Agilidade escrita por Diane


Capítulo 1
Capítulo 1 - Psicológos loucos




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/603655/chapter/1

Um anos depois de Equilibrio

Na sala da nova psicóloga do Campo de Treinamento.

Em menos de uma semana classifiquei doze psicólogos em categorias. Surpreendentemente todos eles pediram demissão depois de me conhecerem.

A porta se abriu e psicóloga entrou e se sentou na cadeira na minha frente com um sorriso incrivelmente falso. Ela tinha bochechas de um buldogue idosos, e olhos caídos, estava se com as roupas mais idiotas que já vi na minha vida. Provavelmente ela tentou se vestir como uma adolescente, para tentar se “aproximar” de mim, e digamos que o decote não valorizou os peitos caídos e enrugados dela.

Segundo as minhas teorias, essa psicóloga pertence á categoria “Psicólogos que são mais loucos que eu”. Esse é um tipo de raça que se forma em psicologia, mas são mais loucos que os pacientes.

— Qual é seu nome? — Ela perguntou sorrindo igual uma idiota.

Encarei-a, cética.

— Meu nome está na ficha que você está segurando, junto com as minhas características.

O sorriso dela sumiu tão rápido que foi hilário, mas depois ela me olhou novamente e forçou um sorriso falso.

— Tratar as pessoas mal é falta de educação... Aqui na sua ficha também consta que você não é muito educada.

Tenho certeza que quem deixou essa observação foi Ilithya, ela vive falando que sou sem-educação desde o dia que entrei na sala dela sem bater na porta e vi a minha querida diretora se agarrando com Raphael no meio da mesa. A culpa foi totalmente dela que deixou a porta aberta.

“Que história é essa da minha tia se agarrando com Raphael?” Ouvi Alec perguntar mentalmente.

“Ah, não te contei. Esses dias entrei na sala dela sem bater na porta, e ela estava se agarrando com Raphael bem encima da escrivaninha onde fica os documentos. Lembre-me de sempre usar luvas quando for tocar nos documentos ou em qualquer papel que vem daquela sala” falei por telepatia.

“Sério?”

“Aham. Seríssimo”

— Você não respondeu minha pergunta, o que está acontecendo? — A psicóloga perguntou.

Pisquei.

— Ah, é nada, só estava contando para Alec o dia que entrei na sala de Ilithya e a vi se agarrando com Raphael — Respondi angelicalmente.

A psicóloga franziu a testa enquanto seu cérebro tentava processar as informações.

— Raphael... E Ilithya? O que...

Sorri mais angelicalmente ainda.

— Nós não estávamos falando de mim?

Ela ajustou o óculos no lugar e se forçou a fechar a boca.

— É, sim... Isso mesmo. Estávamos falando da sua educação.

— Então vamos falar agora da sua educação. Você não acha falta de educação não se apresentar? — Falei com um sorriso maldoso — Isso não é certa falta de conduta, doutora?

Os olhos dela se arregalaram. Pude ver que ela não acreditava que uma mera adolescente de dezessete anos poderia achar falhas na sua precisa e limpa conduta profissional.

— Meu nome é Kimberly Bressan, prazer em conhecê-la, Christine — Ela falou enquanto tentava recuperar a postura.

Ela estendeu a mão para me cumprimentar, mas eu não apertei a mão dela.

— Por que você não aperta minha mão?

Olhei seriamente para ela.

— Pode ter bactérias na sua mão.

Ela recuou a mão e escreveu uma nota na sua agendinha: “Obsessiva por biologia, com caráter antissocial e grosseiro”

— Bela agenda a sua — falei.

A doutora Bressan sorriu satisfeita.

— Não é linda? É feita de couro.

Analisei a agenda. Aquilo definitivamente não é couro.

— O couro falso parece bem realístico, foi feito um excelente trabalho aí.

O rosto da psicóloga tomou uma feição irritada quando falei sobre a agenda dela ser falsa.

— Não é falso.

Sorri angelicalmente mais uma vez.

— Claro que é.

— Sinto muito, mas você deve estar enganada, Srtª Christine.

— Oh, claro que não, eu nunca me engano — Falei falsamente.

— Mas esse couro é falso.

— NÃO É FALSO! QUAL É SEU PROBLEMA EM ENTENDER ISSO?

A cara da doutora estava vermelha de raiva e as unhas delas estavam fincadas na poltrona.

— A senhora não acha que está se exaltando? — Perguntei com a maior cara de inocente.

Kimberly se reclinou na cadeira novamente. Ah, eu estava deixando ela louca...

— Bom, voltando as perguntas — ela pegou a ficha novamente — Aqui na sua ficha diz que você não confia nas pessoas e não tem amigos. Por que você não confia nas pessoas e não tem amigos.

