Minha Falsa Namorada escrita por CuteGirl147


Capítulo 17
Ela é Minha!


Notas iniciais do capítulo

Hey ya! Tudo certo pessoal? Lindosos tenho um comunicado á fazer e como tem um link, irei colocá-lo nas Notas Finais. :) Fique ligado por lá depois de ler o capítulo. ;3
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Então, então. Vou resumir o meu pequeno projeto á você, leitor que não entendeu o "Arco: Casais" na fanfic. Simples, muitos dos personagens que crio são esquecidos no universo que crio, então eu criei este projeto para dar um destaque á eles também, mas sem perder a essência e o enredo da história. E como está escrito, dentre os capítulos 13 e o 17 (este) casais iriam se revelar nos mesmos, ocupando um espaço - não tão grande e nem tão pequeno - no capítulo! :) Este capítulo é o último do Arco: Casais e irei fechar com uma chave tão cheia de ouro que este capítulo não foi feito baseado no Arco e sim é a própria história que já está tomando o seu rumo para onde deve ir. ;D

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AVISOS/PRECAUÇÃO

Prepare um balde por perto, este capítulo pode lhe causar ansiedade, curiosidade, leves desmaios, raiva, e o balde porque bem, você pode vomitar arco-íris durante a leitura. xD *Todos estes sintomas foram comprovados por minha melhor amiga beta-reader/revisora secundária* s2

Eu não sei mais o que colocar ou informar, então até as Notas Finais e Boa Leitura! s2



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Armin's P.o.V

Mais outro dia de aula comum.

Nos avisaram que essa maratona foi para arrecadar fundos pra escola e não conseguiram quase nada. A Direção não tem sorte mesmo, quando querem fazer algo, nunca dá certo. Eles não investem também, convenhamos.

Sentei na minha carteira e puxei do bolso meu PSP. Já fazia tanto tempo que não nos víamos – Desde ontem – Vinte e quatro horas são para acabar com qualquer casal de apaixonados como nós.

Estava passando de fase e alguém chama minha atenção, me fazendo pausar bruscamente.

– Ei Armin. Você tem visitas, cara. – Um aluno que ainda não tive contato e nem sabia que estudava na mesma sala que eu, apontava em direção da porta da sala de aula com um grande sorriso no rosto.

Quando olhei para o local indicado, estava encarando claramente uma das garotas mais lindas da escola mostrando um belo sorriso convidativo enquanto dava um aceno discreto para mim. Eu tenho certeza que ruborizei fortemente com aquilo. – Eu simplesmente não posso evitar, não quando ela esbanja essas emoções que a deixam mais bonita – Mesmo que sua expressão seja puro fingimento. – Eu acho –

– O-obrigado. – Agradeci ao informante, mas estava tão focado em outra coisa – pessoa – que nem o olhei direito. Bem, minha namorada quer falar comigo, e é melhor não deixar a madame esperando.

Ao me aproximar de Erika, sinto outra pessoa me abraçando por trás.

– Oi Min! – Disse Lety com um grande sorriso nos lábios. – Que saudade de você.

– E-ei Lety, quanto tempo mesmo. – Retribuí o sorriso.

– Poderia se afastar?

Perguntou Erika com um tom nada agradável, já puxando meu braço contra si. Lety apenas mostrou a língua, me puxando de volta.

– Não. – Foi sua ríspida e dengosa resposta.

– Garota, eu vo-!

Antes de ela acabar sua ameaça, duas mãos envolveram sua cintura carinhosamente.

– Oi. – Rafael apoiou seu queixo no ombro de Erika a fazendo se assustar e ter arrepios que foram percebidos de longe.

– Distância, por favor. – Pediu ela soltando-se dele.

– Isso aí, distância.

Me soltei de Lety e fui ao encontro de Erika, a tirando dos braços do ruivo e passando minhas duas mãos por cima de seus ombros, a abraçando por trás.

– Ela é minha!

A ruiva me encarou surpresa e eu a dei uma piscadela discreta acompanhada de um sorriso amigável, afinal estávamos no corredor e eu não iria deixar minha "namorada" nas mãos de outro, enquanto EU estava nas mãos de outra. Entendeu a situação?

– Pois é. Sou dele. – Confirmou ela, se aconchegando mais em mim.

