The Swan Sisters Saga escrita por miaNKZW


Capítulo 14
Capítulo 13 - Pais...




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Neste capitulo, Angel finalmente conhece Charlie e Renée.

Pain

Carlisle e Edward passaram os últimos dias fazendo algumas investigações e tomaram algumas providencias para que a estória do meu rapto parecesse convincente para Charlie e Renée e para que não causasse nenhum tipo de atitude, por parte de Charlie, que envolvesse a policia e assim viesse a expor a natureza paranormal de Nathan.

A versão de Carlisle seria que eu fui levada por Nathan e criada por ele até poucos dias atrás quando ele havia falecido – eu não gostava dessa parte, só de pensar sobre isso me causava arrepios. Não havia como esconder o fato de Nathan ser um antigo namorado de Renée, então nós diríamos que Nathan e Theodore eram velhos amigos e por conta disso Nathan trouxera sua esposa Vivian Santos para dar a luz no Hospital de Forks sob os cuidados de Theodore. Mas o suposto bebê de Vivian e de Nathan era natimorto e Vivian não havia sobrevivido ao parto como consta nos registros. Nathan desolado teria trocado os bebês na enfermaria e fugido comigo para New Orleans. Carlisle e Theodore se conheceram no hospital de Los Angeles onde ambos trabalharam por um tempo e foi através de Theodore – que depois do falecimento de Nathan seria meu guardião legal, como de fato era verdade, pois Theodore e Janet eram meus padrinhos, apesar de nunca termos nos conhecido – que Carlisle e Esme me conheceram. Nessa versão Theodore e Janet não seriam envolvidos para não prejudicar sua reputação em Forks, visto que Carlisle tentava descobrir seu paradeiro atual e queria que eles pudessem retornar quando fosse de seu interesse e desejo. Ao contrario, Carlisle achava melhor se pudéssemos dizer para Charlie que Theodore e Janet haviam procurado os Cullens, pois descobriram que eu não era filha biológica de Nathan e rastrearam minha verdadeira família até Forks, assim pediram a Carlisle que me devolvesse para Charlie e Renée e só não o fizeram eles próprios por algum tipo de vergonha e culpa afinal Theodore era o chefe residente no Hospital de Forks na época em questão e não pôde impedir meu rapto. 

A estória parecia bastante convincente para mim, Bella e eu havíamos decorado tudo com certeza, mas eu ainda me sentia insegura e ansiosa para conhecer meus pais. E se Charlie não gostasse de mim e não me aceitasse de volta? E se ele não acreditasse nessa versão e tentasse investigar sozinho todo esse caso - arriscando sua segurança e a de Nathan também. Eu estava com medo e tinha tantas preocupações em minha mente, mas Bella estava animada e não parava de falar sobre como Charlie ficaria feliz em me ver e que teríamos muito trabalho limpando o antigo quarto de visitas abarrotado de entulhos para que ele se transformasse em meu quarto.

Bella já estava fazendo planos para visitar Renée e Phill na Florida quando Carlisle finalmente estacionou em frente da casa de Charlie. Edward achou melhor ficar em casa e deixar que eu, Bella e Charlie tivéssemos um reencontro mais reservado, mas Bella disse que era porque ele não queria ouvir os pensamentos de Charlie e sentir toda a dor e culpa que Charlie sentiria ao me ver. Eu estava tremendo com a ansiedade e sentia minhas mãos suarem, Carlisle desceu do carro:

_ Bella, Angel, por favor, me dêem um segundo para explicar a situação para Charlie, acho melhor que eu mesmo faça isso. Virei chamá-las quando ele estiver pronto, tudo bem?

Bella finalmente parecia um pouco preocupada e parou de falar por um momento, ela segurou minhas mãos entre as suas:

_ Angel, você vai adorar Charlie e eu tenho certeza que ele também vai adorar você! Não se preocupe está bem?

_ Então por que você esta preocupada, Bella? – eu podia sentir suas mãos tão trêmulas quanto as minhas.

_ Bem, eu não sei como Charlie vai reagir quando souber de Nathan... e você sabe, Charlie não tem a forma física que ele acredita ter, ele se alimenta muito mal!

_ O que você quer dizer com isso, Bella? Charlie vai ter um infarto com o susto? – eu comecei a me apavorar e perder o controle da voz.

_ Não se preocupe, ele vai ficar bem. Além do mais, Carlisle é medico, se lembra? E ele não vai deixar que nada aconteça com Charlie, disso eu tenho certeza.

Alguns minutos se passaram e Bella já tinha tentado entrar na casa para verificar Charlie duas vezes, eu a impedi dizendo para dar mais tempo para Carlisle explicar toda a estória, mas na verdade eu não suportaria ficar sozinha naquele momento e Bella era a única que podia me confortar, mesmo que sua apreensão estivesse começando a me irritar.

_ Você quer fazer o favor de se acalmar, Bella? Isso não está ajudando em nada, sabia?

