Os Sorrisos da Deusa da Terra escrita por Foxxy Kitsune


Capítulo 1
Os Sorrisos da Deusa da Terra! ÚNICO


Notas iniciais do capítulo

Eiii gente, que saudades de escrever aqui! Trago mais uma oneshot de Kamisama Hajimemashita (porque eu to muito viciada e esperar episódio ou capítulo novo sair, está me matando) Boa Leitura!



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Tomoe não sabia o que sentia em seguida toda vez que a sua mestra e Deusa da Terra lhe dava mais um de seus sorrisos belos e brilhantes.

"É uma bobagem." Ele pensava consigo mesmo, logo após perceber que sua traiçoeira mente lhe havia levado para uma outra horda de pensamentos sobre a garota que o faziam corar sem motivo aparente. "Ela só está sorrindo e pronto. Não há nada para pensar sobre isto."

E ele se debatia mentalmente outra vez, quando ela parava na sua frente - logo após perguntar sobre alguma coisa ou assentir para alguma tarefa que ele pedia - sorrindo magnificamente.

"Como era possível?" Lá estava ele novamente, inquieto e com o sorriso dela flutuando por toda a sua mente. "Ela é uma garota tão pequena, mas quando sorri parece que há tanta coisa grande por trás dela." Ele se revirava o tempo inteiro, as orelhas bem rente à cabeça enquanto não conseguia se deixar em paz até resolver todos os mistérios sobre ela a qual sua mente o atraíra.

A raposa familiar levantou a sua cabeça do travesseiro assim que ouviu a voz dela chamar. Ele olhou para a porta do seu quarto fechado, no escuro da noite, e se levantou em direção à ela.

Mas já era tarde, não é? Ela não tinha ido para a cama ainda porquê?

Tomoe ignorou isto e abriu a porta, indo em direção ao corredor enquanto procurava a onde ela estaria.

– Nanami? - Ele avistou-a na sala. - Nanami? O que foi?
Ela se virou para ficar de frente para ele. E o surpreendeu quando viu que ela segurava contra o rosto um saco de gelo, logo abaixo do olho esquerdo.

– O que houve? - Ele se desesperou e correu até ela, segurando o saco de gelo por cima de sua mão pequena. - Você se machucou? Como?

Ela sorriu.

"Ela sorriu." Ele pensou, outra vez ficando inquieto, enquanto ela dava mais um de seus sorrisos belos... Mesmo machucada.

Nanami começou a se explicar. - Eu só estava indo em direção ao meu quarto e o Mizuki veio segurando uma vassoura da maneira mais errada que existe, mas está tudo bem agora. - Ela corou levemente enquanto falava para o familiar, sabendo que Tomoe iria ficar com raiva de Mizuki, então ela logo acrescentou. - A culpa foi minha afinal, eu só queria avisar para você não ficar com raiva do Mizuki depois.
Tomoe parecia confuso, mas alguma coisa no olhar dele afirmava que ele não estava confuso sobre o incidente com ela - e sim com qualquer outra coisa que Nanami não fazia ideia do que era.

– Mas você está bem agora? - Ele finalmente perguntou, saindo de seu outro transe sobre ela e os sorrisos dela. Só para depois sua voz torna-se mais rude. - Cadê aquela maldita cobra?

Nanami o segurou com a mão livre. - Não, importa. Estou bem, deixe Mizuki em paz.

E ela sorriu outra vez.

"Isto está ficando constante." Ele balançou a cabeça, como se os pensamentos fossem embora se fizesse isto. "Nanami sorri sempre. Mas todos os seus sorrisos são diferentes... Era bem difícil no começo, mas agora eu acho que já posso definir quais são seus sorrisos quando ela está definitivamente alegre, quando está ansiosa, quando quer pedir algo, e até mesmo quando está triste ou chorosa e dá o seu sorriso mais fraco e frágil de todos - o que não deixa de ser bonito como qualquer outro." O familiar pensou. "Ela tem tantos sorrisos. E ela é tão linda com todos eles. " Depois, Tomoe tentou esconder um próprio sorriso seu. "Ela é linda de qualquer forma, a quem estou tentando enganar? É linda até mesmo quando está chorando."

– O que foi? - Nanami perguntou para ele, com uma expressão curiosa e havia uma ligeira preocupação em seus grandes e bonitos olhos castanhos. Tomoe pensou outra vez que esta também era uma expressão que ficava muito bem nela.

– Não é nada. - A raposa colocou sua mão na cabeça dela, deslizando os dedos entre os fios castanhos: coisa que ele adorava fazer. - Você está realmente bem? Não sente dor?

Ela negou outra vez com os lábios levemente entortados em um sorriso frágil. - Eu já falei que está tudo bem, não dói mais. Eu só não quero que inche ou fique roxo amanhã.
Tomoe concordou com a cabeça. E então ele se inclinou e beijou a testa dela.

– Que bom.

Nanami estreitou os olhos. Tomoe estava sendo gentil e carinhoso demais, o que havia acontecido? Provavelmente ele fez algo que quando ela descobrisse o que fosse, ela com toda certeza ficaria muito irritada - então por isto que ele estava agindo todo dócil assim.

E ela decidiu perguntar, não querendo que o provável estrago se alastrasse mais. - O que aconteceu com você?
Tomoe inclinou uma das orelhas para um lado, demonstrando crescente confusão enquanto tentava entender a pergunta dela.

– Como assim?

– É que você está bonzinho demais ao meu ver. O que andou aprontando? - Ela tirou a mão com o gelo do rosto e então cruzou os braços, um sorriso determinado e superior abrindo-se nos lábios dela. - Hein, Tomoe?

