O Convidado da Festa escrita por FireboltVioleta


Capítulo 5
É um menino!


Notas iniciais do capítulo

Oe, gentes!
Desculpem a demora... estou dando seguimento a mais duas fics e não tive tempo de fazer um capítulo útil para essa.. e, mesmo assim, eu escrevi esse e ficou uma bodega... prometo que vou melhorar no próximo! Me desculpem se ficou chato.
Boa leitura!



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HERMIONE

Quando Rose completou seis meses, eu já estava no quarto mês de gestação. Rony estava me atazanando o tempo todo para deixarmos Rose com Gina e irmos para o St. Mungus fazer o ultrassom.

– Mas ela é tão pequena... – funguei, abraçando minha filha, que gania baixinho em meu ombro.

– É só por três horinhas, meu amor.

– Rony, não quero ficar sem meu bebê... – inclinei Rose em sua direção – olha só a carinha dela... ela quer ver o irmãozinho.

Rony ergueu uma sobrancelha, petulante.

– Ela quer ver, ou a mãe dela quer que ela veja?

Estreitei os olhos para ele.

– A Rose vai junto.

– Vai não.

– Vai sim.

– Quem é que manda nessa bodega?

– Quem engravidou mais vezes.

Rony riu.

– Tá bom, você venceu – Rony pegou Rose em seu colo – parece que você já vai conhecer seu irmão, florzinha.

– Irmão? E se for menina?

– Bom, corrigindo – ele me lançou um olhar paranoico, que me fez rir – vamos conhecer o pequeno e lindo ser de gênero indefinido que mora dentro da sua mãe. Melhorou?

Revirei os olhos, ainda rindo.

– Oh, está bem. Esqueça o que eu disse.

– Posso pedir à curandeira Bridget para vir... e fazer o ultrassom aqui mesmo – Rony sugeriu, parecendo preocupado – de repente... sabe, você devesse ficar em casa mesmo...

– Aguentei fazer cooper duas horas por dia quando estava grávida de Rose – bufei – não sou tão frágil assim.

– Com certeza não é – ele se aproximou e beijou minha testa – frágil nunca foi o tipo de adjetivo que pudesse te definir.

– Ah, vamos – empurrei-o, rindo. Rose, para meu agrado, deu um sorrisinho em resposta quando bambeou um pouco no colo do pai – vamos embora logo, se não a gente vai começar a discutir.

Rony abraçou minha cintura com a mão livre, enquanto Rose puxava a orelha dele com a mãozinha gorducha, balbuciando numa língua desconhecida.

– Você não tem medo de discutir – ele sussurrou em meu ouvido, me deixando arrepiada – você tem medo do que sempre acontece depois de discutirmos.

– Suas reconciliações não são muito verbais, Ronald. É isso que apavora – guinchei, enquanto ele gargalhava.

Neville, para nossa sorte, estava passando por perto com o carro do Ministério, e acenou para nós, frenético, assim que saímos de casa.

– Oba, carona – Hermione sorriu.

Quando entramos, porém, careteamos quando percebemos Luna no banco da frente.

Ih, rapaz. Eu já tinha visto aquela expressão contraída antes. Aliás, tinha feito.

– Neville... –embalei Rose, pasma – ela vai...

– Vai – finalmente percebi o rosto lívido de Neville no banco do motorista – aguente firme, amor. Já vamos chegar...

– Tá tudo bem – Luna olhou para trás, nos dando um sorriso dolorido, abarcando a barriga enorme com os braços – elas só estão... decidindo quem vai sair primeiro.

Mesmo morrendo de dor, Luna ainda era hilária. Rimos, enquanto eu afagava o ombro dela.

– Aguenta firme, amiga –Rony segurou a mão de Luna- vai ficar tudo bem.

– Vão ao St. Mungus também? –ela perguntou, fazendo uma careta, quando uma provável contração veio.

– Sim... fazer o ultrassom do bebê.

– Rose está tão linda... – Luna comentou – ahh!

Ela se voltou para frente, encolhida. Neville estava dirigindo com uma expressão vidrada, ficando ainda mais pálido.

Graças á psicopatia de Neville, chegamos ao hospital em menos de meia hora.

Descemos logo, para não atrasa-los.

– Nos vemos mais tarde – Luna acenou para nós, andando lentamente, enquanto Neville a amparava.

Neville deu uns cinco ou seis berros na recepção, implorando uma cadeira de rodas, enquanto íamos para o setor de ginecologia.

– Nome da paciente? – ouvi uma atendente perguntar.

Antes de virarmos o corredor, ouvimos Neville chamar a atendente de algo um bocado deselegante.

– Coitada – comentei, arrumando a cobertinha de Rose – será que vai...?

– Claro que vão ficar bem... – Rony disse - vamos visita-los mais tarde também... não se preocupe.

Suspirei, continuando a acompanha-lo até a sala ginecológica.

