Reflection. escrita por Chanel 2


Capítulo 1
Prólogo.


Notas iniciais do capítulo

Esse vai ser um prólogo pequeno, só quero mostrar a vocês como vai ser a história, espero que gostem, se gostarem, comentem e favoritem, irei ficar muito feliz.



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JADE POV;

Estava chovendo em um dia escuro, era dia três de fevereiro, eu não estava nada satisfeita em trocar os lençóis das camas, você acha que eram cheirosos? Não! Todo dia chegava um paciente novo, passava uma noite na cama e logo em seguida ia pra sua sela, eu forrei a última cama, fechei a última janela, e coloquei o último paciente pra dormir, admito que não foi fácil, ele era muito risonho, se eu falasse um Oi ele ria, fechei a porta e alertei as coordenadoras que já estão todos dormindo, fechei a porta e vi Vicki no corredor.

– Jade! Eu estava te procurando garota! – Ela exclamou.

– Pra que? – Perguntei, enquanto cruzava os braços.

– Hoje chega o paciente que matou dois garotos e três mulheres.

– Hum, tá, mas o que é que eu tenho a ver com isso? – Perguntei enquanto franzia as testas, eu não me surpreendi teve paciente que matou mais de quarenta pessoas, eu não estava nem um pouco empolgada.

– Bom, deveria te contar, que tá tendo um protesto lá fora pra que ele seja morto. – Ela desabafou, isso sim me deixou empolgada.

– Hum, isso sim deixou interessante. – Soltei uma gargalhada quando terminei a frase.

– Todos os funcionários estão lá, claro, menos as coordenadoras, que estão cuidando dos outros. – Ela disse.

– Ok, vamos lá. – Falei, em dois segundos ela puxou minha mão e me levou até a porta, graças a Deus a chuva já tinha parado, sentamos em um banco e eu observei as pessoas com cartazes escritos “ele merece ser morto.” Fiquei até com um aperto no coração, tudo bem que ele matou tantas pessoas e causou tanta desgraça, mas todos devem ter uma segunda chance, na verdade, o Muller seria a segunda chance dele.

O Carro que o paciente estava chegou, eu e Vicki nos levantamos e fomos pra perto da porta do hospital, ele ia passar bem perto da gente, quando ele saiu do carro, foi uma gritaria imensa, pensei até em sair correndo que nem uma louca, mas dai iam pensar que eu precisaria ser internada.

Um segurança de um lado e um segurança de um outro com ele, ele olhava pra baixo, olhava pro piso molhado por causa da chuva, segundos depois ele começou a gritar, Karina se manifestou e mandou mais seguranças pra perto dele, agarrei o braço de Vicki, eu estava realmente com medo.

– Calma. – Ela sussurrou no meu ouvido, era impressionante o quanto Vicki conseguia ver minhas mentes, ela sabia quando eu estava com fome, com medo, triste.

Um paciente já civilizado foi pra sua sela, e o Ricardo, Ricardo Cobreloa foi pra o quarto de novatos, as coordenadoras iam cuidar dele, espero que ele não tenha um ataque no meio da madrugada e comece a se mexer, gritar e se espernear.

Eu e Vicki dormimos nos quartos dos funcionários, ela não estava afim de ir pra casa, e eu queria ver o comportamento de Cobra, fui dormir três da manhã e nada aconteceu, nada de gritos e nada de pedido de socorro das coordenadoras, se ele fosse assim durante as três noites que ele vai ficar em observação, antes das três noites ele ia pra cela, se eu fosse uma doente que nem ele eu preferia ficar em observação, a sela é vazia, as camas são duras, e as comidas horríveis, acordei vesti meu uniforme, e fui pra minha sala, imprimi o roteiro, e procurei meu nome, hoje todas as funcionárias iam dar comida pra cada um paciente, achei meu nome e perto dele estava o nome de Ricardo Cobreloa, sou muito azarenta, vou dar comida logo pro Cobra?

Levantei-me e entrei no quarto, uma das coordenadoras e fizeram o sinal do “Shh.” Pra mim, os pacientes ainda estavam dormindo, se um deles acordassem, provavelmente teriam um surto, procurei a cama de Cobra e ele não estava lá, perguntei a uma coordenadora onde tava o Cobreloa e ela me disse que ele já tinha ido pra sela, me impressionei o quanto rápido foi.

Sai e andei pelo corredor, encontrei Vicki.

– Já viu o roteiro? Já sabe pra quem você vai dar comida? – Ironizou Vicki.

– Sei sim, e eu também vi que você vai dar comida pra Michelle, a paciente que arranha qualquer um que chega perto dele. – Retruquei, enquanto levantava as sobrancelhas.

– Eu sei, e eu estou nervosa, vai que eu saio toda arranhada de lá?

Comecei a rir, quando deu nove horas da manhã, hora de ir na sela do Cobreloa, e dar comida a ele, isso será a tarefa mais difícil do meu dia, reuni a comida em um prato, peguei o suco de limão e coloquei tudo na bandeja, meus pés estavam bobeando, e eu tinha duas missões, não cair, e levar comida pro Ricardo Cobreloa, comecei a andar e vi que a sela dele era a 328, tínhamos 330 pacientes no Muller, ele estava duas selas antes dos últimos pacientes, apertei o 328 no elevador, e cheguei, ele estava sem camisa, olhando pro teto, abri a sela, e torci pra não olhar pra trás e ele estivesse atrás se mim tentando fugir, a minha torcida deu certo, olhei pra ele e ele estava ainda olhando pro teto.

– Ei.. – Murmurei.

Ele sentou –se e olhou pra mim.

– Oi. – Ele falou.

Cheguei mais perto dele, e apoiei a comida no colo dele, cada segundo eu me afastava um pouco.

– Eu não vou te matar, eu não vou te morder. – Ele disse, eu não conseguia olhar pro rosto dele.

– T-Tá aqui sua comida. – Gaguejei enquanto fui embora, abri a sela e consegui ver ele comendo e rindo de mim, eu parecia uma ridícula com medo, Vicki estava entrando no elevador e por sorte eu consegui entrar com ela, vi que o braço dela estava arranhando.

– A Michelle te arranhou? – Perguntei, em tom de sarcasmo.

– Arranhou, aquela vaca. – Ela afirmou, eu comecei a rir, e ainda estava com um sorriso no rosto, eu estava satisfeita com Cobra, ele é um ótimo paciente apesar de tudo, mas eu achei inseguro da Karina não colocar seguranças pra ir comigo até Ricardo Cobreloa, vou conversar com ela depois.


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