_ Eu sei, eu sei, me desculpe, mas é que já passaram quase trinta minutos e eu não...

A porta de entrada da casa de Charlie se abriu, Carlisle saiu primeiro e em seguida Charlie apareceu, seus olhos vermelhos e desesperados. Bella desceu do carro e estendeu a mão para me ajudar, juntas fomos ao encontro do nosso pai. Quando encontrei os olhos de Charlie meu coração começou a bater tão forte que parecia querer sair pelo peito afora:

_ Cha... Cha... Charlie? – eu disse já aos prantos.

Charlie caiu de joelhos e também começou a chorar, ele olhava para mim e para Bella e balançava a cabeça como se tentasse se certificar da visão que estava tendo. E então, ele levantou os braços em minha direção e eu corri até ele sem ao menos me lembrar de todas as incertezas que tivera há alguns minutos atrás. Charlie me abraçou forte, ele passava suas mãos nos meus cabelos e beijava minha testa, enquanto intercalava olhares entre Bella e eu.

_ Não pode ser, não pode ser! Angel! Minha Angel você está realmente aqui? É você mesmo, minha filha? Me diga que não é mais um sonho, me diga que não estou louco e você está mesmo aqui dessa vez!

Era o meu pai e eu não sabia que o amava tanto assim e o melhor de tudo isso era que ele me amava também. Eu não conseguia responder, as palavras não saiam da minha boca somente soluços e um ruído desesperado que deveria ser um choro, mas se parecia mais com um animal esperneando. Então senti os braços de Bella envolvendo Charlie e eu:

_ É a Angel sim, pai. Ela voltou para nós! Estamos juntos outra vez, como sempre deveria ter sido! - eu me virei para abraçar minha irmã enquanto mantinha o outro braço em volta da cintura de Charlie e nós três continuamos a chorar por um bom tempo.

Quando eu e Bella conseguimos  controlar as lagrimas e os soluços, Charlie já havia se recomposto e começava a fazer perguntas intermináveis, nem me dava tempo para responder:

_ Onde você estudou? Você estudava, não é? Para onde aquele homem te levou? Onde vocês viveram antes de New Orleans? Onde você morava? O que ele fez com você? Ele te tratou bem? Ele cuidou de você, não é? Não me diga que ele te tratava mal, se aquele desgraçado...

_ Charlie! – Bella interrompeu antes que Charlie começasse a insultar Nathan – Angel não gosta que falem de Nathan dessa forma, ele sempre a tratou muito bem. Ele foi o único pai que Angel teve, ele sempre cuidou e protegeu Angel! Nathan amava Angel como se fosse sua filha, Charlie! E ela ainda esta de luto por sua... partida. Então, vê se dá um tempo, pai!

Bella me entendia como ninguém, eu não queria falar para Charlie o quanto eu amava Nathan, eu não queria machucar meu pai mais do que ele já havia sido machucado. Mas preferia que Nathan fosse mantido fora da conversa.

_ Está tudo bem, Bella! Charlie, eu estou bem, você não vê? Eu estou ótima e nunca fui tão feliz como estou agora. E Nathan foi um excelente pai, mas agora eu estou aqui com você e com Bella, eu sei que aqui é o meu lugar!

_ Você está certa, Angel. Então vamos deixar esse homem para trás e começar a viver a vida que nós merecemos, o que vocês acham disso, meninas?

Depois que Carlisle se certificou que Charlie estava bem e nenhum infarto estava a caminho, ele se despediu e nos deixou a sós. Bella e eu começamos a preparar o jantar enquanto Charlie subiu e começou a abrir espaço no quarto de visitas para mim.

_ Charlie! O jantar está pronto – Bella gritou pelas escadas.

_ Eu não sei como vamos fazer para limpar aquele quarto... acho que não vou usar aquela barraca de camping de novo... – eu ouvi Charlie resmungar enquanto descia nervoso com uma de suas mãos apoiada nas costas.

_ O que foi, Charlie? Se machucou? – Bella perguntou enquanto servia a lasanha no prato para Charlie.

_ Oh, Bella, eu fui tentar mover aquele velho sofá da Tia Martha e acabei machucando as costas, eu acho!

Eu corri até ele e o ajudei a se sentar.

_ Charlie, você está bem? Você não devia fazer tanto esforço assim!

_ Não me mime tanto assim, Angel! Você não sabe como eu me acostumo rápido, não é Bells? – Bella soltou um sorriso e sinalizou que sim – e eu sou forte como um urso, sabe?

_ É claro que é, pai! Mas por que você não deixa que eu e Angel damos um jeito nisso? Amanhã é sábado, é dia de pescar com Billy, não é? Vou chamar Edward, Emmet e Jasper para nos ajudar e quando você voltar vai estar tudo limpo e arrumado, ok? – Bella virou e deu uma piscadinha para mim.

_ Ah, sim! Aqueles garotos são fortes, não são?

_ Humm, se são! – eu ri.

