The last of us - Another side escrita por MsMistery


Capítulo 4
Uma sorte azarada.


Notas iniciais do capítulo

Bu! E lá vem eu reaparecendo das cinzas! hahahaha

Sim, demorei isso tudo porque fiquei o periodo de março sem internet (tristeza :/) e se não postei antes foi porque tava editando os que estavam prontos.

Não pretendo demorar mais para postar, porém não garanto nada :v hahaha



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– Quero me juntar aos vagalumes.

Assim que Amanda disse isso, stan e brian começaram a rir, desesperadamente.

– Qual a graça? - Agora ela estava séria, encarando os dois que pareciam estar assistindo a um filme de comédia...

– Você... você... BUAHAHAHAHAHAHAHA ai minha barriga... - implicou brian.

– É que... os vagalumes... vamos dizer assim...

– Ai gente, eu já sei que os vagalumes vivem mudando de esconderijo, mas eu soube que a líder deles está agora a caminho da universidade Eastern Colorado com uma possível cura.

– E quem te disse isso? - perguntou Stan incrédulo.

– Eu ouvi um grupo de vagalumes conversando, na época eu não pude me juntar a eles porque ainda estava na academia militar.

– E como conseguiu sair de lá? - perguntei curiosa.

– Acontece que eu tive que ser paciente, esperar ser mandada à campo, e então fugir.

– Então você é do exercito. - afirmou Stan

– Era. - Colocou a mochila em um dos ombros - Enfim... fui.

– Espera! - Falei novamente, segurando seu braço - De qualquer forma, por mais que saiba pra onde ir, não é provavel que consiga chegar sozinha... Sabe, pelo o que você mesma contou, teve sorte pelo Brian ter aparecido, certo?

– Sim, mas...

– Então... fica conosco, treina mais um pouco com Stan e...

– Mais? - Riu sarcasticamente. - Eu treinei numa academia militar desde que tinha oito anos. Estou mais que pronta. Esse incidente com o Brian aconteceu porque tive a infelicidade de confiar em quem não devia... - Suspirou - mas esse erro não cometo novamente. - Deu as costas - Até mais.

Não sei porque, mas assim que ela botou os pés pra fora daquele apartamento, senti como se tivesse perdido algo de extrema importancia pra mim. Imediatamente dei meia volta e abracei Jake. É um hábito meu, quando me preocupo com algo, ou me sinto mal, eu o abraço.

– Tomara que ela fique bem. - Murmurei pra tentar me tranquilizar.

– Ela vai ficar. - Afirmou Jake me apertando em seu abraço.

– Vai mesmo. - Retrucou Brian - Eu vi como aquela garota luta. Está pronta pro que der e vier... - Fez uma pausa, aparentemente irritado - Realmente, a inocencia e a generosidade não tem sido amiga dos sobreviventes nesse mundo ridículo.

– Não diga isso Brian... É Esse tipo de característica é que nos difere daqueles homens inescrupulosos que te feriram. Temos apenas é que ter um pouco de malícia, pra notar quando a outra pessoa está sendo maliciosa.

– Hm - Murmurou o jovem ferido.

– Então... - disse outra voz que eu desconhecia, me fazendo virar novamente pra porta. - Quem era aquela garota que passou por mim? - olhou pra mim - Quem é essa garota? - olhou pro jake - Quem é esse garoto?

– Quem sou eu? - brincou brian rindo.

– Onde estou? - riu o recém chegado e depois ficou sério ao reparar a faixa em volta da perna do jovem - O que houve com sua perna?

– Um tirozinho, nada demais. - cruzou os braços numa tentativa de pose máscula. - Mas e ae, achou algo de bom, Tyler?

– Se meia garrafa de rum é bom, então sim. - levantou a garrafa. - Ah, e trouxe também um cartão de comida.

– Ah, claro, porque o rum é mais importante que o cartão, né? - Retrucou Brian

– Sempre, meu jovem. - Respondeu o stan, rindo junto do tal tyler.

O Tyler estava na minha faixa de expectativa do que encontraria aqui, parece ter seus quarenta anos, assim que terminou de contar o que aconteceu no seu dia, virou-se pra mim e pro Jake e perguntou novamente:

– Quem são vocês?

– Eu sou Anna, - levantei o braço - e o dorminhoco ali é o jake - apontei pro meu amigo que já estava sentado apoiado na parede enquanto cochilava.

– Não estou dormindo. - retrucou ainda de olho fechado.

Ou parecia cochilar.

