Seductive Poison escrita por Giovanna Di Angelo Riddle


Capítulo 3
3




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Hermione olhava para a janela de seu dormitório. Dera sorte das meninas não terem reivindicado a cama da janela. Ela podia se encolher dentro do roupão e ver lentamente a noite se tornar dia. Não tinha costume de dormir muito. Na verdade até gostaria de ter esse privilégio, mas há tempos sua mente não deixava. Já havia tomado banho e usado um glamour para esconder suas olheiras. Não era o ideal mas teria que servir até conseguir abastecer seu estoque de poções sem sonhos. Amaldiçoou o avô de coincidentemente não ter posto nenhuma em seu malão. O mais velho já havia a alertado diversas vezes sobre o uso desenfreado dessa solução. Mas o que ela podia fazer? Seus demônios não permitiam que ela dormisse uma noite completa, por mais que desejasse poder se refugiar no mundo dos sonhos.

O Sol já tomava conta do céu quando as meninas começaram a dar indícios de que acordariam. Hermione decidiu terminar de se arrumar. Não gostaria de chegar atrasada no seu primeiro dia, mesmo que fosse para observar o céu.

Cedrella levantou primeiro com um bom humor invejável. Dorea apenas fuzilou a prima quando a mesma começou a cantarolar após desejar um bom dia para as companheiras de quarto.

— É sempre assim. Basta ter o mínimo contato com o Weasley que minha prima acorda com esse humor! – resmungando, Dorea foi se dirigindo para o banheiro. A castanha agradeceu por já ter tomado banho. O banheiro só tinha 2 chuveiros, então uma das meninas sempre ia ter que esperar as outras duas se levantassem juntas. Hermione vestiu a blusa social da escola com a gravata verde e prata junto a uma saia de cintura alta na altura de seus joelhos. O uniforme era um tanto quanto diferente que o que estava acostumada a usar, a saia deixava em evidência sua cintura fina, por ser de cintura alta, e ia até a altura da canela, como era comum na época.Não via problema. Apesar de sua aparência ter ficado muito melhor do que na sua infância, ainda não conseguia dar tanta importância para ela.

Hermione se perdeu em pensamentos enquanto separava o material que ia precisar no dia. O diretor Dippet tinha deixado sua grade em seu dormitório antes das meninas subirem para dormir. A castanha não pode deixar de agradecer mentalmente ao avô, já que ele provavelmente foi o responsável por deixar seus horários parecidos com os que seriam se ela cursasse seu 7° normalmente. Balançou a cabeça. Tinha que parar de pensar no que poderia ter acontecido. Tinha que se concentrar no que estava ao seu alcance: adquirir informações sobre seu inimigo para que pudesse voltar para seu tempo e, com ajuda de seu avô, derrotar o Lorde das Trevas.

— Já está pronta, Hermione? – Dorea tirou a amiga de seus pensamentos. Cedrella olhava a castanha com uma curiosidade óbvia. Nenhuma das duas, entretanto, fez nenhuma pergunta sobre. A Grindeward gostava da discrição das garotas. Não se sentia a vontade de enrolar a dupla, mas não podia falar a verdade sobre hipótese alguma. "Elas são só um obstáculo, Hermione." Hermione sacudiu a cabeça, assentindo para as Black.

— Normalmente nosso primo Orion insiste em nos acompanhar para o Salão Principal. Ele acha que é perigoso duas meninas andarem sozinhas. Se quer saber, eu acho que a realidade é que ele não aprecia os encontros de Cedrella com Septimus, então tenta atrapalhar o máximo possível. Hoje, como acordamos cedo, talvez consigamos escapar dele. - Dorea descia lentamente as escadas, parecendo com medo de alguém brotar do chão a qualquer instante. Cedrella deu uma risadinha para Hermione dando de ombros.

— Dorea está em busca de uma oportunidade para se declarar para o Potter desde ano passado, mas sempre alguém atrapalha. - Dorea olhou com raiva para a prima, que apenas deu de ombro rindo. O trio conseguiu sair com sucesso do Salão Comunal da Sonserina sem acompanhantes.

