Miss Simpatia escrita por Little Queen Bee


Capítulo 28
Decepção


Notas iniciais do capítulo

Enrolei, enrolei. Sei que enrolei. Mil desculpas!!!!! MAS ESTOU DE VOLTAA!!!! EEEEE Então eu queria agradecer muito aos comentários de Miss Schreave!!! Você me ajudou muito, flor! Beijos.
Bom galera, aqui está mais um capítulo. Boa leitura.



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POV. Daphne

Às dez da manhã, eu já havia retornado à Manhattan. Na casa dos meus pais, apenas David, sua esposa, Melissa, e Daisy estavam acordados. Entreguei um presente para minha sobrinha, recebi um de meu pai e de meu irmão e fui embora, sem me despedir dos restantes. Peguei o primeiro trem que havia para cá e aqui estou.

Saio da Estação Central e pego um táxi até minha casa. Ao chegar em casa, coloco as malas no quarto e sento-me no sofá para descansar. Abro os presentes que ganhei. Um vestido azul lindo de meu irmão e um envelope de meu pai. Estranhei um pouco. Abri a carta e um cordão caiu sobre meu colo. Comecei a ler.

Querida Daphne,

A vida tem sido difícil, especialmente para você. Estou longe, mas continuo sabendo de tudo sobre sua vida, minha pequena.

Você está com vinte e quatro anos, não pode mais adiar sua vida por conta de concursos de belezas fúteis e menosprezastes. Sei que abriu mão de muita coisa para realizar um louco sonho de sua mãe, mas está é sua hora. Fiquei calado por vinte e quatro anos, não posso mais permitir isto. A convivência tem sido um pouco difícil com sua mãe, nestes últimos tempos. Nunca tenha dúvidas de quanto eu a amo, mas não posso permitir que ela faça isso com você.

Corra atrás de seus sonhos, minha pequena Miss Simpatia. Corra atrás do que você quer. Recupere o tempo perdido. Não se preocupe quanto a sua mãe, ou quanto à nós. Aproveite a vida, mas com moderação!

De seu querido pai, que sente muito sua falta,

Florian.

Meus olhos estavam marejados. Fiquei paralisada, fitando a carta. Seguro o cordão com força e vejo escrito em seu pingente: Siga seus sonhos! Eu não poderia ficar aqui pensando o que estaria acontecendo com meus pais. Tenho que seguir o conselho de meu pai, e agora a coisa mais importante a se fazer é correr atrás de alguém que está prestes a ir embora.

Levanto-me, coloco meu casaco e saio de casa. As ruas estavam cobertas de neve. As casas enfeitadas. Poucas pessoas estavam no lado de fora de suas casas, afinal era manhã de natal e não havia presente maior para se ganhar do que consertar uma besteira que você fez. Não havia presente maior do que ver quem você ama.

Josh com certeza estaria em casa pelo que me disse. Ele não estava com vontade de ir para casa de seus pais no natal.

Em menos de cinco minutos chego ao prédio de Phil e Josh. Subo os lances de escada correndo e arfo ao chegar à porta do apartamento. Toco a campainha e espero por um tempo. Eu estava nervosa. Nem sabia direito o que faria ao vê-lo. Abraça-lo, talvez? Pedir desculpas também seria uma boa. Dizer o quanto tola fui.

Minhas mãos suavam frio e comecei a sorrir por puro nervosismo e ansiedade. Cada segundo de espera era agonizante. Finalmente a porta foi aberta, mas não era ele.

– Oi, Phil! – digo. – Feliz Natal!

– Feliz Natal, Daphne! – diz ele sorrindo para mim. Cynthia aparece por trás dele e também sorri.

– Oi, Daphne! Feliz Natal!

– Feliz Natal, Cynthia! – digo. – O Josh está?

O semblante sorridente deles vai embora. Eles trocam olhares preocupados e sinto um aperto no coração

– O que houve?

– Ninguém lhe contou? – pergunta Phil, preocupado.

– O que? – começo a ficar desesperada.

– Josh se mudou para Miami faz uma semana. – diz ele.

Não sei se é característica do ser humano. Para mim, sempre que algo ruim acontece parece apenas um pesadelo, que não acontece de fato, mas se repete diversas vezes em minha mente. O difícil é acreditar que é real.

Minha mente simplesmente desligou e parecia não ser capaz de reproduzir um único gesto.

– Ah...- o som escapou de minha boca. Com muito esforço reprimo minhas lágrimas e pronuncio as seguintes palavras. – Obrigada. Desculpem-me pelo incomodo.

Desço as escadas correndo e volto para casa. Bato a porta e jogo-me no chão. Respiro de modo ofegante. Começo a soluçar e não paro mais. Parece algo sem fim, algo inevitável, algo incontrolável.

Berro tentando afastar o fato de que ele está bem longe daqui e não mais à alguns quarteirões. Se eu tinha esperança? Eu estava repleta dela! Não estávamos juntos, mas eu sentia que isso não seria por muito tempo. O pior é saber que tudo foi culpa minha. Se ele foi embora foi porque eu mandei. Repito o que eu disse para ele: Não era para ser! Quanto mais eu digo, mais eu choro.

Desisto de tentar achar alguma solução. Não como durante todo o dia, fico apenas parada olhando a neve cair sob o parapeito da janela. Talvez eu estivesse em outro mundo, em qualquer lugar que não fosse realmente ali. Tenho medo ao pensar que não vou superar e tenho certeza que não vou.

Posso até acreditar que ninguém é insubstituível, mas ninguém é igual a ninguém. Cada um possui algo em si que encanta os outros. E essa coisa ninguém mais tem!

Pela noite, cedo ao cansaço do dia e caio no sono não querendo pensar em como seria no dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

Ele foi emboraaaa. E agora? Comentem seus palpitesss. Estamos chegando talvez nos capítulos finaisss!! O que acharam??? Beijos até a próxima!!!



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