31 Dias de Dezembro escrita por jessy-cullen


Capítulo 5
4º Dia de Dezembro


Notas iniciais do capítulo

Oláaa!!! Me atrasei dois dias, mais estou aqui como prometido. Então boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/593093/chapter/5

Quarto Capitulo: 4º dia de dezembro.

Os amigos têm tudo em comum, e a amizade é a igualdade.

Primeiro sábado de dezembro e já podíamos notar a movimentação da grande Nova York, morar em um prédio tinha suas vantagens era realmente lindo olhar a cidade do alto. Podia se ver tudo, os enormes prédios, os letreiros mais chamativos e as pessoas andando tranquilamente pelas ruas, parecia que a maioria havia decidido sair de suas casas e aproveitar o dia já que o tempo estava bom, ou então menos frio.

Agora parada na sacada de meu quarto minha mente vagava para esses dois últimos dias na empresa que foram um tanto estranhos, fui de invisível para totalmente exposta. E ainda sentia a tensão que se instalou entre Edward e eu na conversa de ontem.

– Cadê meu almoço Bella? – perguntou Jake me tirando de meus devaneios – Estou com fome sabia?

– Hoje é seu dia espertinho, comida por sua conta esqueceu? – perguntei me virando para ele que já estava atrás de mim.

– Não esqueci, só estava te testando. – falou sorridente.

– Parece que nossa vida gira em torno de comida.

– Como se tivéssemos outra coisa para fazer a não ser comer. – deu de ombros sentando na minha cama.

– Pois devíamos. – disse – Assim você ficará gordo.

– Impossível. – declarou ele. – E não vamos almoçar aqui, vamos ao Central Park e podemos almoçar em um restaurante, topa?

– Tudo isso para fugir do fogão?

– É por minha conta. – me ignorou.

– Topo. – respondi rapidamente – Mas quero ter direito a sorvete. – foi minha única exigência.

– Nesse frio? – perguntou desacreditado.

– Sim. – respondi

– Te espero na sala. – disse saindo do quarto – Dez minutos Bells caso contrario não tem sorvete.

– Esta falando sério? – perguntei e ele se virou para mim.

– Estou – respondo

– Chantagem barata Jacob. – resmunguei depois que ele saiu.

Me vesti rapidamente passando uma maquiagem leve e depois de uma ultima olhada no espelho sai do quarto encontrando com Jake na cozinha.

– Você não para de comer nunca? – perguntei tirando o bolinho de sua mão. - Não acha que já passou dessa fase faz tempo?

– Não. – respondeu – Ainda sinto muita fome, não devo ter concluído – continuou ele enquanto pegava a chave de seu carro.

– Você é um bobo Jacob.

– Sou lindo isso sim. – respondeu ele convencido. – Vamos agora que temos um longo dia.

– Vamos antes que a modéstia tome conta de você. – falei e o vi revirar os olhos.

Saímos os dois juntos do prédio e acabamos por decidir ir ao Centrar Park andando para aproveitarmos o dia. Era incrível como o clima natalino estava nas ruas, as crianças corriam de loja em lojas com seus pais, haviam homens vestidos de Papai Noel nas esquinas e eles davam atenção e escutavam os pedidos das crianças, as ruas já estavam enfeitadas e podia se ver os enfeites na maioria janelas dos prédios.

Diferente do Brasil nesta época do ano tinha certo choque de cultura, ao mesmo tempo que era igual. Mas com toda a certeza Nova York levava a serio qualquer data festiva do ano.

– O que acha de eu ser o papai Noel esse ano? – perguntou Jake enquanto andávamos lado a lado.

– Não acho que seja uma boa ideia. – respondi olhando para sua cara de desapontado – O papai Noel é gordo e branco, você é moreno Jake e magro.

–Isso foi um elogio? – perguntou

–Claro. – respondi

– Acaba de admitir que sou bonito o bastante para fazer o papai Noel. – deu de ombros

– Você é impossível menino. – dei um leve tapa em seu braço. – Quer fazer o papai Noel porque?

– Isso é divertido, quero experimentar descer pela chaminé. – respondeu

– Sério? – perguntei desacreditada.

– Claro que não. – respondeu balançando a cabeça. – Estou apenas brincando.