— Pensei que vocês já eram um casal, Dorea. Pareciam bastante interessados um no outro no jantar de ontem - A Black corou fortemente. Hermione não pode deixar de se ver na menina. Antes de tudo acontecer, qualquer comentário que se referisse à ela e ao Harry como casal era o suficiente para deixar seu rosto como um tomate. A dor no seu peito pareceu ficar mais forte depois disso.

As três meninas chegaram Salão Principal sem esbarrar com nenhum rosto conhecido no caminho. Realmente estavam adiantadas, já que o salão estava quase vazio. Foram comendo e conversando amenidades. Hermione descobriu que o pai de Cedrella era um pouco mais flexível com a filha, demonstrando inclusive estar feliz com o relacionamento dela com o Weasley, mesmo que a família dele não fosse tão próxima dos Black. A família de Dorea, entretanto, era realmente como todas as outras famílias tradicionais sangue puro. A menina deixou escapar, entretanto, que a mãe já lhe confidenciou que faria gosto de uma união com os Potter. A Grindeward, por sua vez, se manteve o mais evasiva que conseguiu. Nunca havia ido para América, apesar de ter viajado bastante pela Europa. Não conseguia contar tantas coisas com detalhes, mas conseguiu conversas as primas que as lembranças do lugar eram muito dolorosas para que ela trouxesse a tona.

— Podemos saber o motivo das senhoritas não terem nos esperado para vir para o café? – Orion não parecia contente com inocente fuga das primas. Hermione não pôde deixar de dar uma risadinha, que escondeu como possível com as mãos. Orion parecia ter um ciúmes fraterno muito parecido com o ciúmes de Rony.

— Nós acordamos cedo e queríamos vir com calma para que Hermione se habituasse com o caminho– começou Cedrella. Hermione ergueu as sobrancelhas. Essas meninas devem ser experientes em enganar os familiares. Orion não pareceu satisfeito, mas preferiu se sentar e começar a se servir.

— Então miss Grindeward, como foi sua primeira noite no ninho das cobras? – perguntou Cygnus depois de bocejar. Cygnus era tão bonito quanto Orion, mas por algum motivo parecia ser mais fechado. Era agradável, entretanto. Quer dizer, seria agradável se a existência dele não fosse a responsável pela existência de Bellatrix. Hermione afastou o pensamento da cabeça. Tinha que parar de conectar seus companheiros de casa com seus descendentes ou ia trazer à tona sentimentos muito ruins.

— Fria e escura. – respondeu de uma pausa para pensar, arrancando risos dos demais. A conversa continuou e a castanha tentou falar o menos possível sem aparentar falta de educação. Não deu nenhum passo para realizar sua missão e já havia passado uma noite.

— Qual é a sua primeira aula? – Abraxas parecia querer chamar atenção da castanha. Sendo o herdeiro de uma das maiores fortunas do mundo bruxo, o loiro deve apreciar ser paparicado por novos conhecidos, e mostrava-se incomodado ao ser tratado com descaso.

— Poções avançadas. –respondeu sem ao menos consultar o horário. Leu tantas vezes aquele pedaço de papel que poderia citar de trás para frente seus compromissos diários.

— Então Senhorita inteligência, só alguns dos meninos fazem essa aula. Nós, humildes mortais, não temos essa disciplina. – disse Cedrella arrancando risos dos demais.

— Nós podemos ir juntos. – Falou Orion enquanto se levantava. Riddle já havia ido para aula com a desculpa de seus deveres da monitoria. Avery e Mulciber não tinham nenhuma aula no primeiro horário, então não se incomodaram em ir para o Salão Principal. Malfoy e os Black cursavam essa aula. Mais pelo diretor da Sonserina ser o professor do que vontade de aprender a disciplina.

— Ótimo! – disse Hermione enquanto se levantava e seguia os garotos.
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Tom estava em seu lugar esperando impacientemente. Seus amigos invés de o seguirem ficaram de conversa com a garota nova. Não podia falar que ela não tinha se interessado pela história da castanha, ou que ela não era bonita, mas o foco de Riddle era outro atualmente.

