Lost Stars escrita por filha de Afrodite


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Eu quero agradecer novamente a todos que estão acompanhando a fic, o numero quase dobrou no segundo cap. agr são 32 acompanhamentos, as outras 3 pessoas que favoritaram, e a todos que comentaram, eu to amando os comentarios de vcs!!
o cap ta meio que uma droga, mas msm assim espero que gostem.
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/600097/chapter/3

"You found me, you found me, you found me

[...]

Cause I knew you were trouble when you walked in

So shame on me now"

"Cinzas", pensava Percy subindo os degraus do primeiro lance de escadas. Os olhos dela eram incrivelmente cinzas. Sinceramente, Percy nunca havia vistos olhos assim.

Pensando bem, ele nem sequer havia visto uma garota assim.

Era era realmente linda. Era magra, com o corpo semelhante ao das modelos. Alta, devia ter entre 1,70 a 1,73m, embora, perto de Percy com seus 1,93 de altura, ela já não fosse exatamente "alta". E loira. Não loira de uma forma artificial, eram loiros de coloração média, com alguns fios aqui e ali que se destacam por serem mais claros. Lisos, mas ainda assim era muito visível as belas ondulações, que em algumas mechas formavam perfeitos cachos. Ela vestia um sobretudo bege por cima de uma blusa preta , estava com uma calça escura e no pescoço tinha um cachecol azul.

Annabeth. Era esse seu nome. Pelo menos Percy conseguira pergunta-la.

Quando ele se deu por si, estava já no corredor onde se encontrava Quíron.

Ele parou e tentou se concentrar . Deu 3 batidas na porta como sempre fazia e seu antigo professor dissera "Entre".

Aparentemente, Quíron já o estava esperando de certa forma, pois não parecia surpreso em vê-lo ali, como acontecera no dia anterior.

– Quíron - Percy disse sorrindo

– Percy. Como vai?

– Bem e o senhor?

– Como sempre - Ele respondeu simplesmente. - Imagino que o que o traz é minha proposta, estou certo?

– Na verdade é sim. Eu já tenho uma resposta. Você sabe que eu nunca recusaria a oportunidade de dar uma palestra ao seu lado, principalmente aqui na Universidade.

Quíron riu levemente e disse:

– Eu suspeitei que você não recusaria. Animado?

– Nervoso. - Corrigiu Percy. - Eu não tão mais velho ou tenho muito mais experiencias que esse pessoal que estuda aqui.

– Conhecimento não depende de idade. Você sabe disso,meu rapaz.

– Certo. Mas ainda assim, não me conforta muito. Eu vou tentar. Dar o melhor de mim, disso não há duvidas.

– Isso basta. - Assegurou Quíron.

– Eu realmente espero que o senhor esteja certo.

– Já que você aceitou, acho viável marcarmos o dia. Eu pensei em daqui a 5 dias, é cedo demais para você?

– Não - Respondeu Percy - 5 dias por mim está tudo bem.

– As aulas se enceram as 17:00 h, então 17:30 seria mais atrativo aos estudantes. De acordo.

– Ótimo.

– Sendo assim, vou providenciar os avisos, colocar no mural e pela Universidade. Sobre o tema, já conversamos.

– Arran - Concordou o mais jovem. - Quíron, preciso ir agora, então, nos vemos, hãm, na quarta não é?

– Sim, na quarta.

– Foi bom revê-lo.

– Eu digo o mesmo Percy.

O rapaz fez um aceno com a cabeça e começou a se retirar, ate que Quíron o chamou:

– Percy?

– Sim? - Ele disse se virando novamente

– Você é ótimo. Acredite.

Percy o olhou e concordou com a cabeça

– Obrigado. - E se retirou da sala.

(...)

Felizmente, o trânsito que ia para o norte estava mais tranquilo.

Annabeth não demorara muito tempo para chegar ao tão conhecido bairro de seu condomínio.

Cumprimentara o porteiro pelo vidro do carro enquanto passava pelo portão de moradores e depois estacionara o seu carro em uma das vagas que jaziam ali.

Digitou o numero do seu andar, o 6°, onde ficava o seu apartamento, o 36 e logo que apareceu no corredor reconheceu Thalia, sentada em frente a porta.

Seus cabelos pretos repicados na altura dos ombros, fazendo contraste com a pele clara, sem falar dos olhos azuis elétricos, sempre destacados ainda mais por um delineador preto. Era essa Thalia Grace. Melhor amiga. Irmã de consideração de Annabeth.

Ela avistou Annabeth e disse:

– Eu nunca mais vou esquecer minhas chaves

– Eu já ouvi isso antes, Thalia.

