Agilidade escrita por Diane


Capítulo 27
Capitulo 27- Areias do Deserto.




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Perspectiva de Alec.

— Como você está se sentindo? — Vanessa perguntou assim que ele abriu os olhos.

— Como se tivesse sido triturado por uma leoa enfurecida. Ah, espere, foi isso mesmo que aconteceu — disse Alec.

Vanessa revirou os olhos.

— Você já deve estar bem — ela suspirou —, já está irônico como sempre.

Alec não estava bem, sério. Quando ele se inclinou para ficar sentado na cama, sentiu pontadas no corpo inteiro e um pouco de tontura. Talvez esse fosse o efeito de perder litros de sangue. Ou de ter batido a cabeça no chão.

Mas o fato era que ele queria matar Trivia. Isso seria uma tarefa minimamente complicada, já que cada vez que um corte era feito nela, a criatura se curava sozinha e rapidamente. E cada vez que ele a queimava, a pele se regenerava magicamente.

Ok, isso seria muito complicado.

Mas provavelmente Ilithya iria saber o porquê disso e arranjaria uma solução. Titia Ilithya sempre arranjava uma solução para tudo.

Mas primeiro, eles tinham que fugir.

Alec analisou o quarto. Esse era diferente do quarto em que ele estava, esse lembrava mais uma enfermaria. Tudo muito claro e esterilizado. As janelas estavam fechadas e a porta do quarto estava aberta. É claro que do lado de fora da porta tinha dois soldados de Trivia, bom, pelo menos eram só dois que dava para ver, mas podia ter uma quantia ainda maior no corredor.

— Vanessa, tente abrir a janela — Alec sugeriu.

Ela piscou.

— O quê?

— Tente abrir a janela, quero ver uma coisa.

As janelas eram de madeira e de arrastar. Apesar de não ter nenhum cadeado ou trava, a porcaria de janela não abria por mais força que ela usasse.

Os guardas do lado de fora da porta encararam Vanessa. Não dava para ver a expressão deles, já que estavam até de elmo e armadura completa. Alec estava lisonjeado por Trivia o considerar uma ameaça mesmo machucado.

Mas se ele fosse Trivia, aumentaria o número de guardas. Só por precaução, por que ele era muito imprevisível.

— O que você está fazendo? — Um deles perguntou.

— Ela está abrindo a janela — Alec respondeu — Você não percebeu ou é cego?

O guarda rosnou. Alec amava as suas habilidades de tirar qualquer um do sério.

— As janelas estão trancadas por magia — O outro guarda informou com a voz impassível.

Que adorável. E lá se foi seu plano de pular pelas janelas. Bom, ele devia imaginar que nem Trivia era tão burra á ponto de deixar as janelas abertas e dar um meio de fuga fácil.

Ele se levantou da cama e caminhou até a janela, apesar do seu corpo protestar a cada passo. Tentou abrir a janela mais de uma vez, e nada. Só então ele pegou um abajur de ferro (Quem compra um abajur que parece instrumento de tortura? Ah, Trivia), e arremessou na janela.

Se fosse uma situação normal, a janela teria quebrado. Ele era um vampiro e tinha uma força mais desenvolvida do que humanos e outros tipos de seres mágicos, até mesmo machucado. E o abajur era de ferro sólido.

Mas assim que entrou em contato com a janela, o pobre abajur se despedaçou. E a maldita janela ficou intacta.

Ele estava começando a odiar aquela janela.

— O que você fez? — O soldado parecia chocado.

Alec deu os ombros.

— Eu não gostava daquele abajur.

[...]

E pela segunda vez no dia, Alec quis matar Trivia.

Não apenas matar, ele queria queimar ela aos poucos, cortar em pedacinhos, e só depois ele iria matar.

Alec estava parado na frente do espelho e encarava seu reflexo. Ele estava mais pálido que o normal e tinha olheiras. Mas isso não era o pior. O pior eram as cicatrizes. Desde pequeno ele tinha cicatrizes, geradas por quedas e travessuras (Ele nunca foi um anjo de criança) e depois aquela cicatriz. Quando teve aquele probleminha com a Balança e quando começou os ataques ao Campo de Treinamento, obviamente, ele arranjou algumas cicatrizes.

