Até o julgamento escrita por Paola_B_B


Capítulo 13
Capítulo 12. Papai Cullen


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Quem acompanha pelo face sabia que eu estava em época de provas e faz poucos dias que estou de férias. Com a correria de final de ano não tive tempo de terminar o capítulo para postar dia 20 como eu pretendia, mas agora o cap novo está aqui para vocês! Espero que gostem :D



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Capítulo 12. Papai Cullen

PDV Agente Swan

Eu estava flutuando. Juro que estava. Ou esse era o melhor beijo da minha vida, ou a perda de sangue começava a me tirar de órbita. Honestamente, acho que era uma mistura dos dois.

Minha mão que até então estava fortemente enrolada em seu colarinho começava a afrouxar. No mesmo instante nossos lábios se afastaram com um estalar suave.

– Isso foi...

– Um erro.

Forcei o cansaço para escanteio quando ouvi suas palavras. Ele só podia estar brincando com a minha cara! Eu estava fodendo minha carreira ao me permitir me envolver “fisicamente” com uma testemunha de grande valor e ele que achava um erro? Porra! Eu nunca tive tanta certeza de uma coisa em minha vida.

– Foi um erro para você? – queria que minha voz soasse mais irritada, mas ela apenas pareceu triste.

– Não! Sim! Não sei... – respirou fundo e me apertou mais em seus braços.

Não pude evitar o gemido de dor.

– Desculpe.

– Não me peça desculpas! – grunhi.

– É só que eu achei que... Eu... Foi um erro para você?!

– Não.

Posso jurar que se passaram horas antes dele soltar a respiração. Então ele simplesmente enroscou seus dedos nos cabelos da minha nuca e enfiou sua língua na minha boca. Uau! Aí estava o beijo que eu imaginava com línguas frenéticas e sons constrangedores. O que eu não imagina era ter esse beijo enquanto eu sangrava até a morte.

– Precisamos sair daqui. – murmurei contra sua boca.

Edward apenas assentiu, eu podia sentir seu corpo tremendo contra o meu e garanto que não era excitação.

– Vou levá-la para um hospital.

– Não podemos ir para um hospital.

– Mas você precisa de um.

– Serão feitas muitas perguntas e todo o esforço que fizemos para ficar fora do radar da máfia irá por água abaixo.

– Convenhamos que todo esse esforço, até agora, não adiantou nada. Olhe só para você agora!

Eu começava a ficar sem forças para falar. Minha visão estava cada vez mais escura. A fraqueza tomava conta e meus ouvidos já não captavam o que meu protegido falador me dizia. Engoli em seco com o aperto em meu coração. Eu tinha que ficar bem, ele precisava de mim.

PDV Edward Cullen

A agente foi fechando seus olhos conforme o meu desespero aumentava. Segurei-a em meus braços com força e rezei baixinho para que tudo ficasse bem. Após alguns segundos percebi que Deus não apareceria em pessoa para salva minha agente, eu teria que fazer alguma coisa.

Com uma coragem que não sei de onde surgiu eu respirei fundo e peguei-a em meu colo, confesso que ela parecia um pouco mais leve do que realmente era. Eu sabia que não deveria ter parado com a academia.

Não conseguiríamos sair pela mesma janela pela qual entramos então segui com ela até as escadas que levariam para dentro da casa que invadimos.

Minha respiração começava a acelerar conforme eu abria a porta.

As luzes estavam apagadas, porém eu conseguia enxergar melhor do que no porão. Logo notei em minha frente a cozinha. Coloquei Isabella sobre a mesa de madeira e corri para o resto da casa tentando descobrir se havia alguém além de nós lá. Para o meu alívio não tinha ninguém. Voltei para a cozinha e acendi a luz.

Engoli em seco. Bella estava mais pálida que o normal. E o sangue... Jesus o sangue! Tinha tanto sangue!

– Eu sinto muito... – murmurei acariciando seu rosto suado.

Ela estava tão fria. Eu não podia levá-la para o hospital, mas também não podia simplesmente deixá-la assim. Ela iria morrer em poucas horas deste jeito. Eu tinha que tomar uma atitude.