– Que bom, porque realmente não gosto da ideia de mentir para as crianças sobre um velhinho que passa de trenó trazendo presentes.

– Perde um pouco o sentido do natal.

– Exatamente. – concordei – Comemoramos o nascimento de Jesus, as pessoas deviam falar mais dEle.

– E não encher a cabeça das crianças de mentiras.

– Os pais mesmo tiram o mérito deles, gastam dinheiro para depois falar que quem presenteia seus filhos são o papai noel.

– Muito engraçado isso.

– Sente falta disso no Brasil? – perguntei.

– Sinto falta de muitas coisas no Brasil, talvez essa época seja a que mais sinto falta, era sempre diferente lá, com muitas pessoas e a família toda reunida.

– Sinto falta disso também, quanto mais pessoas reunidas melhor. – falei me lembrando de nossos natais.

– Exatamente. Estava pensando em voltar para lá e fazer uma visita, passar alguns dias e rever todo mundo. – comentou pensativo, chutando uma pedrinha no caminho.

– Se esperar ate as minhas férias posso ir com você. – me animei com a possibilidade de ir também.

– Se é que um dia você irá ter folga não é mesmo? – riu ele – Agora que minha amiga esta como a faz tudo de um homem bem famoso, fico impressionada que ela tenha tempo para caminhar pelas ruas de Nova York em pleno sábado.

– Não sou uma faz tudo, tenho um cargo lá sabia?

– Que pelo o que sei não esta muito a fim de deixar. – concluiu, deixando suspenso algo no ar.

Ainda não tinha conversado com ninguém sobre aquilo, faltava mais um semestre da faculdade e não estava pensando em seguir na área administrativa, comecei a gostar do que fazia na Lanvin, a moda havia me atraído bem mais do que pensei que fosse possível.

Ainda não havia participado de muitos desfiles e nem organizado um sozinha, mas havia ficado fascinada com isso, e nem mesmo Jacob sabia, bom... não ate ele comentar sobre isso agora.

– E como sabe que penso isso? – perguntei.

– Fala sério Bella. Se alguém ligar para você agora ir a algum desfile ou participar de uma recepção você aceita sem pensar duas vezes, e não vai reclamando. – explicou – Posso ver que gosta.

– Pensei que teria este tipo de conversa depois da faculdade. – admiti.

Chegamos ao Central Park e fomos direto para um dos bancos que ficava no começo do parque e sentamos ali.

– Não fui eu que trouxe o assunto a tona. – se defendeu – Pelo menos não tecnicamente.

– Poderia ser promovida para a parte administrativa uma vez que já estou ali dentro. – resolvi ser sincera. – Mas não tenho certeza que seja o que quero fazer. Gosto do que faço.

– Você deveria ter feito algo com eventos.

– Começo a pensar o mesmo. – ri – Ajudei em alguns e fiquei impressionada. Só não sei o que minha mãe vai achar disso tudo.

– Tenho certeza que ela irá apoiar qualquer decisão que tomar Bella. Não é como se você não tivesse nenhuma faculdade.

– De qualquer forma meu contrato é de mais seis meses.

– Você tem tempo para pensar sobre isso ainda.

– Qualquer coisa tento emprego na Chanel. – ri – Ang disse que estava prestes a pedir um emprego lá caso fosse demitida.

– Você seria contratada na mesma hora. – ele falou rindo. – Se não me engano vocês são concorrentes deles não é mesmo? – balancei a cabeça afirmando – Você seria ouro nas mãos deles, uma agente dupla infiltrada na cede.

– Estou começando a achar que esta assistindo muito Intellince.

– Na verdade a serie acabou. – disse – Cancelaram uma ótima série por sinal.

Esquecemos esse assunto e acabamos entrando em outro, era muito fácil manter uma conversa com ele, duvidava que existisse alguém que me conhecesse tão bem.

Se tinha algo que não havíamos perdido durante os anos eram esse momentos tranquilos que tirávamos para não fazer nada e ao mesmo tempo fazer tudo. Com o tempo foi diminuindo mas não sumido por completo, lembrava do tempo que éramos mais novos, na época da escola, onde não desgrudávamos por um segundo, tudo que fazíamos era juntos e isso gerou em nós certa cumplicidade e companheirismo. Era uma amizade que o tempo não diminuía e não se devia apenas por convivermos todos os dias na mesma casa, era algo além disso.