Mas nenhuma delas eram tão grandes quanto aquelas que Trivia fez.

Eram linhas rosadas que começavam na sua clavícula e percorriam o seu tórax inteiro. Se ele tivesse se curado normalmente, aquilo ainda seriam cortes, mas Vanessa falou que Thanatos arranjou feiticeiros especializados em cura para dar um jeito naquilo.

Ter a pele muito clara era um caso complicado e ele tinha muitos problemas com o sol. Mas pelo menos nisso tinha um lado positivo, quando aquelas cicatrizes se tornassem apenas linhas brancas, iriam se tornar difíceis de ver de longe.

O engraçado era que quando ele era mais novo, ele queria músculos. Agora ele tinha músculos, e algumas cicatrizes de contrapeso.

Algumas garotas não iriam achar ele tão bonito com aquelas cicatrizes.

— Trivia, Trivia — Ele murmurou para seu reflexo — Você irá pagar.

Então Alec colocou a camiseta preta novamente e resolveu ir tirar um cochilo. Bom, ele precisava dormir para recompor as forçar para mais tarde poder fugir daquele lugar.

— Já vai dormir? — Vanessa perguntou — De novo?

— Qual é o problema? — Ele murmurou enquanto se jogava na cama.

— Você dormiu mais de quinze horas!

Ele afundou o rosto no travesseiro.

— Minha vida é dormir.

Então ele apagou as luzes e ouviu Vanessa resmungar enquanto saia do quarto. Ele permaneceu atento, ouvindo o som dos passos dela e calculando a distancia entre o quarto dos dois. Pelo som dos passos e o momento que a porta foi aberta, ele arriscava dizer que o quarto dela era do lado.

“Christine?”, ele chamou quando deixou o bloqueio mental cair “Está acordada?”

“Humpf”, Christine resmungou ”Agora estou”

Então ele ouviu uma enxurrada de palavras em grego e chinês (Pelo menos ele suspeitava que fosse isso, mas talvez fosse romeno).

“Ah, meus deuses. Vocês está vivo”, então a surpresa e o alivio passaram e o tom de voz dela mudou “Vou matar você por ter me assustado, idiota”.

Christine, sempre tão... Christine.

Então ele contou tudo que aconteceu. Desde a parte em que Trivia os chamou para o salão até quando ela virou uma leoa enlouquecida. Pelo menos Alec descobriu que tinha conseguido fazer um bloqueio mental forte o suficiente para evitar que Christine recebesse os outros golpes de Trivia. Segundo Christine, ela só tinha um corte na clavícula.

“Acho que vou torturar Trivia lentamente”, Christine falou “E você também por ter quase me feito enfartar. Sabe como é aterrorizante ir pegar um pote de pipoca e de repente começar a sangrar?”.

“Humm, vai me torturar?”

“Pare de pensar coisas indecentes!”

“Oras, eu não pensei nada, só perguntei se você ia me torturar. A mente poluída aqui é a sua”.

Essa era a vantagem de estar a milhares de quilômetros de distancia dela: Ela não podia socar ele.

Então Christine murmurou mais uma dezena de palavras em outra língua. Alec tinha certeza que essas palavras não eram de surpresa como anteriormente.

“Vá dormir”, ela disse de mau humor“ Por que eu quero dormir. Aqui em Vegas é três da manhã”

“Sorry”.

“Vá dizer ‘Sorry’ para sua mamãe”.

“Ela está morta, só para relembrar”.

“Então vá para o mundo inferior”.

“Que lindo! Á um minuto atrás você estava feliz por eu estar vivo e agora quer me mandar para o inferno”.

“Vá dormir”.

E ele tentou dormir. Mas não dava. Sua mente não conseguia ficar parada, toda hora ele estava pensando e arquitetando um plano para escapar daquele lugar.

Mesmo se eles escapassem da mansão de Trivia, bom, tinha o Saara. E o sol quente ou as noites frias do deserto não facilitavam muito. E para piorar ele nem sabia em qual país ele estava. O Saara se estendia por vários países. Quantos quilômetros teria até a civilização?

