Memory of the Future escrita por chrissie lowe


Capítulo 18
The Dalek Sky


Notas iniciais do capítulo

Oláaa! Como vão vocês? As coisas estão começando a ficar tensas para o lado do Doutor e os rebeldes hehehe. Também estamos chegando na reta final da estória, por isso, preparem-se para grandes momentos de tensão e luta entre humanos e Daleks hohohoho >:D Espero que gostem e tenham uma boa leitura!



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Algumas horas mais tarde, o Doutor e Claire encontravam-se sentados na sala, ainda atônitos com o ocorrido mais cedo. O Doutor, constrangido por ter se deixado abalar daquela forma, permanecia quieto, segurando uma xícara de chá que Robert lhe fizera, com uma expressão séria em seu rosto e olhando fixamente para o piso de madeira. Ele raramente expressava sua dor na frente dos outros, pois queria evitar ao máximo o clima no qual o aposento se encontrava naquele momento.

– Doutor, você está bem? – Perguntou Claire quebrando o silêncio.

O Doutor não respondeu. Ele continuava a fitar o chão.

– Doutor, diga alguma coisa. – Pediu ela. – Olha, eu... eu sinto muito. Sinto muito por ter insistido nisso tudo. Se não fosse pela minha teimosia, você não teria...

– A culpa não é sua. – Interrompeu o Doutor em voz baixa. – Eu é quem tenho que me desculpar. O plano estava dando certo e eu atrapalhei tudo. – Dizia ele ainda sério.

– Não diga isso! Olha, Doutor, se eu soubesse que isso o machucava tanto, eu jamais teria...

– Mas você não sabia. E não tinha a obrigação de saber. – Insistiu o Doutor. – Minha vida não tem nada a ver com a sua causa.

– Como não? Os Daleks atormentaram, e continuam a atormentar, a sua vida. – Disse Claire. – Sei que perdeu pessoas queridas ao longo do tempo por causa deles, assim como eu e todos os outros aqui nesta casa. Sei que prometeu me ajudar, Doutor. Mas isso só vai ter algum efeito se você se identificar conosco. Com a nossa causa.

O Doutor fitou os grandes olhos de Claire. Ele se sentia imensamente acolhido por ela e ele sequer entendia o porquê de tal acolhimento. Ele não fizera nada de extraordinário. Apenas a levara para casa, assim como fez com tantos outros que passaram por sua vida.

Ele deu um leve sorriso para a garota e se levantou rapidamente da poltrona na qual estava sentado.

– Muito bem. Eddie está preparado para religar a máquina?

– O quê? Mas Doutor, eu achei que... não temos que fazer isso, eu te disse.

– Mas é tudo o que temos neste momento. – Respondeu o Doutor. – Escute, não precisa se preocupar comigo. Aquilo não vai se repetir. – Disse, tranquilizando-a.

– Tem certeza disso?

– Absoluta.

– Hum, está bem então. – Disse ela ainda incerta. – Vou chamar o Eddie e...

Mas nem foi preciso que ela o fizesse, pois antes que ela terminasse de falar, Eddie apareceu subitamente no aposento, com uma expressão um tanto aflita.

– Aconteceu alguma coisa? – Perguntou o Doutor, preocupado com a tensão do rapaz.

– Eu não sei. E é isso o que mais me incomoda. – Respondeu ele sem conseguir encontrar palavras decentes para se explicar.

– O quê? – Perguntou Claire. – O que quer dizer?

– É que eu... bom, assim que chegamos à Surrey, instalei algumas câmeras, pois temia que alguém revelasse nossa localização aos Daleks. – Explicou ele. – Lembra do que conversamos outro dia? Sobre a possibilidade de haver um espião entre nós?

– Sim, lembro, mas... acha que há chances de isso ser verdade?

– De início não, mas achei melhor prevenir do que remediar. Mas enfim, a questão é que Emma e Josh não respondiam ao meu chamado de jeito nenhum, por isso usei o computador de Robert para acessar as imagens da câmera e ver o que eles estariam fazendo. – Disse ele mostrando-se ainda mais aflito.

– E o que foi que encontrou? – Perguntou Claire temendo a resposta que pudesse receber.

– Esse é o problema. – Disse ele limpando o suor da testa. – Nada! Não havia ninguém ali, nem um sinal deles! Não sei o que pode ter acontecido.

– Talvez eles estivessem em patrulha. – Sugeriu Claire não querendo ser pessimista.

– Pensei nessa possibilidade, mas a descartei quando vi que os nossos pertences estavam todos revirados. – Respondeu ele. – Estou preocupado com eles, Claire. Temo que o pior possa ter acontecido.

Claire sentiu um calafrio percorrer sua espinha. E se Eddie estivesse certo? E se eles tivessem sido capturados, ou até mesmo exterminados, pelos Daleks? Uma gota de suor formava na testa da garota, que ficava cada vez mais nervosa ao pensar em tal possibilidade.

– Vamos tentar manter a calma. – Aconselhou o Doutor. – Eddie, pode nos mostrar o que viu?

– Sim. Venham comigo, o computador de Robert fica na garagem.

