Red lips escrita por Bi Mills


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oiiii pessoal! Muito obrigada pelos comentários perfeitos que vocês deixaram, me incentivam a continuar e são meu combustível hahaha
Fiquei feliz em saber que estão gostando da Liah, que é uma personagem que eu particularmente amo muito. Espero que continuem curtindo a fic, porque é isso que eu quero kkk.
P.S: a Juliette vai ser uma bitch nessa fic tá, pra nossa Liah poder dar uns pegas no Nick hehe.
Beijos, Bi Mills.



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Liah acordou com o sol da manhã batendo em seu rosto. De acordo com os filmes, ela como uma vampira sairia queimando e gritando por estar recebendo a luz do sol, mas a única coisa que ela sente quando está exposta aos raios solares é um leve desconforto. Nada mais. Ela sempre achou que essa história de não poder andar na luz do sol foi criada pelos próprios vampiros, para os humanos acharem que só saiam a noite. Deu certo.

Ela se levantou, espreguiçando-se e se lembrando da noite anterior. Parecia loucura. Mas ao olhar ao redor e se ver no mesmo quarto em que deitara, percebeu que não era um sonho. Ela realmente havia conhecido aqueles wesen e aqueles dois policias.

Os policiais. Por alguma razão, Sean Renard e Nick Burkhardt, ficaram rondando os pensamentos da garota até ela pegar no sono, o que demorou um pouco. Sean era mais sério e agressivo. Nick tinha um jeito mais leve e calmo. Eles eram tão diferentes, mas quando falaram em protegê-la dos outros caras que escaparam do galpão, ambos concordaram imediatamente. Pode-se dizer que ela tinha sensações desconhecidas pelos dois. Se eram boas ou ruins, só com o tempo para descobrir.

Ela tirou seus sapatos e ficou com a meia calça que vestia, agora rasgada pelo incidente no galpão. Ajeitou o short jeans e a blusa, que estavam meio tortas por causa das horas que dormiu. Sua jaqueta de couro preta estava em cima da cama, ela resolveu deixá-la ali mesmo.

Liah abriu a porta do quarto e desceu as escadas, tentando não fazer barulho na madeira porque alguém ainda poderia estar dormindo. Mas isso era meio improvável, por conta do cheiro delicioso de comida que vinha da cozinha. Mesmo assim, algo que ela sempre foi ensinada, é que cautela de acordo com a situação nunca é pouca.

Ela entrou na cozinha e observou a cena a sua frente. Nick estava no fogão, cozinhando alguma coisa. Sean estava sentado a mesa, mexendo no celular. Eles não haviam notado a chegada dela, até que Sean se virou e a viu. Ao vê-la com aquela pouca roupa, ele não pode deixar de olhas para as pernas dela naquele short curto.

–Meus olhos estão aqui.- ela falou, apontando para o próprio rosto.

Sean corou um pouco e desviou o olhar. Nick havia se virado e riu da situação embaraçosa do seu capitão. E mentalmente agradeceu por Sean estar olhando o corpo da vampira, porque ele também olhava e se Liah tivesse percebido ele morreria de vergonha.

–Bom dia, Liah.- falou Nick.

–Bom dia.- ela respondeu, sentando-se na mesa ao lado de Sean a mesa.-Onde está Juliette?

–Foi para o trabalho. Nós ficamos para esperar você acordar.- contou Nick.

–Obrigada.-ela agradeceu.-Que cheiro bom é esse?- ela perguntou, inalando-o novamente.

–Estou fazendo panquecas.- Nick falou, mostrando a panela para ela.- Quer uma? Falta só um pouquinho para ficar pronta.

Liah assentiu com a cabeça. Aquilo parecia ótimo. Ela encarou a mesa e pegou a xícara de café que claramente era de Sean. Ela deu um gole, colocando no mesmo lugar depois. Sean correu os olhos dela para depois a xícara.

–Se eu beber isso agora eu vou virar vampiro ou coisa do tipo?- perguntou, erguendo as sombrancelhas.

–Claro que não, não é assim que funciona. Para transformar uma pessoa em vampiro você tem que mordê-la e chupar o sangue dela. E ela, tem que tomar um pouco do sangue do vampiro também. Aos poucos o corpo vai mudando e a transformação se completa quando o iniciante tomar sangue de alguém, não podendo ser vampiro. É complicado. Então, fique tranquilo. Você não vai criar presas e querer chupar sangue de todo mundo.- explicou Liah, dando de ombros no final.

Sean estreitou os olhos não parecendo muito convencido, como se não confiasse totalmente nela. Ela não pode culpá-lo. Também não confiava nele ainda.

