Mais uma chance escrita por Carcata


Capítulo 11
Mais um abraço


Notas iniciais do capítulo

Wow, será que ainda tem leitor lendo a história? *sua frio*
DESCULPA PELO HIATUS
MDS *CHORA NUM CANTO*
Eu realmente sinto muito, na verdade vcs nem precisam me perdoar, eu mereço seu desprezo ;-; aconteceu tanta coisa e eu perdi a vontade de escrever, mas fiquem sabendo que foram seus comentários adoráveis que me fizeram voltar *coloca óculos escuros e pega microfone* enfim, vamos aproveitar o cap e comemorar a volta da fic! *-*



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– Tadashi – Hiro tentou esconder o tremor de irritação na sua voz – Dá pra ver que você está... Preocupado. Por algum motivo. Acredite, é bem difícil de ignorar...er...não ver – Ele massageou suas têmporas antes de continuar – Contudo, eu tenho um pequeno pedido a fazer.

Tadashi estufou o peito de alegria do outro lado do quarto, esperando com os braços abertos do outro lado da cama – E o que é, Hiro? – questionou animadamente.

– Pare. De fazer tudo...Isso – O garoto fez um gesto indeciso com as mãos, referindo-se ao irmão.

– Tudo isso? – indagou o outro confuso, mas sabia o que Hiro queria dizer.

O olhar de filhotinho abatido que Tadashi mandou fez o menor arrepiar. Porém ele tinha que parar com tudo aquilo. Desde que o seu experimento com os microbôs tinha dado certo Tadashi o estava sufocando com afeição, e estava o deixando louco.

– Eu não quero outro abraço, Tadashi! Eu disse não! – Hiro insistiu ao ver seu irmão o alcançando com os braços no ar.

– Mas Hiroooo~! – Tadashi lamentou baixinho – Eu estou orgulhoso de você, só isso!

O maior vinha dando aquela desculpa há dias, mas não conseguia evitar. Desde que voltou do futuro, não conseguia nem dormir sem pelo menos ter segurado seu irmãozinho mais uma vez. Às vezes pesadelos sobre o que tinha acontecido assombravam sua mente, e o irmão mais velho acabava tendo que levantar da cama e confirmar se Hiro estava bem.

Aparentemente esse Hiro dessa linha do tempo não estava ciente do que tinha acontecido, e agora o único que tinha mexido com o tempo era Tadashi, o que quer dizer que só ele (e talvez Baymax) sabia o que estava prestes a acontecer.

– Bem, se você continuar me atrasando assim, nem vou ter tempo de terminar meu projeto antes da apresentação – Hiro bufou, e ambos sabiam que aquilo era verdade, o que fez Tadashi soltar seu irmão. Por enquanto.

Afinal, ele mesmo tinha mais coisas para acertar do que Hiro. Decidindo deixar o menor trabalhar, o estudante saiu de casa e foi em direção à faculdade.

A sensação de ver seus amigos e tagarelar com eles como se nada tivesse acontecido era tão estranha e inquietante que o irmão mais velho não tinha a mínima ideia de como Hiro tinha conseguido. O maior costumava subestimar seu irmão na maioria das vezes, Tadashi percebeu.

Entrando no seu laboratório e fechando a porta, ele chamou Baymax, que se encheu de ar e cumprimentou seu criador.

– Olá, Tadashi.

– Eaí, amigão – Tadashi respondeu inseguro, pois não tinha certeza se esse Baymax era... Bem, o Baymax dessa linha do tempo – Escuta, qual é a última coisa que você se lembra.

O robô piscou algumas vezes antes de responder.

– De acordo com meu banco de dados, nós dois pulamos no portal de Callaghan e viemos parar no passado.

Tadashi suspirou de alívio. Pelo menos não estava sozinho.

– Você não acha que o Callaghan dessa linha do tempo sabe de alguma coisa, né? – perguntou incerto.

– Já que ele não pulou no portal também, minha resposta mais segura é não – Um silêncio estranho surgiu depois disso e Baymax continuou – Hiro está vivo aqui, não é?

