Problemas escrita por Jolly Roger


Capítulo 31
Mais que uma mera coincidência


Notas iniciais do capítulo

Desculpa o atraso, eu estava tão ansiosa pra esse final de semana que nem vi o tempo passar quando percebi já era quinta-feira e eu não tinha terminado de escrever o capitulo



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– Abre essa porta, Ethan! - Digo batendo na porta furiosamente.

– Você vai chamar atenção dos vizinhos. - Diz Noah.

– Você acha que está alto porque é um wolfblood, mas aposto que os vizinhos nem estão escutando.

– Mas eu estou. - Viro-me e vejo meu pai de braços cruzados. - Eu fui buscar seus irmãos e quando virei a esquina comecei a escutar você quase arrancar essa porta.

– Me desculpa, pai.

Meu pai passa por mim e bate uma vez bem de leve na porta.

– Abra essa porta agora, Ethan. - Ele abre a porta na mesma hora. - O que está acontecendo aqui?

– Eu descobri que sua filha mente melhor do que eu imaginava.

– Eu não menti para você.

– Ela está falando a verdade, fui eu que fiz uma brincadeira de muito mal gosto.

– Da pra vocês explicarem o que está acontecendo?

– Eu falei pro Ethan que a Zoe tinha ficado com um menino quando a gente fugiu juntos, mas é mentira. O máximo que a Zoe fez foi dar um beijo na bochecha de Brad.

– Por que você não me contou?

– Não queria que você ficasse mais bravo por eu ter fugido.

– Eu já tava bravo o máximo que eu conseguia.

– Estamos todos resolvidos?

Concordamos os três com a cabeça.

– Será que terei que colocar os três de castigo?

– Não! - Respondemos eu e Noah rapidamente.

– Certo, hoje o jantar é macarrão com molho vermelho.

Quando meu pai vai embora, Noah pergunta:

– Vocês não conseguem ficar sem brigar? A primeira vez foi por causa da Maya, depois a Zoe fugiu e agora por causa do tal de Brad.

– A maioria é sua culpa Zoe, responde ele.

– Eu não enganei ninguém por seis meses!

– Aposto que daqui a algumas semanas vão brigar por causa do Matthew.

– Nem me fale nele. - Resmunga Ethan.

– Ele nem olha pra mim, a culpa é do seu ciúmes bobo. - Digo para Ethan.

– Era mais legal quando vocês ficavam quietinhos no quarto da Zoe. Agora estou até com dor de cabeça.- Fala Rhidian quando passa por nós.

– Isso porque você não estava quando Matthew estava aqui. - Diz Maya.
Rhidian vira-se e olha para nós quatro.

– Quem é Matthew?

– É o amigo humano da Zoe. - Responde Ethan.

– Ele é da escola? - Rhidian pergunta ora mim.

– Não. - Respondo. Sabia que com essa informação meu irmão ficaria mais desconfiado.

– Como você conheceu ele?

– Ele acabou de se mudar pra cá, encontrei ele na rua perguntando onde podia comer.

Rhidian parece não gostar muito, mas vai para seu quarto. Sigo-o. Estava com medo de meu pai estar ouvindo nossa conversa no corredor, por isso decido conversar a sós com Rhidian no seu quarto.

– O que foi? - Ele pergunta surpreso por tê-lo seguido.

– Eu menti.

– Não acredito que acreditei em você.

– Matthew veio me procurar quando todos vocês saíram, menos eu e o Noah.

– O que ele queria? - Pergunta Rhidian preocupado.

– Ele é filho do caçador, que dizer do John Baker.

– O cara que matou sua mãe?

Concordo com a cabeça. Rhidian começa a se irritar e percebo seus olhos amarelos me encarando.

– Calma, o Matthew não que me fazer mal. Eu jantei com ele e a Sra Baker, eles se sentem mal pelo que o John fez.

– Rebecca Whitewood parecia era apenas uma cientista estudando um cadáver.

– Eu sei, mas você não o conhece. Vou te mostrar algo.

Levo Rhidian até meu quarto e pego a caixa de fotos debaixo da cama. Abro a caixa e como Ethan, Rhidian vai vendo as fotos e espalhando pela cama, mas a foto que mais chamou sua atenção é a única que aparece nosso pai.

– Eu quero conhecer ele.

– Duvido que ele volte aqui em casa depois do que aconteceu.

– Você não tem o celular dele?

– Tenho.

– Liga pra ele e marca um almoço, sei lá e me leva junto.

– Acho que não precisa de tudo isso.

– Zoe, eu sei tudo que você passou por causa desse caçador idiota. Não quero te ver daquele jeito de novo nunca mais, vou fazer de tudo para te proteger.

– Eu posso me proteger.

– Essa não é a questão.

– Então qual é a questão?

– Você é minha irmã, isso já é o bastante para eu tentar te proteger.

Abraço Rhidian o mais forte que eu consigo.

– Que coincidência minha mãe vir para Stonebridge e você morar aqui.

– Ela sabia de mim?

– Talvez... Meu deus!

– O que foi?

– Como eu não pensei nisso antes?

– Fala no que você não pensou.

– Quando eu tinha 13 anos pedi para minha mãe deixar eu ir na festa de um menino que eu gostava na época, mas ela não deixou porque era lua cheia e estava na idade de acontecer a primeira transformação. Eu falei que não sentia nenhum sinal de que eu me transformaria naquela lua cheia, mas ela não cedeu. Então eu fugi e fui na festa mesmo assim, ele era quase meu vizinho seria fácil voltar pra casa, mas quando eram umas 2 horas da manhã eu ouvi um uivo e depois em seguida outro, olhei pela janela e vi que meus pais estavam embaixo dela. Sabia que se não saísse da festa naquela hora iria ficar mais encrencada do que já estava.

– Você tem mania de fugir, né?

– Cala a boca, Rhidian. Corri até o parque que tinha lá por perto, sempre morávamos perto de parques ou em zonas rurais. Fiquei no parque morrendo de frio até eles se transformarem de volta.

– E então?

– E então eles ficaram discutindo por mais meia hora, culpando um ao outro, depois que se separaram eles só brigavam. Pra tentar mudar de assunto perguntei para o meu pai como ele sabia em qual casa eu estava. Como ficou exatamente embaixo da janela da casa do menino, a festa estava sem musica e mais três casas na rua estavam cheias de pessoas.

– O que ele respondeu?

– Que um pai sempre encontra seu filhote.

– E daí? Isso todo mundo sabe.

– E daí que minha mãe respondeu o seguinte: você sabe muito bem que nem sempre, né Gerwin. Meu pai ficou branco. Achei que era por causa de uma vez que meu pai ficou um ano sem me ver quando eu era bem pequeninha, talvez uns 6 anos, eu acabei doente e minha teve que ir procurar por ele.

– É claro, ela devia estar falando de mim.


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