GeneXt escrita por Catwoman


Capítulo 6
Capítulo 6 - Alexandra


Notas iniciais do capítulo

Eai gente! Tudo bom??

Bom, como sempre, me perdoem pela demora, mas aqui está o capitulo!
Esse aqui vai ser a mais ou menos a “ligação” entre a GeneXt e a Jovens Vingadores. A partir de agora, ambas ocorrem ao mesmo tempo.

Espero que gostem! ;)



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Capitulo 6 — Alexandra Rasputin

(Dias atuais)

— Alex, cuidado!

Mesmo com o aviso, eu não tive tempo para me proteger do que se seguiu.

A cena foi a seguinte: Em um segundo eu estou sentada com as costas apoiadas na árvore que proporciona a melhor sombra do instituto, tentando ao máximo não ser notada por ninguém, para que eu pudesse ouvir música e desenhar em paz, e no outro, uma bola de vôlei me acerta, batendo em minhas mãos, fazendo com que meu refrigerante virasse todo em minha blusa e em meu caderno.

Então sim, eu acredito que tenho razão em estar puta agora.

— Meu Deus, me desculpa! — Em meio a raiva crescente, ouço Rebecca se aproximar, com a voz trêmula. — Me desculpa, foi sem querer mesmo, eu juro Alex!

Me ponho de pé e no mesmo instante Bekka para a uma distância considerável de mim, pálida e com uma cara de choro que quase me faz sorrir.

— Foi você quem jogou isso? — Pego a bola em minhas mãos com tanta raiva, que eu podia estourá-la se fosse mais forte.

Rebecca perde a fala.

— Ei, prima! — Desvio os olhos de Bekka e vejo que Niko se aproxima de nós. — Foi mal, fiz um arremesso de mal jeito, e acabamos te acertando.

Olho bem para ele, e depois olho para o grupo de alunos com os quais Niko e Bekka jogavam. Eles estavam jogando vôlei com os alunos mais novos daqui, como sempre faziam, quando não tínhamos aula. A maioria das crianças não passava dos dez, onze anos de idade, e Niko e Bekka gostavam de desperdiçar o tempo deles com esses pirralhos.

— Você...Hã...pode nos devolver a bola? — Vejo que Bekka, mesmo acanhada, se força a perguntar, mas mesmo seu jeito não ameniza meu mau humor causado pela confusão.

Então, solto uma risada irônica

— Tá brincado? Porque acha que eu vou devolver essa merda pra vocês? Pra me acertarem outra vez?

— Prima, não foi....

Antes que Niko terminasse de tentar me bajular, arremesso a bola o mais longe que consigo, fazendo meu primo bater os braços ao lado do corpo de forma indignada, enquanto Rebecca solta um lamento.

— Não precisava fazer isso Alex...

— Parem com essa cara de choro, eu não estourei a porra da bola. Se quiserem ela, é só irem buscar. — É tudo o que digo antes de sair dando um encontrão em Bekka, em direção ao meu quarto, para trocar de roupa.

Chego ao meu quarto, ainda resmungado de forma irritada comigo mesma e depois que troco minha blusa, vejo que meu celular está tocando.

Mesmo não reconhecendo o número, acabo atendendo.

— Alô?

— Alex?

Ao ouvir a voz, não consigo impedir que um sorriso escapasse de meus lábios, e por mais estranho que pareça, meu mau humor começa a diminuir.

— Chandler, seu idiota! — Tento ao máximo não parecer muito animada ao ouvir sua voz, mas como ele já me conhece, talvez tenha sacado na hora que atendi. — Achei que tinha morrido! Você não dá notícias há quase um mês e meio.

— Peço desculpas quando a isso. — Meu amigo diz, com um tom de voz descontraído. — E boa tentativa, mas não adianta se fingir de brava ou preocupada, porque eu você não se importa suficiente Alex.

Sorrio mais uma vez, me jogando na cama.

Já faz seis meses desde que Chandler deixou Instituto para sair em busca do pai, e mesmo que tenhamos ficado apenas uma semana juntos aqui no Instituto, considero Chandler um dos meus melhores amigos, e ele parece sempre saber o que eu penso. Continuamos nos falando sempre que podemos por ligações por mensagem de texto, mas devo admitir que mesmo assim, ele az um pouco de falta por aqui.