Tomoe percebeu que ela estava se divertindo com isto. Ele levantou uma sobrancelha e se inclinou em direção à ela. - Nada que eu me lembre.

Nanami riu. Ele gostava especialmente de quando ela fazia isto, mostrava que ela estava realmente contente ou se divertindo muito. E ele gostava principalmente de quando o que dizia a afetava e a fazia rir assim.

– Você só deve estar de bom humor. Quase suspeitei de algo estranho. - Ela então limpou a garganta e voltou a cruzar os braços, o fitando ainda superiormente. - Pode me dizer o porquê está tão feliz assim?

"Eu não estou feliz!" A primeira coisa que veio na cabeça dele foi esta. Só que ele percebeu que isto não era nada muito agradável para se pensar, então ele tentou reformular o pensamento, mas não conseguiu. - Eu só estou de bom humor, não vejo problemas nisto. Você vê algum?

Nanami negou voltando a rir, o observando com atenção. Ela gostava de tudo sobre ele: a aparência, a personalidade, o modo em que deixava claro o quanto estava confuso quando suas orelhas se contraiam - ele era bem felino, mas era extremamente tentador para ela.

Ela também gostava muito de quando ele se aproximava assim, inclinando-se em frente à ela - quase não reconhecendo o que era "espaço pessoal" - na tentativa de entender alguma coisa que ela havia dito e ele não havia pego muito bem.

Ele fazia isto quase sempre: mas o coração dela palpitava de maneira anormal toda vez que se deparava com o rosto dele bem à sua frente, e o seu olhar curioso e selvagem sobre ela.

– Eu fico feliz quando você está feliz. - Ela balançou-se sobre os pés, contente.

O que disse pegou o familiar na surpresa. Se Tomoe já estava confuso, agora ele realmente não entendia mais nada. Aquela menina humana ainda tinha muito para revelar para ele - e a cada coisa nova que descobria sobre ela, o seu mundo mudava mais um pouco.

Ele não entendeu muito bem o "se ele estava feliz, ela estaria também". Na verdade, estava tudo errado! Era ele que deveria estar feliz se ela estava, e não ao contrário. Ela era a mestra dele! E ele era só o familiar e ficaria tudo errado se ela pensasse desta forma.

Mas ele esqueceu-se de dizer isto à ela e esqueceu-se até mesmo de continuar debatendo mentalmente o quão errado aquela garota estava ao pensar assim, tudo porque Nanami voltou a sorrir e ele se prendeu em outra dimensão novamente.

É claro que em todos os longos anos de vida que ele viveu, ele viu centenas e milhares de sorrisos - das mais variadas espécimes, dos mais bonitos ao mais feios, os felizes e os ameaçadores - todos aqueles sorrisos, e mais da metade estavam impregnados em sua mente quando ele se perguntava "Porque o sorriso dela não se aparenta com nenhum destes?"

Não, o motivo não era porque ela era humana. Apesar de no passado toda a sua ligação humana era basicamente com a dor e com o massacre, ele também conhecia sorrisos humanos. E até mesmo no mundo moderno de hoje: ele os reconhecia também.

"Mas os da Nanami..." Ele não sabia ao certo porquê. "Me parecem tão verdadeiros e cheios de emoção." O sorriso dela, ele pensou, são como todos os sorrisos no universo deveriam ser. Todos deveriam seguir o modelo dela.

"Mas ai ela não seria tão especial assim... Como era."

Até porque com o familiar, nunca havia acontecido ou sentido nada demais, quando outra pessoa sorria - a não ser quando Nanami sorria.

"Quem eu estou tentando enganar? Eu só gosto muito dos sorrisos dela. E dela." Ele suspirou, sentindo-se sem forças. "E eu gosto muito mesmo. E estes sorrisos só ficam bem nela." Tomoe fechou os olhos, tentando parar de pensar coisas assim. "Poderiam ser sorrisos de qualquer outra pessoa, mas eu só prestaria mesmo atenção se fossem dela."
Como ele já havia relatado: era o equivalente a prendê-lo em outra dimensão.

"Todos os outros sorrisos são vazios." Ele debateu outra vez consigo mesmo, mais tarde naquela noite, dentro do seu quarto escuro. "Mas os dela não." Nanami o fazia sentir uma coisa diferente cada vez que ela sorria. "E é tão bom vê-la feliz, sorrindo, cheia de vida e trazendo energia para todos ao seu redor." Ele se enrolou pelos lençóis, desta vez deixando um sorriso brotar por seus finos lábios. "Ela é até mesmo idiota algumas vezes, mas sempre tem um sorriso tão lindo."
Ele fitou o teto de madeira do Templo, não querendo apagar o fato de que se sentia feliz por ser o familiar dela e se sentia feliz ao tê-la ao seu lado.

"Ela pode pensar loucuras como estar feliz quando eu estivesse, mas isto não importa muito, porque eu fico feliz toda vez que a vejo sorrindo." O familiar piscou algumas vezes, certo pela primeira vez que sentia algo muito mais especial por ela. "E ela sorri o tempo inteiro..."


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Notas finais do capítulo

O que acharam disto? Posso ganhar um review lindo? ♥ ♥ Acho que estou tão viciada em Kamisama e no Tomoe e na Nanami que eu estou pretendendo fazer uma sequência inacabável de one-shots destes dois. Então alguém por favor quer algum tema para eles? É só me mandar algum MP (ou um review nesta fanfic mesmo) pedindo algum assunto para os dois, porque eu ficaria grata em escrever!



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