Broken Promisses escrita por Grazy


Capítulo 1
Feelings Bad


Notas iniciais do capítulo

New Fanfic!Nem preciso dizer o quanto os cometários são importantes, né? Mas ainda sim vou falar que sem eles a fic não anda ok?



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– Se você for embora não quero que volte nunca mais! – Ele gritou comigo enquanto eu arrumava minhas coisas.

– Não voltarei, você não acredita em mim de todo jeito. – Respondi soluçando.

– Fica difícil, quando eu te vejo sair de manhã da casa do cara que completamente apaixonado por você! – Ele voltou a gritar oque me fez guardar as coisas mais rápido.

– Eu só tomei café, e é você que está se mudando, não eu – Peguei minha bolsa colocando-a sobre o ombro – Adeus, Damon.

– Mamãe! – A voz fina de Adam me fez acordar eu me sentei olhando a pessoinha na minha frente – Mamãe, não consigo dormi.

– Porque, bebê? – Ele sentou na ponta da cama.

– Não sei, tive pesadelo, vou ficar aqui. – Ele se enroscou de baixo do lençóis.

O olhei na pouca luz do quarto, os olhos azuis ressaltados pelos cabelos pretos que cobriam a testa, a pele branca e o rosto tranquilo, a única coisa boa que Damon deixou na minha vida, deixei que ele dormisse primeiro já que é um habito desde que ele nasceu, eu nunca consegui dormir antes dele oque me fazia ficar horas observando-o dormir, e não liga-lo a Damon por anos foi impossível, mas hoje em dia eu não olho para Adam e vejo Damon, eu o olho e vejo meu filho, meu bebê.

Acordei três horas depois, Adam ainda dormia do meu lado, me estiquei para a ponta da cama, o chão estava gélido, hoje completava exatos 5 meses que eu sai de Toronto e vim para Londres, me senti uma idiota por ter medo de encontrar Damon aqui, com mais de 8 milhões de pessoas as chances eram quase nulas, tomei uma ducha rápida e fui diretamente para a cozinha, fiz uma panquecas em formato de carro e um chocolate quente para Adam, um cappuccino e uma omelete pra mim.

Voltei para meu quarto e me sentei na beira da minha cama, passando as mãos levemente nas costas do meu filho, ele se mexeu e se virou para mim lentamente, seus olhos sonolentos lembravam os de Damon, quando tínhamos que acordar mais cedo para o colégio, tirei esses pensamentos da minha cabeça, Damon nos deixou, eu e Adam não existimos para ele, não mais, e não há desculpas ou explicações para isso.

– Deixa eu dormir mais mamãe? – Ele pediu fazendo um biquinho.

– Fiz panquecas – Ele fechou os olhos novamente – Iguais aos carros, tem calda de chocolate.

Ele abriu os olhos instantaneamente e pulou da cama, correndo até a cozinha, arrumei a cama antes de segui-lo, fui até seu quarto arrumando-o e depois fui para a cozinha, Adam estava todo melado com a calda e já não restava nem um pedaço de panqueca para contar história.

– Mamãe, pode fazer mais? – Ele perguntou ansioso e eu neguei.

– Vai ficar com dor na barriga – Ele fez um bico – Vai tomar seu banho, Adam.

Ele se levantou indo até o banheiro, tomei meu café rapidamente e fui para o banheiro do meu quarto tomando um banho rápido e colocando meu blazer preto e minha calça social, amarrei o cabelo e fui até o quarto de Adam que estava sentado na cama, só de cueca assistindo televisão, me aproximei dele tocando seu ombro.

– Olha que legal esse filme, mãe. – Olhei para televisão e depois para ele.

– Você vai ficar doente, Adam – O repreendi e peguei a roupa da escola dele, vestindo a camiseta – Você quer ficar doente?

– Não, mas eu queria assistir. – Ele mesmo terminou de se vestir.

– Filho, hoje a mamãe está atrasada mais amanhã eu chamou você mais cedo e nós assistimos muito, tudo bem? –Ele assentiu, pegando a mochila.

Andamos juntos até o elevador, quando chegamos a portaria, passamos pelo porteiro, um homem de cabelos grisalhos e com uma cara feia, ele e Adam se gostam bastante, oque me preocupa já que daqui 7 meses eu vou voltar para Toronto, saímos do prédio e eu peguei meu carro no estacionamento, Adam se sentou sozinho no banco de trás, peguei umas musicas infantis e coloquei no som do carro, ele se distraiu com isso, levei 20 minutos para chegar na escola.

– Mamãe – Ele chamou enquanto eu abria a porta de trás para eles – Não quero entrar.

– Porque? – Perguntei me sentando do seu lado.

– Um menino da minha sala, fica me enchendo. – Dei um beijo em sua bochecha.

– Não liga para isso, ele não é melhor que você, então deixa ele falando sozinho – Ele assentiu e desceu do carro – Eu te amo.