– Agora é sério mesmo.

– Eu nem demorei tanto assim. - Murmurou Annabeth

– Mesmo assim, as pessoas que passam não olham com a cara muito boa para uma pessoa que está sentada no chão em frente a porta de um apartamento.

Annabeth destrancou a porta.

– Pronto, agora para de drama.

– Nem acredito, achei que nunca mais entraria aqui!

Annabeth se limitou a suspirar e revirar os olhos, jogando a bolsa em uma das banquetas em frente ao balcão que separava a cozinha da sala.

– Você vai tomar banho agora ou eu posso ir? - Perguntou a loira passando a mão nos cabelos.

– Pode ir primeiro - Respondeu Thalia literalmente jogada no sofá

– Ok.

(...)

Quando Percy chegara em seu apartamento, a primeira coisa que fizera fora ir tomar banho. Era a melhor coisa depois de um dia de trabalho.

Colocara uma blusa de mangas compridas, mais fina e , uma de suas calças de moletom que ele gostava, exclusivamente, de usar em casa. Fizera um lanche qualquer e seguira para seu pequeno escritório de casa, pegou um de seus inúmeros livros sobre psicologia e em como quase todas as noites, acabou adormecendo ali mesmo, com a cara no livro.

(...)

Era quarta- feira. 5 dias haviam se passado. A palestra de Percy aconteceria dali a algumas horas. Ele esperava que ninguém fosse.

Entenda: Percy era psicólogo clinico, não era exatamente acostumado a falar para diversas pessoas de uma vez. Ele conversava com as pessoas individualmente. Com toda a certeza era diferente.

Mas ele aceitara o convite, não andaria para trás, não era desses. Enfrentaria o que viesse.

(...)

Annabeth avisara a Thalia que hoje voltaria mais tarde para casa. O motivo?

Bem, haveria uma palestra na Universidade, o tema era pressão da sociedade para com as pessoas que estavam nos últimos anos de faculdade.

Era um tema que interessava a garota, os palestrantes seriam 2; o Dr. Burwell, professor da Universidade mesmo, o primeiro nome dele era Quíron. O outro era um tal de Dr. Jackson. Desse, Annabeth não ouvira falar.

O horário marcado era 17:30, no auditório que havia ali na Universidade mesmo. A garota olhou no relógio, 17:23 marcava ele, resolveu então seguir para o local, afim de achar um lugar para se sentar.

Ao que parece, muitas pessoas tiveram a mesma ideia que Annabeth.

As cadeiras mais à frente estavam todas ocupadas, as do fundo também não eram diferentes. Sombrara, é claro, o meio. E fora la que ela se sentara por fim.

(...)

Eram 17:37 quando o Dr. Burwell apareceu no palco e disse um " Boa tarde", logo depois disso, outra pessoa subira , devia ser o Dr. Jackson. Até então, Annabeth não conseguira ver com clareza o rosto dele . Então, ele se virara por completo para a frente,e, ao olha-lo ela prendeu a respiração.

Dr.Jackson. Jackson. Percy Jackson.

Era ele, o cara em que ela havia esbarrado, realmente, lembrara ela, ele havia dito que era psicólogo.

Perdida nesses pensamentos, ela percebera que ele devia ter dito "Boa tarde" também, porque, um coro se formou pelo auditório.

A palestra se iniciara, e Annabeth voltou sua atenção para ela.

(...)

Dezenas, senão centenas, de palmas sincronizadas ecoaram pelo local. Percy ainda não acreditava que tivera seu primeiro publico em uma palestra. E, Ao contrario do que esperava , o auditório enchera de pessoas, que ao final, pareciam ter gostado bastante.

Sem duvida alguma, Percy devia isso a Quíron, ele sempre acreditara e incentivara o rapaz. Eles se retiraram de cima do palco e Percy realmente não conseguia tirar o sorriso do rosto.

– Eu sempre soube que você conseguiria - Dissera Quíron enquanto o abraçava

– E eu nunca acreditei, não é mesmo?

– Você se subestima demais as vezes Percy. Já lhe disse, você é um profissional brilhante, como poucos que vi. Faz o que gosta, e isso é o mais importante, o que o faz ter sucesso em sua caminhada. Psicologia não é fácil. Lidar com o ser humano não é fácil. Mas eu acredito e sempre acreditarei em você.

– Quíron, eu sinceramente não tenho palavras para te agradecer. Você para mim é o melhor.

– Não, meu rapaz. Eu não sou o melhor, ninguém é o melhor. Buscamos ser, é verdade.

– Tudo bem, tudo bem. Você também é modesto demais. Eu entendo. Tudo bem mesmo. E... Obrigado.

