[Individuo]al

Era uma vez, um garoto solitário
Que muito de si buscava oferecer
Pois muito lhe importava a alegria alheia
Era ela o seu grandíssimo mister.

Desde nascença era bem preocupado
Pois mesmo bebê sabia a relevância
Da sua missão ímpar e bem seleta:
Trazer então aos homens restos da infância.

Tinha consigo uma missão nobre, sim
Mas que lhe exigia um amável tato
Algo tão difícil de se conquistar
Que por muitos foi considerado inato.

Mas estava pronto, sabia da sina
Mesmo que por muito lhe tenha custado
Abdicar-se de tudo, seja o que for
Para então carregar tão difícil fado.

Crescera, então, preparando-se àquilo
Procurando sempre a melhor solução
Buscou formas e jeitos tão singulares
Os quais alcançava com boa intenção.

Com o passar do tempo, lento e doloroso
Conquistou aos poucos o apreço do humano
Mostrava-nos as boas coisas perdidas
Da finada infância, naufragada em planos.

Muitos se alegraram na fala infantil
Algo que eles há um bom tempo não sentiam
Palavras renovaram-lhes a sã alma
Sendo que, no final, apenas sorriam.

O menino, até hoje belo e lembrado
Recebe então vários nomes, no "papel":
Com mesmo início - Jesus e Jeová
Ou distinto - Messias e Emanuel

Somos todos humanos - largos, mas cálidos
Sempre esquecemos da nossa pequenez
Para alguns, este grande amigo fiel
Os traz humildade e muita sensatez.

Existem também os que não acreditam
Que possuem também conjuntas tais coisas
Porque não é obrigatório o Divino
Para escrever valores nas nossas lousas.

Cada um tem o seu âmago raro
Que se constrói de formas diferentes
São essas disparidades entre mentes
Que fazem de nós seres natos e incríveis
Somos perfeitos feitos de carne e osso
Com ideias, sentimentos e expressões
Reagindo diferente pelo dia
Buscando aquelas finadas diversões.