– Também. – Ele caminhou com alguns amigos para dentro da escola, meu celular tocou e eu atendi entrando no carro.

– Aonde você está Elena Gilbert?! – Caroline perguntou assim que eu atendi.

– Indo para ai, porque? – Ela suspirou.

– Está atrasada, aonde você está? – Ela parecia impaciente e estressada.

– Na escola do Adam – Respondi rapidamente – Vou ter que dirigir agora, até logo, Barbie.

Desliguei o telefone e liguei o motor, levei pouco mais de 30 minutos para chegar no trabalho, passei pela recepcionista dando um leve aceno de comprimento, Car é a dona dessa empresa, arquitetura e decoração, eu sou arquiteta e Car design, nós começamos a empresa logo quando eu terminei o colégio e comecei a faculdade, Adam era só um bebê e minha mãe cuidava dele, Car estava na faculdade também, nós no conhecemos, ela se apaixonou pelo Adam, e nós começamos a empresa em Toronto mesmo, mas a 5 meses decidimos abrir essa sede em Londres e viemos cuidar de tudo por aqui.

Subi pelo elevador, o prédio só tinha 4 andares e o térreo, no primeiro ficava os engenheiros e o pessoal que cuida da construção, no segundo fica a parte administrativa, advogados, funcionários de RH entre outros, o terceiro era divido em dois, metade ficava os designs e na outra os arquitetos, eu e Car ficávamos no ultimo andar, atendíamos os clientes mais importantes e as maiores produções, são somente duas salas, uma minha e uma dela, quando voltarmos para Toronto arranjaremos pessoas para ficar em nosso lugar, sai do elevador e fui direto para sala da direita, na sala da Carol tinha um homem meio loiro de olhos azuis esverdeados, eles conversavam animadamente.

– Oh, Elena esse é Niklaus Mikaelson – Ele se levantou apertando minha mão – Sr. Mikaelson essa é Elena Gilbert, minha sócia.

– É um prazer senhorita Gilbert. – Ele tinha sotaque forte britânico.

– Vejo que é daqui, Sr. Mikaelson. – Comentei me sentando na cadeira ao seu lado.

– Nasci em Londres, Srta. Gilbert, mas cresci em Swansea, Pais de Gales e tive a sorte de voltar para cá. – Caroline não parecia confortável por estar fora da conversa então pensei um jeito de inclui-la.

– Caroline é nova por aqui, mal sabe aonde fica o Big Ben, ela não conhece essa cidade como nós. – Tudo era obviamente mentira, já que Caroline passa todas as férias por aqui.

– Você é Britânica, Srta. Gilbert? – Neguei rapidamente.

– Vim para cá a pouco tempo, mas conheço bem a cidade, na verdade eu viria fazer faculdade aqui. – Caroline continuava incomodada, eu só tirava as minhas coisas da maleta.

– E porque não veio? – Ele perguntou e eu finalmente achei o Notebook.

– Problemas familiares, bem Sr. Mikaelson essa aqui é a planta da maneira mais básica de como ficaria o prédio da sua empresa. – Caroline veio para trás de nós.

– Bem meu Sócio ainda não chegou, mas acho que podemos começar sem ele. – Ele se aproximou de mim e de Caroline olhando para a planta em 3D no notebook.

– Os andares são todos do mesmo tamanho, mas eu estava pensando em aumentar uns centímetros a cada andar que subir, assim vai dar mais ou menos esse efeito – Mostrei para ele que assentiu atento – É um bom jeito de dar uma aparência mais moderna e se o senhor quiser algum tipo de área de lazer, temos um espaço de reserva aqui atrás.

– Acho que podemos fazer uma creche, para os filhos do funcionários e um pequeno playground aqui, mas podemos colocar umas arvores em volta para eles terem alguma sombra, da pra fazer isso? – Ele perguntou apontando para algumas parte, eu fiz uma rápida simulação.

– Mais ou menos assim, Caroline pode colocar umas mesas de piquenique aqui não pode? – Ela assentiu – E terá um lugar legal para vocês irem se quiserem comer fora do trabalho, e se pegarmos uma parte desse lado podemos colocar um estacionamento longe da creche, e também terá um no subsolo, assim ficaria mais espaçoso. – O telefone dele tocou e ele e pediu desculpas e foi atender.

– Ele é muito lindo. – Caroline sussurrou no meus ouvido.

– E inteligente, vai nessa amiga. – Respondi ela riu voltando a olhar para o homem em pé.

– Ótimo, o meu sócio acabou de chegar, ele está estacionando. – Ele voltou a se sentar e começou novamente um papo engajado com Caroline.

Continuei arrumando detalhe da planta, resolvendo algumas coisas que não batiam, no fim eu tinha terminado a parte básica, e só iria fazer a o resto com os engenheiros o outro homem não chegava e eu já estava ficando de vela ali, Caroline e Niklaus começaram a falar sobre relacionamentos que deram errado e eu estava ficando cada vez mais constrangida, por sorte meu telefone tocou e eu me levantei para atender.