E assim foram os dias depois que voltei para casa de Charlie, eu tinha o meu quarto e começava a me acostumar com a rotina de Bella e Charlie, tudo parecia natural e familiar. Charlie ficava até tarde da noite assistindo seus jogos na TV, mas sempre passava no meu quarto antes de ir para cama:

_ Eu te amo, Angie...

Depois eu o ouvia abrindo a porta do quarto de Bella:

_ Eu te amo, Bells...

Aquilo era tão bom, parecia tão... normal!

Eu estava feliz!

Charlie preparou nossa viagem para Flórida, era hora de contar a Renée. Bella achava que nós deveríamos ir sozinhas, mas Charlie tinha certeza que Phill não agüentaria o choque de Renée sozinho, então decidiu que nós três iríamos juntos. E Charlie estava certo, Renée não reagiu tão bem quanto Charlie quando me viu. Renée desmaiou, chorou, gritou, desmaiou de novo e parecia que não ia mais parar de chorar. Foi quase uma semana inteira até que Renée parasse de acordar toda a casa durante a noite, gritando meu nome e o de Bella.

_ Mas vocês realmente precisam ir? Vocês ficaram tão pouco tempo!

_ Mãe, Charlie precisa trabalhar, sabe? Ele é o xerife, não que Forks seja uma Seattle da vida, mas sempre é bom ter um xerife na cidade, sabe? – Bella disse zombando de Charlie.

_ Ah, mas vocês duas podiam ficar mais alguns dias! Nós ainda nem fomos à praia e Phill tem um jogo na sexta, seria tão bom se nós fossemos juntas... – Renée parecia uma criança fazendo manha.

_ Eu não sei mãe... o que você acha, Angel?

_ Bem, eu queria mesmo ficar mais alguns dias, mas quem vai tomar conta de Charlie?

_ Eu sei tomar conta de mim mesmo, eu sobrevivi todos esses anos, não foi? – Charlie disse do banco da frente ao lado de Phill.

_ Então está decidido, vocês duas ficam e nós vamos nos divertir muito. Bella, eu estou precisando de algumas roupas novas e você e Angel podiam me ajudar, né?

_ Ah, mãe! Compras? – Bella disse desanimada.

_ Sim, compras no shopping amanhã!

_ Shopping? – Bella e eu juntas torcemos o nariz...

Ficamos mais dez dias e Renée passava o tempo todo conosco, até dormia na cama conosco como uma criança no meio dos pais. Minha mãe realmente tinha um espírito jovial, como Bella e Nathan sempre me descreveram e eu me encontrava simplesmente encantada com ela. Renée não tinha o instinto maternal como Esme, mas Renée era hilária e sua energia era contagiante. Phill era serio e responsável, parecia bem mais velho que Renée, mas na verdade Phill e Renée tinham oito anos de diferença, Renée era mais velha.

No aeroporto Renée chorava:

_ Eu quero que me liguem no instante que descerem em Forks, ouviram? E não ousem me fazer esperar um segundo a mais! Eu amo vocês!!

_ Nós também te amamos, mãe! E vamos ligar sim!

_ Mãe, você vai nos ver em breve, meu casamento, lembra? Não precisa fazer todo esse drama! Eu te amo e obedeça ao Phill! – Bella disse rindo para Renée.

_ Sim, tudo bem.... Bella? – Renée gritou quando estávamos no portão de embarque.

_ Sim, mãe???

_ Cuide da sua irmã, ouviu? E Angel?

_ Sim, mãe?

_ Você cuide da sua irmã também! E eu amo vocês!!

_ Sim, maaaaaaaae!!!!!! – Bella e eu riamos da repentina preocupação de mãe que tomava conta de Renée.

Charlie estava nos esperando no aeroporto quando chegamos em Forks, estava chovendo muito e o vôo tinha atrasado:

_ Acho melhor ligar para Renée, antes que Phill enlouqueça e largue daquela desvairada que é a mãe de vocês. Ela já ligou umas trinta vezes e depois que eu me irritei está fazendo Phill me ligar...

_ Ok, Charlie. Vou ligar assim que chegarmos em casa – eu disse enquanto Bella revirava os olhos.

_ Humm, ahnn... – Charlie começou a balbuciar – bem, você pode ligar agora se quiser, do seu celular!

Ele tirou duas caixas debaixo do banco da frente e entregou uma para mim e outra para Bella.

_ Achei que vocês precisariam disso... bem, eu não sei se é o modelo que vocês queriam e podem trocar se quiserem, mas o vendedor disse que é da ultima geração e dá até para enviar e-mails...

_ Oh, Charlie!!! Você não precisava! – eu abria o embrulho e desfazia o laço, Bella já estava com o seu em suas mãos.

_ Obrigada, papai! – Bella pulou nas costas de Charlie e lhe deu um beijo.

Instintivamente eu também abracei Charlie e lhe agradeci com um outro beijo.

_ Tudo bem, tudo bem... não foi tão caro assim! - Charlie ruborizou.


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