– Então... o que fazem aqui?

– Eles estão comigo - afirmou Stan - vão nos levar pra um novo esconderijo.

– Entendo... - abriu a garrafa de rum - Então sejam bem-vindos - sorriu levantando a garrafa.

– UUUFA! - outra pessoa entrou na sala.

– BOOOB! - Tyler levantou indo abraçar o amigo - O que encontrou? Você sempre é o sortudo que encontra ouro em lixão! Diga ae, qual a descoberta da vez?

– Nada. - revirou os olhos.

– Como assim? - perguntou brian

– Perdi o que eu tinha numa corrida pra chegar até aqui. Uns infectados agarraram a minha mochila, tive que me livrar dela.

– Aff cara, que merda, não deu pra salvar nada? - reclamou Brian contrariado.

– Ah claro, queria que eu enfiasse as coisas onde? No cu?

Tentei abafar uma risada com a resposta do tal Bob, mas foi pior do que se eu tivesse gargalhado mesmo. Brian me olhou irritado, atraindo também a atenção do recém chegado pra mim.

– Oi - sorri sem graça.

– Oi, - sorriu - quem é ela? - sussurrou pro tyler me fazendo rir.

– Sou Anna - acenei - prazer.

– Prazer anna, sou Bob. Tenho 35 anos, sou o sortudo da casa. - acenou de volta - ou costumava ser - fez um bico engraçado me fazendo rir novamente.

– E esse carinha dormindo ai? - apontou com a cabeça pra jake.

– Eu não to dormindo... - retrucou de novo

– É o Jake, - ri me sentando ao lado do mesmo, apoiando minha cabeça em seu ombro - Sabe se fingir de morto como ninguém. - Brinquei fazendo ele me olhar de canto de olho.

– ha-ha - voltou a fechar os olhos.

– To começando a achar que vocês são os caras mais azarados do mundo. - ouvi a voz da Amanda soar novamente por toda a casa, fazendo meu coração involuntáriamente falhar uma batida.

Imediatamente me levantei, e vi ela entrando com um cara escorado com o braço em volta de seu pescoço.

– Precisam conversar. - Falou a garota, deixando o homem sentado no chão perto da porta, virando-se pra ir embora novamente.

– Amanda, espera... - fui até ela.

– Já disse que não posso ficar com vocês - se virou me olhando séria.

– Não pedi para ficar. - sorri de lado - Você disse que precisam conversar, acho que momento família não deve ser interrompido, certo? - comentei fazendo-a sorrir junto.

– É sim. E o que eu tenho a ver com isso? - cruzou os braços trocando o peso de uma perna pra outra.

– Ué. Puta educação largar o cara ai e ir embora ne? - perguntei ainda sorrindo de lado. - Vamos, vou ficar com você lá embaixo até eles terminarem de conversar.

– Ta, tanto faz - ela disse se retirando novamente.

– Jake, vamos.

Não obtive resposta...

– Jake? - olhei pra trás.

Ele agora parecia estar dormindo mesmo. Então desci as escadas atrás da garota parando ao lado dela já do lado de fora do prédio.

– Então você falou sério sobre ficar comigo aqui embaixo até eles conversarem?

– Claro. Porque não?

– É porque não vejo motivo pra isso. - olhou pra mim, entortando a boca num meio sorriso.

Meu coração deu um pulo... Pra ser sincera, eu queria ficar mais tempo ao lado dela, mas de que forma isso poderia fazer sentido? Porque nem pra mim faz sentido. Será falta da minha mãe? Ri com meu pensamento e respondi:

– Sinceramente, achei que não ia te ver de novo. Quis aproveitar a oportunidade. - sentei na batente da calçada.

– Oh. - se sentou ao meu lado - Vou ser sincera... - olhou pra mim. - também gostei de te conhecer. - sorriu.

Sorri. Não disse que tinha gostado de conhecer ela, disse?

– Onde aprendeu a fazer esse tipo de curativo? Digo... foi na academia mesmo?

– Foi... - olhou pra cima - Lá eles te preparam para tudo...

– E porque saiu?

– Porque eu não acredito que nós possamos viver nossa vida fingindo que está tudo bem, que está tudo sob controle, quando não está. - suspirou - Admiro o trabalho deles. Mas acho que não é certo deixar as pessoas da zona vivendo com toque de recolher, sem poder sair da cidade, sem poder fazer comércios ou negócios por conta própria... Por mais que seja por segurança, tira a liberdade das pessoas...