Os dois suspiraram insatisfeitos, e foram embora juntos, talvez se dando por vencidos. E eu suspirei também, mas aliviado. Eles deram de atacar juntos agora?

– O que tá acontecendo com eles? – Pensei alto.

– Eles sempre foram juntos assim, mas parecem mais próximos.

– Será que os dois estão planejando nos separar?

– Não sei. Talvez.

Lety e Rafael. Por que não ficam juntos e não nos deixam?

Quando percebo, Erika está se ajeitando mais e colocando suas mãos nos bolsos do meu blazer.

– Hã? Tá acreditando na própria mentira agora?

– Está frio. – Disse ela dengosa.

– Pois eu tô achando quente... – Ruborizo olhando para o teto.

Mas não é mentira, está quente e não é a temperatura daqui da escola e sim de uma pessoa.

Minhas mãos ainda estão por cima dos ombros dela, então aproveito pra dar uma checada. Ela está queimando.

– O que foi? – O seu tom ainda está dengoso.

– Tá se sentindo bem? Você parece que tá com febre.

– Eu tô bem. Só tô com frio.

– No clima como esse? Deve tá fazendo trinta graus lá fora.

– Exatamente, lá fora! Dentro da minha sala é praticamente o segundo Polo Norte.

– Eu posso não prestar atenção em algumas aulas, mas até eu sei que quando o ambiente está frio, a pessoa também fica. Você está o contrário disso, mesmo se diz que lá tava frio.

Ela bufa.

– Eu tô bem. Não precisa se preocupar, ok?

Resmungo mentalmente como ela, como forma de me acalmar. Não é possível que um ser humano seja tão teimoso assim, ela vai acabar morrendo se continuar ignorando sintomas. Você ganha dessa vez por minha curiosidade no momento ser maior que a paciência que tenho.

– Tá. Beleza. Só pode me dizer o que veio fazer aqui na minha sala?

– Ah, sobre o seu caso amoroso platônico. Tive ideias em particular. Você poderia tentar ser um cavalheiro. Garotas gostam disso. – Sussurrou ela, tentando não chamar a atenção. Não que alguém ainda estivesse nos olhando, mas por precaução né?

– E o que eu tenho que fazer pra seguir esse rumo?

– Simples. Junte algo que ela deixou cair... Qualquer coisa desse tipo.

– Que grande ideia. – Ironizei. – Mas eu já fiz isso. Afinal, foi assim que nos conhecemos.

– Tsc, droga de garoto perfeito... – Resmungou ela.

Ainda estou aqui, sabe? Atrás de você e sentindo seu calor nada comum. Bela maneira de ficar ouvindo seu primeiro plano fracassar.

– E a poesia, poema ou sei lá? Aquilo que escreveu pra aula, quando vai apresentar?

– Seria ontem, mas com a maratona rolando, nós não tivemos aula com a "Potterhead" e tudo mais. E aí vai ser hoje.

Erika começa a rir, provável que seja por eu ter falado "Potterhead". Eu não tenho culpa se ela me lembra da versão feminina e mais gorda do Harry Potter, ora. Até óculos ela usa. Coitada.

– Fale como se fosse expressar para Íris. – Ela me fita com um sorriso determinado.

– Você quer que eu recite o treco, imaginando que só temos nós dois, eu e Íris, e ainda por cima fique encarando ela durante todo o processo com um ar de Shakespeare em si?

– Exatamente. Ás vezes é como se sua mente conectasse por um instante com a minha e você começasse a ter sentido, seu idiota.

A ruiva esbanjou um grande sorriso. Brincando com a minha cara.

Ah, que beleza, meu poema sobre quanta fome eu tinha naquele momento vai virar um meio de confissão. Gostei.

– Ok. Agora tenho que voltar pra minha sala. Boa sorte.

Ela acabou se distanciando e já iria ir embora, mas eu me apressei e segurei a sua mão, a puxando de volta.

Nem pensar que ela vai ir embora com a chance de acabar desmaiando por aí.

– Ei, eu não acredito em você sabia? Vai ficar do meu lado até aparentar estar melhor. Pode acontecer qualquer coisa e eu insisto! Eu te acompanho até a sua sala.

A ruiva corou violentamente. A febre piorou?!