Nick desligou o fogão e virou-se com a panela, colocando panquecas para os três nos respectivos pratos. Ele se sentou e começaram a comer.

Liah comia sua panqueca avidamente, saboreando cada pedaço. Havia mais de dois dias que ela não comia nada. O Grimm e o filho de Hexenbiest também comiam, o silêncio prevalecia. Vez ou outra uma troca de olhares era compartilhado aleatoriamente entre eles, mas só por uma fração de segundo.

–Então...Liah,- começou Nick.- você é realmente sozinha? Não tem ninguém?

A vampira ficou quieta e baixou a cabeça, encarando o chão.

–Responde.- falou Sean, voltou com seu jeito grosso da noite anterior. Odiava não ter respostas.

–Não.- ela rebateu.

–Responda a droga da pergunta!- ele praticamente gritou, batendo a mão na mesa.-Consegue fazer alguma coisa para colaborar pelo menos, sangue suga?- ele falou sem pensar, se arrependendo logo depois.

Liah estava chocada. Agora, que ela estava começando a simpatizar ele a xinga. A chama de sangue suga?

–Ele morreu! A única pessoa que eu tinha está morta!- ela gritou, chateada. Contendo as lágrimas que queriam escorrer pelo seu rosto.- Feliz em saber agora?- ela não esperou por resposta, só se levantou e saiu da cozinha.

Nick encarava Sean com raiva. Ele não precisava ter sido tão rude e outra, xingá-la daquela maneira foi um golpe e tanto. Burkhardt se levantou e saiu da cozinha também, indo atrás da garota.

Largando Renard sozinho, percebendo a burrada que tinha feito.


Liah subiu as escadas até o quarto em que havia dormido, batendo os pés com raiva no chão. Ela entrou no cômodo e foi logo calçando os sapatos e pegando sua jaqueta. Enquanto ela vestia a jaqueta, ouviu um barulho e se virou. Viu que era Nick, e que ele havia fechado a porta do quarto e estava barrando a saída.
Ela terminou de pôr a jaqueta e o encarou séria.

–Sai da minha frente.- ela falou seca.

–Não.

–Sai da minha frente, Nick. Eu vou embora.- ela falou, se aproximando dele ou para ser mais precisa, da porta.

–Não posso deixar que faça isso.- a voz dele era rouca e profunda.

Liah não queria brigar com ele, mas não queria ficar no mesmo ambiente que o capitão do departamento de polícia nem mais um segundo, então tentou dar um jeito.

Ela se lançou para a frente, empurrando-o. Ela era rápida.

Mas Nick era mais.

Ele usou o impulso do empurrão que ela deu nele e usou para dar um encontrão na mesma, que não esperando isso foi pega de surpresa e perdeu o equilíbrio, fazendo com que os dois caíssem em cima da cama que não ficava longe da porta. Bom somente Liah caiu na cama, porque Nick caiu em cima dela.

Ela se debatia embaixo dele, tentando livrar-se e seguir pela passagem que agora estava livre, mas Nick era pesado. Ele prendeu as mãos dela com as suas, uma de cada lado da cabeça da garota no colchão. Eles estavam próximos. Muito próximos. Liah podia sentir o cheiro de menta que exalava do detetive, e ele podia sentir o hálito de morango dela. Ele não sabia se era algo que ela tomava para disfarçar o cheiro de sangue, só sabia que era muito bom.

Eles se encaravam, olho no olho. Mas ela não parava de se debater tentando escapar de sua mais nova prisão.

–Me solta, Grimm.- ela rosnou, as presas haviam descido. Ela queria intimidá-lo, mas não deu certo. Ele ficou olhando para a boca dela, as presas delicadas e letais esbarrando de leve no lábio inferior. Aquela boca vermelha...

Liah tremeu. O fato de Nick ficar encarando sua boca a fez pensar que talvez ele a beijaria. E ela não sabia se queria ou não que aquilo acontecesse. Do nada o moreno balançou a cabeça e começou a falar:

–Você precisa me ouvir. Tem alguém aí fora atrás de você e eu não quero que te encontre e faça alguma coisa. Entendeu?- ele falou, apertando os pulsos dela com força.

–Deixe que me encontre então. Aí veremos quem vai sair machucado.- ela rosnou.

–Não vou correr esse risco.

–Não é uma decisão sua!- ela falou irritada, por todos quererem mandar em sua vida.- É minha! Eu sou uma aberração mesmo, não vou fazer falta!

–Você não é uma aberração.- ele falou devagar, como se quisesse que ficasse claro para ela.

Ela revirou os olhos. Todos diziam isso, mas nunca provaram o contrário.

–Eu sou o quê então?- questionou, fitando os olhos verdes dele sobre si.

–Você é perfeita.


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