Werewolf Fever escrita por Petr0va


Capítulo 2
01 - Beacon Hills


Notas iniciais do capítulo

Obrigada, do fundo do meu coração, pelos comentários que falavam para continuar a história, obrigada mesmo! Obrigada pelos nove acompanhamentos, um favorito, e mais de 100 visualizações, e tudo no prólogo.
Todos os próximos capítulos serão narrados pela Miriana, só se tiver um capítulo especial que vai trocar a narração mesmo.
Boa leitura!



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Um ano havia se passado, e também mais uma cidade. Após eu me mudar para a casa do meu tio - o único parente meu que ainda era vivo -, eu já tinha passado algum tempo em várias cidades, mas nunca passando mais de dois meses nelas. Mas meu tio dizia que nessa iria ser diferente, que nessas nós iríamos ficar permanentemente, sem mais propostas de trabalho; mas o problema era que ele sempre dizia isso. Mas talvez realmente iria ser diferente, já que meu tio também dizia que para onde estávamos indo ele tinha raízes profundas, muitos conhecidos por lá. O que era bom, de certa forma. A cidade era pequena, e assim o trabalho de policial não iria ser tão puxado, fazendo assim eu passar mais tempo com o meu tio, que ao contrário da minha mãe, era muito agradável.

Bem-vindo à Beacon Hills — falei lendo a placa de boas-vindas enquanto estava encostada na janela do carro. — Nome bonito.

— A cidade também é, não se preocupe.

— Todas cidades que já estivemos são — eu disse fitando meu tio que dirigia cuidadosamente. Algumas partes do cabelo preto dele estavam brancos, mesmo ele sendo muito novo, e sua barba também estava um pouco grisalha. A expressão séria que ele estava deixava-o parecendo um homem rude, que vivia bebendo por aí, tudo bem que suas vestes não ajudavam — sempre com flanelas e calças jeans surradas — porque faziam ele parecer um fazendeiro de uma cidade bem distante. Mas ele era tão doce, não tinha muito dinheiro e mesmo assim me aceitou, a sobrinha desconhecida, que acidentalmente havia matado sua irmã e cunhado, mas claro que ele não sabia, eu não me atreveria a dizer e acabar indo à um abrigo, ou pior, à cadeia.

— Chegamos — avisou Thomas.

Parei de prestar atenção no meu tio e olhei ao meu lado, vendo uma casa pequena, mas que parecia aconchegante, e aparentemente de dois andares. A casa era branca, mas nos cantos haviam madeiras pintadas em um tom mais escuro, eu não conseguia identificar. A casa era linda, e dessa vez tinha cara de lar.

— Ela é linda — sussurrei maravilhada. — Como conseguiu comprar?

— Era minha antiga casa, estava sendo alugada. E pelo jeito os inquilinos fizeram uma boa reforma, ela era toda velha e fedorenta — riu ele.

Eu sorri serenamente para o meu tio e subi na varanda, onde tinha um balanço. Sentei-me ali, já me sentindo em casa.

— Não se atreva a relaxar, temos caixas para tirar da caminhonete.

Eu bufei e levantei-me daquele balanço tão confortável, indo na direção da caminhonete velha, que era azul e estava com a tintura toda desgastada; com certeza parecia a caminhonete de um fazendeiro, eu deveria perguntar para o meu tio se ele realmente já foi um.

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— Graças a Deus! — Eu suspirei depois de carregar a última caixa, limpando o suor que tinha na minha testa com a parte de trás da mão. Não era possível que todas aquelas caixas tenham cabido naquela caminhonete apertada. — Eu vou deitar, estou muito cansada.

— E o jantar?

— Se eu acordar no meio da madrugada eu como alguma coisa.

Eu peguei a toalha que estava em cima de uma caixa, subi as escadas e entrei no quarto que havia escolhido como meu, certamente eu iria dar uma boa repaginada nele, e depois colocar todas minhas coisas ali. Mas por ora iria deixar daquele jeito, estava cansada demais. Tirei do meu ombro a toalha e entrei no banheiro que tinha no quarto.

Depois do banho relaxante que eu tive, eu limpei o espelho embaçado do banheiro e olhei meu reflexo. Eu parecia uma garota tão estranha, mas tão feliz, não pensei que iria ser tão bom assim morar com o meu tio, viajar com ele e dirigir por todas as estradas dos Estados Unidos. Eu não pensava que iria ficar feliz depois de tudo. Me deitei na cama com as mesmas roupas que eu estava hoje de manhã, estava cansada demais para descer e pegar outras, e não me importei com a cama que não tinha lençol algum.