– Por isso quer se juntar aos vagalumes?

– É. Eu acredito que a causa dos vagalumes é importante pras pessoas... Eles não fingem que está tudo bem, eles aceitam a realidade como ela é, e buscam uma solução para tudo.

– Você se refere a tal cura?

– Sim...

– E você acredita?

– Acredito.

Eu estava realmente admirando a sua convicção.

– Mas você disse que também admira o trabalho do exercito... porque?

– Sim. Porque... veja bem: Os vagalumes estão tão focados na busca pela cura, que esquecem da segurança das pessoas. E o exercito está tão focado na segurança das pessoas, que esquecem que tudo pode ser resolvido. Eu acredito que se os dois trabalhassem juntos, tudo daria mais certo.

– Entendo... Então basicamente o tempo que os dois perdem enfrentando um ao outro... seria melhor gasto se ambos se ajudassem?

– Sim. Mas o exercito vê os vagalumes apenas como um bando de anarquistas baderneiros... E os vagalumes guardam um certo rancor dos militares pela eterna perseguição que sofrem.

– Hmm...

– Mas e você?

Fui pega de surpresa pela pergunta, ela queria saber sobre minhas convicções? Pois eu não tenho nenhuma...

– Eu o que?

– O que você acha disso tudo? - me olhou curiosa

– Eu... nunca parei pra pensar. - resolvi ser sincera - Minha vida toda... Foi apenas eu, meu pai, minha mãe e jake no nosso refúgio... Meu pai, somente ele, ia atrás das coisas nescessárias para a nossa sobrevivencia. Eu ficava em casa com minha mãe e Jake, segura. Nunca tive que fazer nada. Nunca tive que me preocupar com nada...

Senti as lágrimas molharem o meu rosto ao lembrar que agora restou apenas eu e Jake... Funguei e continuei a contar minha história.

– Tudo o que eu sei sobre vagalumes, exercito e contrabandistas é o que meu pai me contava. Tudo por alto. Só sabia que o exercito e os vagalumes viviam em conflito e que os contrabandistas são as pessoas que vivem por contra própria... Não tomando partido em nada disso...

– Então se você está aqui fora agora...

– Meus pais morreram. - Sorri tristemente. Abraçando minhas pernas apoiando meu queixo entre os joelhos. - Agora eu e o Jake vivemos sozinhos.

– Me desculpe... - Colocou uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha - Não imaginei que...

– Tranquilo - funguei novamente - Bom. Ao menos meu pai preparou eu e o Jake o suficiente pro caso de precisarmos sair do refúgio algum dia...

– Hmm... então quer dizer que você também sabe como manusear uma arma ao menos. - sorriu - já está salva.

Sorri com a tentativa dela de me fazer sentir melhor

– Meu pai era incrível. TI formado em gestão empresarial. Conseguiu fazer da pequena empresa dele um refúgio. Acho que posso me considerar sortuda por nunca ter que enfrentar nenhum infectado ou manusear uma arma até meus 14 anos.

– O que é que seu pai fazia?

– Bom, ele criou um software de armazenamento de dados, ai outras empresas usavam esse programa pra organizar listas e materiais com rapidez.

– Dessa sua frase toda só entendi que ele criou alguma parada pra outras empresas se organizarem. Não faço a mínima ideia do que seja software.

– Meu pai me ensinou tudo o que ele sabia. Não só sobre sobrevivencia, mas também sobre montagem de computadores... sistemas operacionais... criação de softwares... cabeamento... rede de dados... essas coisas.

– Uau... não entendi nada de novo. - ri com o seu comentário - Seu pai era era incrivel mesmo hein?

– Sim. - sorri - Ele me deixou uma bela herança, pra compensar a saudade. - Tentei brincar com o assunto antes que começasse a chorar de novo.

– Herança?

– Digamos que eu ainda tenho um notebook funcinando lá em casa e 4 servidores em perfeito estado.

– Nossa... mas... como? Digo, você com certeza nasceu já nessa era... Tudo referente a tecnologia... é bem escasso sabe?

– Como ja disse, o nosso refúgio era uma mini empresa do meu pai. Lá, tinha uma sala com 5 computadores e 4 servidores. Onde ele trabalhava com esses amigos na produção de softwares etc e tal... ai quando tudo aconteceu. Ficou um computador pra cada trabalhador do meu pai. E nós ficamos com o notebook e os servidores. Mas os servidores ficam à salvo em uma cabine que nunca abrimos.

– E o que tem nesses servidores?

