O melhor amigo da noiva. escrita por Adri M


Capítulo 1
Prológo.


Notas iniciais do capítulo

Então peço que comentem, e não me deixem no vácuo, se a fic ter retorno amanhã mesmo tem cap novo. Caso ela não ter retorno vai pra lata de lixo.
Esse cap é narrado pelo Oliver o próximo vai ser pela Felicity. Ainda não sei quem vai ser o noivo dela, tenho duas opções, Cooper X Ray, vocês escolhem. Escolham com sabedoria ahahahahaha



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Não sei como ainda consigo ficar nervoso. Sim é uma mesa enorme, com 15 acionistas esperando uma boa idéia. E o meu futuro que está em jogo, se eu fizer uma boa apresentação e o mais essencial, se minha idéia for boa, eu vou conseguir a promoção e ficar com a presidência dessa empresa.

Pego o controle remoto e começo a zapear os slides que passei a noite remodelando e aprimorando, para que a apresentação fosse perfeita do inicio ao fim. Paro na foto de capa. Onde algumas crianças estão sentadas em um sofá com controles de vídeo game na mão, cobrindo a imagem tem um enorme X da cor vermelha. Afrouxo o nó da garganta quando vejo a cara do dono do produto, um jogo de vídeo game um pouco violento para crianças dessa idade.

- O que quer dizer com essa imagem Sr. Queen? – o garoto mais novo que eu, aparenta ter uns 19 anos, seus cabelos são da mesma altura que a sua barba comprida, tem um estilo hippie e usa um óculos com enormes lentes.

- Que a classificação etária do jogo é de menos de 13 anos e vocês estão querendo atingir o publico infantil? – questiono. O homem ajeita o óculos e em seguida assente nervoso.

- Então, o que tem para mim? – indaga, como se estivesse me lançando um desafio.

A imagem das crianças muda. E dá lugar a outra imagem, de vários jovens, sentados em um sofá, com salgadinhos e refrigerante sobre a mesa de centro e o sofá, os olhos dos jovens estão grudados na televisão, onde um jogo qualquer está rodando.

- Esse é o publico que queremos atingir. Então eu reuni um grupo de cinco garotos, que são viciados em jogos de ação e destruição. Eu apresentei a demo do jogo e eles acharam o jogo sensacional. Eu peguei a equipe de vídeos e gravei os cinco garotos antes e depois de jogar o jogo. – peguei o pendrive e conectei no meu notebook. O vídeo começa a tocar no telão.

Depois de 10 minutos do vídeo promocional, olho para todos sentados a mesa, sinto uma sensação de orgulho dentro de mim, logo, um sorriso de orelha a orelha alarga-se nos meus lábios. Olho para a cara de cada um, mas apenas a cara de Paul se sobressai. Ele está fascinado, seu queixo está caído e seus olhos arregalados.

- Eu aluguei um horário exclusivo nos canais de televisão abertas ao publico, eles disponibilizaram 10 minutos para o vídeo ser rodado e apresentado para o publico em geral. – comento.

Paul levanta com um sorriso bobo nos lábios. Começa a bater palmas e se aproximar de mim. Dou dois passos para trás instintivamente, logo meu corpo choca-se com a parede solida da sala. Engulo em seco, Paul parece um maníaco. Ele segura minhas bochechas e dá dois beijos em cada uma, em seguida se afasta.

- Olha, confesso que não coloquei fé em você. – disse. – Porem, você me surpreendeu. Ver o rosto desses garotos depois de jogar a demo do meu jogo, me deixou com orgulho de mim. – ele vira-se para a mesa de acionistas. – Senhores, esse jovem atrás de mim é magnífico. Escolho essa empresa para fazer a publicidade do jogo que criei. Agora preciso ir. – rapidamente o assistente dele junta suas coisas e os dois saem da sala. As luzes se acendem e os homens de ternos levantam-se, e começam e me aplaudir.

- Obrigado. – digo. – Preciso voltar para minha sala. – junto minhas coisas e cumprimento cada um dos homens com um aperto de mão. Saio da sala de reuniões a passos largos e entro na minha sala. Sento a minha mesa.

- Oliver. – Josh o presidente da empresa adentra a minha pequena sala.

- Josh. – o comprimento com um balançar de cabeça.

- Hoje você me surpreendeu. Eu já tinha tomado minha decisão, mas depois dessa sua apresentação eu fiquei ainda mais certo da decisão que tomei. – diz.

- Qual a sua decisão. – ajeito minha postura e fecho os botões do meu paletó.