– Jake ? - chamei

– Fala Bells. - disse

– Eu tenho visto que você não tem aberto as cartas.

– Perceptiva. - disse e não fez questão de continuar com o assunto.

– Não vêm com essa. - insiti - Você sabe que pode conversar comigo sobre isso.

– Não quero "falar" disso. - fez aspas

– Mas precisamos. Jake, ela é sua mãe.

– Uma mãe que não esteve nem ai para seu proprio filho. - emendou - E que agora depois de anos resolve aparecer.

– Se ela pareceu é porque tem alguma coisa a dizer.

– Já estou criado! Não faz diferencia o que ela quer falar comigo.

– Claro que faz Jake, ela quer correr atrás do prejuízo. - argumentei.

– Você não sabe se ela quer isso. - apontou chateado

– Nem mesmo você. - retuquei

Era muito dificil colocar algo na cabeça de Jake, ele era tão cabeça dura e raramente me escutava, antes ele fazia questão de retrucar comigo. E quando o assunto era a mãe dele que o abandonou quando tinha cinco anos ele conseguia ser ainda mais.

– Se quiser pode abrir as cartas. - deu de ombros - Não ligo. Sei que você esta curiosa para ver o que ela escreveu.

– Não estou não- me defendi.

Jacob olhou para minha cara e levantou uma das sobrancelhas, tentei encarar ele sem demostrar nada, mas falhei inutilmente.

– OK, eu estou curiosa. - cedi miseravelmente - Mas não me dá o direito de abrir.

– Eu estou permitindo.

– Mesmo assim.

– Bells, eu não vou abrir. - falou decido, com aquela expressão séria no rosto, que nem mesmo eu com todos os meus joguinhos poderia faze-lo mudar de ideia iria funcionar.

Enceramos a conversa naquele momento, não conseguiria mudar a ideia de Jake, e também tentava decidir se eu abriria ou não as cartas. Realmente a curiosidade era minha pior inimiga e ele ter deixado, só fazia a tentação ser maior, mas não achava certo eu me envolver dessa forma.

Jacob não ficou chateado por ter entrado nessa conversa, apesar de ser um assunto muito delicado, ele mais parecia estar em um outro mundo, pensando em coisas diferentes.

Resolvi deixar de lado e não ser curiosa e perguntar, uma hora ele compartilharia comigo, como nós dois sempre fazíamos um com o outro.

Olhei ao redor e fiquei maravilhada com a paisagem, sempre vinha aqui mais a cada estação era um choque, o parque mudava drasticamente em cada uma delas. No inverno deixando as coisas bem diferentes, arvores sem nenhuma planta verde, mais com os troncos e galhos expostos em um tom melancólico, mais ainda assim bonito. Quando começasse a nevar o paisagem mudaria por completo novamente, era de tirar o folego.

– Já pensou em ter filhos? – Jake perguntou de repente.

Olhei para o lado um pouco surpresa com sua pergunta e ele olhava em outra direção perdido em pensamentos. Não consegui saber se era nisso que Jacob estava pensando antes.

Pensei um pouco antes de responder, nunca tinha parado para pensar se um dia eu iria querer ter filhos, era uma coisa que eu realmente nunca tinha parado para fazer

– Nunca pensei nisso. – respondi olhando na direção em que ele olhava, onde havia algumas crianças correndo e brincando.

– Sério? – perguntou me olhando de canto.

– Sim, eu nunca pensei. – respondi sinceramente. – E você já pensou?

– Muitas vezes. – respondeu – Eu quero ter filhos, uns cinco no mínimo.

– Só cinco? – ironizei

Fiquei imaginando Jake casado com cinco filhos pequenos correndo pela casa e parecidíssimos com ele, era um tanto engraçado.

– Só para começar. – brincou.

– Uau, você terá que deixar bem claro isso para sua mulher antes de casar. – comentei sinceramente.

– Não Bells. – disse me corrigindo – Corro o risco de acabar com o casamento.

Olhei para Jake para ver se ele estava brincando, mas não, ele estava sério e eu tive que me segurar para não rir.

