Consequências do passado escrita por Carolina S Salazar


Capítulo 20
CAPÍTULO 20 – O REENCONTRO


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, voltei depois de séculos com um capítulo novo! Espero q gostem!!!



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Quatro anos. Quatro anos que Hermione Granger trabalhava incansavelmente no Instituto de Proteção aos Bruxos da Suécia. Algo parecido com o Ministério da Magia Inglês, porém na Suécia.

Quatro anos que Hermione não saía desse país lindo, agradável, de população discreta e educada. Durante esse tempo ela não poderia reclamar nenhum pouco de sua vida, posto que ganhava bem para se manter, tinha um trabalho que adorava, e seus poucos pertences eram livros de magia raros e excepcionais que em suas poucas horas vagas se dedicava a ler.

Quatro anos que não fizera novas amizades, apesar de sempre manter contato com Dorín, sua amiga não vivia mais junto com ela. Pelo contrário, agora Dorín morava em Londres e trabalhava no Ministério da Magia junto ao Departamento de Mistérios. Mas isso, é claro, não a impedia de sempre ser procurada por qualquer bruxo ou bruxa de qualquer lugar do mundo que desejasse fazer uma matéria sobre a famosa Hermione Granger.

Quatro anos também que Hermione sentia um vazio inexplicável no peito. Um desejo irracional de saber notícias sempre de Alexsander Malfoy, o mais novo herdeiro Malfoy. Ela se lembrava perfeitamente da primeira notícia que recebeu dele no Profeta Diário. Tinha se mudado a poucos dias para o seu simples apartamento em Estocolmo quando recebeu a coruja do Profeta. Na primeira página e em letras garrafais, dizia: Conheça o novo herdeiro Malfoy! E abaixo a primeira foto que ela viu do filho. Um bebê lindo de olhos castanhos e cabelos da mesma cor, com a inconfundível cor de pele dos Malfoy. Ele estava no colo de Narcisa Malfoy e do lado dela o seu filho, Draco Malfoy.

Quatro anos que ela guardava toda e qualquer manchete de notícia relacionada sobre os Malfoy e principalmente sobre Alexsander. Era a única forma que ela se permitia em saber do filho e em como ele estava crescendo. Todas as outras formas de contato foram abolidas tanto por ela tanto por Draco Malfoy, que na primeira vez que apresentou o filho ao mundo, informou a todos sobre a mãe dele. Hermione já lera tantas vezes tal entrevista que já a decorara, e ela dizia:

Diferente do que muitos podem pensar, meu filho não é fruto de nenhuma obrigação, ou contrato. Não me casei com a mãe dele e até o momento eu só posso dizer que isso é impossível. Ela é uma bruxa mas não vive no país e constantemente está viajando, trabalhando e não pode estar com o filho. Por essa razão, fico cuidando de Alexsander. Quanto ao futuro de nós dois, eu não sei informar a vocês, só sei que cuidarei do meu filho até o meu último dia de vida.

Quatro anos que ela não o via. Porém Hermione conhecia bem demais Draco Malfoy para saber que todas aquelas palavras eram mentiras, enganos que ele volta e meia soltava na mídia para calar os mexericos de que tinha um bastardo. Bastardo, esse era um dos maiores temores de Hermione para com o filho. Ela sabia que se o filho fosse para a adoção e crescesse com os trouxas, sem dúvida não passaria por isso, entretanto, Draco Malfoy se mostrava habilidoso em evitar que as pessoas dissessem isso. Ele construíra uma mentira tão aceitável que a maioria das pessoas no seu país queriam conhecer a misteriosa mãe do mais novo Malfoy.

Há dois anos, ele soltara outra entrevista no Profeta que fez a bruxa decorar cada palavra:

Sei que muitos se perguntam quanto a origem do Alexsander, e isso definitivamente não me incomoda. Eu sei o que aconteceu entre a mãe dele e eu e só posso dizer que foi único. Tanto que não posso me dar ao luxo de casar com outra pessoa. O único que sabe a impossibilidade entre nós é o Alexsander. Eu não mentiria para o meu filho e ele precisa saber tudo que tem de saber sobre a mãe dele.