O jovem assentiu, sentindo-se aliviado só de pensar no seu irmãozinho são e salvo em casa.

– Posso vê-lo? – Tadashi ficaria surpreso se não soubesse sobre o elo de amizade que o robô tinha feito com seu irmão.

– Claro, Baymax. Mas antes eu tenho que verificar o seu chip, ter certeza de que não está danificado - Deus o livre se alguma coisa tinha acontecido com o chip de Baymax.

O robô cedeu e pouco depois Tadashi estava vendo os arquivos no computador. Novamente, o vídeo que tinha o nome “xxx” ainda estava lá, assim como todos os outros. O jovem pensou em vê-los, já que da última vez não tinha tido tempo de saber o que realmente tinha acontecido.

Mas ele sabia de tudo, agora. E o Hiro que estava montando os microbôs na sua garagem ainda não tinha participado de todas aquelas aventuras. Tadashi não tinha mais motivos para ver os vídeos, porém decidiu deixá-los intactos.

A cena de Hiro tendo aquela discussão com o grupo e tirando o chip de Baymax em uma das gravações que viu realmente o deixava inquieto, entretanto Tadashi não era estúpido, e tinha uma ideia do que tinha acontecido.

Sabendo ou não, não importava agora. Ele tirou o chip do computador e encarou o seu nome com o emoticon de doutor estampado no objeto. Meses atrás tudo o que Tadashi queria era construir Baymax e salvar vidas.

Mal sabia ele que não era um feito tão fácil assim.

–-

Mesmo tendo Hiro vivo e em seus braços, Tadashi ainda teria que cuidar de Callaghan. Se o professor conseguisse por suas mãos nos microbôs, toda aquela confusão aconteceria novamente, e o jovem estudante não estava a fim de arriscar a vida de seu irmãozinho de novo.

Tentar racionalizar com ele seria inútil. Não é possível colocar razão na cabeça de um homem que só tem desejo de vingança.

Talvez se pudesse pegar o neuro-transmissor antes de Callaghan, o estudante conseguiria evitar uma tragédia. Entretanto somente o professor sabia onde os experimentos ficavam, e as chances dele sair vivo não eram 100%. Ele teria que então seguir o professor e tirar o neuro-transmissor dele antes que o homem fosse capaz de usá-lo.

Tadashi decidiu que se era para manter Hiro e seus amigos fora de perigo, valia a pena.

–-

Como era a primeira vez que Hiro faria a apresentação, Tadashi fez o melhor que pôde para dar confiança ao irmão. Ele mesmo sabia o quão nervoso ficou na sua própria apresentação. Hiro conseguiu a carta de aprovação espetacularmente e o mais velho nunca se cansava de ficar orgulhoso do garoto.

Tudo estava indo às mil maravilhas quando Tadashi e os outros perceberam o grande incêndio que ocorria no Instituto.

– Callaghan ainda está lá! – Tadashi gritou para Hiro e não precisou disfarçar o medo do rosto, mas sabia que tinha que pegar aquele neuro-transmissor.

– Tadashi, não! – Hiro insistiu e desesperadamente tentou correr atrás do irmão, mas foi parado por um dos estudantes – provavelmente Wasabi.

Os outros tentaram parar Tadashi, mas este já tinha entrado no prédio.

Os pulmões do jovem pareciam que estavam em chamas junto com o Instituto, porém continuou correndo quando avistou a sombra do professor cruzar um dos corredores.

– Callaghan! – Tadashi chamou a atenção do homem, que virou-se com o neuro-transmissor na mão – Não faz isso! Não vale a pena!

O professor colocou o neuro-transmissor na cabeça e Tadashi sentiu uma dor excruciante atingir seu corpo.

Hiro assistiu à explosão com lágrimas nos olhos.


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Notas finais do capítulo

Pobre tadashi, tudo o que ele queria era não colocar seu irmãozinho em risco batalhando contra callaghan. *bate na cabeça do tadashi com um rolo de jornal* PARA DE BANCAR O HEROI
Eu realmente não gostei de matar mais gente, mas é necessário pro plot final da história *encolhe os ombros* não me bate ;-;