Reflection. escrita por Chanel 2


Capítulo 11
Eu preciso de você, Jade.


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, obrigada por a gente conquistar 31 comentários e vamos mais e mais, mais um capítulo seguido, boa leitura.



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O Seu pedido me pegou de surpresa.

– Por quê?

– Eu acho que ele é o assassino.

– Por que pensa isso? – Perguntei me sentindo defensora de Henrique.

– Eu apenas não entendo a boa onda dele. Ele é muito inocente e eu não vou com a cara dele.

Abanei a minha cabeça, confusa. A teoria de Henrique fazia sentido, pelo menos. Ele tinha raciocinado de como o Cobra podia ser o assassino. Mas a explicação “Eu não entendo a boa onda dele.” De Cobreloa não era muito convincente.

– Cobra, Henrique e eu vamos juntos para casa quase todos os dias. Nós até fomos jantar ontem á noite. Se ele fosse mesmo o assassino, por que não me tornaria sua próxima vítima e usar uma das dezenas de oportunidade que teve para me matar? Se ele fosse o assassino, eu já estaria morta.

– Não diga uma coisa dessas. – Cobra ordenou com a sua voz rouca. – Olha, eu sei que não faz sentido, mas ele simplesmente não é normal. Jade, você tem que ficar longe dele.

– Eu não tenho que ficar nada, Ricardo Cobreloa. Claro que eu vou ficar mais cautelosa perto dele, mas a menos que você me dê razões verdadeiras para eu fazer algo assim, eu vou continuar a ser amiga dele durante o tempo que eu quiser.

Cobra ficou em silêncio, olhando para a mesa. Foi então que eu percebi que ele nunca pareceu comer durante o almoço. Mas eu não podia culpa-lo a comida aqui era horrível. O Seu maxilar estava apertado e eu poderia dizer que ele queria tentar me convencer de que Henrique tinha matado aquelas pessoas, mas ele não tinha provas. Apesar de Henrique não parecer do tipo de assassino, o Cobra tem razão em muitas coisas. Eu podia pelo menos ser mais cautelosa, embora duvidasse que alguma coisa de mal podia acontecer ao nosso redor. Como eu tinha dito, se ele quisesse me matar, já teria o feito.

– Não vamos falar sobre isso agora... – Disse eu, para quebrar o silêncio. – Por que não jogamos Clue novamente ou algo assim? – Sugeri, embora parecesse estúpido jogar jogos de tabuleiro agora.

Cobra lançou um longo suspiro antes dos seus olhos encontrarem os meus novamente elétricos.

– Tudo bem, mas antes quero que me prometa duas coisas.

– Ok, o que são? – Perguntei.

– A primeira coisa é ter cuidado. Eu não quero que nada de mal te aconteça, ok? Você é a única pessoa com quem eu posso falar aqui, e de alguma forma parece que consigo falar mais contigo do que com qualquer uma dessas terapeutas. Se eu não tenho você pra conversar, eu vou ficar ainda mais louco do que já sou. Eu preciso de você, Jade.

O Meu coração batia forte no meu peito enquanto ele falava a sua última frase, me pegando totalmente de surpresa. No primeiro dia em que eu o conheci pensei que ele só tinha falado comigo por que estava jogado algum tipo de jogo. Como se eu fosse algum tipo de brinquedo que ele usava para provocar alguma reação. Mas depois dele ter me salvado de Duca, há duas semanas, eu percebi que ele poderia gostar realmente do tempo que passa comigo. E Agora percebi que eu não era a única pessoa que iria falar com ele, e o que quero realmente é falar com ele e trata-lo como um ser humano real. Se pensamentos a não ser com os terapeutas que estavam tentando descobrir o seu estado mental. Nós éramos amigos mesmo? Eu sei que ele era um doente mental e que eu era um assistente de enfermagem, mas isto não era definitivamente a uma relação de paciente para funcionária. Talvez ele precisasse realmente de mim.