– Boa sorte para você. – falei

Jake me empurrou de leve e riu me puxando para perto dele encostando minha cabeça em seu peito. Ficamos ali apreciando a vista do parque por algum tempo, as vezes comentando alguma coisa ou só apreciando o silêncio.

Eu adorava momentos assim com Jake, isso me fazia lembrar dos velhos tempos, quando era fácil ter momentos tranquilos e nossas vidas não eram tão corridas e cheias de responsabilidade.

– Vamos almoçar? Estou morrendo de fome. – resmungou Jake.

– Vamos. – respondi me levantando e ele em seguida. – Também estou morrendo de fome.

Saímos do Cental Park e caminhamos pelas ruas movimentadas de Nova York, eu constantemente desviava das pessoas que entravam no meu caminho e outras vezes Jake me puxava evitando que eu colidisse com alguém, ele gostava de deixar claro o quanto eu sou desastrada, mas a verdade é que a palavra certa é desatenta.

Depois de andarmos uns 20 minutos eu já estava me perguntando para onde Jake queria me levar para almoçar, pelos anos que o conheço eu sabia exatamente que ele optaria por um restaurante perto ainda mais se estivesse mesmo com muita fome.

– Jacob para onde estamos indo? – decidi perguntar.

– A um restaurante? – soou uma pergunta.

– Sério que é um restaurante Jacob? – falei sarcasticamente revirando os olhos. – Reformulando a pergunta então, para que restaurante estamos indo?

– Um restaurante que eu vim com meu pai semana passada. – respondeu – Tudo bem que é um pouco sofisticado de mais para o meu gosto...

– Para tudo. – falei espantada – Sofisticado? Desde quando você vai nesses restaurantes? – continuei rindo.

– Tem o melhor sorvete. – cantarolou sorrindo grandemente.

– Sério? – perguntei animada.

– Sério ou você acha que eu estaria indo para esse restaurante por mim? – perguntou um pouco desapontado.

– Ah Jake. – falei emocionada. – Você é um fofo.

– Quantas vezes tenho que te falar para nunca chamar um homem de fofo? – falou com indignação.

– Ok, você é o um ótimo amigo. – refis a frase pulando inesperadamente em suas costas.

Jake me segurou sem nenhum esforço mesmo que tenha sido pego de surpresa.

– E você é uma folgada. – falou rindo.

– Só estou abusando da grande força do meu melhor amigo. – dei de ombros.

– Agora esta cheio de elogios. – respondeu continuando a andar comigo em suas costas.

– Sempre. – dei um beijo em sua bochecha do melhor jeito que consegui pela minha posição.

Jake continuou andando sem reclamar por estar me carregando ate chegarmos no tal restaurante e não tinha como negar, só a aparência do mesmo não deixava duvidas de que era sofisticado e muito bem frequentado.

– Uau Jake. – falei enquanto parávamos na frente do restaurante. – Esta virando um mauricinho?

– Fala alguma coisa e te deixo cair. – retrucou ele e eu gargalhei.

Jake tentou parecer sério mais acabou rindo também e me pós no chão com cuidado e entramos juntos no restaurante onde a mulher da recepção nos mostrou uma mesa na parte do fundo do restaurante.

– Mandarei um garçom para vir servi-los. – ela disse antes de sair.

– Só gente esquisita nesse lugar. – Jake falou analisando o local não respondendo a mulher.

Olhei em volta acompanhando ele e cheguei a abrir minha boca para fazer um comentário quando meus olhos focaram aquele olhar frio e arrogante a duas mesas depois da nossa.

Nossos olhares se cruzaram por uns segundos antes de eu desvia-los rapidamente, a uma mesa de mim estava Edward e Karoline e ele me encarava com o mesmo olhar frio de sempre, talvez ainda mais frio e arrogante.

– Viu fantasma foi? – perguntou Jake olhando para trás para ver quem eu estava olhando.

– Não olha para trás. – murmurei entre dentes.

– Porque? – perguntou confuso.

– Edward esta aqui com a filha. – respondi sem olhar além do Jake.

– Seu patrão? – perguntou desacreditado– Vou ter uma palavrinha com ele agora mesmo. – fez menção de levantar.