Quando leu tais palavras Hermione quase teve um acesso de riso, e depois quase um de raiva. Como ele poderia ser tão cara de pau, hipócrita e cínico de dizer a todos que o filho sabia tudo sobre ela? Ela, Hermione sabia que Alexsander não sabia a verdade. Ela tinha certeza que jamais Draco Malfoy e Narcisa Malfoy contariam ao Alexsander, que ela, Hermione Granger, era sua mãe. Mas aquelas palavras impressas no Profeta Diário a perseguiu por um bom tempo.

Aliás, passados esses quatro anos, Hermione aprendeu a conviver com a dor. Era como um martírio, inevitavelmente ela sentia a falta do filho todos os dias, mas a dor vinha como ondas arrebentando no mar, sempre que o aniversário de Alexsander se aproximava, acontecia e depois passava. Esse período era sempre o pior. Ela sabia que ler as manchetes e ver as festas luxuosas que os Malfoy davam na mansão Malfoy só piorava sua situação emocional. Mas a cada ano Draco Malfoy soltava uma notinha avisando que a mãe do Alexsander não aparecia por qualquer viagem alucinante que estava fazendo. Ano passado ela esteve no Cairo, Egito; ajudando alguns bruxos egípcios com as suas criptografias. Ela soube o quanto a imprensa foi devastadora ao procurar pela mãe do herdeiro Malfoy e também sem sucesso, já que na verdade ela não saiu do seu apartamento do centro de Estocolmo.

Esse ano ela não saberia qual desculpa ele daria, ou como seria a festa. Prometera para si mesma parar de se martirizar e começar realmente a seguir a sua própria vida sem a família Malfoy a tiracolo.

E com o intuito de seguir a própria promessa, já que faltava apenas duas semanas para o aniversário do Alexsander, Hermione resolvera guardar todas aquelas reportagens junto a tudo que tinha de Alexsander e ir trabalhar. O trabalho era sua melhor distração. Assim, depois de aparatar direto do seu apartamento para a seção no Instituto, Hermione foi para a sua mesa e começou a trabalhar.

As horas se passaram regulares para ela e no final do expediente, quando estava se arrumando para voltar para casa, um belo rapaz a chamou. Era Erik, um jovem funcionário da mesma seção que ela e que havia algum tempo, sempre a chamava para sair.

— Hermione.

— Oi Erik.

— Oi. Está indo?

— Sim, por hoje já deu.

— Que tal uma cerveja amanteigada? O tempo está muito bom.

Hermione já recebera aquele convite várias vezes, e em todas elas ela negara. Inventava desculpas e se esquivava. Mas daquela vez, pensou na promessa que fizera de manhã e disse:

— Apenas a cerveja amanteigada?

— E talvez alguns amendoins.

— Kkkkkk, ok, Erik. Vamos lá.

— Mesmo?

— Sim, a não ser se mudar de idéia.

— Não, de jeito nenhum.

Foram para o pub bruxo mais conhecido da cidade e ao entrarem viram o quanto estava lotado. Realmente estava um tempo muito bom e os bruxos pareciam se divertir e beber. Acharam uma mesa pequena em um canto, sentaram e Erik pediu duas cervejas amanteigadas.

— Pensei que iria dizer que precisava estudar ou ler algum livro.

— Por um momento eu pensei mesmo em dizer isso.

— Então, fico feliz de não ter dito.

Erik era um bruxo alto, de cabelos pretos e olhos azuis. Um nariz fino e comprido completava seu rosto másculo e viril. Hermione sentia que ele gostava dela, mas depois de tudo que passara com o sexo oposto, ela já não se importava com sedução, ou paquera, não mais.

