O Convidado da Festa escrita por FireboltVioleta


Capítulo 1
Rebobinando


Notas iniciais do capítulo

Oe, pessoas!
Espero que gostem da nova fic!
Avisando já que só vou conseguir postar um capítulo por semana desta fic em particular. MAS EU POSTO, CALMA. rsrs
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/590079/chapter/1

HERMIONE

Voltei do Saint Mungus apertando o envelope do exame.

Ah, não, Nananinanão.

Rony ia ter um piripaque. Santa Mãe...

Cheguei em casa, limpando os pés no já desgastado tapete de "bem-vindo" que havia na soleira da porta.

Por que eu estava nervosa? Era tudo culpa dele. De novo.

Malograda a hora em que aquele ruivo chegou no nosso quarto, depois de eu ter amamentado Rose e saído do quartinho cor-de-rosa.

Por que diabos ele tinha que entrar sem camisa, de bermuda e com aquele olhar pidão? E justo na hora em que eu estava experimentando, sem nenhuma segunda intenção, a lingerie vermelha, babosa e minúscula, com liga e corpete, que Gina me dera de presente? E por que eu fiquei com dó dele e deixei-o subir e descer pelo meu corpo com aqueles beijos enlouquecedores?

Fala sério. Só podia dar no que deu.

Entrei no quartinho de Rose, onde fui recebida por Luna, que ficara cuidando dela enquanto eu ia ao hospital.

- Oi, Hermione - ela se levantou, sorrindo, da poltrona de amamentação - ela dormiu não faz nem quinze minutos...

Olhar o ventre enorme e arredondado de Luna só me fez engolir em seco.

- Obrigada, Luna - murmurei com a voz engasgada - e as gêmeas? Como estão?

Ela levou as mãos à barriga, sorrindo.

- Ótimas... devem estar dormindo - Luna apanhou sua bolsinha no armário e colocou a alça em seu ombro - ainda bem que voltou... Neville disse que vai me levar ao Caldeirão Furado para tomar uma cerveja amanteigada... quer comemorar que foi selecionado para auror.

- Que legal - murmurei - bom, nos vemos por aí... obrigada por cuidar da Rose...

- Não foi nada - ela me deu um beijinho na bochecha e saiu do quarto.

Quando ouvi Luna bater a porta de entrada, me aproximei de minha filha.

Rose dormia calmamente dentro do berço. Vê-la sempre fazia meu coração se encher de algo profundo e muito forte.

Provavelmente era uma coisa estranha, boba e recente, chamada amor maternal.

Seus cabelinhos finos eram tão ruivos quanto os do pai. Era perfeita nos mínimos detalhes, como uma boneca feita sob medida para nós. Os olhos estavam fechados, mas eu sabia que, quando abrissem, revelariam íris azul-acinzentadas, iguais às de Rony. Era uma miniatura do meu marido, tão bonita e encantadora quanto ele.

E eu a amava tanto quando amava Rony. Chegava a doer.

Beijei de leve sua cabecinha, admirando aquela coisinha linda, tão pequena e indefesa, que saíra de dentro de minhas entranhas.

"Ah, Rosa... meu lindo bebê", pensei com meus botões. "Acho que seu pai vai me matar... ou talvez espere você crescer, para você me esganar também..."

Me virei em direção ao corredor, indo até o banheiro.

Entrei no lavatório, me colocando de frente para o espelho. Respirei fundo. "Não, entre em pânico, Hermione. Não entre em pânico, não..."

Parei de pensar nisso abruptamente assim que tirei a blusinha caqui que usava, ficando apenas de sutiã e calça de moletom.

Levei as mãos até o cós da calça, pousando-as no meu ventre.

Dois meses depois de Rose...

Devia ser um tempo recorde na genealogia dos Weasleys. Nem Molly devia ter conseguido tão depressa. Fleur até conseguira, mas aquilo foi cinco meses depois de Victorie. Tipo, quase meio ano depois...

"Isso não é errado", arfei mentalmente. "Não... é bom... não é só bom... é maravilhoso. Não importa se você quase caiu dura no St. Mungus. Não importa que tenha sido inesperado. Que não tenha sido planejado. É maravilhoso. Isso é o que importa. E se Rony não sentir o mesmo, é por que não nos ama de verdade. Simples assim..."

Finalmente, o torpor e a preocupação começaram a se esvair de minha cabeça, enquanto eu sentia meu próprio íntimo inchar de modo quase doloroso para dar espaço à mais uma pessoa em minha vida.

Pessoa essa que, provavelmente, estava alienada de tudo que estava acontecendo ao meu redor, ocupada apenas em ressoar, dentro de mim, as batidas inaudíveis e aceleradas de um minúsculo coração.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Convidado da Festa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.