Então ele teve uma ideia.

Ele só precisava de algumas horas de sono e um celular para coloca-la em pratica.

Perspectiva de Ilithya.

Ilithya estava sonhando...de novo.

Ela já estava se preparando. No mínimo devia ser Rowena que resolveu dar uma passadinha para falar o que se esqueceu de dizer no último sono. E se aquela criatura aparecesse novamente, Ilithya simplesmente iria dar um soco na cara dela. Embora ela não fosse boa com socos, mas seria apenas pelo prazer de acertar o nariz de Rowena.

No sonho ela estava na sua sala do Campo de Treinamento. Tudo estava normal, exceto que no lugar da antiga cadeira, tinha uma nova.

Era bem típico de Rowena. Provavelmente ela apareceria ali do nada e iria acusa-la de alguma coisa. O que a criatura iria dizer? Ilithya, se você tivesse feito alguma coisa quando fui aprisionada, eu seria a mestra de magia do Campo. Não você.

Mas graças aos deuses, não foi Rowena que apareceu.

Era Mikhail. Fazia mais de trinta anos que Ilithya não o via, mas ele continuava o mesmo; O cabelo penteado e elaborado para parecer bagunçado, as mesmas roupas chamativas (Do tipo que você vê á dois quilômetros de distancia e que ninguém nunca usaria para uma missão secreta. Talvez Mikhail, se ele fosse para uma missão secreta).

— Ah, eu não acredito — Ilithya disse — Sua bicha chata!

— Loirinha falsificada!

Então eles correram para se abraçar.

É, mesmo depois de tantos anos, eles ainda continuavam assim.

— Não acredito que você foi mesmo ajudar o Campo de Treinamento — Ilithya falou um pouco sem ar quando se afastou dele. Ele podia ter bracinhos magrelos, mas podia quebrar costelas.

— Você achou que eu iria me esconder com os pinguins na Antártica?

— Aham. E já estava rezando pela alma dos pinguins.

Mikhail olhou para ela curiosamente.

— Por quê?

— Por que você iria querer fazer casacos com a pele deles.

— Você me horroriza — disse Mikhail — Mas vamos ao assunto que interessa: Os ataques ao Campo de Treinamento.

Estava bom demais. É claro que ele não se daria ao trabalho de convocar ela em sonho apenas para falar sobre pinguins. Mesmo para alguém que descendia de Hipnos, aquilo era muito trabalhoso.

— Ocorreram mais ataques? É claro que ocorreram, senão você não iria estar aqui — Ilithya falou.

Mikhail suspirou, e de repente, ela parecia mais velho e cansado.

— Ocorreram mais três — Confessou.

Ilithya fechou os olhos.

— Quantos já foram mortos?

— No mínimo, duzentos.

Aquilo... era quase um terço do número de alunos do Campo de Treinamento. Ilithya cerrou os punhos e tentou se controlar para não chorar ou entrar em pânico. Não, ela tinha que ser racional nessa situação, não podia se dar ao luxo de começara chorar e arremessar coisa.

— Trivia... aquela vadia, ela envia pequenos números do seu exército contra nós — Mikhail continuou — Apenas para provar quanta destruição ela consegue provocar com pouco. O que vamos fazer se ela enviar o exército inteiro?

Nós últimos quatrocentos anos, IlIthya administrou aquele lugar. Vários descendentes de deuses famosos que influenciaram até o mundo mortal tiveram aula com ela. A vida dela, na sua maior parte, foi o Campo de Treinamento.

E agora, Trivia estava acabando com isso. O que mais faltava para as Parcas arrancarem dela? Seus pais já estavam mortos. Sua irmã também. Amigos não eram o mesmo que família, mas se Trivia continuasse assim, eles iriam também.

— E Raphael? Ele está bem? — Ela perguntou.

Só faltava isso: Perder Raphael e seus sobrinhos. E pensando bem, ela mandou seus sobrinhos direto para o lado de Trivia. Ah, como ela fora idiota. E talvez eles estivessem mortos naquele momento.