— Tem razão. Mas olha, é bom ter um ótimo motivo para não ter me dado notícias há tanto tempo. Diga, onde você está agora? Porque não ligou antes?

— Desde quando você se tornou tão curiosa, Srta Rasputin? — Ele ri do outro lado da linha. — Ok, uma pergunta de cada vez. Eu estou na Europa, fazendo um guia pra quando te trouxer aqui, tem muitos lugares lindos que você provavelmente amaria esnobar.

— Imbecil...

— Sabia que amaria minha ideia. — Ele continua, me cortando. — E não dei notícias porque, bom, perdi meu celular, e demorei pra conseguir um novo.

— Droga, achei que você teria um motivo mais emocionante do que esse.

— Desculpe se não era o que você esperava, eu também queria que algo mais emocionante tivesse acontecido. — Ele suspira. — Mas e ai? Como andam as coisas por aí?

— Nada de muito interessante você sabe, as mesmas coisas de sempre.

— Com mesmas coisas de sempre você quer dizer, fazer algumas criancinhas chorar e bater no pessoal da irmandade?

— Exatamente. Aliás, acabei de fazer a primeira coisa agora mesmo.

— Eu nem vou perguntar o porquê. — Depois de uma longa pausa, ele diz. — Bom, outro motivo para eu estar te ligando, além de ouvir sua doce voz, é que queria te avisar de que já tenho planos de voltar. Vou seguir a última pista que encontrei por aqui, e dependendo do resultado, vou voltar por Instituto.

— Você tá falando sério?

— Sim.

Novamente, tento não ficar animada.

— É uma boa notícia.

— Fico feliz em ver que gostou da notica. — Após mais um momento em silencio, ele termina. — Olha, eu tenho que ir, mas prometo te mandar mensagens mais vezes, ok? Te vejo logo.

— Até mais.

Assim que ele desliga, me forço a sair do quarto e assim que o faço, percebo que hoje não era nem de longe meu dia de sorte.

Quando chego ao corredor, vejo o primo de Zendaya, Evan, vindo em minha direção com seu skate idiota.

Desde que chegou aqui, há um mês e pouco, Evan tem dividido seu tempo entre arrumar problemas, ficar fora do instituto até tarde e andar de skate. Se eu fosse resumi-lo em uma palavra, seria, “crianção”. Ele tem vinte e dois anos, e mesmo assim, se comporta como se tivesse doze. Isso é no mínimo triste.

De qualquer maneira, eu achei que ele fosse bater em mim. Não que fosse me machucar, se ele batesse em mim, era ele quem se quebraria todo, mas mesmo assim, aquilo me deixaria ainda mais puta.

Porém, nada disso acontece, porque sem mais nem menos, me vejo na sala, perto da biblioteca.

— Te peguei doçura — Uma voz diz, enquanto eu tento entender o que acabou de acontecer, e tento não passar mal com a velocidade em que cheguei a sala. — Nem precisa me agradecer.

Levanto os olhos e encontro um rosto conhecido sorrindo para mim de forma sarcástica.

— Vai se fuder, Tommy.

O garoto magro, de cabelos praticamente brancos sorri com minha resposta de modo provocador.

— Obrigado pelo agradecimento, donzela. — Com movimentos rápidos, Thomas pega minha mão, beijando-a como se estivéssemos em séculos passados.

— Vê se cresce Maximoff. — Puxo-a bruscamente, limpando em minha calça.

Ele começa a gargalhar de forma divertida e quando me viro para ir embora, ele usa sua super velocidade para se colocar em meu caminho outra vez.

Ele vê minha expressão e seu sorriso se alarga.

— Que foi?

Bufo de forma raivosa, me virando para o outro lado, mas quando ameaço dar um passo, ele já está em minha frente outra vez, com um sorriso zombateiro.

— Isso te irrita?

Faço mais uma tentativa de sair de lá, mas Tommy repete a mesma brincadeira de se colocar a minha frente.

— Meu Deus, Alex! Para de me seguir!

— Sai da minha frente, seu psicopata!

— Eu sou o psicopata? Acho que você... — Seus olhos claros se perdem em um ponto atrás de mim. Ele maneia a cabeça e pergunta. — Nossa, já falou com a Zen?

— Aham, já podemos ir. — Me viro e encontro um rapaz moreno se aproximando de nós — Ah, oi Alex.