Eles beberam e conversaram, e essa foi a primeira conversa longa que teve nos últimos quatro anos com outra pessoa sem ser seus pais ou Dorín. Erik conversava sobre várias coisas, era muito inteligente e gostava de alguns livros que Hermione adorava. Mas evitou conversar sobre a família dela, ou seus parentes e até mesmo sobre sua intimidade. E Hermione agradeceu por essa discrição típica dos suecos, era isso que precisava, futilidades, conversa boa e fácil e uma boa cerveja amanteigada.

Depois de mais 5 doses, Erik a acompanhou para casa e se despediram aí. Ao subir para o seu apartamento, Hermione sentiu que podia começar uma amizade com o rapaz, mas não pensaria nisso no momento.

Quando amanheceu Hermione foi acordada com batidas fortes e insistentes na sua porta.

— Por Merlin. Já vai!

Quando abriu a porta, Hermione esperava ver qualquer pessoa, menos Draco Malfoy a sua frente. O bruxo amadurecera depois desses anos todos, o que só o fazia mais bonito do que antes, e aquele olhar de senhor do mundo ainda estava ali. Ele estava todo de preto, com trajes novos e sofisticados. Seu rosto estava inexpressivo e seu corpo rígido, parado como se esperasse uma reação para agir.

Hermione não soube dizer quanto tempo ficou parada ali com a porta aberta vendo Draco Malfoy na sua frente. Era estranho e perturbador que ele estivesse ali, na sua frente, procurando por ela depois de tudo que fez. E foi o ódio que sentia pelo bruxo que a fez dizer:

— Malfoy. O que quer aqui? _ sua voz surpreendentemente saiu fria, mas não um frio comum. Ela havia falado de forma gélida, sem vida. E era exatamente assim que se sentia. Sem vida. Afinal ela perdera muito por conta dela e coisas assim não se esqueciam facilmente.

— Posso entrar, Hermione? _ a voz dele foi uma surpresa para a Morena. Estava controlado até um ponto. Mas ela sentiu um tremor quando ele disse o nome dela, como se o seu nome fosse algo antigo e proibido de se dizer.

Não desejava deixá-lo entrar. Não tinha confiança alguma nele. Mas algo na sua voz, na sua postura, parado ali, tão rígido e ao mesmo tempo com tanto receio de estar ali, a fez se afastar do batente da porta e deixá-lo passar.

Draco Malfoy passou por ela em poucas passadas e em questões de segundo, ela sabia, ele já tinha analisado todo o seu apartamento, observando seus objetos e decorações.

O silêncio era constrangedor. Pesava o ar com tanta energia que emanava dos dois bruxos poderosos, que eram, e que tanto tinham feito um ou outro sofrer. Mas não demorou muito para que Draco falasse o que estava fazendo aqui. Ele se virou para Mione e falou:

— Preciso da sua ajuda, Hermione. O Alexsander, precisa.

Todos os sentidos de Hermione Granger entraram em alerta. Ela já ouvira aquela mesma frase outras vezes. Aliás, depois da gravidez, quando finalmente concluiu seu curso; Hermione começou a estudar tudo o que podia e não podia sobre lembranças. Ela ainda tinha a lembrança forjada de Malfoy e a sua própria lembrança. Estudou as duas tanto que depois de horas e mais horas de estudo, ela descobriu as falhas, descobriu como o bruxo forjou tudo e conseguiu chantageá-la. Quando finalmente soube tudo o que precisava saber sobre lembranças e seu poder de transformar pessoas, jurou para si mesma que jamais acreditaria em alguém novamente, não se não analisasse minuciosamente cada lembrança que qualquer pessoa lhe mostrasse.