Quíron sorriu.

– Tem um livro na biblioteca daqui Percy, que eu gostaria que você lesse.

– Claro - respondeu Percy. - Qual o titulo? Perguntou enquanto se dirigiam ao corredor.

(...)

Annabeth tinha que falar a verdade, a palestra fora otina. As palavras de ambos a tocaram, era quase com se eles lessem sua mente, suas inseguranças, suas duvidas depois que se formasse.

Quando ela pegara o celular, se preparando para ir embora, notou que havia uma nova mensagem de sua mãe, Atena. Ela a abriu e leu. A mãe lhe dizia que a havia enviado algumas fotos de sua viagem com seu pai, Frederick, no Canadá, pelo e-mail.

A curiosidade da garota falou mais alto, ela poderia esperar ate chegar em casa e tal, mas não, precisava ver agora mesmo. A biblioteca não era tao distante dali, poderia se sentar e abrir as fotos no seu notebook. Seguira rápido para lá, a biblioteca estava vazia, senão pela bibliotecária presente ali.

Annabeth se sentou diante de uma das mesas dali e logo abriu o e-mail.

Não pôde conter o sorriso que surgira ao olhar as fotos dos pais juntos e dos lindos monumentos do Canadá.

(...)

– Tudo bem. Vou procurar ali na biblioteca. - Dizia Percy para o antigo professor.

– Vai ser bom para você. Agora eu tenho que ir, Percy. Espero que continue vindo me visitar.

– Sempre. E obrigado mesmo por hoje.

– Eu não fiz nada - Quíron sorriu - Até breve então.

– Tchau - Disse Percy e adentrou na biblioteca

Estava silenciosa como qualquer biblioteca deveria ser.

Ele seguiu para as estantes em que se lia "PSICOLOGIA" e começou a procurar o livro que Quíron havia lhe recomendado. Achou-o de cara.

Quando se dirigia à bibliotecária, ele parou.

Era ela. E sorria para algo diante da tela de um notebook. O engraçado foi que só de vê-la ali, Percy não entendeu o por quê, mas sorriu, e sem se conter disse:

– Annabeth?

Ela ergueu os olhos imediatamente ao ouvir seu nome.

– Se lembra de mim? Sou o ... - o rapaz tornou a se pronunciar.

– Percy - Ela o interrompeu. - Eu me lembro, é claro. Também vi sua palestra agora a pouco.

– Você viu? - Ele perguntou com uma das mãos atrás da nuca.

– Sim. Foi incrível. Você é ótimo, hein.

– Imagine. Não sou tao ótimo assim.

– É verdade. Pode acreditar em mim.

– Você não acreditou quando eu lhe disse que desenhava bem - Retrucou ele.

– Ãn - Ela perdeu a graça - É diferente, eu acho.

– Não é não.

Ela sorriu de novo.

– Não quero discutir.

– Tem razão, desculpe.

– Não tem problema - Disse fechando o notebook e se levantando. - Foi bom ver você de novo.

– Idem.

– Eu já vou indo então.

– Espera! Quer dizer, eu também já estou de saída, só preciso que a bibliotecária anote esse livro, e , estava pensando em ir em um café aqui em frente. Será que não gostaria de me acompanhar?

Ela ponderou por um minuto inteiro e por fim respondeu:

– Tudo bem.

(...)

Annabeth não sabia direito porque havia aceitado vir ao café com Percy, afinal de contas, eles nem se conheciam direito, por outro lado, talvez ela quisesse conhece-lo. Eles seguiram um do lado do outro sem falar nada. O estranho era que , apesar do silencio, não estava um clima ruim ou constrangedor. Era como se na verdade, o silencio falasse tudo.

Logo que entraram no estabelecimento, uma garçonete foi lhes atender, os indicou uma mesa e deu-os o cardápio, depois saiu.

– Então - Começou Percy - Me fale sobre você.

– Ãn, eu não sou interessante.

–Mas ate agora eu só sei que seu nome é Annabeth Chase e você faz arquitetura.

Annabeth se surpreendeu por ele se lembrar.

– Bom, para começar, eu não sou de Londres, sou de San Francisco.

– Californiana - Ele observou

– Sim, bem, tenho 22 anos e ... não sei, acho que é só.

– Tudo bem. Eu falo algumas coisas sobre mim primeiro.

– Ok - Ela sorriu levemente

– Meu nome é Perseu Jack... - Ele foi interrompido

– Desculpe, eu achei que fosse "Percy".

– Todo mundo me chama de Percy - Explicou ele - Perseu é um tanto... diferente.

– É o nome de um herói grego.