Olho para o recém-chegado, com um pouco de dificuldade de me lembrar de seu rosto. Ele era tão alto e tão forte quanto meu primo, mas ao contrário de Niko, o garoto a minha frente tinha uma expressão que o fazia parecer estar sempre irritado com algo. E é por causa dessa expressão que eu me lembro dele, o amigo de Thomas e William Maximoff, filho mais novo dos Cage.

— Ah, é você, Tate.

— Nate. — Acho que ele deve ter percebido minha cara de ponto de interrogação, então suspirou de forma irritada e explicou. — É Nate. Meu nome é Nathan.

Reviro os olhos, seguido de um gesto de desdém com a mão.

— Tá. Tanto faz.

Minha resposta o deixa visivelmente mais irritado. Por um segundo, espero que ele comece a discutir comigo, como todos sempre fazem, e creio que ele realmente fizesse isso, mas o gêmeo mais tímido e mais estranho de Thomas chega bem na hora e nos atrapalha.

— A Luna saiu com o Aiden. — Ele informa o irmão, que dá de ombros como se já soubesse. — Então eu vou voltar pra base.

— Quer dizer, vai voltar pra Lorraine? — Thomas provoca o irmão, que se mostra um pouco desconfortável. Então ele volta a olhar para Nathan com seu sorriso sarcástico. — Bom, então vamos indo Tate?

— Tate? — Billy questiona, franzindo a testa.

Nathan Cage nem se dá ao trabalho de responder, apenas vira de costas e sai andando. Billy, apesar de confuso, de despede de mim e segue o amigo, me deixando sozinha com o irmão.

— Porque continua aqui?

— To dando uma vantagem pra eles, sabe como é, né? Os dois são muito lentos.

— Cai fora, Tommy.

— Ok, ok, agora eu vou indo. Até mais, Alex. — Ele diz. Antes de sair, ele bagunça meu cabelo e em um piscar de olhos some da sala, não me dando tempo para nenhuma reação.

— Super velocidade de merda! — Resmungo comigo mesma, arrumando meu cabelo.

— O que aconteceu? — Zendaya pergunta curiosa, assim que chego até a sala principal.

— Nada que te interesse, princesa.

Vejo que minha provocação a irrita, porém ela apenas levanta as mãos, como se já esperasse a resposta.

— Nem sei por que eu me dou ao trabalho de perguntar.

— Alex, cadê a Maddie? — Rachel, que estava sentada em um dos sofás, pergunta.

No momento em que a ruiva faz a pergunta, me dou conta de que não vi nem Maddie e nem TJ quase o dia todo, me levando a acreditar que as duas haviam dado uma escapada do Instituto, sem me chamar, outra vez.

— Você acha que somos grudadas? — Respondo de má vontade após minha conclusão.

— Acho que como melhor amiga você devia pelo menos ter uma ideia.

— Achou errado.

Zendaya cruza os braços, revirando os olhos com a conversa.

— Custa você ser um pouco mais legal?

— Custa você ir reclamar para alguém que se importe?

— Garotas, parem com isso!

Eu ai mandar um “não se mete, Rachel!” mas me distraio com Logan, que entra na sala com a expressão fechada e como sempre, difícil de se ler. Até onde eu sabia, ele estava em uma missão ao lado dos Vingadores, no Japão. Ele passa por nós sem realmente nos notar, sumindo por entre os corredores.

— O que aconteceu, Jimmy?

Rachel pergunta se aproximando do amigo que vinha logo atrás do pai, com a expressão igualmente irritada.

— Não sei, ele não falou nada no caminho todo até aqui.

Ele se joga no sofá, bufando de forma cansada sem dizer mais nada. Zen estava com uma expressão confusa, que julgo ser a minha própria expressão no momento. Rachel por outro lado, se mostra intrigada com o assunto.

— Sério que nenhum de vocês achou isso estranho? — Ela olha para cada um de nós com seus olhos verdes brilhantes, revirando-os logo em seguida. — Não sei vocês, mas eu quero saber o que aconteceu.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não deixem de comentar!

Muito obrigada a todos que estão acompanhando, comentando e tudo mais! Vocês são demais!!

O capítulo 33 da JV deve sair até o final do fim de semana, ok?
Então é isso pessoal, espero por vocês nos comentários!
Até mais!!