Tempos modernos escrita por Florrie


Capítulo 4
Robb - Garotas


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ;)



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Robb tinha dezesseis quando começou a namorar com Roslin. Seu cabelo era mais longo e seu corpo mais magro, ele usava blusas de bandas alternativas e caminhava pelo o bairro com Theon, Gendry e Jon. Theon estava sempre com um cigarro na boca e um sorriso sacana nos lábios, Gendry exibia seus músculos desenvolvidos com blusas sem mangas e Jon, sempre sério, costumeiramente vestia o uniforme do colégio particular caro que seu pai pagava. Quando o Stark notou Roslin pela a primeira vez lhe jogou um sorriso achando que aquilo não iria funcionar.

Mas funcionou.

Naquela noite de verão os dois se agarraram no banco de trás do seu carro novinho e ficaram lá até a manhã nascer.

– Ela é linda Robb. – Sua mãe a amou assim que ele a apresentou.

Suas irmãs também aprovaram a escolha – até mesmo Arya. O único que parecia não ir muito com a cara de Roslin era o pequeno Rickon, mas ele nunca foi a criança mais simpática da vizinhança.

Os primeiro meses foram perfeitos. Ele adorava quando ela sorria e pequenas covinhas surgiam nas suas bochechas, ele também adorava o seu nariz delicado e seus grandes olhos castanhos. Seu coração batia rápido quando ela o abraçava e ele podia sentir o cheiro do seu perfume, ele enlaçava os seus braços sobre a cintura fina dela e a rodopiava sorrindo.

– Eu amo você. – Ela sussurrou no seu ouvido na primeira vez que eles dormiram juntos.

– Eu amo você. – Ele sussurrou de volta.

Depois de seis meses as brigas começaram.

Seu coração já não batia tão rápido assim na sua presença, ela já não sorria do mesmo jeito que antes. Eles então terminaram pela a primeira vez, cada um foi para o seu canto.

Foi quando ele notou Jeyne. Ela era totalmente diferente de Roslin. Seus cabelos escuros tinham luzes loiras e seus olhos castanhos puxavam para o dourado. Enquanto sua ex-namorada era quase uma princesa no colégio – sempre com seu vestido alinhado e as amigas ao redor – Jeyne mais parecia uma pirata comandando seu próprio navio.

Ela chamou sua atenção no momento em que entrou na lanchonete – onde estava com Jon – vestindo o seu short jeans de cintura alta e uma blusa preta apertada. Os lábios vermelhos insinuaram um sorriso ao capturar o seu olhar.

Jon tinha notado a garota também.

– Ela é provavelmente a definição de problema.

– Ela parece àquela garota que a sua irmã quer arrumar para você.

– Ygritte é ruiva.

– Eu não digo a aparência.

– As duas são problemas e nós deveríamos ficar longe de garotas problemas.

Robb ignorou o primo e andou até a garota.

– Robb Stark.

Ele estendeu a mão e quando ela apertou foi como se uma corrente elétrica ultrapassasse todo o seu corpo.

– Jeyne Westerling.

Com Jeyne tudo foi rápido e intenso. Dois dias depois estavam aos beijos embaixo da arquibancada da quadra de basquete. Ela sempre estava nas mesmas festas que ele, sempre o desafiando com seu sorriso petulante. Robb simplesmente não conseguia se controlar perto dela.

Sua mãe a odiou como ele sabia que odiaria.

Catelyn flagrou o filho aos beijos com Jeyne no supermercado. Foi por aquela garota que você trocou Roslin? Sua mãe perguntou horas depois quando ambos estavam em casa.

– Eu não me importo. – Jeyne comentou na segunda vez que cruzaram com a mãe dele. – Não é como se a gente fosse se casar ou algo assim. A gente nem mesmo namora.

Os dois acabaram rindo.

Sua aventura com ela durou três meses, até ele e Roslin decidirem voltar.