– N-não precisa. E-eu tô bem mesmo.

– Claro que não. Você vai acabar desmaiando. Eu te acompanho com toda a cer-!

Antes de terminar, alguém puxa meu colarinho por trás e vai me levando á força para dentro da sala.

– Só que não hoje, Romeu. Entra logo, que é hora da aula de Ciências e VOCÊ é a minha dupla E eu não quero bronca da Delanay! – Enfatizou Castiel ainda me puxando. – Ah, oi e tchau Erika! – Continuou ele, acenando para ela, que retribuiu, antes de conseguirmos chegar lá.

– Mas é rápido! Fica enrolando ela! – Choraminguei sendo arrastado contra minha vontade.

– Da última vez que eu fiz isso quase fui expulso. Deixa de história.

Ah, que beleza. Depois não diga que não me preocupo com você, madame. Que, aliás, estava aproveitando a cena de camarote.

[…]

Ok, depois da apresentação do poema ser um grande marco na minha vida literária, Íris ficou bem encantada com minha fala. E até a senhorita Potter, que lagrimou diante do meu poema – mas também não sei se foi por conta dele em si ou por orgulho do pior aluno dela ter se ajeitado – mas, pelo menos o objetivo foi alcançado! Próxima etapa me aguarde. Amanhã, novas chances.

Na manhã seguinte...

– Doente?

– É, ela acabou de me mandar uma mensagem dizendo que não vem mais. – Informou Leila um pouco desapontada. – Foi mal, Armin.

– Afe... Eu disse pra ela se cuidar!

– Calma, calma... Ela nunca muda.

– Que bela notícia.

Eu tinha planos pra hoje. Combinei com a Íris de irmos passear pelo shopping – foi o meu irmão que sugeriu – depois das aulas. Somos de tempo integral, ou seja, de manhã até quase à noite. E eu iria ficar com a Íris. Sozinhos! Ahh... Eu queria algumas dicas de assuntos... Da madame.

...

Argh... Ás vezes uma pessoa tem que fazer o que ela tem que fazer.

E eu terei outras chances.

[…]

Cheguei à porta da casa da ruiva. Já avisei pro meus pais, pra Íris... E passei em casa pra trocar o uniforme por roupas mais leves como uma camisa preta, calça jeans e um tênis do Alexy – afinal, os dele são de boa qualidade e foi o que eu vi primeiro, temos o mesmo número de qualquer forma – Sem contar que eu precisava de um banho. Aproveitei também e comprei remédios – ela talvez não tenha lá, me julguem – e algumas coisas no meio do caminho para cá, espero que ela goste.

Leila iria vir junto comigo, mas acabou tendo que ficar em casa, pois era emergência familiar, então ela disse que viria visitá-la amanhã.

Clara abriu a porta – bem-vestida por sinal – e ficou me olhando da cabeça aos pés, depois um grande sorriso brincalhão apareceu.

– Tá bonito assim pra namorar a Erika-sama?

– Quê?! – Nessa hora meu coração saltou pela garganta.

Tipo: Quê?! Não, não! Só não. Tô bonito pra ninguém não! Tô bonito?

– Entra, entra. – Ela segurou minha mão e me puxou para dentro, fechando a porta logo depois.

– Preciso até te perguntar algo, Clara.

– Hm? Quê?

– Por que chama a Erika assim? Sabe o que significa não é?

A pequena assentiu.

– É algo grande, importante e mais uma coisa que a Luana-chan disse... E é por isso que eu gosto de chamar ela assim! – Ela sorriu.

– A Erika não te pediu? Nem nada?

Talvez né? Para aumentar o ego.

– Não. Erika é minha irmã grande. Ela é importante como o papai e bonita como a mamãe! Ela também gosta de brincar comigo, assiste desenhos e é engraçada quando vê coisas de namoro como aqueles filmes de meninas grandes. Eu amo ela desse jeito. E ás vezes ela fica zangada comigo, mas sei que me ama também! Mamãe diz que é isso que irmãos sempre fazem.

Ok, com esse discurso de amor fraterno, Clara poderia até ganhar o Oscar e minhas lágrimas – mas estou velho demais para isso – afinal eu tenho um irmão e é exatamente esse o meu sentimento por aquele cabeça oca do Alexy. A minha cópia não tão idêntica assim.

