Problemas escrita por Jolly Roger
Notas iniciais do capítulo
Desculpem a demora, desculpem mesmo. Começaram as provas e ainda por cima vou competir com alunos de outras escolas para a vaga do ano que vem, por isso fiquei muito preocupada e decidi estudar mais
– Você vai votar em mim, né?
– Vou.
– Então ta bom, não quero você de conversinha com o inimigo. - Fala Laureen.
– Inimigo? Por acaso estamos numa guerra?
– Você sabe de quem eu to falando.
– É, da Maya. Eu ficava boba do mesmo jeito quando ficava de mal com ela sem motivo?
– Nossa, você viu como nossa amiga amadureceu? - Fala Allan me zoando.
Mostro a língua pra ele.
–Idiota.
– Agora é sério, você ficou amiga dela do nada, fiquei com medo de te perder.
– Oh, bobinha. Você nunca vai se livrar de mim. - Digo abraçando Laureen. - Eu te amo.
– E eu também. - Diz Allan.
– Obrigada. Eu também...
– Ama a gente, né?
– Não. Me amo mesmo, vocês que se fervam.
Soco o braço de Laureen.
– Falou a garota que estava quase chorando porque a amiga fez outra amizade. - Diz Allan.
– Vocês sabem que é mentira.
Laureen abraça eu e o Allan ao mesmo tempo.
O sinal toca.
– É agora, a votação. - Diz Laureen toda animada.
– Pra que toda essa alegria? - Pergunta Allan sério.
– Eu estou ansiosa para cumprir meu dever de representante de classe e melhorar a educação de todos.
– Você por acaso é candidata para um cargo publico? Porque essa desculpa é bem exagerada. - Digo.
Laureen revira os olhos.
– Vão indo para a sala, vou ver como eu estou.
Enquanto Laureen vai em direção ao banheiro não consigo me segurar e acabo perguntando:
– Como você consegue ser tão pouco ciumento com a sua namorada?
– Se eu não for, ela termina comigo. As pessoas se prendem a Laureen, não ela que se prende as pessoas.
– Gostei disso.
Era a votação e Laureen e Maya estavam empatadas, era a última pessoa.
– Não posso votar num menino?
– Não! - Disseram as duas em uníssono.
– Por favor, vote nas meninas que estão empatadas. - Pediu a professora de matemática sem paciência.
– Tudo bem. Meu voto vai para a...
– Professora, eu não quero mais ser candidata. - Falou Maya de repente, espantando a todos. - A Laureen venceu.
– Isso! Eu sabia que ia ganhar.
– O que aconteceu? - Pergunto pra Maya.
– Só participei disso pra competir com você, mas você nunca participou.
– É, eu queria que você ganhasse...
– Por que? - Maya pergunta confusa.
– É que ser representante é chato.
– Então você me fez querer participar! Quando ficou me encarando.
– É...
– Você até que é um pouco inteligente.
Na hora da saída, encontro Ethan me esperando na porta da escola.
– Vamos?
Concordo com a cabeça.
Na van Jana estava falando alguma coisa, mas eu não conseguia entender meus pensamentos estavam em outros lugares. Sinto Bryn me cutucando.
– Jana disse que vai embora hoje a noite, não vai falar nada?
O quê? Ela já estava pensando em ir embora? Mas se passou apenas um mês, ta certo que Jana prometeu ficar só uma semana, mas mesmo assim era tão pouco tempo.
– Alguma coisa do que eu falar fará você mudar de ideia? - Pergunto.
– Infelizmente não Zoe, eu sou a líder de uma matilha tenho que cuidar dela.
– Você promete que vem visitar a gente?
– Prometo. - Passo por cima de Ethan e dou um abraço na Jana. - Eu ainda vou ficar algumas horas na sua casa, esqueceu?
– Não, é que eu já estou com saudades.
***
– Não acredito que ela falou isso! - Digo.
Bryn estava contando da briga de duas meninas na sala dele. Uma menina (que se achava muito, na opinião do Bryn) falou que o pai da outra tinha morrido porque não aguentava a sua choradeira, já que está era bastante sentimental e sensível e bastava pouco para fazê-la chorar.
– É verdade, eu que tenho um pai me senti ruim. Imagine ela que tem certeza que não tem um.
– Já falaram algo parecido pra mim uma vez.
– E o quê você fez? - Pergunta Bryn curioso.
– Bem era meu último dia naquela escola, minha mãe estava arrumando as coisas para irmos embora. Então eu mordi a garota.
– Machucou a menina?
– Arranquei um pedaço de pele dela.
– Devia ter sido da hora.
– Minha mãe chegou muito brava na escola, mas quando soube o motivo por eu ter mordido a menina, a única coisa que ela fez foi me abraçar.
– Ela nem te xingou?
– Não, isso aconteceu depois de uma ano da separação dos meus país e durante todo esse tempo, eu não tinha visto ele.
– Ela sabia que você tava mal.
– É, ela me entendia.
– A minha mãe também me entende, quer dizer na metade das vezes. A outra parte a gente discute muito. Ela é muito protetora.
– Eu sei como é isso. Por causa do caçador, minha mãe não me deixava fazer nada além de ir na escola.
Estávamos sentados no quintal de casa, o céu já estava escurecendo e era possível ver as cores laranja e roxo nele. Rhidian vem andando até nós dois e se senta ao lado de Bryn.
– Nossa tava sumido em. - Fala meu irmão caçula.
– Ta ficando muito na casa da namorada e esquecendo os irmãos. - Digo.
– Zoe, quando eu ficava aqui você não desgrudava do Ethan. - Ele diz.
Rhidian olha pra mim e depois pra Bryn.
– Eu nunca diria que vocês dois são irmãos.
Enquanto Bryn e Rhidian tinham o nariz e a boca parecidos, eu não tinha nada de igual com ele. Bryn não puxou nem os olhos nem o cabelo do nosso pai, que foram as únicas coisas que eu puxei dele.
– Eu também não. - Diz Bryn.
– Concordo com vocês. Mas eu e Bryn temos nossas semelhanças.
Bryn sorri com o quê eu digo
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Espero que gostem, bjs