– É, eu sei, meu pai também tem um desses nomes mitológicos sabe? O dele é Poseidon.

– Minha mãe se chama Athena - Contou ela.

– Legal. Deveria ser algum tipo de moda na época, não sei. O fato é que Percy é mais normal. Eu tenho 24 anos, e você sabe, sou psicologo. Sou de Londres mesmo e... vejamos, ah claro, minha cor favorita é azul.

– Azul?

–É, você não gosta?

– É minha cor favorita também.

– Pronto, temos duas coisas em comum; pais com nomes mitológicos e a mesma cor favorita - Brincou ele - Vamos ver o que mais. Qual seu gênero musical favorito?

– Rock.

– O meu também - Falou ele - Agora, a pergunta mais importante de todas: para qual time da Inglaterra você torce?

– Hum, desculpe, não tenho nenhum.

– Ah! - Ele lamentou. - Que pena, sabe, você deveria torcer para o Chelsea.

– Por quê? Você torce?

– Bem, sim, mas você não deveria torcer porque eu torço e sim porque ele é o melhor sabe?

–Tudo bem, acho que a partir de agora vou torcer para ele - Dessa vez, ela brincou.

– Está vendo? Eu sabia que você era uma garota inteligente.

Ela ia responder mas a garçonete chegou.

– Já escolheram os pedidos? - Ela disse olhando diretamente para Percy.

– Hum, para mim, um café expresso simples, e você Annabeth?

– O mesmo.

– Então é só isso, dois cafés expressos simples, por favor - Disse ele

– Tem certeza de que não quer mais nada? - Ela insistiu. Mas para Annabeth aquilo soou como "Tem certeza de que você não quer meu numero de celular?"

– Não, obrigado - Ele respondeu simplesmente

– Ok - Ela saiu um pouco frustada.

Annabeth olhou para ele:

– Sabe que ela quase escreveu o próprio numero de celular na sua mão, certo?

Ele a olhou confuso, os olhos verdes em duvida.

– O quê?

– A garçonete - Explicou ela - Ela gostou de você.

– Não, deve ter sido só impressão sua.

– Percy, eu sou mulher, percebo essas coisas, tudo bem se você tem uma namorada e finge que não nota outras garotas dando em cima de você. Eu realmente acho super legal da sua parte.

– Na verdade, eu não tenho uma namorada. Eu nunca tive.

– Ah - Ela soltou envergonhada

Os pedidos chegaram

– Obrigado - disse ele

– Obrigada - agradeceu ela

A garçonete saiu, ainda não estava com uma cara muito boa.

Percy olhou para Annabeth à sua frente:

– Devo te dizer que mal já beijei uma garota.

– Isso é sério? - Perguntou Annabeth

– Sim, é sério.

–Isso é tipo incrível porque, também nunca namorei nem nada assim.

Dessa vez ele sorriu abertamente.

– Outra coisa em comum - Observou ele novamente

Ela sorriu também, pensando que ele tinha mesmo razão. E talvez, só talvez, os gostos afins a tivessem deixado animada.

Mas, era cedo para se confirmar.

(...)

– Foi encantador conhecê-la - Dissera Percy quando já estavam do lado de fora.

– Você é legal. - ela admitiu, mordendo o lábio inferior e enfiando as mãos nos bolsos de seu sobretudo.

_ Isso significa que podemos ser amigos? - Indagou ele, de repente parando o corpo de frente ao dela.

– Talvez.

–Talvez? - Percy insistiu.

– Tudo bem - ela cedeu - Acho que podemos.

– Então, se vamos ser amigos, eu posso ter o número do seu celular , certo?

Annabeth olhou para ele com uma das sobrancelhas arqueada.

– O quê? - perguntou Percy, inocentemente - Amigos tem os números uns dos outros, não é?

Ela entortou a cabeça de lado, ainda ponderando:

– É, você tem razão.

Ele tirou o celular do bolso, desbloqueou-o e pôs na tela de discagem, a entregando o celular em seguida.

– Aqui.

Annabeth olhou desconfiada, mas por fim, digitara o numero.

– Eu vou te ligar - Avisou ele, o sorriso torto tomando conta dos lábios - Para sairmos e conversarmos, como amigos fazem.

A garota o fitara, assentindo pouco convicta logo em seguida.

– Até, Percy - Disse por fim, virando as costas com um aceno breve e seguindo em direção à seu carro.

– Até - respondeu ele, meio que para si mesmo.

E, no que dependesse de Percy, aquele "Até", realmente não demoraria para acontecer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado e comentem. Vou responder todos os comentarios, como sempre.
ah! a musica que inicia o cap. é "I know you were trouble" da Taylor Swift
Bjos