— Está irritante e imbecil como sempre, mas o amor da sua vida ainda continua vivo — Mikhail levantou uma sobrancelha quando ela corou — Mas e agora, o que vamos fazer?

Isso era uma excelente questão. Como lutar contra um exército de centenas de animais mutantes e com o deus da morte?

— Mik, aguente firme. Eu estou procurando pela pessoa que vai saber como derrotar Trivia: A mulher que colocou ela no mundo.

E se Ilithya soubesse que Rowena seria mãe de Trivia, ela teria matado Rowena antes que isso acontecesse, e não seria necessário muito incentivo para isso.

A visão de Ilithya começou a ficar enevoada e depois embaçada. Ela sabia o que isso significava: Ela estava acordando.

Ilithya piscou e encarou o céu azul de outra dimensão.

— Uhum, Ilithya — ela ouviu a voz de Sam gritar — Sabe, quando você estava dormindo, eu e Mary fomos caçar monstros.

Isso foi suficiente para fazer Ilithya levantar em um pulo. Ela olhou para o elfo e a ninfa que estavam parados e encarando ela angelicalmente, e pior, os dois estavam ensanguentados. Segundos depois o olhar dela parou sobre a perna de Mary que estava ensanguentada e a camiseta de Sam que estava vermelhos escarlate. Além de saírem sem a permissão dela, eles tinham a ousadia de se machucar.

Ah, ela iria matar essas pragas.

Perspectiva de Alec.

Quando Alec escondeu o celular dentro do travesseiro, Vanessa zoou ele. Alec fez isso, para caso de Trivia descobrir tudo (Tipo, como aconteceu), ela não iria achar o celular e ele teria como se comunicar com o mundo lá fora. E o travesseiro era o único lugar onde ele não iria esquecer o celular, afinal, como ele iria esquecer de dormir? Na maior parte do seu dia ele pensava em dormir e consequentemente, no seu adorável travesseiro.

“Sabe quando você não pensa em dormir?” Ele escutou a voz risonha de Christine.

“Hum, quando?”

“Quando você já está dormindo”

“Isso não tem graça. E você não tem muita moral para falar isso de mim, já que dorme até ás duas da tarde se deixarem, senhorita”.

“Ok, ok. Mas já que vai fugir, por favor, faça um bloqueio. Não tenho a mínima vontade de ganhar alguns arranhões”.

“Prometo que da próxima vez que você for pegar pipoca, não vai aparecer um corte em você”.

“Eu espero que sim”.

Então ele fez um bloqueio mental. Era fácil para um vampiro, que já nascem com dons psíquicos. Era só imaginar uma parede entre ele e Christine. E depois ele não escutava mais os pensamentos dela. O lado ruim era que fazer isso por muito tempo exige concentração.

Mas o esconderijo do celular veio a calhar. Quando descobriu que eram traidores, Trivia os revistou (Claro que ela fez isso depois de quase ter matado ele), tirou as adagas que ele escondeu no guarda roupa, e até tirou os sapatos de salto de Vanessa, que segundo Trivia, podiam muito bem servir de arma. Alec concordava, só alguém que já levou um sapato de salto voadora nas costas sabe o que é arma de verdade.

Mas ninguém iria procurar um celular dentro de um travesseiro. Revistaram tudo: Debaixo da cama, dentro do guarda roupa, procuraram passagens secretas, revistaram até sua gaveta de cuecas, mas ninguém pensou em abrir o travesseiro.

Alec deslizou a fronha para fora do travesseiro e enfiou a mão no pequeno corte que ele havia feito, discretamente, para os soldados não perceberem. E dentro da espuma, estava o celular. Ele baixou o cobertor que estava encima dele e observou os soldados. Os pobre coitados tinham baixado a guarda e estavam pensando que ele tinha dormido. Pobre iludidos.

Mas será que iria pegar sinal no meio do deserto?

E deu certo. Aparentemente, Trivia pagava para ter internet no meio do deserto. Como ela arranjou isso, ninguém sabe.

Raphael, rastreie minha localização e envie um helicóptero, avião ou qualquer coisa que se mexa para cá. Eu e Nessa estamos fugindo. Faça isso urgente! Nem que tenha que mandar um helicóptero por portal.

