Things we lost in the ice escrita por FAR


Capítulo 14
Capítulo 13




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/596100/chapter/14

Demorou alguns dias até que achassem leituras que poderiam significar o encontro de Steve, ou de alguma peça do avião que ele pilotava..

Ficou frio, muito frio. E não era a toa sendo que onde estávamos todo lugar onde deveria ser terra, era gelo. Howard e eu temos conversado bastante, estamos nos conhecendo.

Eu estava na cabine de comando das pesquisas junto dele, apenas para fazer companhia. Não que não tivesse ninguém naquela sala, estava cheia de cientistas e outras pessoas trabalhando. Howard encarava as janelas de vidro que tinham de vista o mar e o gelo.

Ele sempre ficava pensativo quando o foco era achar Steve, ou seja, ele estava sempre pensativo. E eu não me atrevia a atrapalhar os pensamentos dele, o que poderia estar passando na cabeça de um Stark?

Ouvi uma batida forte, na qual não pude reconhecer a fonte. Então de novo, e de novo e cada vez ficava mais alto, como se estivesse se aproximando. A batida se juntou de outras, todas mais altas, tão altas que meu ouvido já se irritava.

–O que é isso? -eu disse, Howard pareceu acordar e olhou para mim confuso.

–Isso o que?

–Esse barulho! -havia ficado alto demais, minhas mãos foram ao encontro do meu ouvido, mas foi em vão. O som ficara cada vez mais alto, era como se estivessem batendo em meus ouvidos, impedindo que eu pudesse ouvir qualquer coisa que não fosse as batidas.

–Howard, faz isso parar! -ele apenas me encarava assustado sem saber o que fazer - HOWARD!

O som ficará totalmente insuportável, minhas mãos apertaram meus ouvidos o mais forte de pude, o que acabou sendo forte demais. Eu gritei em tentativa de tentar abafar o som das batidas, mas tudo ficou pior. Senti minhas pernas ficarem fracas, então tudo se apagou.

–O céu é lindo, não? -disse Bucky segurando minha mão, enquanto estávamos deitados sobre uma toalha que colocamos no gramado na de campo dos meus avós.

–É, eu poderia ficar olhando o céu por horas. À noite aqui é ainda melhor, cheio de estrelas. -eu disse esperando que ele quisesse voltar mais tarde para observar as estrelas. Mas ele não disse nada, apenas continuou a encarar o céu.

–Devia ter me convidado para vir aqui mais vezes. -ele disse em um tom engraçado. Ri dele.

–Na verdade, foi minha mãe quem convidou você e não eu. -ele virou seu rosto pra mim com uma das sobrancelhas levantadas. -Desde que ela soube que eu e você estamos... juntos, ela achou que seria uma boa ideia você vir aqui, conhecer o resto da família. Ela gosta de você.

Ele se virou se apoiando no braço esquerdo e disse olhando pra mim:

–E você gosta de mim, Senhorita Strongbird? -desviei o olhar dele para o céu, para parecer que eu estava pensando na resposta.

–Hmm... talvez.

–Talvez? -ele perguntou fingindo surpresa.

–É, talvez. -dito isso, ele me beijou, mesmo eu ainda estando deitada sobre a toalha.

–Continua sendo apenas talvez? -ele disse depois do longo beijo. Eu ri, mas antes de responder pude ouvir alguém chamando meu nome. Me sentei e vi que minha avó corria em nossa direção, chamando pelo meu nome. Levantei com pressa e corri até ela.

–O que foi? O que aconteceu? -eu disse segurando seus braços enquanto ela respirava. Pude sentir que Bucky já estava em meu alcance.

–É a sua mãe. -ela disse ainda tentando recuperar o folego. -Precisamos levá-la até um hospital.

Senti meus olhos abrirem e tudo o que vi foi o teto do meu quarto no navio. Meu sonho havia sido uma lembrança, na qual eu não podia distinguir entre ela sendo boa ou ruim. Acho que ambos adjetivos eram apropriados.

Olhei em volta e havia apenas um homem tirando uma amostra de meu sangue. Uma das milhares que Stark provavelmente já havia analisado. Ao ver que eu havia acordado, ele apenas disse que o logo Stark iria ao meu encontro para falar comigo sobre o que havia acontecido.

–Como se sente? -ele disse assim que adentrou ao quarto.

–Bem... eu acho. -eu respondi com a voz mais arrastada do que eu esperava, ele provavelmente mandara que colocassem calmante em mim. - Oque aconteceu?

–Você teve um surto psicótico dizendo estar ouvindo um barulho forte, acho que era bastante forte sendo que você colocou as mãos em seus ouvidos e começou a gritar. -ele disse com um ar calmo - O que você ouviu eram os motores do navio.

Ao ver que eu não tinha nada a acrescentar que não fosse uma expressão de interrogação, ele continuou.

–O que me impressionou de verdade, sendo que nenhum de nós ouvia o tal barulho. -ele continuou me encarando como se me analisasse - Ainda está ouvindo os motores?

–Não... -eu disse depois de me concentrar no som que havia ouvido mais cedo. Logo Howard continuou.

–Um dos nosso cientistas tem especialidade em analises de sangue. Assim que você começou a gritar, colocamos um calmante em você, tiramos um pouco do seu sangue e fizemos uma analise antes de você acordar. Como você viu, ele levou outra amostra para confirmar o que ele acha que pode estar acontecendo com você. Seu sangue está mudando, o que está causando algumas mudanças.

–O que está acontecendo, Howard? -eu disse durante a pausa dele.

–De acordo com o Doutor Lambert acha que seu sangue está se criando características que só existem em alguns animais, o que causou sua audição tão apurada.

–Como...? -eu disse confusa. Ele apenas balançou a cabeça.

–Acreditamos, Emma... -ele deu um passo para perto de minha cama, suspirou e então terminou sua frase - Acreditamos que seu sangue está criando uma anomalia humana, lhe dando habilidades que pertencem a animais. O que quer que a Hydra tenha feito com você, o que quer que tenham injetado. Lhe deu a audição de um lobo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!