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Que barulho irritante! Era só isso que eu conseguia pensar, ignorei o máximo que pude, mas de cinco em cinco minutos aquela droga de despertador tocava, bufei como sempre fazia e tateei cegamente até achar o celular no criado-mudo. Me levantei com muita dificuldade, mas não era minha culpa, aquela cama era macia demais.

Primeiro dia de aula, dizia o alarme do celular. Mais um típico dia aonde eu iria ser a nova aluna estranha da escola, que nunca conseguia fazer amigos, e que ainda chegava atrasada.

Desci as escadas e ignorei meu tio atirado no sofá, peguei minhas roupas e subi para o quarto novamente, não estava com a mínima vontade de me vestir.

Após arrumar-me, me olhei no espelho e me amaldiçoei. A flanela vermelha e a calça jeans me fazia parecer como meu tio — uma fazendeira de uma cidade pequena. Prendi minhas madeixas morenas para trás e puxei o que restou da minha franja ondulada para frente. Eu realmente tinha cara de garota nova, bufei.

— Sabe o caminho da escola? — Perguntou meu tio após eu descer as escadas com a mochila nas costas.

— Sim, eu memorizei ontem — eu disse pegando uma maçã da fruteira. — Tchau — Nem esperei meu tio responder e saí porta afora.

Eu caminhava pela rua olhando todos os arredores daquela cidade, ela realmente era bonita, parecia leve, tranquila de um jeito que eu não sabia explicar. Cheguei na frente da escola — já que não era muito longe da minha nova casa — e não me surpreendi quando não encontrei nenhum aluno por lá. Entrei lá dentro e deparei-me com armários por todo o corredor, olhei para o meu horário que havia imprimido antes de me mudar e tentei localizar a sala.

A parte ruim estava prestes a acontecer, eu respirei fundo e abri a porta da sala.

— Com licença — sussurrei entrando na sala de cabeça baixa.

— Você é a aluna nova, certo? — Perguntou o professor Yukimura de história, como dizia o quadro. Eu não poderia negar, eu realmente tinha cara de aluna nova. Então assenti. — Venha cá, querida.

Aproximei-me em passos hesitantes e parei bem ao lado do professor, não tinha como fugir agora.

— Essa é a nova aluna, pessoal! Miriana Collins, tratem-na bem — disse ele para a turma. — Seja bem-vinda, Miriana — ele sussurrou pra mim.

Eu corri os olhos para aquela sala gigante procurando um lugar vago, achei, caminhei até lá e finalmente sentei-me, fechando os olhos por causa do alivio de sair da frente de todo mundo com aqueles olhares curiosos. Abri meu caderno e fitei os dizeres que haviam na contracapa: O sol, a lua, a verdade. Passei a mão em cima. Os dizeres que meu tio tinha falado para eu aprender a me controlar, já que sabia o que eu era — já que eu falei pra ele das dúvidas que eu tinha sobre o meu ser —, e mesmo assim não me tratou como um animal, e eu era eternamente grata por isso. Talvez ele até suspeitasse que fui eu quem matou meus pais, ele era profissional nisso, sabia por onde um lobisomem passava, sabia que aquele ataque tinha sido de um. Mas ele negava para si mesmo, ou talvez nem se preocupava, já que ele nem tinha comentado.

— Frase legal — disse a garota ao lado chamando minha atenção, virei-me e me deparei com uma garota chinesa, talvez japonesa ou coreana, eu não sabia diferenciar. E então abri um sorriso meigo, grata por ela ter falado comigo no primeiro dia.

— Obrigada —agradeci ainda com o sorriso no rosto.

— Sou Kira — disse a garota asiática estendendo a mão.

— Miriana — eu respondi depois de aceitar o cumprimento da garota ao lado, Kira.


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Notas finais do capítulo

Imaginem o tio da Miriana como o Jeffrey Dean Morgan, é o único ator que eu achei que combinava mais ou menos com ele.
E a Miriana como a Zoey Deutch, a garota que tá na capa da fanfic.
Obrigada por ler até aqui, comente o que está achando da fanfic, e também comente se que que ela continue!



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