The Swan Sisters Saga escrita por miaNKZW


Capítulo 46
Capítulo 45 - A Batalha Final




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Batalha

 

Eles vieram com esplendor, com certa beleza. Eles vieram em uma formação rígida, formal. Eles se moveram junto, mas não era uma marcha; eles fluíram em sincronia perfeita vindo das árvores - uma escura, irrompível, forma que parecia pairar algumas polegadas acima da neve branca, de tão leve que era o avanço.

 

A algum sinal que eu não vi - ou talvez não houvesse nenhum sinal, só milênios de prática - a configuração se dobrou visivelmente. O movimento era muito duro, muito quadrado para se assemelhar à abertura de uma flor, entretanto a cor sugestionou isso; era a abertura de um leque, gracioso, mas muito angular. As figuras cinza-encapotadas se esparramaram para os lados enquanto as formas mais escuras surgiram precisamente adiante no centro, cada próximo movimento controlado. O progresso deles estava lento, mas deliberado, sem pressa, nenhuma tensão, nenhuma ansiedade. Era o passo do invencível.

 

- Paz... - Carlisle levantou uma mão para eles.

- Palavras justas, Carlisle - Aro inspirou com sua voz magra, delgada – Mas elas parecem fora de lugar, considerando o exército que você juntou para me matar, e matar meus queridos.

- Você tem que tocar minha mão para saber que isso nunca foi minha intenção - Carlisle balançou a cabeça e esticou a mão direita adiante como se ainda não houvesse quase cem jardas entre eles.

Os olhos astutos de Aro estreitaram.

- Mas como sua intenção pode importar querido Carlisle? Em face ao que você fez? - ele fez uma carranca, e uma sombra de tristeza cruzou as características dele. Se era genuína ou não, eu não pude dizer.

- Eu não cometi o crime para o qual você está aqui para me castigar...

- Então saia do caminho e nos deixe castigar o responsável. Honestamente, Carlisle, nada me agradaria mais que preservar sua vida hoje.

- Ninguém quebrou a lei, Aro. Deixe-me explicar - Novamente, Carlisle ofereceu a mão dele.

Antes de Aro pudesse responder, Caius vagou rapidamente adiante para o lado de Aro.

- Tantas regras insensatas, tantas leis desnecessárias que você cria para você, Carlisle - o ancião de cabelo branco assobiou - Como será possível que você defende a quebra de uma que realmente importa?

- A lei não foi quebrada. Se você escutasse...

- Nós vimos as crianças, Carlisle - Caius rosnou - Não nos trate como bobos!

- Eles não são “os proibidos”! Nessie não é uma vampira. EJ também não e muito menos o pequeno Nate! Eu posso facilmente provar isto em só alguns momentos.

- Se eles não são os proibidos, então por que você reuniu um batalhão para protegê-las? - Caius o cortou.

- Testemunhas, Caius, da mesma maneira que você trouxe - Carlisle gesticulou para a horda furiosa à beira dos bosques; alguns deles rosnaram em resposta - Qualquer um destes amigos pode lhe contar a verdade sobre as crianças. Ou você apenas poderia olhar para elas, Caius. Veja o rubor de sangue humano nas bochechas delas!

- Meio mortal, meio imortal - Aro anunciou - Concebida assim, e carregada por esta recém-nascida enquanto ela ainda era humana.

- Impossível! - Caius ridicularizou - Artifício! Onde a informante está? Deixe-a avançar! - Ele girou o pescoço dele ao redor até que ele viu Irina logo atrás das esposas - Você! Venha!

- Você pensa que eles me enganaram, então, irmão? - a expressão de Aro estava grandemente divertida, mas Caius vacilou - A batida do coração, você ouve como um artifício também?

Irina o encarou sem compreender, a face dela como de alguém que não despertou completamente de um pesadelo horroroso. Impacientemente, Caius estalou os dedos. Um dos guarda-costas enormes das esposas se moveu ao lado de Irina e a cutucou rudemente nas costas. Irina piscou duas vezes e então caminhou lentamente para Caius em uma ofuscação. Ela parou a alguns metros de distancia, os olhos dela ainda encarando suas irmãs. Caius fechou a distância entre eles e a esbofeteou na face. Não poderia ter doído, mas havia algo terrivelmente degradante sobre a ação. Parecia como assistir a alguém chutar um cachorro. Tanya e Kate assobiaram em sincronização. O corpo de Irina ficou rígido e os olhos dela finalmente se focalizaram em Caius.

