The Swan Sisters Saga escrita por miaNKZW


Capítulo 40
Capítulo 39 - Ameaça




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EPDV Angel.

 

- Bom dia, Angie!

- Oh, bom dia, Bells! – eu saudei mesmo estranhando a presença de minha irmã ao meu lado na cama – o que você faz aqui tão cedo?

- Humm... Edward e Jake foram caçar com Emmet e Jas...

- Já? Eles já saíram? Eles não iam sair só de tarde?

- É, mas parece que tem uma tempestade se aproximando. E eles queriam evitá-la... as “presas” ficam difíceis de rastrear na chuva...

- Ah, sim... nossa! Eu não ouvi nada... estava dormindo tão pesado!

- É... eu sei... adoro quando você dorme... sinto falta.

- Oh, Bells! Eu sinto muito, minha irmã!

- Não, não! Não é nada demais! É só que eu não sabia que gostava tanto de algumas coisas...

- Eu entendo.

- Sabe? É dos sonhos que eu mais sinto falta. É tão bom quando “vejo” os seus... é quase como se eu estivesse sonhando também, entende?

- Arran...

Então eu me lembrei de um sonho recorrente que andava me intrigando há muito tempo. Era sempre com a mesma menina, ruiva de olhos verdes bem brilhantes. Parecia humana, mas havia algo diferente nela, eu não sabia dizer o que era. Ela já havia me dito seu nome, mas por algum motivo eu nunca me lembrava dele. Tudo que eu conseguia me lembrar ao acordar era de seus cabelos vermelhos e seus belos olhos verdes, e também de sentir que a conhecia de algum lugar. Ela era tão familiar e em meus sonhos eu sempre me sentia responsável por ela.

Bella “viu” o que eu pensava e simplesmente disse:

- Ivy. O nome dela é Ivy...

- Você a conhece Bells?

- Não. Só dos seus sonhos... mas... – Bella fez uma longa pausa – eu já a vi em algum lugar, só não me lembro onde!

- É estranho, não? Eu também tenho esse sentimento, eu não consigo entender...

- Sim. Estranho... você já conversou com alguém sobre isso?

- Só Janet. E segundo ela esses sonhos recorrentes podem ser um sinal de algo pendente que precisa ser solucionado. Janet disse que o sonho se repetirá sempre que o problema estiver em evidência na minha vida.

- Problema?

- É... foi o que ela disse.

- Humm... só espero que não seja nada...

- Eu sei... eu sei... tenho certeza que não é nada Bells! Não se preocupe. E onde estão as crianças?

- Dormindo. Eu trouxe Nessie e EJ... estão dormindo no quarto de Nate, achei que você não se importaria...

- Humm, é claro que não... podemos levá-los para passear mais tarde! Nate tem insistido que também quer aprender a caçar como o pai... tão bonitinho!

Bella soltou um riso fraco.

- Sim... seria bom passarmos a tarde na clareira... depois da tempestade.

Nuvens luminosas, em raios e faíscas secas, tremeram o ar com estrondos constantes. Um pingo, outro maior, dois, quatro, oito, dezesseis. O vento descontrolou-se. Mudou de forma. Tornou-se sádico, cruel. Maltratou árvores, arrancou folhas, espalhou a chuva sem dó aumentando o peso, o ritmo e o tom agudo dos seus pingos. Multiplicaram-se os raios e os trovões. Pedras de gelo afiadas já estalavam, quebrando as telhas e estragando tudo. Um raio cortou o horizonte e no estrondo nasceu no céu incandescente. Molhado e perverso arrancou duas árvores, lançou pedras, revirou a poeira, agitou o solo. Sua raiva materializou-se em funis negros e lamacentos, puxando fios, galhos...

Bastou um raio para apagar toda a cidade. Por meia hora a terra estremeceu sob as nuvens, até que eles finalmente cansaram. Chega! Chega de violência – eu pensei. E o silencio reinou, exceto por uma brisa longa e suave. As nuvens relaxaram e aos poucos foram seguindo seu rumo, revelando as estrelas que iluminaram o céu como não acontecia há muito tempo, e a terra descansou em silêncio.

Alguma coisa muito seria estava prestes a acontecer. Eu podia sentir.

 

...

 

 

 

EPDV Bella.

 

- Pense no que ela viu essa tarde - eu disse em voz baixa interrompendo qualquer coisa que Emmet estava começando a falar - para alguém que perdeu a mãe por causa de uma criança imortal o que Reneesme pareceria?

Tudo estava silencioso de novo à medida que os outros vinham para onde eu estava.

- Uma criança imortal - Carlisle sussurrou.

Eu senti Edward se ajoelhar ao meu lado, passando seus braços em volta de nós.

- Mas ela está errada - eu continuei - Reneesme não é como essas outras crianças. Nem EJ! Ou Nate... Elas tinham sua idade e corpos congelados, e eles crescem muito a cada dia. Elas estavam fora do controle, mas eles nunca machucam Charlie, ou Sue, e nem mesmo os mostram coisas que podem ser incômodas a eles. Eles podem se controlar. E são mais inteligente do que muitos adultos. Não haveria nenhuma razão para... - eu balbuciei, esperando alguém para exalar com alívio, esperando a quebra da tensão fria que se instalara na sala, ao perceberam que eu estava certa.