Eu bagunço os cabelos dela carinhosamente.

– Você com certeza é a melhor irmã que alguém poderia ter, pequena.

Ao ouvir isso, sua expressão brilhou mais ainda.

– E aí, cadê a Erika?

– No quarto. Ela ficou lá o dia todo!

Nada bom.

Subimos até o segundo piso e no meio do corredor era possível ouvir choros e ameaças. Tinha alguém com ela?

Me apressei e abri a porta de seu quarto, apreensivo. O quarto estava escuro, apenas os dois abajures que ficavam ao lado da cama de Erika estavam ligados, o que me fez ligar os receptores, trazendo a claridade de volta aquele local. Mas ao analisar melhor o lugar e o momento, tudo o que me deu foi uma raiva seguida de desapontamento.

Erika, nada mais e nada menos, estava comendo um pote de sorvete, sentada em sua cama, enrolada em um lençol enquanto chorava e ameaçava o notebook em seu colo. Estava vendo alguma coisa e usava os fones de ouvidos para acompanhar.

– Seu idiota! Não vê que ela te ama?! Tem demência agora? Fica com todo mundo, mas não fica com a coitada da garota! Vocês se amam! Imbecil. – Choramingou ela com uma voz "anasalada", levando outra colher com sorvete á boca. (Aut.: E essa é a reação de vocês, leitores dessa Fanfic. Eu sei que é. *altas risadas*)

– Eu disse que a Erika-sama é barulhenta quando tá vendo filmes melosos. – Relembrou Clara, olhando para mim.

– Ela quer é se matar.

Deixei as compras em uma mesinha próxima da porta e fui em direção dela. Quando cheguei perto, puxei o pote de sorvete de sua mão.

– Ei! – Ela se alarmou, retirando seus fones e pude notar seu nariz vermelho.

– Oi rena do Papal Noel, apareceu mais cedo esse ano? – Ironizei com cara de quem pede explicações.

Ela bufou.

– Por que está aqui?

– Vim ver como estava. – Respondi, aproveitando e tomando um pouco do sorvete de pote também.

– Não parece. – Ela limpou as lágrimas rapidamente. – Me devolve isso, preciso terminar essa temporada.

– Se ficar tomando sorvete vai piorar seu resfriado “E” se ficar chorando vai piorar seu resfriado! Você é do contra ou o quê? – Enfatizei.

Ouvimos um som de buzina.

– A Vivi chegou! Tchau Erika-sama. Tchau Armin. – Clara se animou e foi em direção da porta.

– Tchau, garota. Boa festa e não esqueça a bolsa. – Erika deu uma acenada á menina que fechou a porta do quarto em seguida.

Encarei Erika com o cenho arqueado a fim de conseguir entender o momento. Ela compreendeu meu olhar.

– A Clara foi convidada pra uma festa do pijama na casa da amiga dela.

A ruiva me explicou, finalizando com um espirro, do qual me esquivei.

– Então somos apenas nós dois, não sei se vou acabar fazendo uma festa do pijama por aqui também... – Erika levantou uma sobrancelha. -... Mas fico até quando der.


Peguei as compras, enquanto Erika se ajeitou melhor na cama – tirando o notebook de seu colo também – deitando-se na vertical. Quando retornei, me sentei no chão, ao lado da cama dela. Logo desempacotei a maioria.

– Comprei alguns analgésicos, pastilhas e outros que foram recomendados de acordo com um site.

– Não preciso.

– Já tomou algum remédio hoje?

– Não preciso. – Repetiu ela, me provocando, apenas com sua expressão.

– Não adianta. Eu VOU cuidar de você.

Enfatizei, me levantando para ir á cozinha buscar algum copo, a deixando razoavelmente ruborizada.

[...]

Digamos que não foi fácil, mas consegui fazê-la comer pelo menos uma sopa que haviam deixado para ela esquentar – Achei uma nota na geladeira – A mesma tentou levantar da cama para fazer sozinha, mas estava com moleza demais para conseguir até mesmo sair de sua cama. Resumo: Eu tive de paparicá-la um pouco e dar a sopa na sua boca – ela deve ter amado – E depois de tomar um remédio, a febre diminuiu e parei de pegar um pouco no pé dela.