A curandeira que nos atendeu, Sra. Brown, era um doce de pessoa.

– Bom dia, Sr. e Sra. Weasley... ah, bom dia, lindinha – ela sorriu para Rose – sua filha também?

– Sim... veio ver o irmãozinho - brincou Rony.

– Ou irmãzinha – acrescentei, encarando-o.

A curandeira Brown riu.

– Bom, isso é o que iremos descobrir agora... entrem, por favor.

Entramos no consultório claro e limpo, aonde já havia uma maca esterilizada.

Rose piscou exageradamente com a claridade do lugar, parecendo incomodada. Ela ganiu, protestando, e escondeu o rostinho em meu ombro.

– Ba-gu.

– Oh, querida... desculpa... – afaguei sua cabecinha.

– Vem, florzinha... venha com o papai – Rony ergueu as mãos para ela.

Rose pareceu contente de sair da luminosidade que havia no centro da sala, quando levantou os bracinhos para abraçar o pescoço de Rony.

– Ma-ba.

– Não... é papai – pronto, tinha começado a aula de articulação.

– Rony... – censurei-o, rindo, enquanto subia na maca. Rony piscou para mim, brincalhão.

– Já sabe o procedimento, Sra. Weasley – Brown disse – levante a blusa, por favor.

Fiz o que a curandeira pediu, sentindo um arrepio engraçado no estômago.

Eu ia ver, pela primeira vez, como seria meu novo filho... meu pequeno caçula.

Tinha até vontade de chorar. Já amava tanto aquele pequeno serzinho dentro de mim que chegava a doer – assim como meu amor por Rony e Rose.

Rony se aproximou, segurando a minha mão com o outro braço e me olhando, com um sorriso tranquilizador no rosto.

Deitada e com a cabeça inclinada para frente, pude ver a já familiar fumacinha do Feitiço de Ultrassom cobrir meu ventre. Aquela mesma já conhecida sensação de arrepio congelante correu por ali, enquanto a nuvem de fumaça tomava forma.

Vi, maravilhada, o pequeno bebê esfumaçado acima de mim, mexendo-se agitado.

Era muito parecido com Rose... parecido demais. Mas ainda tinha alguma diferença...

A curandeira Brown e Rony pareciam encantados.

– Ora essa... que garoto mais lindo.

O choque me invadiu...

Não era uma menina, como eu imaginava...

Mas foi uma questão de tempo até a ternura me invadir por completo,

Um menino...

Imediatamente imaginei uma miniatura de Rony em meus braços. Um lindo bebê ruivo, ainda mais parecido com o pai do que Rose.

Para minha surpresa, o boneco de fumaça golpeou o domo acima dele com as perninhas. Na mesma hora, senti um mínimo golpe surpreendente, vindo de dentro de meu corpo, suave e ao mesmo tempo vigoroso, como uma cutucada carinhosa, ecoando por cada nervo de minha pele.

Não pude impedir as lágrimas que escorreram pelo meu rosto. Tampei a boca, rindo como uma boba.

– Ele chutou – murmurei, ainda me sentindo eufórica.

Rony também estava lutando para não chorar, sorrindo amplamente para a curandeira Brown. Ele beijou minha testa, afagando meu rosto com carinho.

Rose pareceu ficar assustada com o clima no consultório, pois tocou o rosto de Rony, onde uma lágrima escorria, e encarou confusa a umidade em sua mão.

Para nosso completo espanto, ela fez um biquinho enquanto segurava o rosto do pai, e apertou os olhos, como se fosse cair no choro.

– Oh, não, Rosinha – Rony riu, beijando a cabeça da filha – não fique assim, linda... o papai e a mamãe estão bem... mais do que bem... – Rony a ergueu no ar, rindo – você vai ter um irmão, minha princesinha!

Ergui-me da maca com a ajuda da curandeira Brown, assistindo, chorosa, meu marido e minha filha numa dancinha improvisada, bizarra e encantadora.

– Que bom que gostaram da notícia – a curandeira afagou minhas costas – você parece estar ótima, mas mesmo assim vou prescrever algumas vitaminas, para que esse bebê lindo venha ao mundo com toda a saúde que deve ter.

– Obrigada, curandeira – agradeci, indo até Rony e arrumando um espaçozinho para um abraço.

– Ga-i – Rose deu uma risadinha inusitada, se inclinando para mim. Peguei-a no colo, enchendo-a de beijos, sentindo meu coração latejar maravilhosamente no peito.

Eu simplesmente não sabia se ia aguentar toda a felicidade e amor que me varriam por dentro. Aquilo – minha paixão avassaladora por Rony, e o amor maternal, recentemente redobrado, que eu sentia por Rony e meu novo filho - parecia demais para um único coração suportar.

Mas, como dizia o ditado, o coração de uma mãe sempre tem espaço para mais um. E o meu, provavelmente, podia engolir o resto do mundo agora.




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Notas finais do capítulo

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