Percy Jackson e o Legados dos Grandes Deuses escrita por Dark Swan


Capítulo 5
O Trio se Separa


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo em 3 dias! Espero que gostem.



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Escalar uma geleira com certeza não era uma tarefa fácil.

Pense nas fotos que você já viu da Geleira Hubbard, pensou? Agora, multiplique a altura que você imagina por três. Se for capaz de imaginar isso, tem noção de como é estar nos pés diante de algo tão grande.

Por sorte, não precisamos subir “a moda antiga”, descobri que podia controlar os ventos e ordenar que eles nos levassem para cima. Dito e feito. No estante seguinte estávamos em frente ao maior palácio que eu já tinha visto. Não que eu tivesse visto muitos palácios (para falar a verdade, esse era o primeiro), mas eu pude perceber no instante que o vi que aquele não era um lugar comum.

–Então... O que fazemos agora? Batemos na porta? – perguntou Percy.

Antes que qualquer um de nós pudesse responder, ouvimos algo se remexer a nossas costas.

–Não será preciso, jovens semideuses – disse uma voz atrás de nós –Esta noite, vocês são os convidados de Bóreas.

E de repente, eu a vi. Aquilo com certeza parecia uma princesa. Usava um longo vestido azul e seus longos cabelos brancos como flocos de neve estavam presos em uma trança.

–Sou Quione – disse ela – Deusa da Neve. Agora vamos, meu pai vos aguarda.

Acompanhamos Quione até o interior do palácio. Indescritível, era o que o melhor definia. Com parede de gelo sólido transparente e piso igualmente belo.

Percebi que não havíamos dito uma palavra desde que chegamos e, pelo que pude ver, os garotos notaram a mesma coisa.

–Ainda não nos apresentamos – iniciei – Sou Ashley, filha de Zeus e esses são Percy e Bryan, filhos de Poseidon e Hades.

–Eu já sei disso – disse ela, que, ao notar meu olhar atordoado, completou – Já sabíamos de sua chegada.

Resolvi ficar quieta e não perguntar como.

–Esses são Zetes e Calais – disse Quione, apresentando dois garotos que pareciam normais, exceto por terem asas e cabelo branco com o da deusa – Eles levarão Percy e Bryan para trocarem de roupas. E você, Ashley, virá comigo até Bóreas.

Recebi olhares preocupados, como se dissessem “devemos confiar nela?”. Assenti discretamente e acompanhei a deusa escadaria acima.

O escritório de Bóreas era simplesmente... Impressionante. As paredes eram revestidas de neve fofa e branquinha e o teto coberto por cristais de gelo de vários tamanhos que pareciam que iam cair a qualquer minuto.

–Olá, filha de Zeus, eu estava te esperando – disse um homem de barbas brancas, que supus ser Bóreas – Aguardávamos vocês há éons. Creio que sei qual o objetivo de vocês ao virem até mim. Querem ajuda quanto ao destino de sua missão. Recebi ordens para cooperar com vocês e...

–Espera um pouco. Ordens de quem?

O deus pareceu pensar por um momento e fez uma expressão confusa, como se não soubesse a resposta. Estranho e com certeza muito suspeito.

–Ora, eu não recebo ordens... Eu não... Eu... Arg! Pare com isso! Você está me deixando confuso. Como eu ia dizendo, irei ajuda-los e os mandarei para o destino correto. Meus filhos estão fornecendo roupas e suprimentos para vocês e Quione lhe dirá para onde devem ir. Agora vá e não se esqueça. Devem recuperar a espada em cinco dias, ou haverá consequências.

Quem falou em espada? – pensei, mas fiquei em silêncio.

Dito isso, o Bóreas desapareceu em uma explosão de flocos de neve.

Venha – disse Quione – vou arranjar roupas para você.

***

Depois de trocar de roupa e pegar suprimentos para a viagem, fui ao encontro de Percy e Bryan, que me esperavam na entrada do palácio.

–Um de vocês deverá ir até o Templo de Hades em Kodiak, e deverá encontrar uma passagem para o Mundo Inferior – Iniciou Quione - Lá, precisará ir falar com o deus do mortos, por isso aconselho que Bryan vá até lá, já que é filho dele. Quanto a Percy e Ashley... Devem encontrar uma velha inimiga dos deuses, que se esconde por essas terras.

–Que inimiga?– perguntamos em uníssono.

–Existe um artefato, capaz de retirar qualquer ser monstruoso das profundezas do Tártaro, e neste exato momento a Medusa está aqui, no Alasca e seu objetivo é despertar o grande mal que até os deuses temem. Ela quer despertar Tifão – sussurrou Quione – Já falei mais do que devia. Mandarei vocês ao seu destino. Boa sorte meus jovens, que os deuses os protegem.

Dito isso, minha visão escureceu até minhas pálpebras estarem completamente fechadas.

***

Então, onde estamos? – disse Percy, olhando ao redor.

–Vocês estão sobre meus domínios, crianças. Mas, logo não estarão mais aqui... Ou em qualquer lugar que não seja o Tártaro.

–Quem é você? – Perguntei ao nada

Não que eu precisasse de respostas, eu sabia quem estava se escondendo nas sombras.

Infelizmente, eu sabia mais que qualquer um.

–Creio que vocês já saibam quem sou – sibilou a Medusa – agora, acho que não gostariam de cair sem lutar, então os proponho um acordo: vençam-me e lhes darei o que procuram. Caso contrário... Bem, vocês já sabem o que os aguardam.

Percy e eu nos entreolhamos. Ambos sabíamos que o deveria ser feito.

–Agora! – gritamos juntos e avançamos contra a amedrontadora figura que estampava meu escudo e que neste momento estava frente a frente conosco.

Saquei minha espada e acertei os flancos do monstro, enquanto Percy duelava, espada contra lança. A Medusa tirou os óculos de repente e por pouco quase viramos pedra.

–Não olhe nos olhos dela – gritei

De olhos fechado tentávamos acerta-la, mas sem enxergar era um pouco complicado.

Foi então que tive uma ideia, corri até minha mochila que estava jogada no canto e procurei desesperadamente pelo meu Ipod. Ótimo, era o que eu precisava.

Vendo o reflexo da Medusa pela tela me aproximei sorrateiramente por trás dela, enquanto a mesma lutava com Percy. Levantei a espada, pronta pra acertar sua cabeça. Mas ela previu meu movimento e me acertou da barriga com o cabo de sua lança, jogando-me para longe.

Consegui lançar meu Ipod para Percy, que o agarrou em pleno ar. Estava machucada demais para levantar e lutar junto a ele.

Devo ter quebrado alguma costela – pensei

Trinquei os dentes para não gritar de dor. Cada músculo do meu corpo latejava desenfreadamente, até minha cabeça queimava e foi então que eu percebi: aquela não era uma lança comum. Era uma lança envenenada.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? A partir da semana que vem passarei a postar 3 vezes por semana cap. de 1000 palavras e assim não vão precisar esperar muito. Então, gostaram da ideia? Beijos e até a próxima.

P.S. Estão conseguindo visualizar o link das roupas dos personagens? Se não conseguirem no primeiro clique, continue apertando que ele vai.



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