Estava guardando os remédios de volta quando me lembrei de verificar o horário. Olhei na tela do meu celular e eram exatamente oito e meia da noite – cheguei umas sete horas por aqui, provável – Cedo ainda. E seria tão bom olhar em volta do quarto e estar em completa paz, mas quando eu botava o olho naquela “bela” porta do banheiro, minha mente só conhecia imaginar uma coisa: dor. Aquele dia, eu nunca mais esqueço – nem de bater primeiro nas portas –

– Ainda se lembra daquele dia? – Perguntou Erika me tirando dos meus pensamentos por completo.

– O dia do banheiro...? – Sorri torto.

Ela assentiu e em sua expressão pude ver o ódio amargurado em si. Ela ainda lembra?

– Foi um dia... Louco. – Tentei não colocar outro tipo de sentido nas palavras. Algo impossível.

– Foi um trauma.

Por um minuto nos entreolhamos e demos risadas. Tudo cessou quando ela se encolheu na cama, virando do lado oposto ao meu.

– Hora de você ir, não?

– Tá cedo. E quero garantir que você esteja bem o suficiente. – Fui até ela e chequei-a novamente. – Ah, já que parece mais disposta... – Disse chamando a atenção dela, então a mostrei uma mini caixa de bombons que havia comprado também.

Ela quis disfarçar, mas se animou mais ao vê-los.

– Eu não sabia qual marca ou tipo você gosta, então... Aqui! – Dei um meio sorriso.

Assim, ela olhou para a caixa e depois para mim e repetiu o processo mais uma vez, parando em mim.

– Você não precisava... – Então, ela sorriu singelamente. – Obrigada... Idiota.

– De nada ué... – Retribuí o sorriso.

Qualquer coisa. Pelo menos para te ver sorrir assim.

Pegamos cada um, um bombom. E depois de acabarmos, me deu muita vontade de jogar no console de novo.

– Gosta de jogar? – Propus discretamente á ela.

– No momento, prefiro mais olhar.

Dei de ombros. E continuei sentado no chão, ao lado de sua cama. Então, notei que estávamos em uma péssima posição e ela podia malmente me ver jogar. Assim, deitei ao seu lado na cama.

– Ei espera aí. O que está fazendo?

– Fazendo você ver melhor.

– Pode ficar resfriado também.

– Hm, não ligo. – Eu sorri. E não ligo mesmo.

Ficamos deitados na vertical. Eu estava do lado direito da cama e ela do esquerdo. A mesma parecia ainda estar com frio, então estava com um lençol, mas eu não precisava. Quando ganhei o “round”, cantamos vitória e seguramos as mãos, entrelaçando os dedos. A ruiva pareceu interessada nas minhas pulseiras.

– Isso foi ideia do Alexy ou sua?

– Ambos os lados. – Dei um sorriso á olhando de soslaio, o que a fez rir de leve.

– Qual sua cor preferida dentre essas?

– Preto. É uma cor forte e eu acho que combina bastante com qualquer garota.

– Belo ponto de vista.

– E a sua?

– Azul.

Pausei o jogo imediatamente. Azul? Não é vermelho? Buguei.

– Azul? Não é vermelho? – Repeti meus pensamentos, pois como eu disse: buguei. Ela riu novamente.

– É por causa do meu cabelo?

– Nem preto?

– Por que achou isso?

– Porque fica bem com essas cores! Sério, principalmente vestidos! Digo... Não que eu tenha visto alguma foto sua nas redes sociais ou algo do tipo! Hêhê... – Armin aprenda a mentir. Você já viu onde suas péssimas mentiras te levaram. (Aut.: Né? Levaram a criar essa história.)(Arm.: Né?)(Er.: Né?²)

Erika arqueou uma sobrancelha.

– Digamos que sim, eu não fico bem com azul, mas é minha cor favorita. Pelo menos nisso eu combino com o Nathaniel. Por que acha que gosto tanto de admirar seus olhos? – Murmurou ela, me fazendo corar loucamente.

Isso explica – um pouco – o porquê de ela acabar hipnotizada (?) e querendo me beijar á força¹ no chão. É a cor dos meus olhos? Uau, quem diria. Será que eles também me ajudaram com a Lety?