Meu coração falhou uma batida ao ouvir Jake e ver seu movimento, de tudo que eu não precisava agora era de uma briga.

– Não. – falei um pouco mais alto desesperada chamando atenção de algumas pessoas.

– Calma estava brincando Bells. – riu ele.

Soltei o ar que ate então não havia percebido que estava segurando.

– Não brinque com isso. – falei cruzando os braços sobre a mesa.

– Já escolheram o que vão pedir? – perguntou o garçom ao meu lado cortando a conversa.

Olhei para onde Edward estava e o vi conversando com a filha, mas aliviada peguei o cardápio e escolhi o primeiro prato que vi e nem escutei o pedido de Jacob.

Tentei me concentrar em não olhar além de Jake porque inconsequentemente onde eu estava sentada tinha uma vista privilegiada de sua ilustre presença, se fosse qualquer pessoa eu poderia me considerar uma pessoa de sorte porque Edward tinha uma beleza que poderia ser apreciada, porém sua frieza afastava qualquer tipo de pessoa.

– Bells tem alguma ideia para minha próxima peça? As crianças querem algo novo e mágico. – disse ele fazendo uma careta e aspas nas palavra “magico”.

– Novo e mágico? – perguntei pensativa - Elas cansaram da ação superelaborada de Jacob Black?

– Engraçadinha você. – riu sem humor.

– Que tal Romeu e Julieta? – perguntei imaginando as crianças fazendo a peça. Realmente seria lindo.

– Uma coisa nova e mágica, que parte você não entendeu? – perguntou de braços cruzado.

– Não fica bravinho Jake, Romeu e Julieta é lindo, a história tem potencial. – expliquei – Mas se quer algo novo porque não tenta Alice no país das Maravilhas? Deixa aqueles efeitos azuis com fumaça e o gatinho, as falas podem ser engraçadas...

– Bella eu simplesmente te amo, essa sim é uma ótima ideia. – falou animado - É nova e mágica certo? – perguntou na duvida.

– O gato flutua e desaparece então é mágico. – dei de ombros.

– Aposto que os meninos não iram gostar dessa ideia. – falou pensativo.

– Você pode fazer algum tipo de guerreiro para lutar contra a Alice, sei lá Jake criatividade em você não falta. – falei dando de ombros.

– Uau, acho que você exerce a profissão errada. – brincou enquanto o garçom colocava nossos pratos sobre a mesa.

– Que engraçadinho você.

Começamos a almoçar e conversar amenidades, rimos a maior parte do tempo, e sempre que achava conveniente olhava para onde Edward e sua filha estavam e nossos olhares se cruzaram umas três vezes e nessas vezes ele ainda se mantia frio, na quarta vez quem me viu foi Karoline que estava de costas para mim, nossos olhos se cruzaram e nós duas sorrimos uma para outra e desviei o olhar por precaução.

Decidida a não olhar mais porque isso estava começando a virar perseguição levei um susto quando vi Karl ao lado na minha mesa.

– Oi Bella! – falou ela timidamente.

– Oi Karl – falei quando me recuperei. – Cadê meu beijinho? – perguntei fazendo biquinho.

Karl riu e me deu um beijinho na bochecha timidamente mexendo nas mãoszinhas.

– Karl esse aqui é o Jake. – apresentei – Jake essa a Karoline.

– Prazer.- falou Jake sorrindo e ela apenas sorriu.

– Almoçando com seu pai hoje? – decidi perguntar.

– É, mas não conta pra ele. – falou – Eu não gostei desse restaurante.

– Claro – falei, e Jake segurou uma risada - Mas porque não gostou?

– É muito chato, e essas comidas são estranhas. – respondeu ela fazendo uma caretinha engraçada.

– Olha Karol tenho que concordar com você. – Jake disse rindo.

– O soverte é o melhor. – comentou

– Não falei? – Jake gritou chamando a atenção do restaurante. - Ate mesmo Karol sabe disso.

– Menos Jake. – falei envergonhada sem olhar para as pessoas que tinha certeza que nos encravam – Eu já entendi que aqui tem o melhor sorvete.

– Mas papai disse que eu não posso tomar. – comentou ela

– Verdade, você estava doente há dois dias a trás. – expliquei – Terá que ficar para próxima.

