A Filha do Lobo - Krumione escrita por Filha de Hermes
Notas iniciais do capítulo
Para quem está acompanhando aqui está.
POV Hermione...
Minha cabeça parecia que ia explodir, dessa vez não era nenhuma “gripe”, mas sim eu que não conseguia digerir o que tinha ouvido ontem a noite, sabe quando tudo aquilo que você é acaba, que nada mais faz sentido? Era assim que eu me sentia.
Eu estava a quatro horas jogando a mesma bolinha para cima e apegando novamente, meus olhos estavam inchados pelo choro, meu cabelo com certeza estava igual a um ninho de rato, olhei para porta quando ouvi algumas batidas. Estiquei o braço girando maçaneta, meu pai me encarava com uma sobrancelha arqueada.
_ Já acordada? – ele estava surpreso, era raro os dias nas férias em que eu acordava antes das nove.
_ Tinha muita coisa na cabeça. – ele parecia me questionar com o olhar – Não é nada pap... só ansiosa para voltar para a escola. – não consegui o chamar de pai novamente, ele mentiu para mim este tempo todo.
_ Sua mãe e eu queremos falar com você, então se quiser pode se trocar e descer pra tomar café, depois conversamos. – só concordei com a cabeça, ele saiu e eu levantei indo me trocar.
Penteei meu cabelo e o prendi em coque frouxo, vesti uma regata vermelha com o símbolo da Grifinória com um moletom meio velho, passei pela sala e minha estava sentada na poltrona de cabeça baixa, segui para a cozinha comi devagar já sabendo o que eles queriam falar.
Sentei-me no sofá de frente para os dois, minha mãe andava de um lado para o outro e meu pai estava sentado na poltrona parecendo aflito as mãos juntas e o olhar concentrado em algum ponto no tapete.
_ Eu não sei como contar isto a você Hermione. – minha mãe parou e me encarou séria.
_ Usando palavras talvez? – eu estava de saco cheio com aquilo.
_ HERMIONE. – meu pai gritou bravo.
_ Que foi? Disse alguma coisa errada por acaso?
_ Isso é jeito de falar com sua mãe? Não foi essa educação que eu te dei. – ele me reprendia enquanto abraçava minha mãe pela cintura, ela chorava baixinho no ombro dele.
_ E agora vem tentando me passar sermão. – disse pra mim mesma – Eu já sei tá legal. Sei que você não é meu pai biológico e que vocês mentiram pra mim a vida inteira.
_ Como você descobriu? – minha mãe me perguntou ainda surpresa.
_ A sala não é o melhor lugar para discutir algo deste nível.
_ O quanto você sabe? – assim que meu pai perguntou os dois se sentaram juntos na poltrona.
_ Meu pai biológico é um bruxo e lobisomem, vocês me davam uma poção fingindo ser remédio durante as semanas de lua cheia, em dois meses vou virar um bicho peludo pela primeira vez, mas a questão é quem é o meu pai biológico e como você se conheceram? – mamãe respirou fundo antes de me responder.
_ Meu pai, seu avô, era dono de uma fazenda no sul da França, um aras, precisava de gente para trabalhar pois a época de competição já estava chegando e boa parte dos cavalos para hipismo precisava de treino, ele não tinha onde morar e estava procurando emprego na cidade quando meu pai foi assaltado, mas ele correu a trás do ladrão e recuperou a carteira, no dia seguinte ele foi trabalhar, dizia que ia ficar por apenas 3 semanas, mas ficou 3 meses, sempre sumia nas noites de lua cheia, eu me encantei por ele e acabou acontecendo, dois meses depois quando ele já tinha ido embora eu descobri que estava grávida, meu pai me expulsou de casa e John que era meu amigo na época me ajudou. – ela parecia perdida em lembranças quando meu pai continuou.
_ Eu tinha conseguido uma bolsa em uma faculdade aqui em Londres, meus pais tinham me dado um apartamento, onde moramos até você nascer, quando eu já tinha um trabalho e uma bom dinheiro guardado no banco compramos essa casa, sua mãe se apaixonou por mim e nos casamos, abri um consultório depois de me formar, o resto você já sabe.
_ Você tinha dois anos quando eu o reencontrei, tinha te levado pra brincar no parque, ele estava passando por lá quando me viu e veio me cumprimentar, só que você veio até mim reclamar de dor de cabeça, seu olhos estavam meio amarelados pela proximidade com a lua cheia e seu tinham eram pequenos caninos, na hora ele descobriu, enquanto você brincava ele me explicava sobre tudo que eu tinha que saber e prometeu que sempre cuidaria da sua proteção no mundo bruxo. – ela ainda não tinha me respondido a questão principal.
_ Quem. É. O. Meu. Pai? – enfatizei cada palavra para ver se ela entendia e me respondia.
_ Remus Lupin. – um balde agua fria caiu sobre mim naquele momento.
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