Paro de pensar imediatamente quando ela descansa sua cabeça no meu ombro e segura mais forte a minha mão – que por sinal ainda estava segurando a dela –

– Obrigada por cuidar de mim hoje.

Ouço um bocejo vindo da parte dela e depois sinto seu corpo ficar mais pesado com o tempo. Ela havia caído no sono.

Eu não sei, mas tudo isso me deixou cansado e ao olhá-la tão calma e dormindo ao meu lado, pude sentir minhas pálpebras pesarem também. Não lembro o que aconteceu, mas acabei dormindo junto.

[...]

Narrador’s P.o.V

Quando o Sr. e a Sra. Sparks chegaram quase ás dez horas da noite, foram checar o quarto da filha mais velha e encontraram os dois jovens, descansando calmamente no lugar. Denis iria acordá-lo, porém foi impedido por Michelle.

– Não, querido. Só mais uns vinte minutos. E depois... Bem. – Sussurrou ela, sorrindo e segurando o pulso do marido que a olhou semicerrado e apontou para os dois.

– Eles não estão fazendo nada de mais. Venha, vamos comer alguma coisa e aí voltamos.

Ele revirou os olhos e aceitou por fim.

Assim os dois saíram e fecharam a porta sem fazer barulhos.

[...]

Armin’s P.o.V

Manhã seguinte...

Depois de ser acordado pela Sra. Sparks – foi constrangedor, aliás – Não me lembro de quando acabei dormindo, mas ao acordar percebi que ainda estava segurando a mão de Erika, assim como ainda estava do lado dela. Eles se ofereceram á me levar para casa e bem, como recusar? Estava um tanto tarde para se andar por aí. E a madame... Só espero que ela esteja melhor hoje.

Entrei na minha sala e me dirigi à minha cadeira. Sinto meu celular vibrando no bolso e o pego rapidamente. Era Leila me enviando uma mensagem, trocamos os números ontem para ela me manter informado sobre a Erika.

Leila: Ela reapareceu hoje, fica calmo. XD Ainda está doente, mas se sente melhor.

Beijos, L.

É, ela melhorou – um pouco – Já dá para voltar á rotina. Ainda bem.

[...]

Praticamente dois meses se seguiram e não consegui mais me aproximar de Íris. Era como se ela me evitasse e todos os nossos planos iam por água á baixo. Funcionava de início e então: “Me desculpe, tenho que ir.” “Não vai dar, tenho planos.” “Acho que não, o Castiel é sua dupla e ele pode não gostar.” Eu tô pouco me lixando pro Castiel! Eu quero você!

Tudo isso por aquele dia?! Ela fica como se estivesse com medo de mim. Eu não entendo, antes disso éramos tão próximos – não tão próximos, mas era bom – e agora somos apenas conhecidos. Que mundo cruel.

E por falar em crueldade, aqui estou eu na sala de aula sem um professor e sem o meu console. Eu poderia fazer tanta coisa em questão de segundos, mas não! O professor Faraize confiscou o meu PSP só porque eu tava jogando em silêncio na aula dele! Injustiça dessas. Eu tenho que dar um jeito de entrar na sala dos professores e ainda hoje.

Hum... Preciso passar uma mensagem.

[...]

Abri a porta da sala dos professores e não havia sinal de nenhum deles, eu não sei aonde eles vão, mas praticamente nunca estão aqui. Sorte que uma pessoa que eu conheço, conhece outra que tem uma cópia da chave dos professores.

– O que estamos fazendo aqui? Você ainda não me disse. – Sussurrou ela entrando logo após de mim.

– Eu vim pegar algo de volta. – Respondi da mesma maneira.

– Que seria?!

– Algo que me pertence por direito, ué.

– Muito boa a sua informação. – Resmungou Erika, fechando a porta da sala.

Achei meu console em cima de uma mesa de centro e corri ao seu encontro.

– Sua linda, aqui está você. – Peguei o PSP de imediato e fui em direção da porta de volta.

– Como é?! Você faz uma expedição até aqui, para resgatar o seu PSP?! Algo que iriam te devolver no final das aulas?

– Você acha que eu tenho cara de quem aguenta ficar sem jogar até ás cinco horas da tarde?