Revirei os olhos. Como psicólogos podem ser tão tapados?

— É difícil confiar em alguém depois de descobrir que minha melhor amiga era uma bruxa psicótica. Isso é um bom motivo para não ter amigos.

“Eu não sou seu amigo?” A voz de Alec soou falsamente magoada.

“No”

“Vou me lembrar disso quando um monstro resolver te atacar”

“Vingativo!”

“É, sou vingativo mesmo”.

A psicóloga me lançou um olhar comovido, obviamente falso.

— Oh, eu sinto muito — ela disse.

— Não sinta, eu superei isso quando explodi o traseiro de Trivia.

Ela fez mais uma anotação na agendinha dela, pelo canto do olho pude ver o que estava escrito: ”A paciente tem tendências terroristas”. Segurei o riso quando li isso.

— Agora vamos para a outra parte da nossa consulta — Ela pegou vários papeis com pingos de tinta formando manchas estranhas — Que imagem você vê?

Analisei os papeis. Parecia que ela tinha despejado um potinho de guaxe ali.

— Parece que você não tem talento para pintora — falei.

— Que imagem você vê aqui? — Ela repetiu a pergunta.

— Um grifo devorando um coelhinho inocente.

Os olhos dela se arregalaram.

— Você vê isso mesmo?

— Não. Eu só estou fazendo você de trouxa

A pobre coitada respirou fundo, eu podia imagina-la contando até dez mentalmente e rezando para todos os deuses que essa consulta acabasse.

Ela guardou os papeis na gaveta da escrivaninha e repousou os cotovelos sobre a mesa.

— Já que você não quer facilitar meu trabalho, então pelo menos responda as perguntas básicas — A psicóloga suspirou — Você tem insônia?

Eu ri.

— Não. Durmo igual uma pedra,

— Você sente muito cansaço?

— Aham.

Ela se reclinou na minha direção, os olhos brilhando de satisfação consigo mesma.

— Por que você sente cansaço?

— Criatura, eu acordo as seis da manhã para ir para a faculdade, depois mal tenho tempo de almoçar e já tenho que ir treinar com Raphael e á noite ainda tenho aulas com Ilithya. Já é demais pedir que eu não esteja cansada.

Os ombros dela caíram e o rosto dela já estava cansado.

— Já é tarde, é bom você ir dormir. Esta dispensada.

Saí pela porta satisfeita. Pobres psicólogos que acham que uma mente genial como a minha pode ser dissecada.

Ilithya entrou na sala para falar com a psicóloga. Dei uma volta pelo corredor e depois voltei para escutar atrás das portas.

— EU ME DEMITO!

Ri de satisfação quando ouvi isso. Agora já são treze psicólogos.

— Se acalme doutora Bressan — Ouvi Ilithya falar — Caso você queira, podemos cancelar as consultas de Christine.

— NÃO! VOCÊ NÃO PERCEBE QUE ESTOU FICANDO LOUCA? ESSES BANDOS DE ADOLESCENTES PROBLEMATICOS ME ENJOAM. EU QUERO ME APOSENTAR!

Ilithya concordou com ela e começou a falar sobre planos de aposentadoria e etc. Quando a feiticeira saiu da sala e me viu ouvindo atrás da porta me lançou um olhar assassino.

— Praguinha sem-educação.

Ri dela e fui à direção do meu quarto.

[...]

— Eu sou o Tigrão, o gostosão! Eu sou gostosããão...

Olhei para a cara do gato que estava cantando pateticamente e depois olhei para Vanessa.

— Vanessa, o que aconteceu com o meu gato?

A ruiva riu e rolou pela cama.

— Mary deu erva gato para ele.

O gato continuava a cantar e só que dessa vez ficou em pé nas patas traseiras e começou a usar o travesseiro de guitarra.

— Percebo que ele não está bem.

Deitei na minha cama com Idia deitada nos meus cabelos, um poucos depois passou o acesso de loucura do Mingau e ele foi deitar também. Eu estava tão exausta que dormi de luz acessa.

Mal fechei os olhos e aqueles sonhos esquisitos começaram a surgir.

Diana se esgueirou pelas sombras que a torre projetava no chão e olhou para a janela mais alta do palácio e riu ironicamente quando lembrou que quando era pequena almejava ter o quarto do irmão por causa de ser o lugar mais alto.

— Você tem certeza que a minha irmã está aprisionada aí? — Edmundo perguntou, cético.

A filha de Nyx lançou um olhar irritado para ele.

— Primeiramente, tente manter a sua boca fechada, não queremos que alguma sentinela desconfie de algo. E segundo: É obvio que tenho certeza, eu sempre tenho certeza.

