ALGUM TEMPO DEPOIS....

Eles já estavam com tres anos e alguns meses, e hoje seria o primeiro dia deles na escola, meu coração estava apertado, não queria deixa-los ir, mas era preciso.

Prendi o cabelo de Liv em dois rabinhos, um de cada lado de sua cabeça, seus olhos verdes estavam mais verdes pelo corte de sua franja. Henry estava com os cabelos mais encaracolados e bem loiros. Os dois estavam uma graça em seus uniformes.

–Vamos mamães. – Liv começou a nos puxar para fora de casa.

–Calma Liv, temos tempo. – Emma falou e a pegou no colo. Henry nos seguia com sua mochilinha.

–Henry, vem com a mamãe. – me abaixei e peguei meu pequeno, ele parecia estar com medo, o que só deixava meu coração mais apertado. – Nós iremos deixar vocês la, mas voltaremos para buscar os dois. Tudo bem? – Ele assentiu e me abraçou, meus olhos se encheram de lagrimas, assim que Emma me encarou abriu um sorriso e sussurrou que tudo ira dar certo, trancou a porta de casa e fomos até o carro.

–Nós iremos estar lá no final da tarde para pegar vocês dois. – Emma falou assim que fechou seu cinto, ela iria dirigindo.

–Ta bom mamãe. – Liv falou e abriu um sorrisão.

–Ta bom. – Henry falou um pouco mais cabisbaixo.

–Vai ser legal. – Liv falou ao seu irmão. – Sorria Henry. – cutucou a bochecha dele, o fazendo sorrir. Mais uma vez meus olhos se encheram de lagrimas, Emma pegou em minha mão e deu partida no carro.

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–Qualquer coisa pede pra ligarem pra nós. – mais uma vez avisei meus pequenos que apenas assentiram pra mim.

–Até mais tarde. – Emma abriu a mão para que eles pudessem bater nela.

–Nós amamos vocês. – falei pela ultima vez. Eles deram as mãozinhas e entraram na sala. Emma passou a mão pela minha cintura e voltamos para o carro, a essa altura eu já estava chorando.

–Morena, relaxa, eles vão ficar bem. – minha loira limpava minhas lagrimas.

–Mas e se eles se machucarem, ou brigarem com eles, eu tenho medo Emma. – falei e ela veio ao meu encontro, deixando um beijo em meus lábios.

–Regina, qualquer coisa irão ligar pra nós, pelo amor de Deus, fica calma morena. – passava a mão pela minha bochecha, aos poucos me acalmei e o choro cessou. – Isso, bem melhor. – sorriu e me roubou mais um beijo. – Vou te deixar la no aquário. – pousou a mão em minha perna e começou a dirigir pela cidade.

Minha cabeça e meu coração estavam la com as crianças, eu tinha medo de que qualquer coisa acontecesse com eles e eu não estaria la para ajudar, como quando eles caiam pela casa ou se machucavam, eu estava la para ajuda-los, mas se isso acontecesse na escola seriam outras pessoas, mas e se não os ajudassem? É, ser mãe não é uma tarefa fácil.

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–Emma, eles estão demorando. – já estava impaciente esperando para eles saírem da escola.

–Regina, faltam cinco minutos ainda. – Emma ria da minha cara, apenas suspirei e ela me abraçou. – Você é muito paranoica. – falou ainda rindo e eu bati em suas costas. – E violenta. – revirei os olhos e sai de seus braços.

Em poucos minutos eles foram liberados, e os dois vieram correndo até nós, nos envolvendo em um gostoso “abraço em família”. Pronto, era o que faltava para meu coração voltar aos batimentos normais.

–To com fome. – Liv falou e levou a mão até sua barriga.

–Eu também. – Henry fez o mesmo gesto da irmã.

–Vamos la na vovó então. – Emma falou e fomos para o carro com os dois, que não paravam de falar sobre como havia sido o primeiro dia na escola.

Assim que chegamos a cafeteria Dona Elena veio paparicar os seus amados netos. E logo Ingrid veio anotar os pedidos.

–Chocolate quente. – Henry falou. – Com canela, tia Ingrid. – Ingrid piscou pra ele e anotou.

–Eu também quero. – Liv quase gritou e se apoiou na mesa, aquela menina era elétrica, não conseguia parar quieta por um minuto.

–O mesmo pra mim. – Emma falou e os três sorriram um para o outro, se tinha algo que eles amavam era chocolate quente com canela.

–Eu vou querer só um Cappuccino. – falei e ela anotou. – Pode trazer um cupcake pra cada um de nós. –dito isso os três ao meu lado fizeram a festa. Ingrid anotou tudo e nos deixou a sós.

–Mamães, foi muito legal. – Liv começou a falar. – Nós brincamos um monte, e fizemos varias coisas legais. – sorriu e bateu as palmas.

–A professora contou histórias também. –Henry falou empolgado, ele adorava que alguém lhe contasse alguma história.

–É, mas aquela história era chata. – Liv fez cara feia.

–Que história era? – pedi curiosa.

–Da menina da maça. – Liv comentou e revirou os olhos. – A rainha malvada é mais legal que ela. – Devo concordar com a minha filha, nunca gostei do conto da Branca de Neve também, por isso sempre preferia a vilã da história.

–Eu queria saber quando uma princesa vai salvar outra princesa. – Henry falou com o rosto apoiado em suas mãos.

–Como assim? – Emma pediu a ele.

–É sempre um príncipe que salva e eles ficam juntos. Eu gosto quando tem duas princesas, que nem vocês duas. – sorrimos bobas uma para a outra, antes que pudéssemos responder, Ingrid chegou com os pedidos, e logo os dois pequenos começaram a comer tudo.

–Ta gostoso? – os dois olharam para nós e assentiram, comendo o ultimo pedaço do cupcake.

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–Filha, vai pro banho. – assim que tirei a roupa dela, ela saiu correndo pelada pela casa. – LIV SWAN MILLS. – gritei pelo nome dela e ela parou de correr e se virou pra mim com uma cara assustada. – Vai para o banheiro, agora. – falei sério com ela, saiu correndo e foi até onde Emma estava, a esperando para tomar banho.

–Venha garota. – Emma a pegou no colo e levou até o banheiro.

Fui para a cozinha preparar um jantar, resolvi que faria apenas arroz, nuggets e alguma salada. Logo estávamos todos na mesa, conversando e rindo com Lana andando de um lado para o outro em volta de nós.

–Eu quero assistir desenho depois. – Liv falou e olhou para Henry que assentiu.

–Eu também. – falou e tomou um gole de seu suco.

–Vamos assistir então. – Emma falou e sorriu para os dois que comemoraram. – Mamãe Regina vai fazer pipoca para nós. – e piscou pra mim.

–Tudo eu nessa casa. – cruzei meus braços e fingi cara de brava.

–Eu faço mamãe. – Henry falou e eu quase mordi aquelas bochechas dele.

–Faz com chocolate. – Liv falou e riu das nossas caras. Aquela menina era uma pestinha ambulante, mas eu a amava profundamente.