Eu ia virar as maçanetas, só que ouvi vozes se aproximando do outro lado da porta. Kim e Violette? Eu não quero mais fama por aqui, e se nos vissem juntos e sozinhos na sala dos professores, iria dar muito que falar.

Corri e puxei Erika pelo pulso para um lado, mas ela puxou de volta.

– O que está fazendo?

– Vamos para trás do armário. Kim e Violette estão vindo. – Sussurrei.

– O quê? Não, vão nos ver, temos que ir atrás daquele sofá, ninguém anda por lá.

– Aí que vão nos ver! Armário.

– Sofá.

Ficamos nessa disputa de que lado ficar, enquanto nos puxávamos para o lado oposto de cada um. Até a porta estar sendo destrancada e acabarmos perdendo o equilíbrio, caindo na cadeira de uma mesa próxima. Eu caí em cima de Erika que para se apoiar, usou suas pernas – Uma perna envolta da minha cintura e a outra no chão – Já eu acabei segurando a cintura dela enquanto apoiava minha outra mão na mesa.

Não era algo muito apropriado de se ver, então em uma tentativa desesperada daquilo não parecer algum tipo de estrupo ou sei lá o quê, por reflexo eu beijo Erika que se surpreende.

Surpresa. Deve ter sido isso que as duas garotas também sentiram ao abrir a porta da sala dos professores e dar de cara com nós dois naquela situação. Kim ficou boquiaberta enquanto Violette corou bruscamente.

– Voltamos depois, guria. – Kim pronunciou á Violette que assentiu fechando a porta lentamente.

Foi a MELHOR forma de não chamar a atenção, né Armin? Agora pareceu sacanagem em plena escola! Eu não tenho jeito mesmo.

Me afastei de Erika e suspirei por um momento e acabei deixando meu peso aumentar um pouco, o que nos fez cair mais. Dessa vez, ficamos mais próximos ainda um do rosto do outro. Eu pude sentir a respiração dela e possivelmente vice e versa.

– F-foi mal. Eu fiz aquilo sem pensar. – Expliquei me referindo á ter beijado ela.

– Se não percebeu, essa não é a melhor posição para se comentar isso no momento. – Informa ela, indignada.

– Claro.

Foi o máximo que consegui dizer, então me levantei e a ajudei a se levantar também. Por um momento ela pareceu estar pensando em algo ao baixar os olhos para admirar o chão. Então se aproximou e roubou outro beijo – bem rapidamente – meu. Óbvio que me surpreendeu também.

– Parece que aprendeu a beijar, está bem melhor... A prática te ajudou um pouco. – Disse ela envergonhada (?) e ruborizando. A ruiva nem olhou para mim e sim para baixo.

– Depois de tantas vezes, eu teria que aprender... Acho. – Corei também um pouco envergonhado, desviando o olhar pelo lugar.

Foi um clima tenso. Então notamos que deveríamos sair logo, antes que nos encontrassem de novo.

– Acho que nessa semana... A gente faz três meses de falso namoro. – Comentou ela no meio do corredor.

– Mas já? Parece que foi semana passada que começamos.

É sério, parece.

– Estamos no dia vinte e três de novembro, segunda-feira, e o dia em que você me pediu em falso namoro foi vinte e sete de agosto. Hm, então terá três meses nessa sexta-feira.

– Uau, você é bem detalhista e tem boa memória.

– Um pouco, sim. – Ela estava distante de novo.

O clima ainda não é dos melhores entre nós. No que ela está pensando?

Hm, três meses. Estamos quase no final do ano e muita coisa não mudou. Eu tenho que me apressar. Também sinto que a Erika não aguenta mais ser minha falsa namorada, ela anda bem estranha ultimamente.

Narrador’s P.o.V

Perto dali em uma sala de aula vazia, Ambre e suas amigas conversavam. Até Li puxar um assunto que queria já faz tempo.

– Ouvi um papinho bem interessante entre aquelas garotas do 1° ano quase agora, enquanto estava vindo para cá. Elas estavam comentando que o casalzinho do ano estava de pegação na sala dos professores. Falavam quase em sussurros para não sair espalhando por aí, que pena que eu estava por perto. – Falou Li enquanto dava últimos retoques no batom novamente.

