POV  EDWARD CULLEN

-Bell. – minha voz saiu mais falha do que pensava. – Não é o melhor momento pra isso. – fazia carinho em seu rosto. – E nem vai ser da forma que eu tanto planejei, mas, eu a gente precisa definir o que nós temos e eu quero começar do inicio, aquela fase de receber flores e bombons. – sorri firme ao ver seus olhos brilharem – Quer namorar comigo?

-Ed. – me encarou e mordeu os lábios. – Já está mais do que na hora de você saber que eu NUNCA – colocou o cabelo para trás da orelha. – nunca MESMO vou dizer não a você! – sorriu tímida – Eu amo você, meu namorado. Eu aceito,mil vezes eu aceito!

Agarrei Bella na mesma hora, não dava pra esconder e nem disfarçar minha felicidade. Distribui beijinhos por todo seu rosto, enquanto ela gargalhava e pedia para que eu parasse para que ela pudesse me abraçar. Já cansado, me joguei por cima dela na cama e a abracei.

Fazia carinho em sua cabeça e sussurrava o quanto a amava, enquanto ela fazia o mesmo e eu apenas sorria e fechava os olhos, como se essa ação pudesse eternizar o momento, pelo menos em minha memória.

-Eu quero lhe dar uma coisa, amor. – levantei e fui até minha calça, que estava do outro lado do quarto. – Espero que goste! – lhe entreguei e ela me olhou surpresa.

-Vamos ver! – sorriu marota. – Não confio muito em você, sabe? – piscou para mim.

“Oi, Bell.

Você deve estar esperando uma das cartas mais bonitas da sua vida,né?

Eu queria poder estar escrevendo-a, mas toda vez que tento falar dos meus sentimentos as palavras não são tão intensas e nem tão verdadeiras ao ponto de poderem exemplificar todo meu amor, meu carinho e afeto.

Então, eu resolvi escrever um bilhetinho.

Agora, você já deve ser a minha namorada, então, gostaria que soubesse que eu te amo muito e que a partir de agora você não vai ter mais sossego.

Quero-te ao meu lado o tempo inteiro e não sei mais viver sem você.

É! Eu estou bem gay hoje.

Mas, quero que saiba que eu tenho bafo todas as manhãs e que meu chulé é insuportável quando chego do trabalho. Eu deixo a toalha em cima da cama e odeio pentear o cabelo.

Não sei cozinhar direito, eu sempre peço em algum restaurante ou faço macarrão instantâneo. Fico irritado quando não me deixam ver futebol e adoro filmes românticos (isso é segredo, não conte ao Emment, ok?).

Sinto ciúmes até da sua sombra e me odeio por brigar com você.

Eu sempre choro quando me machuco ou quando você está triste comigo.

Durmo sempre pelado, é isso você já sabe? OK, NÃO ME MATE POR ISSO!

Tenho a mania de coçar a nuca quando minto ou de piscar várias vezes.

Sou mais previsível do que parece e não penso muito antes de fazer as coisas quando estou com raiva.

Meus erros, a maior parte deles, foi por querer te proteger demais e nunca por querer errar com você.

E eu estava louco pra fazer amor com você desde o momento que você entrou naquele quarto. EU TE IMAGINEI PELADA CHAMANDO PELO MEU NOME.

Eu adoro arrotar o alfabeto todo e imitar a sua voz por trás.

Eu adoro o jeito como você me olha e a forma como dorme.

Eu amo acordar ao seu lado e como dorme em cima do meu peito após uma noite de puro amor.

Eu amo suas qualidades e mais ainda seus defeitos.

É, era pra ser um bilhete. Com tudo isso, eu só quis dizer uma coisa: EU TE AMO MUITO!

Beijos, do SEU Edward.”

Ela chorava e sorria ao mesmo tempo. Não falou nada, apenas me abraçou forte e me beijou. Em seguida me encarou.

- Você não cansa de me surpreender. – sorriu. – Eu nem sei o que dizer. – riu enquanto secava as lágrimas. – Eu não esperava, ou esperava. – riu - Ah, eu não sei!

- Você é linda!

-Você é imprevisível, Edward. – me encarou. – Eu nunca sei o que você vai fazer, de verdade. – mordeu os lábios. – Se fosse qualquer outro traria um anel e falaria apenas que me ama, você é muito mais, você é muito maior que isso! E é isso que faz com que eu te ame mais.

-Ah! O anel. – gritei lembrando do mesmo. Levantei e fui até a calça novamente, mexendo no outro bolso. Ela me encarava confusa e sorrindo.

-O que é isso? – perguntou enquanto eu me aproximava com a caixinha preta.

-Eu sou um pouco careta, esqueci de colocar isso na carta. – sorri enquanto pegava sua mão. – Eu amo você e quero que todos saibam que estamos realmente juntos. – coloquei a aliança prata em seu dedo e dei um suave beijo. Entreguei-lhe a minha para que ela fizesse o mesmo.

-Eu te amo e o que eu mais quero é estar com você todos os dias. E não me importo se você tem chulé ou se você não sabe cozinhar. O que importa é estarmos realmente juntos. – uma lágrima solitária escorregou por sua face molhando seu sorriso.

Passamos o resto do dia juntos. Comendo besteiras, vendo filmes e conversando futilidades.

DEFINITIVAMENTE EU ESTAVA BEM GAY.