Os três saíram da sala, apressados, em direção à garagem. O computador de Robert possuía uma tela enorme e nela podia-se ver uma saleta em vários ângulos diferentes e, como Eddie dissera, tudo estava uma verdadeira bagunça. Papéis espalhados, tablets quebrados e pertences pessoais jogados pelo chão. O coração de Claire batia cada vez mais depressa a cada imagem que ela via. Seu medo era cada vez mais visível.

– Onde será que eles estão? – Perguntou ela com as mãos junto ao rosto.

– Não há nenhuma outra forma de comunicar-se com eles? – Perguntou o Doutor.

– Não. Tentei todas as opções possíveis, mas sabe como é, evitamos ao máximo andar com aparelhos eletrônicos, pois nunca se sabe quando um Dalek pode...

Antes que Eddie pudesse completar sua frase, o computador começou a emitir um ruído agudo de interferência e a imagem da tela piscava como se estivesse prestes a sair do ar.

– Mas o que foi que aconteceu aqui? – Questionou Eddie dando tapas no console. – Acabei de trocar as peças que Robert me pedira, tudo deveria estar funcionando normalmente.

Então, de repente, a imagem toda se apagou, deixando os três ainda mais preocupados.

– O que foi que houve? – Perguntou o Doutor.

– Eu não sei! A rede deve ter caído. Vou verificar se há alguma peça...

No entanto, antes que ele terminasse de falar, uma outra imagem surgiu lentamente na tela. Ela era falha e difícil de enxergar, mas assim que olharam para ela, o coração dos três deu um salto. A imagem era nada menos do que um Dalek.

– Hoje é um grande dia para o Império Dalek. – Começou ele.

– Mas o que é que... como ele foi parar aí? – Indagou Claire em pânico enquanto Eddie apertava várias teclas a fim de descobrir de onde vinha a interferência.

– Hoje, os Daleks obtiveram mais um êxito. Hoje, os Daleks enfim localizaram e capturaram os últimos rebeldes da Inglaterra!

Ao dizer isso, a câmera focou nos prisioneiros que se encontravam atrás do Dalek. O horror tomou conta de Claire e Eddie. Estavam todos ali. Emma, Josh, Geoffrey, Ashleigh... acorrentados e machucados, alguns mais, outros menos. Mas todos algemados, pendurados na parede escura e limosa da cela em que se encontravam.

– Mas ainda há uma rebelde à solta. – Continuou o Dalek. – A rebelde que se encontra na companhia do Doutor. A rebelde e o Doutor devem se render! A rebelde e o Doutor têm seis horas para se renderem ao Império Dalek, caso contrário, os outros rebeldes serão exterminados!

O Doutor encarava o Dalek com um olhar de fúria. Os Daleks capturaram os colegas de Claire apenas para atraí-lo, ele sabia disso. Sabia que os Daleks pouco se importavam com os rebeldes, pois esses encontravam-se demasiados fracos para significar qualquer tipo de ameaça para eles. Os Daleks queriam somente a sua cabeça, e agora a de Claire, e fariam qualquer coisa para obter êxito.

Uma última imagem dos rebeldes foi mostrada antes que a tela se apagasse de vez. Claire e Eddie não sabiam o que fazer. Iriam atrás dos amigos? Esperariam até que surgisse algum plano? Eles não sabiam quanto tempo teriam até que os Daleks resolvessem exterminar os seus amigos.

– Temos que levar o dispositivo para a base Dalek! – Exclamou o Doutor. – Não temos tempo a perder.

– Tem certeza que o dispositivo está em condições de ser usado? – Perguntou Eddie. – Não sabemos se ele é capaz de mandar todos os Daleks para a Fenda. Não sabemos sequer quantos Daleks há na base!

– É tudo o que temos para agora, Eddie. – Respondeu o Doutor. – Há vidas em risco aqui!

Eddie olhou para Claire, como se esperasse sua aprovação. Claire olhou para o Doutor, ainda incerta sobre prosseguir com o dispositivo. Mas no fim, assentiu.

Os três se preparavam para levar o dispositivo interdimensional até a TARDIS, quando Robert apareceu na garagem, sem fôlego e com os olhos arregalados.

– Vocês precisam ver isso! – Exclamou ele atordoado.

Os três correram até a janela mais próxima e se espremeram para ver o que acontecia do lado de fora. A cena que viram era inacreditável.

Daleks sobrevoavam o céu. Milhares, provavelmente milhões, deles passavam bem acima de suas cabeças, a ponto de quase não ser possível ver as nuvens. Os três observavam perplexos, enquanto a horda de Daleks emitiam uma risada maquiavélica que penetravam os ouvidos. A velocidade na qual os Daleks se moviam era tanta, que as poucas árvores ao redor da casa chacoalhavam, enquanto suas folhas eram arrancadas de seus galhos impiedosamente. As paredes da garagem e o vidro da janela tremiam violentamente, fazendo com que os jovens e o Doutor temessem que o vidro simplesmente se quebrasse bem em seus rostos.

O Doutor olhava para o céu, intimidado com o que via. Claire e Eddie nunca se sentiram tão amedrontados quanto naquele momento. O céu enegrecido pela enorme quantidade de Daleks era assustador. A risada deles tornava tudo pior. Os três agora tinham certeza de que teriam que agir, pois caso contrário, não poderiam agir nunca mais.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentários são sempre bem-vindos :) Beijosss e até a próxima!



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