu Naruto gritar com Sasuke começou a arrumar as coisas. Hinata esperava-a porque naquele dia também ela ia no autocarro (N/A: já disse num capítulo anterior mas não custa relembrar que autocarro é o mesmo que ônibus) junto com Sakura e sendo assim também Naruto iria. Hinata estava um pouco desconfiada da atitude de Sasuke durante o almoço ao chamar Sakura para uma conversa em particular, tinha até ideia do que seria mas preferiu não comentar nada com a amiga, era muito provável que ela depois lhe contasse.

Os quatro saíram da sala mas quando chegaram ao portão da escola Sasuke ficou à espera do irmão que lhe tinha mandado uma mensagem a avisar que o iria buscar. Sakura, Hinata e Naruto seguiram até à paragem do autocarro enquanto Sasuke não conseguia deixar de olhar a jovem de cabelos rosas, nem quer notou quando o irmão parou o carro um pouco mais à frente. Só depois de ouvir uma buzina é que notou o carro do irmão, então foi até lá.

- Estavas muito atento à Sakura. – Disse Itachi mal Sasuke entrou no carro.

- Não estava não.

Sasuke tentava parecer indiferente mas o irmão conhecia-o muito bem, sabia que ele estava a mentir.

- Falaste com ela certo? – Itachi olhou o irmão pelo canto do olho notando que este tinha ficado um pouco desconfortável com a pergunta.

- Se eu te contar tu não me fazes mais perguntas? – Perguntou Sasuke olhando para o irmão.

- Claro. – Itachi esboçou um pequeno sorriso de canto, sabia como conseguir que o irmão falasse, era sempre assim.

- Eu pedi-lhe desculpas, quer dizer não cheguei lá e disse desculpa mas tenho a certeza que ela percebeu. – Sasuke fez uma pequena pausa à espera que o irmão dissesse alguma coisa mas como isso não aconteceu então ele decidiu continuar a falar. – E depois aconteceu algo estranho. Senti o meu coração acelerado demais e era como se algo me puxasse para ela mas quando a ia beijar a camapinha tocou e então fomos para as aulas.

Ficaram os dois em silêncio. Sasuke sentia-se melhor depois de desabafar com o irmão, podiam até ter as suas zangas mas Itachi sempre esteve lá quando ele precisou, podia sempre falar com ele sobre tudo, mesmo sobre os seus sentimentos. Itachi continuou a olhar para a estrada à sua frente enquanto tentava entender bem o que o irmão lhe tinha acabado de contar. Minutos depois Itachi começou a rir o que fez Sasuke olhar na sua direcção com surpresa no olhar.

- De que te estás a rir? – Perguntou Sasuke sem entender nada.

- Tu estás apaixonado. – Responder Itachi tentando parar de rir.

- Não estou nada. – Disse Sasuke irritado. – Mas de onde tiraste essa ideia idiota?

Eles tinham chegado a casa e Itachi tinha colocado o carro na garagem e antes de sair do carro olhou sério para o irmão que mostrava irritação pelo comentário do irmão mais velho.

- Tu não me consegues mentir Otooto (N/A: Otooto significa irmão mais novo) eu conheço-te bem e sei que tu nunca te sentiste assim. Além disso eu vi o teu olhar hoje para a Sakura e tu nunca olhaste assim para nenhuma outra, tu olhava-la com carinho mesmo que não quisesses mostrar. Tu estás apaixonado, só não queres é admitir isso.

Quando terminou de falar saiu do carro deixando o irmão sem palavras. Sasuke não sabia o que pensar mas tinha certeza que aquilo que o irmão tinha dito era verdade mas ele não queria admitir isso, achava o amor um sentimento inútil, afinal ele tinha perdido a pessoa que mais amava, a sua mãe, e desde então decidiu que nunca iria sentir qualquer tipo de amor por ninguém. Mas que Sakura mexia com ele de uma forma que ele não esperava, isso ele não podia negar, apenas não queria admitir que era amor.


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Notas finais do capítulo

Críticas são bem-vindas e ajudam-me a melhorar em alguma coisa que não esteja bem por isso deixem as vossas críticas, elogios ou dúvidas... Eu respondo sempre ao reviews Beijos



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