O rapaz de 24 anos olhava para a conceituada "Universidade de Westminster", na Regent Street, ao oeste de Londres.

Estudara ali dois anos antes. Psicologia. O que sempre quisera, o estudo dos fenômenos psíquicos e de comportamento do ser humano. Muitas pessoas não entendiam como aquilo poderia ser bom, mas para Percy, era importante cuidar dos sofrimentos dos outros. Deixava sua vida um tanto mais leve.

Era um prédio incrível na opinião do rapaz, altíssimo, com uma faixada elegante, qualquer arquiteto que o visse acharia lindo. Mas, ele não estava ali para admirar a entrada da Universidade. Definitivamente não. Estava indo visitar um amigo. Um professor, o mais querido de todos que já tivera. Quíron. As vezes, ia ali, só para vê-lo e conversar. Adorava a companhia do antigo professor.

Sem mais demoras,entrou no local tão conhecido por ele. Cumprimentou as secretarias e disse a uma que desejava ver Quíron. Ela, prontamente, fez uma ligação e indicou que subisse. Poderia ser estranho, mas ali, cada professor tinha sua sala e a de Quíron era a 38, quase que no final do corredor do primeiro andar. Percy parou diante da porta e deu 3 batidas, que foram seguidas de um "Entre" abafado. Assim que entrou, Quíron ergueu os olhos do caderno em que fazia anotações e seu rosto se iluminou em ver um ex aluno, senão o preferido dele.

– Percy! Quanto tempo meu rapaz! À que devo a honra?

– Quíron, eu, bem, não sei direito, mas me deu uma vontade de conversar com alguem e ... Você me pareceu a melhor.

– Então sente-se, acho que temos muito sobre o que conversar, não é?

(...)

A garota com 22 anos de idade estava no momento, em seu apartamento, em um condomínio no bairro Maida Vale, ao norte de Londres, estudando contas e mais contas. Calculando daqui e dali, desenhando e desmanchando, procurando ter o desenho perfeito. Cursar arquitetura realmente não era algo fácil. Mas era seu sonho, e Annabeth não iria desistir por causa de umas continhas um tanto complicadas. "Vale a pena", ela pensava.

Fazia frio naquele final de tarde, mas Londres não era mesmo conhecida pelo calor, era fria, mas a garota gostava disso. Não era dali de fato, era californiana, de San Francisco. Estava longe da família. Sempre, é claro, sentia saudade de casa, mas ao mesmo tempo, não sabia porque, sentia que Londres também era sua casa. Podia parecer uma vida solitária, mas ela não achava exatamente isso. Dividia o apartamento com sua melhor amiga, Thalia, que no momento devia estar andando por ai, como gostava de fazer.

Olhou no relógio, 18:35 h, não era muito tarde, mas já estava morta de sono. Guardou as folhas de desenho, os lápis, a calculadora e tudo mais em seu quarto. Retornou a sala e ligou a TV, parecia estranho, mas se sentia mais segura com a TV ligada, pegou uma coberta mais fina e se deitou, em poucos minutos, devido ao cansaço, dormiu. Dormir no frio era uma das melhores coisas da vida.

(...)

Naquela mesma noite, nem ela, nem ele sabiam, mas existe uma coisa chamada destino ou coincidência, você pode chamar como quiser, que o fariam ter um novo sentido na vida.

Afinal, será que todos nós somos apenas estrelas perdidas tentando iluminar a escuridão ?