Caius esperou de novo e então solicitou:

- Se você quiser fazer uma queixa formal contra os transmorfos  e os Cullens por apoiar suas ações, agora seria a hora - Ele sorriu um pequeno e cruel sorriso, esperando Irina lhe dar a próxima desculpa.

- Não, eu não tenho nenhuma reclamação contra os lobos, ou contra os Cullens. Você veio aqui hoje pra destruir uma criança imortal. Nenhuma criança imortal existe. Foi um erro meu, e eu assumo total responsabilidade por isso. Mas os Cullens são inocentes, e você não tem razão pra continuar aqui. Eu sinto muito - ela disse para nós, e então virou o rosto na direção das testemunhas dos Volturi - Não houve crime. Não há razão válida para vocês continuarem aqui!

Caius ergueu a mão enquanto Irina falava, e havia um objeto estranho de metal lá, esculpido e ornamentado. Era um sinal. A resposta foi tão rápida que nós todos encaramos em uma descrença impressionada. Caius estava só ao lado dos restos ardentes de Irina, o objeto de metal na mão dele ainda lançando um jato grosso de chama na pira. Um suspiro ondulou através da massa de testemunhas atrás dos Volturi.

Caius sorriu friamente.

- Agora ela assumiu responsabilidade completa por suas ações - Os olhos dele flamejaram em direção a nossa linha dianteira, tocando as formas congeladas de Tanya e Kate rapidamente.

Naquele segundo eu entendi que Caius nunca tinha subestimado os laços de uma verdadeira família. Esta era a estratégia. Ele não queria a queixa por parte de Irina; ele quis o desafio por ela. A desculpa dele para destruí-la, acender a violência que encheu o ar como uma névoa grossa, combustível. Ele tinha iniciado a partida. 

 

 

 

 

 

De um lado, os Volturi, seus servos repletos de armadilhas e a platéia sedenta por sangue. Do outro lado, nós - os lobisomens – os Cullens e os Quileuttes com seus espíritos selvagens, uivando para a lua em suas formas de batalha. O choque foi inevitável;

Então a guarda Volturi se aproximou num piscar de olhos e eles foram os primeiros a atacar, avançando e golpeando por todos os lados. Alguns lobos urravam de dor. Outros mais determinados como Embry e Paul, partiam para a batalha estraçalhando corpos vampiricos à medida que se opunham. Evidentemente o cheiro de sangue percorria o ar e a carnificina poderia ser vista mesmo de longe.

Felix e Emmet se destacavam entre seus páreas, após abater vários e vários corpos, cada um de seu lado, os dois se encontraram no meio da batalha e logo todas as lamentações, urros e murmúrios foram abafados pelo calor da batalha que os dois começaram ao se atracar. Mordidas, safanões e rasgos; os corpos imortais resistiam, mas já começavam a perecer devido às seqüências de golpes.

Eu olhava abismada enquanto Esme desviava dos golpes duros de Demetri; e Carlisle – sempre tão calmo e pacifico – partia para defender sua esposa com suas presas vampiricas e grunhidos que pareciam não lhe pertencer. Theodore era arremessado ao ar varias e varias vezes, mas não cessava suas investidas em direção a Aro, Caius e Marcus – os enormes guarda-costas eram como imensos muros que defendiam e isolavam os três irmãos magos de qualquer ameaça. Janet tentava atacar pelo lado oposto, mas os vampiros estavam em maior numérico e pareciam prever cada movimento que os dois lobisomens ameaçavam ter.

Tanya, Eleazar, Kate, Carmen, Sene, Garret, Maria e as amazonas (Kachiri, Senna e Zafrina) se digladiavam contra o avanço do inimigo. Até Amun, Kebe, Siobhan, Liam, Maggie e Alistair se juntaram a nós. Enquanto Vladimir e Stefan observavam indiferentes e distantes da carnificina, mas Benjamin e Tia (as novas e cobiçadas adições do clã egípcio) haviam se comprometido a nos ajudar. Mary e Randall também estavam conosco, eles já sabiam desde o inicio que os Volturi não parariam para ouvir nossas explicações e os nômades até se divertiram com a idéia do confronto. Mas o humor de antes já não era mais presente.

