Miss Simpatia escrita por Little Queen Bee


Capítulo 25
Não Era Pra Ser


Notas iniciais do capítulo

Estou postando de novo!!! TUTS TUTS. Boa leitura!!!



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POV. Josh

Acordei quando o Sol já havia nascido, dava para notar apenas pela claridade do céu já que ele estava coberto de nuvens. O inverno havia finalmente chegado à Manhattan. Apesar do frio eu estava sem blusa. Adorava dormir assim.

Daphne estava deitada em meu peito. Acariciei sua cabeça e retirei os fios rebeldes de seu rosto. Ela era oficialmente a garota mais bonita do estado de Nova York. Para mim era a mais linda do mundo inteiro, e olha que não preciso conhecer o mundo todo para saber disso. Olhei para o relógio e eram 08:00. Eu ainda estava exausto e não fazia ideia porque havia acordado.

No final da noite de ontem, os pais de Daphne saíram para comemorar a vitória. Porém ela, alegando que estava cansada por conta da competição, ela veio para minha casa, onde passamos a noite.

Eu estava feliz por ela ter ganhado. Fico mesmo, mas não quero que isso continue. Nem sempre vou conseguir fugir dos pais dela. Acho que já sei o que devo fazer. Vou ficar em Nova York, aceitar a proposta de meu pai e poder levar um relacionamento sério com Daphne. Eu quero que dê certo.

Coloquei Daphne ao meu lado e levantei-me cuidadosamente para preparar um café. Esta era uma das raras vezes que se havia algo para comer. Esquentei um pouco de café, cortei algumas frutas, peguei geleia e algumas torradas. Em minuto estava tudo pronto e dentro de uma bandeja.

Retornei para o quarto e coloquei a bandeja sobre a beirada da cama. Acordei Daphne com pequenos beijos em sua testa. Ela sorriu e começou a se espreguiçar.

– Bom dia. – digo suavemente.

– Bom dia. – ela responde e se levanta.

– Fiz um café da manhã para você. – peguei a bandeja e levei até ela.

– Nossa, achei que Josh Parker não era clichê. – disse ela sorrindo e pegando a xícara de café.

– Ser romântico não é ser clichê sabia? – digo e ela ri.

– Você está quebrando as regras. - diz ela.

– Fiz isso toda minha vida. - digo, dando de ombros.

Dou-lhe um beijo na bochecha e pego uma torrada. Desfrutamos nosso café da manhã em silencio.

– Minha mãe quer dar uma festa de natal, mas acho que vou ficar aqui na cidade. Preciso estudar para as ultimas provas. – digo.

– Você vai se formar agora. Que orgulho. – diz ela apertando minha bochecha e imitando minha mãe.

– E só falta poucos meses para você. – digo imitando a voz dela. – Acredita que a Cynthia quer comprar uma arvore de natal para colocar aqui? - ela ri.

– Não duvido. – diz ela.

– Graças à Deus tudo isso já acabou.

– O quê? - pergunta ela curiosa.

– Esse estresse de concurso. – digo olhando a paisagem na janela. O clima estava bem frio.

– Sim. – concorda Daphne. – Até fevereiro. – ela diz desanimada.

– O que tem fevereiro? – pergunto, confuso. Volto-me para ela.

– O concurso de Miss Estados Unidos. Aí no final do ano que vem tem o concurso de Miss América e só no outro ano o concurso de Miss Universo. Ainda não acabou completamente.

– Peraí! O quê? – pergunto irritado e me levanto da cama. – Você não vai desistir disso, mesmo depois de todo esse sufoco?

– Não. Eu não posso fazer isso, por conta desse sufoco.

– Por que você não me contou? Eu jurava que você estava cansada disso tudo. Como você pode querer adiar mais um ano da sua vida?

– O quê? Por que você não me contou que vai para Miami? – berrou ela.

– Como que você descobriu?

– Eu vi a carta aberta alguns dias atrás. Eu sei que eu não devia ter lido.

– Eu não te contei porque não valia a pena. Eu vou ficar aqui em Nova York e trabalhar como jornalista aqui.