Não pôde deixar de se irritar quando viu o Malfoy chegar tagarelando com a Grindeward. Não gostava de pessoas novas rondando seus assuntos e, ainda que a garota parecesse ser na dela, não era de sua personalidade confiar cegamente em ninguém. Sentindo uma movimentação ao seu lado, percebeu a menina Grindeward se sentando em sua bancada.

— Olá senhor Riddle. Não há outros lugares vagos. Posso sentar aqui?– ela fazia o máximo para parecer educada e desinteressada o suficiente para não haver problemas entre eles. Riddle balançou a cabeça levemente, permitindo que a menina sentasse no lugar vago. Apenas queria que o professor chegasse logo para não ser obrigado a falar de amenidades por educação.O professor Slughorn logo na sala. Ele era um homem de aparência estranha, Hermione já sabia disso. Mas não pode deixar de reparar o quanto estava mais magro quando ainda não era tão excessivamente velho.

— Ora, Ora. Parece que temos uma aluna nova por aqui. Hermione Grindeward, sim? – perguntou o professor de poções, recebendo um aceno como resposta. – Seja bem vinda, Hermione.

Começou então um discurso extremamente longo de boas vindas, exaltando principalmente seu aluno favorito, Tom. Horácio tinha o costume de sempre fazer longos monólogos, principalmente em momento de volta as aulas.

— Bom... Alunos, hoje iremos fazer a poção morto-vivo. Alguém pode me explicar com quais ingredientes ela é feita? – Finalmente o professor havia interrompido seu discurso para começarmos a aula. Hermione não pode deixar de pensar o quanto o diretor da Sonserina não havia mudado nada em seus trejeitos.

Quase que imediatamente Tom e Hermione ergueram as mãos.

— Srta. Grindeward – concedeu Slughorn, não deixando de perceber o quanto os olhos opacos e a pele branca quase translúcida a deixavam parecida com seu melhor aluno, Tom. O mesmo parecia um tanto quanto irritado - Temos que dar a chance para outros alunos, Tom!

— Losna, raízes de valeriana, raiz de asfódelo em pó e vagem suporífera. – falou Hermione simplesmente.

— Correto. 5 pontos para Sonserina. Agora quero que preparem a poção.

Os alunos começaram a preparar a poção, com dificuldade. Apenas Hermione que parecia fazer a poção com maestria e sem nenhum problema. Ela já sabia como fazê-la, graças a sua primeira aula com Slughorn quando Harry havia copiado as instruções cegamente do livro do príncipe mestiço. Hermione estudou incansavelmente o mecanismo do processo de poções depois disso, encontrando muita facilidade atualmente em executar de maneira mais prática muitas soluções.

Hermione foi a primeira a terminar, Slughorn com muita alegria disse que a poção dela estava perfeita. Tom entregou a poção logo em seguida, o professor o elogiou alegando que a poção estava boa, mas com um brilho de desapontamento percebido tanto por Riddle quanto por Hermione.

Tom engoliu em seco. Não gostava de executar algo que não fosse com perfeição. Ficou mais irritado ainda ao lembrar que a menina nova mal chegou e já estava roubando seu favoritismo de seu professor mais próximo. Slughorn agora teria mais uma aluna favorita, e isso não era bom.


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Notas finais do capítulo

Hellooo
Não sei se tem mais alguém acompanhando a história... Enfimmm
Vocês devem ter percebido que eu apaguei quase todos os capítulos. Eu estou editando e reescrevendo todos. Já tenho até o 5 capítulo precisando só de edição. Depois disso vou ter que escrever do zero... Tomara que dê tudo certo rsrs
Eu já organizei o enredo, coisas que eu quero que aconteçam etc... Mas tenho que estruturar na história para que as coisas façam sentido. Vou fazer o máximo para trazer capítulos novos o mais rápido possível. Não vou prometer datas, mas assim que eu escrever vou lançar aqui kkk
Revisei muito rápido pois estou caindo de sono, me deem uma noção do que acharam!
xoxo



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