Assim a bruxa não respondeu de imediato ao Malfoy, apenas o encarou por um tempo até que resolveu se sentar na cadeira da cozinha. Ela não tinha muitas posses, na verdade vivia com simplicidade e gostava disso. E sabia que o bruxo não queria seus pertences ou dinheiro. Então só restava duas opções: ou ele queria seu cérebro ou seu corpo. E nenhuma das opções estava disponível. Sendo assim, ela respondeu:

— Eu já ouvi isso, Malfoy.

Cinco palavras. Draco contara. Ele sabia que não seria fácil. Mas ele não tinha tempo. Precisava dela, como nunca precisou antes. E ela precisava acreditar nele. Como nunca. Então Draco Malfoy fechou os olhos e respirou fundo. Sabia que ela o observava, que estava atenta a tudo e que não baixaria a guarda nunca. Mas ele estava cansado, exausto e corria contra o tempo, então que se danasse as aparências, precisava da ajuda dela e não sairia dali sem isso. Quando abriu os olhos a viu. Ela o observava, como ele já sabia. Sua expressão era de quem acabara de acordar, mas seus olhos estavam atentos a cada movimento seu e isso o fez se retesar. Não queria brigas, tampouco discussões, por isso preferiu ocultar parte da história. Talvez só o mistério instigasse sua curiosidade. Além do que não era a primeira vez que ele mentia para ela.

— Você é a melhor bruxa desbravante* de Runas Antigas da Europa. Quiçá do mundo. E eu tenho um enigma, e preciso que o desvende para mim.

— Um enigma? _ disse Hermione e sua voz transbordava desconfiança.

— Sim. _ disse Draco, entregando para ela o papel que poderia salvar ou desgraçar tudo o que ele tinha de mais sagrado do mundo.

Hermione não pegou no papel. Seu corpo sequer fez qualquer movimento. Apenas seus olhos, que olharam para o papel e depois para Draco, como se ele oferecesse a ela uma cobra peçonhenta.

A capacidade dele de a subestimar a fez se levantar da cadeira. Ela passou a mão nos cabelos e com toda a frieza que conseguiu reunir na sua voz, disse:

— Você acha mesmo que eu sou tão tola para acreditar nisso tudo, Malfoy?

— Hermione, você precisa…

— Eu preciso? Preciso o quê? Salvar sua vida mais uma vez? Salvar o nome Malfoy?

— Hermione, você é a única que pode desvendar isso. Nem sua amiga Dorín conseguiu e,…

— Meu Deus! Você realmente não tem limite. Agora você colocou minha única amiga nisso tudo por que você precisa de mim!

— Hermione, você precisa me escutar!

— Te escutar? Para quê? Você acha que eu sou estúpida demais para não perceber o que você realmente quer?

— Hermione…

— Você não se cansa? Não cansa de aparecer na minha vida e me destruir, porque é isso que você faz! Você destruiu minhas amizades, o laço que eu tinha com a minha família, minha vida, meu filho, você destruiu tudo em mim!

— Hermione, o Alexsander precisa de você! Você não entende, mas o meu filho pode morrer!
— Oh Merlin!! Agora o Alexsander pode morrer!

— Você não se sentiria culpada? Não se sentiria responsável, se ele morresse?

— Se ele morresse, você diz. Se o Alexsander, realmente morresse a culpa seria sua, Malfoy! Você o tirou de mim! Você o levou para a sua casa, para a sua mansão, que aliás é uma das casas mais vigiadas do mundo! E você, sim, você, seria o responsável, se alguma coisa acontecesse a ele.

Draco estava farto da discussão, precisava da ajuda dela, mas o ódio que ela sentia dele era grande demais para acreditar em qualquer coisa que ele dissesse, ele poderia falar a verdade para ela e mesmo assim ela não acreditaria. Desse jeito ele resolveu falar logo a verdade e deixar que o Potter mesmo falasse com ela. Sem dúvida, ela acreditaria no Potter.

— Hermione, o Alexsander foi amaldiçoado.

— Amaldiçoado? Impressionante! E também entrou em uma briga com gigantes. Já chega, vá embora, não vou ficar ouvindo suas mentiras descabidas.