– Erika de novo? Esses dois não tomam jeito. Qualquer coisa para aparecerem e ganharem mais destaque. – Disse Ambre, revirando os olhos. – Pois eu acho que a idiota da Erika anda tramando alguma. Depois que meu irmão foi embora, tenta pegar um e outro a fim de esquecer o quanto foi duro levar patada. Verdadeira vagabunda.

– Patada? O seu irmão a deu uma patada? Óbvio que não. A louca só pensou errado. Você mesma disse. – Li a corrigiu.

– E ainda bem que ela pensou errado! Já era tempo de largar do meu irmão. Só assim pra parar de tanto chiclete em cima dele. Não sei o que ele tem para atrair tanta imbecil! Sinceramente, tem algo muito errado nessa “bela” história de casal “perfeito”.

– São apenas duas pessoas juntas e que não necessitam da nossa ou da sua atenção, Ambre. – Charlotte indagou a olhando de soslaio. – Ela não tem mais vínculo com o seu irmão. Deixe o assunto para lá.

– Hm, Char está curiosa também, não? Com certeza está. – Li a cutucou incessantemente.

– Pare com isso, eu não estou!

Enquanto as duas estavam se interagindo entre si, Ambre desviou o olhar para a janela da sala, pensando no assunto.

– Ela parece ter sempre tudo o que quer. – Murmurou ela, apoiando seu queixo na mão. – Isso me irrita.


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Notas finais do capítulo

Olá de volta!
Então, o que achou? Se gostou, comente o que achou. Comentários positivos e negativos me ajudam sempre a seguir em frente! Não tenha medo. s2

Referências:
¹ - Capítulo 12 foi referenciado. xD

—-x--
Então, sobre o comunicado... A Fanfic Minha Falsa Namorada está concorrendo no Fanfic Awards 2015, ou seja, um estilo de Grammy ou Oscar de Melhor Fanfic na categoria Comédia/Comédia Romântica. E bem, esse é o processo: eu divulgo o link, você votam na Fic e a Fanfic mais votada na categoria ganha. E a que mais receber votos no geral será a Melhor do Ano no geral, geral. XD Nesse site, pode-se votar quantas vezes quiser, também. As votações se encerrarão no dia 20/01 ás 20:00 hrs no horário de Brasília.

Infos dadas. XD Agooora... Minha vez. :>
Lindos e lindas do meu coração s2 Eu não vou pedir votos. C: Eu acabei divulgando até tarde demais, faltam apenas 10 dias agora para finalizar a votação. Mas foi por alguns problemas de saúde familiar e eu queria divulgar apenas quando postasse o próximo capítulo mesmo.
Eu não sei tipo. Para mim, eu não preciso de prêmios ou indicações, eu não sei se isso me beneficiaria, tanto faz xD Mas, é que eu não preciso, pois apenas o apoio que recebo, os comentários lindos e maravilhosos, os favoritos, compartilhamentos, indicações que você, todos vocês fazem, já me faz sentir como se eu ganhasse o maior prêmio do MUNDO! Vocês são incríveis! E eu não tô de zoeira ou falando da boca pra fora, isso é de dentro e do fundo de todo o meu coração! S2 Eu não tenho grandes expectativas ou penso em ser a fodona ou autora da melhor Fanfic do ano, do Amor Doce, da vida e sabe Deus de onde. Quando eu acordo e vejo os comentários e outros de vocês é a melhor sensação do mundo! Eu só penso em continuar trazendo mais da história que vocês tanto esperam durante dias. Lindosos eu AMO vocês! S2 ~Le Armin tem que fazer que nem eu e falar logo o que sente pela Íris desse jeito e.e~

Mas bem, todo mundo tem o livre arbítrio nesse mundo, então se você acha que a Fanfic merece pelo menos entrar em um Top, tudo bem xD Podem seguir o link abaixo e deixar seus votos divosos lá e no fim vamos ver no que dá. :3 Ganhando ou perdendo, o importante é se divertir. E nada me diverte mais do que competir, então já tô me divertindo pacas s2 Beijos, espero que tenha gostado do capítulo e até a próxima! ;*

Link da votação: https://docs.google.com/forms/d/1rpMmisTPSkKL8mo59hQuCWw37KvUloPgtLAayDbc19U/viewform



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