– Alô? – Falei assim que atendi.

Srta. Gilbert? Aqui e Lilian, a professora do Adam. – Fiquei um pouco perplexa com a ligação, me afastei um pouco mais deles.

– Aconteceu alguma coisa com o Adam? – Perguntei um pouco preocupada.

Na verdade aconteceu sim – Meu coração parou por alguns segundos – Não é nada sério, mas ele se meteu em uma briga com um outro garoto, o menino acabou empurrando ele, o Adam caiu e machucou a cabeça, já temos um curativo aqui, mas ele não deixa nós limparmos o sangue.

– Sangue? Ele tem medo de sangue, e se tem sangue é porque foi algo sério – Minha voz foi mais áspera do que imaginei – Desculpe, eu estou indo, em alguns minutos eu estou ai – Desliguei o telefone e me virei encarando Caroline – Tenho que ir, o Adam se machucou.

– Jura? Mas o sócio do Sr. Mikaelson ainda nem chegou. – Ela estava um pouco desesperada para prolongar a conversar com o homem.

– Você pode ir mostrando suas ideias para decoração, e amanhã se não for nenhum incomodo, eles voltam aqui amanhã. – O homem assentiu e eu suspirei.

– Foi um prazer Srt. Gilbert – Ele apertou minha mão – Espero que o... Adam, fique bem.

– Também espero, até a próxima Sr. Mikaelson. – Recolhi minha coisas, e sai da sala de Car.

– Me manda noticias. – Car pediu enquanto eu saia.

Andei até o elevador e nunca agradeci tanto pelo prédio ser pequeno, assim que cheguei ao ultimo andar passei literalmente correndo pelas pessoas, corri pelo estacionamento até o carro, sai em questão de segundos do estacionamento, o caminho até a escola foi um pouco tenso, não que eu realmente achasse que Adam estivesse muito mal, só que estou com essa sensação, alguma coisa ruim vai acontecer, a ultima vez que eu senti isso foi quando Damon e eu discutimos, um dia antes de eu descobrir que estava gravida.

Assim que cheguei na porta da escola, pulei para fora e fui a passos rápidos até a enfermaria, Adam estava deitado em uma maca, com um machucado grande na testa, e um brinquedo na mão, assim que a professora me viu veio até mim.

– Como isso aconteceu? – Sussurrei para ela que deu de ombros.

– Durante o intervalo algumas crianças estavam gritando eu fui ver e Adam estava agarrado com esse menino, eu os separei, mas o garoto conseguiu empurra-lo, eu sinto muito. – Ela era uma mulher doce, estatura media, sorriso largo, e cabelos loiros prateados, ela sempre foi gentil com o Adam e fez de tudo para que ele se sentisse confortável desde que chegamos em Londres.

– Você não tem culpa, mas pode me deixar sozinha com ele? – Pedi e ela assentiu me entregando um curativo, logo depois saiu, andei até Adam me sentando do lado dele – Arranjando confusão bebê?

– Não fui eu que comecei mamãe. – Ele me abraçou sujando minha blusa de sangue, mas não importava quando ele estava desse jeito podia fazer qualquer coisa que eu não me importava, só queria cuidar e ampara-lo até que ele ficasse bem.

– Então como começou? – Ele mexeu na barra da blusa escolar.

– Ele ficou dizendo que eu não tinha pai, e um monte de coisa que eu nem sei oque significa – Comecei a colocar o curativo no seu machucado e limpando o sangue – Ai eu tentei sair e ele me empurrou, eu só não deixei ele fazer de novo.

– Olha você não tem um pai, mas tem a mim, eu sinto muito por não poder te dar isso, eu juro que eu faria de tudo para que isso fosse diferente. – Ele me abraçou e depois deu um beijo na minha bochecha.

– Eu te amo mamãe. – O abracei, era tão bom ficar assim, mas a sensação de que algo ruim iria acontecer ainda dominava meu pensamentos e sentimentos.

– Que tal passarmos no mercado e comprarmos muito sorvete, e assistimos aquele filme? – Ele assentiu feliz, com um imenso sorriso estampado em seu rosto, dei um beijo em sua testa e ele desceu pegando sua mochila.

– Vamos? –Ele chamou esticando a mão.

– Claro.

Segurei sua mão com certa firmeza, aquela sensação não me deixava, eu queria pegar meu filho e ir para um cofre e ficar lá até que aquilo passasse para que nada de mal acontecesse a ele, mais infelizmente eu vivo no mundo real, aonde eu tenho que trabalhar e ele estudar, mas só espero que isso seja só uma bobagem de mãe, mas porque eu não consigo acreditar nisso?


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Notas finais do capítulo

Comentem se quiserem que eu continue, beijinhos.