– Mas isso não é o que você quer fazer. – grita ela e posso ver seus olhos marejarem.

– E por acaso essa merda toda de concurso é o que você quer para sua vida? Porque eu acho que não, Daphne. Além de mentir para os outros, você mente para si mesma.

– Vai para Miami, se você ta tão insatisfeito com as minhas escolhas. Eu não vou mudar.- ela diz se levantando e catando suas coisas. – Eu vou embora. Isso não vai acabar bem.

– Daphne, por favor fica. – digo com uma voz mais calma.

– Não. Você tem fazer o que você quer e não o que os seus pais querem. Já eu... eu luto pra esse concurso desde o dia que eu nasci. Eu fui criada assim, Josh. – diz ela olhando para seus próprios pés e limpando suas lágrimas.

Eu lutava para as minhas não caírem. Nem eu conseguia ser forte. Não quando você sente que alguém muito importante está escapando de você. Aquela conversa parecia inevitável. Não dava para varrer para debaixo do tapete. Aproximei-me dela e levantei o seu queixo forçando-a a olhar para mim. Colo nossas testas e nos beijamos. Queria convencer ela à desistir de toda essa besteira, apenas com esse beijo. O mesmo beijo calmo, suave, mas que fazia meu corpo se encher de calor.

– Fica comigo. Eu vou ficar aqui em Nova York, mas não dá pra gente ficar escondendo nossa relação. - digo, quase suplicando.

– Eu não posso. – diz ela se afastando e se encaminhando para a porta. – Eu queria ter evitado essa conversa. A gente não vai chegar numa conclusão. Não dava pra dar certo.

– O quê? De onde que você tirou isso?

– Não é certo eu ficar te prendendo. E aliás, tava na cara desde o início que não iria dar certo.

– Você vai me chutar agora como o resto dos caras? Eu esperava mais de você. Meus parabéns. – digo e bato palmas como uma forma de deboche. Eu estava com raiva.

– Dane-se. Agora eu não ligo para o que você esperava de mim. Temos que seguir com a nossa vida e fazer o que temos que fazer. – diz ela friamente.

Como que ela pode ser tão cruel? Será que ela estava fingindo minutos atrás quando tudo estava bem? Será que ela vai jogar tudo para o alto assim? Já agi demais como idiota, não vou ficar fazendo esse papel pedindo para ela ficar.

– Eu vou embora. – diz ela.

– Vá. A porta está aberta. – digo friamente.

Ela assente com a cabeça e sai. Bato a porta do meu quarto com força. Jogo minha luminária do chão. Isso faz com o que a lâmpada se quebre ao se chocar com o chão. Apoio-me na parede e escorrego até o chão. Fecho os olhos, puxo o meu cabelo tentando aliviar a raiva. Eu precisava pensar. Como não poderia haver uma maneira de nos reconciliarmos? Quando percebo que não há solução, as lágrimas rompem uma barreira em meus olhos. Você falhou novamente, Parker. Nem sempre somos fortes.

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POV. Daphne

Saio correndo pela rua até chegar em casa. Bato com força a porta atrás de mim. Minha força acaba no momento em que a porta se fecha. Escorrego até o chão e começo a soluçar. Eu tirei uma frieza lá do fundo para conseguir sair da casa de Josh sem me entregar. Ele também se demonstrou forte e isso me quebrou. Sua idiota! Tola, Daphne! Como você pode fazer isso? É melhor assim, não? Ele não pode ficar preso a mim. Foi uma decisão precipitada, mas acho que o que fiz não foi errado. Vai ser melhor para nós do que esconder um relacionamento ou ter ele a distancia. Isso não é saudável.

Essa não é minha primeira decepção amorosa, mas quero que seja tão fácil quanto as outras para superá-la. Porém algo de dentro de mim diz não vai ser nada fácil.


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Notas finais do capítulo

Uol uma treta!!!! O que vocês acharam? Comentem, deem like, recomendem para os friends e não deixem de acompanhar. Beijossss até a próxima!!!



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