Com uma rapidez fora do normal, eu vi quando Quill pulou sobre um dos vampiros da guarda e cortou lhe a cabeça, o que se viu foi uma chuva de sangue que molhava todo o solo congelado. A luta não durou mais do que alguns segundos, mas os pedaços do corpo marmóreo espalhados pelo chão, tremiam em busca das outras partes. O corpo vampirico procurava se recompor, tornando inúteis os esforços do lobo.

Um forte baque no chão, bem aos meus pés, seguido pela voz suave de Rosalie que gemia pela dor, chamou minha atenção.

- Rose!

- Fique aqui Angel! Vocês precisam proteger as crianças! – num salto Rosalie já estava de pé e novamente rumou para a batalha. Naquele momento, eu estava nada, além de grata por Alice ter fugido. Pelo menos Alice e Jasper sobreviveriam a essa injustiça.

Eu mantinha Nate seguro em meus braços, seus olhos estavam grandes enquanto ele lia a agonia em minha face. Mas ele havia percebido o suficiente para que não perguntasse o que estava acontecendo:

- Não tenha medo - eu disse a ele – Vai ficar tudo bem!

Meus olhos percorriam todo o perímetro em instantes e depois voltavam para Bells e EJ bem ao meu lado. Seth tinha Nessie montada em suas costas, eu observei aqueles pequenos dedinhos entrelaçados nos pêlos do sólido ombro do jovem lobo e agradeci por minha sobrinha ter encontrado o amor antes do fim.

Eu estava paralisada de tanto pavor, quando pensei em escapar, os inimigos já estavam perto de mim. Senti minhas pernas tremerem, meu corpo não me obedecia, eu olhava fixamente para Caius que me retribuía com olhos de profundo desprezo pela minha pobre vida, então ele falou:

- As crianças! Peguem as crianças proibidas!

Collin, Jared e Brady imediatamente se materializaram bem a nossa frente. Grunhidos e rosnados ecoavam de seus corpos curvos, eles pareciam bem menores do que os outros. Os pêlos eriçados de suas costas indicavam que aquelas crianças estavam dispostas a dar sua própria vida por nós. Mas os três não passavam de adolescentes, eu gemi de desespero temendo que mais uma vida fosse tomada por conta da ganância e luxuria dos Volturi. Mais crianças morrendo. Eu desejei saber por que Jake havia permitido isto, e então eu percebi que ele não teve nenhuma outra escolha. Se quaisquer dos lobos não estivessem conosco, os Volturi iriam procurar pelo resto. Os Quileuttes tinham colocado todo o bando neste embate. E nós íamos perder.

Pelo canto dos meus olhos eu pude ver quando Edward caiu. Seu corpo de pedra se contorcia de dor, mas nenhum som saiu de boca. Mais adiante Jane sorria, seus olhos vermelhos cintilavam com o prazer de ver Edward se contraindo no chão. 

Alguns metros à frente Jake cambaleava entre golpes e arranhões. Eu ouvia o som estarrecedor do seu corpo sendo atingido repetidamente e a cada novo golpe meu corpo se contorcia de dor. Eu sentia cada célula do meu corpo gritar para correr e proteger meu Jake, mas eu estava impotente. Nate era a minha prioridade. Eu não poderia arriscar a segurança de Nate. Jake tentava se defender, mas parecia não ser capaz de enxergar ou mesmo ouvir seus oponentes que vinham de todos os lados. Alec! – eu pensei: o pequeno bruxo. Imediatamente busquei Alec em meio ao caos do campo de batalha. Ele estava do outro lado da clareira. Longe, muito longe...

Sem nenhum aviso a cegueira de Jake se espalhou como uma rajada de vento entre os nossos aliados. Um a um, eles foram caindo. Alguns desorientados tateavam o solo úmido de sangue a procura de equilíbrio e outros desmoronavam contraídos em agonia.

Eu procurei pela causa da nossa repentina desvantagem e não tive nenhuma dificuldade em encontrar os dois delicados mantos cinza-escuros, perto do coração da formação. Alec e Jane, facilmente os menores membros da guarda, parados ao lado de Marcus. As faces adoráveis deles estavam lisas, não mostrando nada; eles usavam os mantos mais escuros ao lado do puro preto dos anciões. Os gêmeos bruxos, como Vladimir tinha os chamado. Os poderes deles eram à base da ofensiva dos Volturi. As jóias na coleção de Aro.

 

Então era isso, o fim havia chegado...

 

 


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