– Bom, nos servidores, tem apenas uns dados de uns projetos do meu pai e outras coisas... Nunca acessei o conteúdo de todos os quatro. Mas deve ser tudo referente a trabalho. O melhor mesmo ta no hd do notebook, tem filmes, músicas, histórias, e até mesmo uns 2 jogos que meu pai tinha instalado antes de começar o caos.

– Que incrivel! - ela parecia empolgada - Então basicamente tudo o que existia antes dessa nossa era está a salvo nesse seu notebook?

– Bom... quase tudo. Meu pai tentou resgatar o maximo possivel, mas sabe, era muita coisa. Um século de história. Ele recuperou apenas à partir de 1960. Ele disse pra mim algo como... "a música e história dos beatles não pode nunca deixar de existir"

– E o quem são os beatles?

– Era uma banda muito famosa, que marcou varias gerações com sua música. Mas parece que somente quem viveu antes desse caos os conhece.

– Entendi. Você... Então é como se... Como se você fosse daquela era. Você tem o conhecimento de coisas que eu jamais ouvi falar... Tipo, eu não faço ideia do que seja sistema operacional ou softwares ou rede de dados. Até mesmo filmes, eu sei o que é mas... Nunca tive oportunidade de ver um.

– É divertido - sorri vendo o brilho nos olhos dela ao me ouvir falar sobre as coisas que pra ela é novidade. Coisas que eu me surpreendi ela nunca ter acesso. Achei que, assim como meu pai, as pessoas iriam manter um pouco do que restou de bom no mundo.

Passei boa parte do tempo perguntando o que ela fazia pra se divertir, o que ela conhecia da geração passada, assim como contei minha história ela me contou a dela.

– Eu creci sem nem conhecer os meus pais. Assim como maior parte dos jovens que nasceram no mundo atual. Cresci num orfanato na cidade-zona protegida pelo exercito, e com 8 anos fui mandada pra academia militar. Lá, passei o meu tempo me dedicando ao máximo no que me era ensinado. Me destacava em tudo o que fazia e era a favorita do diretor. Não pensava em escapar. Achava que o exército era a salvação do povo. E convicta disso, treinava dia após dia para servir com êxito. Foi quando conheci Riley. A encrenqueira da academia. De primeira, fomos como água e óleo. Suas convicções eram totalmente contrárias às minhas. Enquanto Riley acreditava na salvação através dos vagalumes, eu pensava neles como revolucionários radicais. Mas no fim, depois de muita briga e desentendimento, tivemos um momento de paz onde discutimos feito adultas o sentido da vida.

– O sentido da vida? - gargalhei.

– É ué. - riu junto - Ela era baderneira, encrenqueira, mas no fim das contas, sabia o que significava servir aos vagalumes. E conseguiu me convencer de que era uma coisa boa.

– hmm. Então... essa tal Riley...

– Fugiu.

– Oi?

– Ela estava prestes a fazer 16 anos, idade em que nos tormamos soldados do exercito. Se ela ainda estivesse na academia, com essa idade ela teria que se tornar oficialmente uma caçadora de vagalumes.

– Oh...

– Ai ela fugiu. E com a fuga dela as rotas à noite ficaram ainda mais rigorosas. Os soldados não davam um mole sequer. Então eu oficialmente perdi minha oportunidade de cair fora também.

– Entendi.

– Mas agora estou aqui. Indo atrás da tal Marlene.

– Para tudo, não era Riley?

– hahaha não, Riley é a garota que fugiu. Marlene é a lider dos vagalumes.

– Então explique-se mulher! - cruzei os braços fazendo bico - fica botando um monte de nome na história, assim me complica.

Ela gargalhou, uma risada contagiante.

– Sabe...

Fui interrompida por um barulho de tiro.

– O que será que aconteceu? - ela perguntou e se levantou rapidamente estendendo a mão pra que eu pudesse levantar junto...

– Não sei... - levantei-me com a ajuda dela e então corremos em direção ao apartamento em que se encontravam os sortudos.

Assim que chegamos, vimos um corpo caído na entrada da sala.

– JAKE! - Gritei desesperada...


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Notas finais do capítulo

JAKE!!! D:

O que será que houve?

Próximo cap. vocês saberão :v muahahahaha

Ah, ai está a explicação que prometi sobre o notebook deles. Sim, a missão dela está ligada a essa herança. Um desafio pessoal, que vocês estão prestes a descobrir mais sobre.

Até mais pessoas. :3



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