Percy Jackson e o Legados dos Grandes Deuses escrita por Dark Swan


Capítulo 7
Familiar Demais


Notas iniciais do capítulo

Oii Semideuses! O capítulo de hoje tem 1 música que foi sugestão da leitora LUA AZUL. Espero que gostem e boa leitura.



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Pense no lugar mais lindo que você já viu. Agora acrescentem nele colunas de mármore brancas, videiras bem cuidadas, casas em estilo clássico grego, lagos com água cristalina e templos intocados pelo tempo.

Esse era o Olimpo.

Segui meu pai até uma fonte, onde ele se sentou e fez um gesto para que eu repetisse seu movimento.

—Eu tenho muito orgulho de você Ashley – iniciou Zeus – Por mais que você não possa se lembrar, você já realizou incontáveis feitos heroicos.

—Então por que eu não posso me lembrar? Por que estou sem memória? – falei baixinho

Zeus abriu um sorriso contido ao finalmente ouvir minha frase.

—Seu passado é bom, mas cheio de perigo. Lembrar-se seria algo perigoso demais para você e para o filho de Poseidon. É sobre isso que venho falar, não importa quão maluca a ideia de Percy seja, aceite, é o único jeito de salvar o mundo.

Pensei em sua afirmação por um segundo, mas meus devaneios foram interrompidos quando meu pai se levantou.

—Eu tenho que ir Ashley – disse ele – Mas, fique por aqui se quiser. Conheça um pouco o lugar e quando chegar a hora eu te levarei para o Hades.

Dito isso, o deus desapareceu em uma explosão.

—Obrigada por finalmente notar que eu existo - murmurei

Andei pelo Olimpo pelo que me pareceram minutos. Era tão impressionante que o tempo não importava. A arquitetura era encantadora, as ninfas e os sátiros que viviam ali foram simpáticos e os deuses menores me lançavam sorrisos que iam de orelha a orelha.

O estranho era que, por mais belo que fosse, me parecia familiar.

O sol já estava se pondo quando ouvi uma voz cantando.

Nossa, como canta bem – pensei

Por impulso, comecei a seguir o som e, quanto mais perto chegava, comecei a distinguir a letra da melodia.

“Lately, I've been, I've been losing sleep

Dreaming about that things we could be

But, baby, I've been, I've been praying hard

Said, no more counting dollars

We'll be counting stars, yeah, we'll be counting stars”

(Ultimamente, eu tenho, eu tenho perdido o sono

Sonhando com as coisas que poderíamos ser

Mas, querida, eu tenho, eu tenho rezado muito.

Eu disse, chega de contar dólares.

Contaremos estrelas, sim, contaremos estrelas)


“I see this life like a swinging vine

Swing my heart across the line

And my face is flashing signs

Seek it out and you shall find”

(Vejo esta vida como uma videira que balança

Balanço meu coração além do limite

E meu rosto está dando sinais

Procure e você encontrará)


“Old, but I'm not that old

Young, but I'm not that bold

I don't think the world is sold

I'm just doing what we're told”


(Velho, mas não sou tão velho

Jovem, mas não sou tão ousado

Eu não acho que o mundo esteja vendido

Só estou fazendo o que nos disseram)

“I feel something so right

Doing the wrong thing

I feel something so wrong

Doing the right thing

I couldn't lie, couldn't lie, couldn't lie

Everything that kills me makes me feel alive”


(Eu sinto algo tão certo

Fazendo a coisa errada

Eu sinto algo tão errado

Fazendo a coisa certa

Eu não poderia mentir, não poderia mentir, não poderia mentir

Tudo que me mata me faz me sentir vivo)

O som ficava mais forte num templo, mesmo sabendo que era errado, entrei e dei de cara um adolescente (loiro com mais ou menos 14 anos) me fitando boquiaberto.

—Ashley, é você? – perguntou ele.

—Desculpe, eu te conheço?

Seus olhos ficaram marejados e vermelhos com minha pergunta. O que me fez sentir culpa na hora. Eu tinha a impressão que...

—Você não se lembra, não é? –sussurrou ele, virando-se de costas – Ela não se lembra de mim.

—Não fique assim, desculpe por não me lembrar de você– disse me aproximando do garoto – Qual o seu nome?

—Apolo – disse – Meu nome é Apolo.

***

Conversamos o resto do dia, ele me contou suas aventuras como deus e eu contei as minhas como semideusa. Partilhamos experiências, piadas, tristezas e alegrias. Cantamos, brincamos e caminhamos pelo Olimpo como se já nos conhecêssemos antes.

Acho que tenho que voltar – disse eu

—Não antes de aceitar o meu presente – disse Apolo com um sorriso no rosto.

Arqueei as sobrancelhas.

—Que presente?

Apolo abriu as mãos, revelando um lindo colar de ouro com um pingente em formato de Sol e inscrições em grego.

—Vai te proteger e, quando precisar de ajuda, fale com ele.

—Falar com um pingente? – perguntei cética – Obrigada Apolo.

Dito isso o abracei fortemente, fazendo-o corar.

—A gente se vê Ash. – disse ele por fim

Cheguei ao Mundo Inferior com um sorriso no rosto.

***

—Ashley – gritou Bryan, correndo até mim.

—Já estávamos preocupados – afirmou Percy.

—Estou bem, agora eu vou dormir ok?

Subi as escadarias correndo e ignorando completamente os dois semideuses perplexos com minha resposta.

Fui até o banheiro e entrei debaixo do chuveiro, ainda de roupa. A água quente acalmou meus pensamentos e os organizou. O que havia sido aquilo? Eu havia ficado amiga de um deus?

Coloquei meu pijama e me dirigi até a cama, encontrando lá um Ipod ao lado de um bilhete.

“Para compensar sua perda”

O sorriso que se abriu em meu rosto logo se apagou. Percy foi gentil comigo e eu o compensei o tratando friamente ao chegar.

O que está acontecendo comigo? - pensei

Joguei-me na cama e mais uma vez pensei em tudo que meu pai me disse. Eu já fui uma heroína? Disso eu duvido. Heróis são fortes e corajosos e eu não era nada disso. Então por que meu pai se deu ao trabalho de vir até o Mundo Inferior para me falar que eu devia confiar cegamente no Percy?

Sai do quarto e fui em direção á sala do trono onde Hades conversava com Bryan silenciosamente.

Controlei os ventos para que eles pudessem trazer a voz deles até meus ouvidos e o que escutei foi chocante.

“É o único jeito pai.”

“As vidas de vocês dois serão perdidas e não deixarei que morram em vão!”

“É necessário pai, Percy e eu sabemos as consequências e para nós elas não importam.”

Deixei de ouvi nessa parte e corri em direção ao meu quarto. Peguei meu Ipod e coloquei a música Apologize.

Lágrimas escorriam em meu rosto. Não era possível! Somente um de nós sobreviveria e eu torcia para que fosse eu a morrer. Não deixaria meus amigos morrerem de jeito nenhum, eu tinha que executar meu plano agora. Não havia mais tempo.

Acompanhei a música em um gesto de despedida.

It's too late to apologize/ It's too late/ I said it's too late to apologize/ It's too late— cantei baixinho, entre as lágrimas.

“I'd take another chance, take a fall, take a shot for you

I need you like a heart needs a beat, but it's nothing new

Yeah

I loved you with a fire red now it's turning blue

And you say

"Sorry", like the angel

Heaven let me think was you

But I'm afraid”

Troquei mais uma vez de roupa e segui na direção do Rio Estige.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram das músicas? Gostaram das roupas? Quero saber a opinião de vocês nos comentários!



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