— Se você estiver mentindo e minha irmã foi morta por você... Juro que vou mata-la.

A morena revirou os olhos.

— Lhe desejo boa sorte por que a fila é longa. Atualmente todo mundo quer me matar, nem sei por que.

— Claro que não sabe... — Edmundo retrucou sarcasticamente.

Os dois sentiram um cutucão no braço e viraram. Dimitri estava olhando feio para a cara deles.

— Se continuarem discutindo, aí sim que os soldados vão perceber você — Dimitri falou.

Diana revirou os olhos. Dimitri foi trazido ali por Edmundo, só para garantir que nenhuma feiticeira psicótica o fosse atacar pelas costas (Diana desconfiava seriamente se ele se referia á Trivia ou á ela). Na sincera opinião de Diana, Dimitri era muito lerdo.

Embora o garoto fosse lerdo, talvez ele pudesse ter um pouquinho de razão, então Diana e Edmundo calaram a boca.

— Então, como vamos entrar dentro da torre? — Edmundo perguntou com um ar desafiador.

— Esqueceu que eu já morei nesse castelo? — A morena sorriu maldosamente — Sei exatamente as entradas e todos os pontos de guarda desse castelo. Ali — ela apontou para a entrada dos estábulos — tem uma entrada para a torre, me lembro de quando eu e meu irmão fugimos de Miraz nós saímos por lá.

Sem esperar os outros a acompanharem, a feiticeira correu até a direção dos estábulos sem fazer nenhum ruído ao lado de uma parede quando percebeu a presença dos guardas.

Edmundo e Dimitri a seguiram cautelosamente e parara do lado dela.

— Você disse que não teria soldados guardando esse local, certo? — Edmundo sussurrou.

— Pois é, acho que meu irmãozinho está ficando mais cauteloso agora.

Dimitri ajustou o capuz preto para cobrir seu rosto, ele era o general do exercito narniano e para ajudar Edmundo foi colocado nessa situação, se um dos guardas visse ele ou Edmundo ali com Diana, bom, eles já poderiam se considerar dentro da lista de inimigos de Narnia.

Eles ficaram parados ali por um tempo, esperando os guardas trocarem de guarda e quando aquele momento ocorreu, Diana tirou uma pedra do capuz e jogou o mais longe que podia, fazendo os guardas saírem do local, atraídos pelo som.

Correram o máximo que puderam até chegar na entrada dos estábulos e então quando Edmundo girou a maçaneta da porta, para a surpresa deles, a porta estava trancada.

— Ferrou — Diana praguejou.

— É, ferrou — Pela primeira vez na noite Edmundo concordou com ela.

Infelizmente, um soldado estava voltando após perceber que era apenas uma pedra que caiu misteriosamente, e viu os três ali, girando a maçaneta.

O carinha nem pensou na hipótese que era errado atacar o seu general e o rei dele, puxou a espada do cinto e voou na direção deles.

Diana agiu mais rápido, tirou uma adaga do cinto e arremessou no peito do soldado. A força do arremesso perfurou a o metal resistente da armadura e a adaga se fincou no coração do soldado.

Edmundo olhou para ela, horrorizado.

— Você acabou de matar um homem narniano — Ele constatou.

Diana o fuzilou com um olhar cruel.

— Esse homem narniano matou crianças só por que elas descendiam de deuses.

Dimitri se aproximou cautelosamente do corpo do morto e tirou uma bolo de chaves.

— Oh-oh — Diana sussurrou quando viu a quantidade de chaves.

— Qual será que é a da porta? — Dimitri perguntou — Edmundo, você já veio aqui mais vezes que eu, me ajude, cara.

Edmundo olhou exasperado para a quantidade de chaves e poucos segundos depois os passos dos outros soldados começaram a ecoar pelo chão.

Ele arrancou o molho de chaves da mão de Dimitri e enfiou a chave maior na fechadura enquanto rezava para que abrisse.

Com um estalo a porta se abriu. Eles correram rapidamente pelas as escadas que levavam até o último andar da torre, só para serem barrados por uma porta enorme de madeira.

Edmundo deu um soco na porta e a pobre porta tombou no chão. Diana olhou para ele admirada, afinal , um mero humano não teria essa força, mas então ela percebeu que ele estava pálido e olhando fixamente para frente.

A garota olhou para frente e viu uma cena inusitada. Lá estava Lúcia, mas ela não era a Lúcia que ela se lembrava. Aquela garota na frente dela estava semi nua, os cabelos estavam tingidos de vermelho sangue. O maior choque foi perceber que Lúcia estava na cama, se agarrando com Caspian que... alias, estava nu.

Pela primeira vez na sua vida, Diana estava verdadeiramente chocada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!