— Ele precisa de você Hermione, você é a única que pode ajudá-lo e por isso vim aqui.

— Vá embora!

— Eu vou, mas procure o Potter, a Dorín, ou até mesmo a Potter. Eles vão te contar.

Dito isso, ele foi embora. E nunca foi tão difícil conversar com alguém como Draco fez com Hermione. Isso se considerar os berros dela e acusações de uma conversa. Mas ele estava desesperado. E um pai desesperado é capaz de tudo. Ele sabia que seria assim com Hermione, a história deles estava incompleta e inacabada. Havia muita coisa a ser dita e explicada, afinal Hermione não sabia de tudo, de toda a verdade e essa era só mais uma das razões de ele não ter contado ao mundo quem era a mãe do seu filho e também não ter se casado com outra bruxa.

Esperava um dia se aproximar dela e começar a contar tudo, um dia em que Alexsander estivesse grande o suficiente para entender um pouco mais sobre bruxaria e principalmente um dia em que a saudade dela falasse alto demais.

Nos últimos quatro anos, acontecera uma revolução na vida de Draco. Ele era um pai de um bebê sem mãe. E todos, todos sem exceção queriam saber quem era a bruxa que o conquistara dando lhe um herdeiro. Houvera até no primeiro ano de vida do Alexsander um concurso para se descobrir a mãe do rebento Malfoy, no Profeta Diário, que movimentou mais sua vida do que gostara.

Mas a única que povoava seus pensamentos continuava a ser Hermione. Por mais que ele a odiasse por chamar seu filho de verme, ele não deixava de pensar em Sydney. E por mais que saísse com algumas garotas da sorte** era o corpo de Hermione que ele ansiava, era o cheiro dela que ele sentia falta, sua boca, enfim tudo. E isso era como estar no inferno, porque ele sabia que ela preferiria morrer a ficar com ele de novo. Mesmo tendo um filho dele, filho homem, mesmo assim ele sabia que ela jamais aceitaria ser a mais nova senhora Malfoy. Por isso ele decidira não casar. Não faria outra bruxa sentir ódio dele. Uma já bastava.

Entretanto, as últimas 48 horas fez o plano de Draco descer pelo ralo. A duas manhãs, sua mãe encontrou seu filho Alexsander desacordado perto do berço, com um simples bilhete perto do garoto. As palavras ainda queimavam na cabeça de Draco.

Um presente de aniversário. L.M.

Uma frase com três palavras, mas o que o perturbou foi a letra e a assinatura. Lucius Malfoy. Seu pai. Draco acreditara como o resto do mundo bruxo que Lucius estava morto, logo depois da grande batalha de Hogwarts, os Malfoy ficaram de se encontrar no esconderijo acertado, mas Lucius nunca apareceu. Inclusive por não ter mais informações do marido a passar, sua mãe fora condenada a viver para sempre na Mansão Malfoy. E depois de tanto tempo, achando que o pai estava morto, eis que sua letra aparece no bilhete ao lado do corpo desacordado do seu filho.

Draco tentou reanimar o menino de todas as formas mas não teve sucesso. Procurou seu medibruxo particular e tampouco o velho bruxo conseguiu fazer o garoto acordar. A cada hora que passava ficava mais preocupado, pediu a vinda de mais dois medibruxos, ambos especialistas em crianças, o último inclusive considerado o melhor da Europa. Sem sucesso. Nenhum deles conseguiu acordar o pequeno e nem diagnosticar o que ele tinha. Seu filho não acordava e não demonstrava estar bem. Desesperado ele gritou, xingou, queria alguma pista, alguma coisa. Precisava saber o que o filho tinha, para curá-lo.

Até que sua mãe percebeu que próximo do pescoço do menino começaram a aparecer veias negras, como nos pés e nas mãos. Tal sintoma fez os medibruxos insistirem mais em levar o menino para o St. Mungus. Sem sucesso.