A sala somente pareceu ficar ainda mais fria. Conseqüentemente a minha pequena voz manteve-se em silêncio. Ninguém falou nada por um longo tempo. Então, Edward sussurrou no meu cabelo.

- Não é o tipo de crime pelo qual eles procuram pistas, amor - ele disse calmamente - Aro viu a prova de Irina em seus pensamentos. Eles vêm para destruir, não para raciocinar.

- Mas eles estão errados - eu disse obstinadamente.

- Eles não vão esperar para que os provemos isso.

A voz dele continuava baixa, gentil, aveludada… Mas ainda, a dor e a desolação no som eram indiscutíveis. Sua voz estava como os olhos de Alice antes, como o interior de um túmulo.

- O que nós podemos fazer? - eu exigi.

Reneesme estava tão quente e perfeita em meus braços, sonhando pesadamente. Eu estava tão preocupada sobre a aceleração de idade de Reneesme, EJ e Nate - preocupada que eles podiam ter apenas uma década de vida ou talvez até menos. O terror parecia irônico agora. Eles tinham pouco mais de um mês…

Qual era o limite, então? Eu havia tido a maior felicidade que poucas pessoas já experimentaram. Havia alguma lei natural que exigia partes iguais de felicidade e miséria no mundo? Minha alegria estava pesando na balança? Será que quatorze meses era tudo o que eu podia ter?

Foi Emmet que respondeu a minha pergunta retórica.

- Vamos lutar! - ele disse calmamente.

- Nós não podemos ganhar - Jasper rosnou. Eu podia imaginar qual era sua expressão e o quanto seu corpo estava curvado sobre Alice protetoramente.

- Bom, não podemos fugir. Não com Demetri por perto - Emmet fez um som de desgosto e eu sabia instintivamente que ele não estava chateado com a idéia do perseguidor dos Volturi e sim com a idéia de correr do perigo.

- E eu não sei se a gente não consegue ganhar - ele disse - há poucas opções para considerar. Não precisamos lutar sozinhos.

Quebrei a cabeça com aquilo.

- Nós não devemos sentenciar a morte dos Quileuttes, também, Emmet.

- Relaxe, Bella - sua expressão estava diferente de quando ele estava contemplado lutar com as anacondas.

Nem mesmo a ameaça de aniquilação podia mudar a perspectiva de Emmet, sua habilidade de emoção em frente a um desafio.

- Eu não quis dizer o bando todo. Seja realista, pense. Você acha que Jacob, Seth ou qualquer um dos outros vão ignorar a invasão? Mesmo que não fosse sobre Nessie? Para não mencionar isso, e agradeça a Irina, Aro sabe demais sobre nossa aliança com o bando agora. E é claro, ainda temos Angel... Theodore e Janet são crianças da lua... – Emmet lembrou num tom severo - mas eu estava pensando em nossos outros amigos.

Carlisle ecoou como um sussurro.

- Os outros amigos... nós não temos que sentenciar à morte.

- Hey, nós vamos deixá-los decidir - Emmet disse em um tom para tranqüilizar - eu não estou dizendo que eles têm que lutar conosco! - eu podia ver o plano refinando-se em sua mente enquanto ele falava – se eles apenas estivessem ao nosso lado, para fazer o suficiente para os Volturi hesitarem. Bella está certa, apesar de tudo. Se nós pudéssemos os forçar a parar e escutar. Embora isso possa levar embora toda a razão para uma luta...

Havia uma insinuação de um sorriso na cara de Emmet agora. Eu fiquei surpresa que ninguém tivesse batido nele ainda. Eu quis.

- Sim - Esme disse ansiosamente - isso faz sentido, Emmet. Tudo que nós precisamos é que os Volturi parem por um momento. Apenas o suficiente para escutar.

- Nós precisaríamos de uma exibição das testemunhas - Rosalie disse áspera, sua voz frágil como o vidro.

Esme inclinou-se concordando, como se não tivesse ouvido o sarcasmo no tom de Rosalie.

- Nós podemos pedir isso a muito de nossos amigos. Somente que testemunhem em nosso favor.

- Pediríamos a eles apenas nossos direitos - Alice murmurou. Eu olhei para ver que seus olhos eram um vácuo escuro outra vez - teremos que demonstrar com muito cuidado.

- Demonstrar? - Jasper questionou.

Alice e Edward, ambos olharam para baixo, para Reneesme. Então os olhos dela se petrificaram.

- A família de Tanya - ela disse – o bando de Siobhan, Amun. Alguns Nômades, Garrett e Maria certamente. Talvez Alistair.

- E Peter e Charlotte? - Jasper perguntou um pouco timidamente, como se ele esperasse que a resposta fosse não, e seu irmão mais velho pudesse poupá-lo da carnificina.

- Talvez.

- As Amazonas? - Carlisle perguntou - Kachiri, Zafrina e Senna?

Alice pareceu muito concentrada em sua visão para responder primeiro; finalmente ela estremeceu, seus olhos piscaram de volta ao presente. Ela observou a contemplação de Carlisle pela menor parte de um segundo, e então olhou para baixo.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

 
Este capítulo contém um trecho adaptado do quarto livro da Saga Crepúsculo - Amanhecer - de Stephanie Meyer. Não é minha intenção o plagio, de forma alguma. Isso somente se faz necessário para "localizar” a FIC no mesmo contexto do livro, que é na verdade meu real e único intento.
 



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