Munido de coragem e um pouco de loucura enfiei minha mão em seu decote e peguei o celular que ela levava escondido. Disquei o número tão conhecido por mim e não demorou para que a voz conhecida soasse do outro lado da linha.

– Alô?

– Mãe. Preciso falar com o papai, agora.

– Edward? Querido onde você está? Estamos tão preocupados! Um amigo seu disse que você havia viajado, após brigar com sua noiva.

– Mãe! Eu realmente não posso falar agora, preciso falar com o papai.

– Tudo bem querido, vou chamá-lo. – ela parecia chateada e preocupada, eu odiava deixá-la assim, mas não tinha outra opção.

– Edward? – a voz preocupada de meu pai soou.

– Pai! Como faço para estancar um sangramento?

– Sangramento?

– Sim! Feito a bala.

– Edward você está...

– Não pai! Não sou eu. Mas o senhor precisa me ajudar!

– Me diga as condições do ferimento.

– Um segundo...

Coloquei o telefone no viva voz e larguei-o sobre a mesa. Um pequeno constrangimento se instaurou quando retirei o vestido de minha protetora. Com o próprio vestido limpei o que deu do sangue na pele e lá estava a pequena perfuração. Não dava para acreditar o quanto de sangue ela havia perdido por aquele pequeno ferimento.

– É pequeno, está logo abaixo das costelas, dois dedos para a esquerda da linha do umbigo.

– A bala atravessou o corpo?

– Como vou saber?!

– Vire a pessoa e olhe do outro lado se há um ferimento de saída.

Engoli em seco e o fiz.

– Sim pai, a bala atravessou o corpo dela.

– Certo, então você precisa cauterizar as feridas para que ela pare de perder sangue.

– E como diabos eu faço isso! – gritei com minhas mãos cada vez mais trêmulas.

– Você precisa queimar as feridas...

– Jesus Cristo!

– Você precisa de algum metal...

– Estou em uma cozinha pai, uma faca serve?

– Sim, esterilize-a no fogo e em seguida a pressione nos ferimentos com calma. Faça até que o sangue não jorre mais.

– Jesus Cristo!

– Edward, você precisa manter a calma. – aquela voz não veio do meu pai.

– Há quanto tempo está acordada?!

– Apenas faça de uma vez! – grunhiu e eu corri para os armários atrás de uma faca.

Acendi o fogão, esterilizei a faca por alguns segundos e rezei para que o tempo ter sido o suficiente.

– Tem vodka? – perguntou minha protetora.

– Não acho que essa seja uma boa ora para um drink.

– A moça precisará de algo alcoólico. – pulei de susto com a voz fantasmagórica de meu pai, por alguns segundos eu havia esquecido completamente dele.

– Me dá aquela colher de pau também. – pediu Bella.

Parei de discutir e peguei o necessário. A agente deu um longo gole no destilado, ardeu minha garganta só de olhar, em seguida ela jogou um pouco do líquido sobre seu ferimento.

– Seja rápido. – ordenou ela antes de morder o cabo colher.

Esquentei novamente a faca até a ponta ficar vermelha e com cuidado para não cortá-la pressionei no ferimento.

Meu coração sangrou conforme seu grito sufocado soava. Suas pernas sacudiram sobre a mesa e sua mão direita agarrou-se em meu braço.

– Já vai passar, já vai passar, já vai passar... – repeti sem parar tentando acalmá-la e me acalmar.

Entortei o nariz conforme o cheiro de pele queimada subia até meu nariz, mas quando retirei a faca eu sorri com alívio, pois o sangue tinha parado de jorrar.

– Deu certo! – exclamei empolgado. – Agora vira que vou cauterizar as suas costas.

PDV Agente Swan

Paralisei olhando para a cara do meu protegido. Ele estava gostando um pouco demais de me queimar sem anestesia.

Eu podia sentir o suor escorrendo pelas minhas costas e meu rosto gelado como gelo. Puxei uma respiração, engoli mais um grande gole de vodka e me virei de costas. Não demorou para sentir a queimação.