Draco jamais permitiria que seu filho fosse tratado em um hospital, seria tratado em casa, longe dos bisbilhoteiros e mais protegido.

Sua mãe insistiu para que chamasse alguém do Ministério da Magia. Isso também não era nada bom, tinha poucos amigos verdadeiros, e menos ainda no Ministério da Magia. Para sua sorte Blás Zabini era um auror e poderia ajudar, já que todos os especialistas que Draco chamara alegavam que o garoto estava sob poder de alguma magia negra.

Blás apareceu somente de madrugada. Mas quando viu o garoto já o avisou que era magia negra e que Draco podia perder seu filho. Ele insistia para que se chamasse o Ministério da Magia e contasse exatamente tudo o que aconteceu.

Draco pediu um tempo para o seu amigo. Não queria o Ministério em sua casa e principalmente não queria acreditar que seu pai teria entrado na sua casa e amaldiçoado o próprio neto. Era surreal demais para acreditar. Assim, passadas algumas horas, Draco permitiu a entrada do Ministério. E o pandemônio começou.

Aurores começaram a falar com ele em particular, com sua mãe também em particular e até mesmo Panim. Todos foram interrogados e seu filho só piorava. Depois de 24 horas do ataque Alexsander estava pálido e levemente gelado, por mais que o agasalhassem. Draco queria resultados e nada concreto era feito para que salvassem seu filho. Até que o mais absurdo aconteceu. Harry Potter foi convocado a integrar a equipe que estava em sua casa. E é claro a rivalidade deles foi evidenciada com algumas pequenas ameaças de ambas as partes. Deixando de lado o que achava do homem-que-sobreviveu, Draco permitiu que eles fizessem seu trabalho e qual não foi sua surpresa quando algumas horas mais tarde eles encontraram uma relíquia usada como catalisador, com runas tão estranhas e antigas que embaraçavam qualquer tradução.

Potter estudou a relíquia e depois de muito analisar chegou a conclusão que era realmente um catalisador que estava sugando a vida do Alexsander e mandando para outro objeto em qualquer outro lugar. Seu filho estava morrendo dolorosamente em sua frente e ele não sabia o que fazer. Não dava para quebrar ou destruir a relíquia sem prejudicar o Alexsander. Somente com a tradução das runas poderia descobrir de que maldição se tratava e procurar a contra-maldição.

Prontamente Dorín foi chamada, afinal era a especialista do Ministério da Magia em Runas Antigas, mas nem mesmo ela era capaz de desbravar as runas. Somente uma especialista em novas e antigas runas. E Draco só conhecia uma. Hermione Granger.

Sua mãe achara a idéia estúpida. Que Dorín ou o Potter fossem atrás de Hermione. Mas Draco precisava tentar. Agora ele sabia que fora uma péssima idéia. Hermione não acreditava nele e provavelmente nunca acreditaria. Enquanto isso seu filho estava morrendo e ele não podia fazer nada. Agora só podia esperar que a curiosidade de Hermione fosse maior que seu orgulho e raiva e ela procurasse o Potter ou Dorín para saber a verdade e assim salvar o filho dele. O filho dele com ela.

— Você precisa salvar o nosso filho Hermione. _ disse ele antes de pegar a chave de portal de volta para casa.


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Notas finais do capítulo

Dois pontos importantes: 1- Desbravantes: significa que estuda e cria Runas (inventei isso);
2- Garotas da sorte: são prostitutas no mundo bruxo (inventei isso também)

Espero que tenham gostado, sei que demorei séculos para postar, mas o problema é que eu não me decidia quanto ao fato de trazer o Lucius para a história e principalmente da maldição que ele jogou no Alexsander. Enfim, sei que falo isso sempre mas agora a fic está cada vez mais perto de acabar, espero que gostem e por favor comentem, ok? Beijinhos!!!!



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