Pronto.

Agora era só matar os soldados das portas e os que estivessem no corredor e depois buscar Vanessa.

Alec caminhou até os soldados da porta.

— Me deixem passar, por favor.

Um soldado olhou para cara dele.

— Não, vampiro idiota.

Aí o soldado morreu. Alec incendiou a mão de chamar negras e acertou o peito do soldado. As chamas que eram incrivelmente mais quentes que chamas normais, atravessaram a armadura e fizeram os ossos e órgãos do soldado virarem cinzas imediatamente. O corpo caiu no chão, com o fogo se espalhando como uma fogueira.

O segundo soldado olhou para a cara de Alec e sacou a espada.

Tarde demais. Demorou certa de um segundo para Alec arremessar o soldado encima do corpo caído. E quase instantaneamente, ele estava queimando.

Foi tão fácil.

O corredor estava cheio, guardas carregavam papeis e armas. Trivia estava se preparando para alguma coisa, mas agora ele não tinha tempo para descobrir. Fez chamas negras percorrerem o corredor e em seguida, tinha vários soldados correndo desesperados.

No meio do tumulto, foi fácil passar correndo até o quarto de Vanessa. No quarto dela não tinha nem soldados na entrada, a porta estava só trancada, e assim que ele derreteu a fechadura, não estava mais.

— Oi Nessa, temos que fugir, é bom você sair correndo.

Vanessa se levantou na cama com um sobressalto.

— O quê? Claro que não. Temos que pegar o Presidente Au-au primeiro, não vou fugir sem ele.

É claro que ela não sairia sem o maldito chiuhuahua.

Alec suspirou. Ele não tinha incendiado duas pessoas e um corredor para sua irmã resolver ficar por causa do cachorro.

— E onde ele está?

— Acho que deixei ele na sala.

[...]

Só para resumir, Alec teve que incendiar mais dois corredores e um quarto para chegar até a sala, isso sem contar alguns soldados idiotas que tentaram se meter no caminho. Sério, que tipo de idiota tenta se meter com alguém que faz fogo aparecer do nada?

Bom, os soldados de Trivia nunca foram conhecidos por sua inteligência. E nem pelo senso de perigo.

E quando eles chegaram na sala, o cachorro não estava lá.

Seria muito mais fácil pular a janela do quarto de Vanessa sem ter que enfrentar mais soldados, mas por causa do cachorro, Alec concordou em sair pela porta da sala mesmo.

E seria muito mais fácil sair pela porta da sala se o deus da morte não estivesse ali.

— Antes de qualquer coisa — Thanatos falou — Eu vi o cachorro no corredor que você acabou de incendiar.

Que lindo, Alec provavelmente iria morrer por causa de um chihuahua.

— O Presidente Au-au estava lá? — Vanessa estava gaguejando e com cara de choro.

Ela poderia ser transformada em cinzas pelo deus da morte, mas não estava nem um pouco preocupada com isso. Na verdade, ela estava mais preocupada com o cachorro maldito. Talvez fosse por que ela dormiu com Thanatos, aí achava que ele iria poupar ela.

— Aham, mas eu o vi e achei que você não gostaria se ele virasse churrasco. — Thanatos disse.

Aí o deus da morte estralou os dedos e um chihuahua psicótico apareceu no sofá latindo. Quando Alec voltou a olhar para porta, Thanatos tinha sumido.

Vanessa estava quase quebrando os ossinhos do cachorro e olhou para a porta.

— Não acredito... ele sumiu — Ela murmurou — Nem tive chances de me despedir.

Alec olhou para Vanessa seriamente.

— Vanessa, a porta está livre, você não vai morrer e está pensando em agarrar a criatura. — Alec falou — Pare de ser idiota, criatura. Essa é uma ótima hora para correr.


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Notas finais do capítulo

Dessa vez postei rápido, não é?

Só uma perguntinha: Vocês gostam mais quando narro na perspectiva de quem? Eu particularmente gosto de escrever as perspectivas da Chris, Ilithya, Raphael, Alec e Sam. São meus favoritos para escrever.