Meus olhos reviraram em suas orbitas com a dor que senti.

– Tudo bem, já acabou, já acabou... – murmurou Edward acariciando minhas costas, mas eu não conseguia me mexer, estava exausta.

Ouvi ele falar algo ao telefone e então sentou-se na cadeira bem em frente ao meu rosto. Ele estava tão preocupado e eu sentia tanta dor. Mas mesmo assim eu consegui sussurrar uma bronca.

– Você não deveria ter usado o telefone. Eles podem nos rastrear.

– Podem. Mas vão demorar. Se eu não fizesse essa ligação você poderia ter morrido em meus braços. – ele estremeceu com ideia.

– Eu não te deixaria desprotegido.

– Nunca foi essa a minha preocupação. – murmurou passando as costas de seus dedos em meu rosto. – Você está fria. Vou encontrar uma roupa limpa para nós. Não saia daí.

Como se eu tivesse forças para me levantar.

Ele não demorou a voltar com roupas limpas em suas mãos. Edward trocou apenas sua camisa, já que era a única peça encharcada de sangue. Então ele me ajudou a vesti uma calça jeans, que ficou um pouco larga em mim, e uma camisa de abotoar preta.

– Com quem que você estava falando ao telefone? – perguntei após ele terminar de abotoar o último botão de minha camisa.

Estranhamente não houve qualquer embaraço em nossa rápida troca de roupa. Em nenhum momento em que estive apenas em minhas roupas intimas senti-me envergonhada, muito pelo contrário, me senti bem à vontade. Isso não era algo comum a mim, geralmente, mesmo quando estava em algum relacionamento, eu me sentia estranha quando ficava com pouca roupa, ou nenhuma, na frente de um homem. Mas com Edward... Era apenas natural.

– Com meu pai. Ele é médico.

Assenti. Havia algo sobre isso na ficha do meu protegido.

– Bella... Ele disse que não há como saber se a bala não perfurou algum de seus órgãos internos. Você precisa ir para um hospital e fazer exames. Você pode estar com uma hemorragia interna agora mesmo.

– Eu estou bem Edward, não se preocupe. Você fez um ótimo trabalho. É provável que tenha salvado a minha vida.

– Você precisa fazer um exame. – resmungou me puxando para o seu peito. – Você não sabe como senti medo...

Eu também. Mas não iria admitir. Então apenas enrolei meus braços ao redor de sua cintura e apoiei meu rosto em seu peito. Deus! Nós já estávamos nesta fase. Meu coração de repente acelerou.

– Nós precisamos voltar para o nosso apartamento. – sussurrei. – Essa casa estar vazia foi muita sorte, mas ela não ficará vazia para sempre.

– Acha que já conseguiremos sair sem perigo?

Apenas assenti.

Edward me apoiou até o taxi e quando chegamos em nosso apartamento ele me carregou no colo até nosso andar. Deixe-me levar e descansar em seu peito.

PDV Edward Cullen

Deixei a agente descansando em seu quarto e fui tomar um banho. Porém eu não consegui relaxar. O aviso de meu pai a respeito de um possível ferimento em seus órgãos internos ficava soando em minha cabeça.

Enxuguei-me rapidamente e enquanto vestia minhas roupas eu tomei a decisão. Ela disse em caso de emergência. O caso era uma emergência. Bella podia morrer.

Segui até a janela e me inclinei olhando para cima. Jesus! Eu realmente faria aquilo? Sim eu faria. E sem mais segundos ou terceiros pensamentos me impulsionei para cima. Eu só espero que minha coragem dure o suficiente para chegar ao apartamento que Isabella havia me indicado e não começasse a gritar feito uma garotinha assustada, pois eu me sentia exatamente como uma.


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Notas finais do capítulo

Sim, Edward vai se pendurar como o homem aranha xD Vamos torcer para o nosso nerd não se cair hahah...


Acho que até o Natal não postarei nenhum cap novo. Então desejo a todos vocês um ótimo Natal!



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