Os dois riram feito dois tontos, aquele era poder do vinho em excesso. Ele afastou uma mecha de cabelo que caiu sobre os olhos dela e os dois caíram em silêncio se encarando.

− Você acredite em amor a primeira vista? – Ele perguntou a olhando no fundo dos olhos.

***trivago***

Natasha tropeçou em seus próprios pés enquanto corria para seu quarto, cambaleando apoiou-se na parede e com desespero conseguiu abrir a porta do quarto fechando assim que entrou. Estava tudo tranquilo, tudo indo bem no quarto de Isaac, até ele mencionar a palavra amor, e esse era o tipo de coisa que causava aversão nela. Ainda que fosse apenas uma cantadinha furada dele para conquista-la.

Natasha não brincava com essas coisas, afinal, não havia coisa pior que pudesse acontecer a ela. Ainda sobre efeito do vinho ela riu.

− Se apaixonar? Não pode! – Começou a falar sozinha. − Se apegar? Jamais! Dormir junto? Não pode, não pode, não pode! – Riu sozinha ao lembrar-se da cara do barbudo quando ela pulou fora da cama pegou suas coisas e saiu em disparada. E para ela havia algo de divertido ao causar esse espanto nos homens, Isaac devia ter achado tudo muito fácil, muito simples, mas Natasha era o tipo de mulher bastante escorregadia, podia escapar entre seus dedos sem que ele pudesse fazer algo para impedir, e no final da noite ele acabou ficando na mão.

***trivago***

Isaac se encarou uma última vez no espelho ajeitando o nó da gravata, a frustração latente em suas expressões, após um longo dia ocupado com reuniões de trabalho, ele estava em seu quarto, devidamente arrumado se permitiu lembrar-se da noite passada e da forma como havia sido deixado no vácuo por aquela mulher maluca.

Qual era o tipo de mulher que seduzia um homem, o deixava a beira de um colapso e simplesmente ia embora sem dizer nada? O tipo maluca e isso era bastante claro para ele.

− Uma maluca completa! – Resmungou fechando a porta do quarto, já estava bastante atrasado para seu jantar de negócios.

Esperou impaciente até a chegada do elevador, e foi uma surpresa enorme quando as portas se abriram e a maluca da Natasha entrou com ele. Lado a lado como dois completos estranhos, conter o riso espontâneo que brotou nos lábios de ambos foi impossível. A porta se fechou e tudo o que sucedeu a seguir foi memorável e mágico.

Natasha espalmou as mãos no peito do homem lançando-o contra o painel com brutalidade. Agilmente ela apertou o botão de parada fazendo com que o elevador travasse suas portas.

− O que? – Foi tudo o que ele pode perguntar antes que a maluca o beijasse com urgência, e sem hesitar Isaac correspondeu.

Com agilidade ele girou seus corpos a jogando contra a parede do elevador, sua boca desceu pelo pescoço, língua e dentes, suas mãos agarram a jaqueta de couro dela forçando a saída da mesma, ele não se permitiu olhar o que ela vestia por baixo. Natasha o agarrou pelo cabelo obrigando-o a encara-la e eles se beijaram com força, de um jeito que deveria ser considerado muito obsceno, seus lábios ardiam e seus corpos queimavam. Após alguns segundo ela conseguiu se livrar do blazer que ele usava, agarrando a gravata, ela girou ao seu redor. O sorriso safado que estampava quase o enlouqueceu, ela tocou o painel mais uma vez destravando o elevador.

− Você não vai fugir dessa vez. – Ele a agarrou, enquanto travava o elevador mais uma vez.

− Não? – Ela perguntou em tom irônico.

− Está se divertindo comigo, não é?

− Faz perguntas que já sabe a resposta Isaac, isso não é muito esperto.

− Você está presa em meus braços, acho que sou esperto o bastante, eu estou no controle hoje. – Ele sorriu pra ela em desafio.

− Isso é o que você acha. – Ela ergueu o queixo em desafio a ele.

− Não entendo... – Ele não pode terminar sua frase, pois Natasha puxara sua camiseta com extrema força rasgando-a. Desceu as mãos por seu peitoral deixando arranhões em sua pele, desceu um pouco mais até remover o cinto de couro que prendia a calça e suas mãos firmes invadiram o espaço dentro da calça, arranhou com força as coxas dele e aquilo foi à gota d’agua para que ele perdesse qualquer vestígio de juízo que pudesse ter naquele momento. Ela sussurrou no ouvido dele:

− Quem está no controle agora? – E mordiscou o lóbulo da orelha, fazendo com que ele gemesse baixinho.

Ele a agarrou brutamente imobilizando suas mãos sobre a cabeça, e a atacou como se passasse muitos anos com fome e ela fosse um filé, ora arfava, ora gemia, ele arfou descompassado quando as mãos dela se soltaram dele e imediatamente invadiram sua calça com firmeza. Era pele na pele, e um arrepio que percorria por todo seu corpo. Com a respiração irregular, eles se encararam com intensidade, mas ninguém ousou quebrar o silêncio. As mãos dele percorreram cada curva do corpo dela, a química e a intimidade entre eles era perfeita, e a necessidade que um sentia do outro era palpável no ar.

Estavam prontos para ir em frente, quando uma voz soou pelo ambiente:

“Senhores, pedimos para que fiquem tranquilos, a equipe técnica está avaliando o que houve com o elevador, e estamos fazendo o possível para tira-los daí.”

Encostando a testa um no outro, eles riram. Viram-se obrigados a se recompor e liberarem o elevador.

− Eu vou cancelar minha reunião! – Ele olhou pra ela.

− Te vejo no seu quarto em cinco minutos. – Foi tudo o que ela disse quando ele saiu do elevador e ela permaneceu nele.

− Cinco minutos! – Ele sorriu, parecia loucura pensar algo sobre ela, mas Isaac podia jurar que não iria esquecer aquela maluca tão cedo, talvez jamais conseguisse esquecer. Ele agradeceu ao destino por estarem ali, o mesmo hotel, a mesma experiência, e dois preços diferentes. Isaac queria Natasha, e não queria que fosse apenas por uma noite.