Me lembrei de ter lido em algum lugar, que os psicopatas eram excelentes em imitar emoções humanas, e isso podia muito ser o que Cobra estava fazendo. Mas as suas palavras pareciam sinceras e eu acreditava na última frase que ele tinha dito, ou pelo menos, eu esperava que fosse verdade.

– Ok. – Eu prometi.

– Ótimo. – Ele concordou. – E Segundo, eu preciso que me prometa uma coisa. Se eu te ganhar no Clue...

– O Quê? – Perguntei.

Um sorriso brincalhão se formou nos seus lábios.

– Uma barra de chocolate, eu não tenho nada para comer recentemente além da comida nojenta daqui feita de sabe lá o que.. Chocolate é, de verdade, o que eu mais tenho pensado.

– Tudo bem, tudo bem. Eu posso entrar num enorme problema fazendo isso, mas você vai perder de qualquer maneira. Por isso acho que não importa.

– Veremos. – Cobra desafiou.

Depois de alguns minutos de jogo, ele venceu. Cada movimento que ele fez foi perfeitamente planejado. E levou dez minutos para finalmente executar com o máximo de cuidado. Ele realmente ama esse doce. E Valeu a pena, porque eu tinha sido finalmente derrotada. Uma vez que Cobreloa tinha adivinhado com sucesso o assassino, a arma e o quarto, ele gritou de felicidade e até se levantou da sua cadeira, como se não conseguisse mostrar a sua excitação sentado. Estava com os punhos cerrados sobre a sua cabeça. O sorriso no seu rosto era tão grande que eu não pude deixar de sorrir também. As suas maças do rosto e seus dentes brancos eram impressionantes, e eu estava êxtase.

– Me deve uma barra de chocolate. – Ele sorriu, depois de ter se acalmado desde a sua vitória.

– Acho que sim. – Sorri.

Eu estava realmente feliz por saber que o meu recorde tinha sido quebrado, por que vê-lo tão contente parecia ser uma recompensa. Eu não sei sobre o que era aquele sorriso maravilhoso, mas eu queria vê-lo tantas vezes quanto eu pudesse, sendo ele assassino ou não.

Mas ambos os nossos sorrisos desapareceram quando Henrique se aproximou da mesa, parecendo descontente comigo aqui rindo com Cobra, depois do que ele tinha me dito na noite passada.

– Olá. – Cumprimentei.

– Oi.

Cobra olhou para o guarda e enrijeceu-se de imediato. Olhei para ambos. A Tensão era evidente que podia ser sentida a partir de uma milha de distância. Ambos tinham se acusado um a outro de serem assassinos, se desprezando ao máximo. Pelo menos parecia, pela forma de como se olharam agora. Qualquer um deles podia ser o assassino, ou nenhum dos dois. Pode ser alguém que não estamos vendo, em outro andar do edifício. Podia ser qualquer funcionário de Muller.

Mas de alguma forma, eu sabia que não era o caso. Algo me dizia que o verdadeiro assassino estava nesta sala. Fazia mais sentido para essa pessoa ser o Cobra, mas a inocência impecável de Henrique estava me fazendo desconfiar. A pior parte era o fato de eu estar envolvida com ambos. Eu percebi com um horror extraordinário que qualquer pessoa bonita poderia ser o assassino, eu seria sem dúvida a sua próxima vítima.

– Cobra. – Henrique falou e eu fiquei surpresa a ouvi-lo falar com o paciente em vez de comigo, Cobra não respondeu mas olhou para ele com intensidade e irritado. – O Seu guarda foi para casa doente, por isso, eu vou ter que levar de volta para a sua cela.

– Agora? – Cobra perguntou.

– Sim, agora.

– Adeus, Jade. – Disse Cobra, antes de se afastar da mesa e ficar de pé, ficando uma cabeça mais alto que Henrique.

Henrique não parecia ter medo, embora, provavelmente com conforto de saber que tinha uma arma.

Vi quando os dois saíram do refeitório, atravessando as portas, até estarem fora das minha vida.


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Notas finais do capítulo

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