– Foi o que papai disse. – falou com um biquinho de desapontamento. – Vou voltar para minha mesa para o papai não ficar bravo.

– Então tcha. – falei e dei um beijinho em sua bochecha.

– Foi um prazer conhecer você pequena. – Jake falou.

– Tchau. – falou antes de se virar e voltar para sua mesa.

Ela se sentou em sua mesa e Edward e eu trocamos um breve olhar.

– A filha é o posto do pai pelo o que eu pude ver. – comentou Jake

– Oposto? Ela não parece ser filha dele. – falei tomando um gole de suco despreocupadamente.

Arrisquei uma olhada para a mesa a minha frente e nenhum dos dois me olhavam, Edward ajudava a filha com alguma coisa em seu prato e vendo tal cena passei a observar melhor sua atitude.

– Posso pedir o sorvete? – perguntou com uma sobrancelha levantada.

– Quero de morango. – respondi

Jake pediu os sorvete e não demoram para trazer, apesar do frio que fazia não tinha sobremesa melhor para se comer e tinha que concorda com Jake e Karl, esse era o melhor sorvete que eu já havia tomando.

– Pensativa de mais. – comentou Jake

– Talvez. – respondi lambendo a colher.

Quando ia abrir a boca para comentar Jake me surpreendeu sujando meu nariz com sorvete.

– Eu.não.acredito – falei pausadamente deixando o sorvete de lado.

–Não acredita? – perguntou com um sorriso travesso no rosto, e eu apenas balancei a cabeça concordando. – E agora? – perguntou colocando um dedo no sorvete e passando na minha bochecha.

Abrir a boca em um grande “O” de surpresa e ele gargalhou altamente provavelmente atraindo a atenção das pessoas, mas dessa vez não liguei e aproveitei que ele estava distraído sujei meu dedo de sorvete e sujei sua bochecha. No mesmo instante ele parou de rir e me olhou surpreso.

– Gostou? – perguntei

– Com certeza não. – respondeu sujando outro lado da minha bochecha.

– Jake! – o repreendi surpresa.

– Gostou? – perguntou cruzando os braços com um sorriso.

– Como é que você disse? ... Com certeza não. – falei agora sujando o seu nariz.

No mesmo instante em que o sujei de sorvete me arrependi porque ele me sujou mais ainda e ele estava sobre vantagem, ele era mais forte que eu e estava segurando minhas mãos. Tentava me soltar de todo jeito mais ele não me soltava e nem se quer se mexia, apenas ria de meu esforço em vão.

– Jake não é justo. – protestei ainda tentando me soltar.

Ele fingiu que não me ouviu e continuou me segurando, depois de tanto esforço em vão desisti.

– Ah desistiu? – perguntou sorrindo grandemente.

– Mais ou menos isso. – não dei o braço a torcer.

– Parece que eu ganhei e não é só eu que acho isso vamos combinar. – falou se aproximando de mim.

Demorei um pouco para entender do que ele estava falando e quando me dei conta olhei ao redor e todos nos olhavam sorrindo, podia jurar que meu rosto estava vermelho de vergonha.

– Jacob seu idiota. – puxei minhas mãos com força e ele me soltou.

Peguei o guardanapo que estava sobre a mesa e comecei a me limpar querendo sumir daquele restaurante.

– Vamos embora? – perguntei

– Agora que eu estava me divertindo.

– Jacob Blak. – falei seria.

– Ainda esta sujo aqui. – apontou para minha bochecha sorrindo.

– Seu idiota. – joguei o guardanapo nele limpando minha bochecha com a mão.

Ele deu uma gargalhada alta e eu não pude deixar de rir com ele, Jake era um caso perdido uma criança definitivamente, chamar a tenção de todos no restaurante não estava na minha lista de coisas para se fazer em um sábado.

– Aos velhos tempo Bells. – falou levantando seu copo de água.

– Ainda morro de vergonha com você. – falei balançando a cabeça negativamente e levantei o meu também.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu amoooooo esse Jacob Black!!! Amo mesmo, são fofinhos juntos!!! Bom só mais um capitulo, onde iremos introduzir a mãe de Bella e a história pode começar hihi Vejo vocês nos comentarios!!.