– Você apagou todas as fotos daquela garota?

A Frey sempre perguntava.

– Claro.

Ele sempre mentia.



Com dezoito anos ele era um calouro na universidade. Na época ele e Roslin haviam acabado de terminar – pela a terceira vez – e dessa vez ambos juraram que era para sempre.

Jeyne estudava na sala ao lado e os dois costumavam sair da faculdade e ir direto para um pub no porto. Dançavam, cantavam e corriam pela a calçada com garrafas de cerveja na mão. Terminavam o dia deitados na grama da praça do sapateiro observando a movimentação da pequena feirinha artesanal que sempre acontecia ao anoitecer.

Era nessa hora que eles faziam planos.

– Nós poderíamos viajar, podíamos ir para o Norte, Winterfell, sua família não é de lá?

– Nós temos uma casa em Winterfell. – Fazia bastante tempo que não botava os pés por lá. – Tem um Bosque Sagrado lá, sabia?

– Serio? Eu adoraria conhecer.

Ela sorriu e ele beijou a sua testa.

– Que tal um lugar mais perto? – Robb sugeriu. – Ponta Tempestade? Ou mesmo Jardim de Cima ou Vilavelha.

– Jardim de Cima, eu vou amar conhecer os campos de rosas douradas.

– Jardim de cima então.

Eles nunca foram para Jardim de Cima, Robb voltou com Roslin antes que tivessem a chance. Foi ela que ele levou para Jardim de Cima e depois para Winterfell.

(Entretanto eles viajaram para cidades mais próximas como Fownton. Foi nessa viagem que ele ficou tão bêbado que pediu Jeyne em casamento e acabou tendo que pedir ajuda ao seu primo para recuperar o anel da família. A garota não se importou em devolver, mas os irmãos dela perseguiram ele e Jon e por pouco não os alcançaram.)

– Na próxima vez vamos para Correrrio. – Sua namorada pediu abraçada a ele enquanto observavam a neve de verão transformar a paisagem da vila do inverno. – Sua mãe disse que seu tio vai amar nos receber.

Robb assentiu com a cabeça apertando-a contra o seu corpo.

– Eu vi uma foto dele, nem parece ter mais que trinta.

– Ele não tem.

– Tão novo para ser seu tio, mas o que eu posso falar? Tenho irmãos que podiam facilmente ser meus pais.

Depois disso começaram a conversar sobre qualquer coisa que Robb não conseguiria lembrar mais tarde.

(A viagem para Correrrio aconteceu um pouco antes de ele completar vinte. Robb ficou doente e Roslin acabou por visitar os museus que tanto queria com seu tio Edmure. Eles brigaram depois e acabaram terminando quando voltaram para Porto Real, entretanto Robb sempre voltava para Roslin.)



Com vinte e um anos Robb pensava nas duas mulheres que se revezavam na sua vida. Roslin com seu jeito delicado e educado, sempre pronta para agradar, a favorita da sua mãe – a mulher com quem todos diziam que ele iria se casar.

E Jeyne com seu jeito espontâneo e sorrisos suspeitos, alguém de fácil convívio com a mesma sede por aventuras, alguém que poderia ganhar o seu amor, mas que nunca o conseguiu.

Robb definitivamente acabaria se casando com Roslin. Afinal, não importava quanto tempo passassem separados, eles sempre ficavam juntos no final.

Ou talvez ele acabasse criando sentimentos maiores por Jeyne – nunca se sabe.

É... Uma dessas duas coisas teria acontecido se não fosse por aquele incidente.



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Notas finais do capítulo

Robb indo de namoro sério para amizade colorida e então voltando para namoro sério, quem nunca? Eu, por que sou forever alone.
Pensando em escrever um ponto de vista para uma das meninas, o que acham?

Não tive tempo para corrigir - apenas uma leitura rápida - então provavelmente algo me escapou -.-
Beijos ;*