- Eu escolho você, jovem. Tenho plena certeza que a empresa vai ficar muito bem em suas mãos, depois que eu sair daqui. – me contenho para me manter sério e não dar um grito de alegria, até por que eu não sou assim. – Oliver eu sei que você está com uma viajem marcada para daqui duas horas para Starling, posso saber o que ainda está fazendo aqui? – olho no meu relógio de pulso e me dou conta de que já estou atrasado, pois ainda tenho que arrumar as malas.

- Muito obrigado por ter me escolhido, Josh. Você não vai se arrepender. Agora tenho que ir. – levanto abruptamente e começo a pegar minhas coisas. Saio da sala deixando Josh mexendo em um carrinho que tem sobre a minha mesa.

[...]

Cinco anos, exatamente cinco anos que não vejo Starling. Meus pais vão ter um ataque quando me enxergarem entrar pela porta. Eu devia ter avisado e não chegar assim de surpresa. Mas, é que queria tanto ver a reação estampada nos rostos deles, que não me contive. Bato na porta e Deise é quem abre.

Deise é uma senhora de idade. Ela trabalha na casa dos meus pais desde que me conheço por gente, ela é tipo uma segunda mãe para mim e Thea. Largo as malas na entrada e abraço Deise. Ela retribuiu o abraço acalorado.

- Meu filho que surpresa. – me dá um beijo estalado nas bochechas.

- Onde está minha família? – junto minhas malas pelas alças e entro na mansão.

- Thea está na aula de musica. Sua mãe praticamente a obrigou fazer isso, no inicio Thea não gostou, porem, agora ela está adorando. Seu pai está no escritório e sua mãe está lá em cima, tocando piano. – responde, com sua mania de falar tudo rapidamente.

- Não diga que estou aqui. – dou um beijo na testa da mulher e subo as escadas.

Paro na porta do escritório do meu pai e ele está sentado na mesa, lendo um livro de economia.

- Pai! – ele olha imediatamente para mim, em seguida fecha o livro e levanta-se. Em dois passos ele esta na minha frente com os braços abertos. Abro os braços e lhe dou o forte e caloroso abraço.

- Filho!Mas que bela surpresa. – me abraça outra vez. – Bem que falaram que hoje ia dar um temporal em Starling. – disse brincado com o fato de eu nunca mais ter visitado Starling depois de 2010. Ano que peguei minha namorada na cama com outra mulher. Sempre soube que Sara tinha certo gosto para mulheres. Porem, nunca pensei que ela fosse me trair com uma.

- Meu chefe praticamente me obrigou a sair de férias e existem pessoas em Starling que eu precisava ver. Vocês, minha família. – falo.

- Sabe que não pode mentir para seu velho pai. E eu sei que alem da sua família você veio ver outra pessoa. – um largo sorriso se desenha em meus lábios quando penso nela.

- Vou ver minha mãe. – mudo de assunto.

- Vou acompanhar você. Sua mãe estava pensando em viajar para Nova Iorque, disse que não agüentava mais a saudade que sentia. – comentou.

Saímos do escritório e viramos a direita no corredor que dá nos quartos. Escuto a musica que minha mãe tocava para mim e Thea quando éramos pequenos. Lembro que ela fazia a gente cantar a musica. Cruzo os braços e encosto-me ao batente da porta, fico a observando, está com os olhos fechados, sentindo cada nota da musica.

- Moira! – exclama meu pai. Ela abre os olhos e coloca as mãos em forma de concha na boca, seus olhos enchem-se de lagrimas. Levanta-se e corre até mim. A envolvo em um abraço apertado e cheio de saudades, afago suas costas e lhe dou um beijo no topo da cabeça.

- Seu ingrato! – se afasta e me dá um soco no ombro. – Como consegue ficar cinco anos longe da sua mãe? – toda a fúria presente em seu rosto some quando eu sorrio.

- Desculpe-me mãe. Prometo não fazer mais isso. – a abraço novamente.

Depois de um longo tempo conversando sobre como as coisas estavam em Nova Iorque e em Starling. Peguei minhas malas e entrei no meu quarto. Não sei por que, mas tenho a impressão de que meus pais estão escondendo algo de mim. Quando perguntei sobre Felicity, minha melhor amiga desde os dez anos de idade, eles disseram que ela estava bem e em seguida mudavam de assunto. Thea sempre foi sincera, sei que ela vai me contar tudo se algo estiver errado com Felicity. E depois de tomar um banho a primeira coisa que vou fazer é visitá-la, ela é uma das pessoas que mais sinto falta.

Quando peguei Sara na cama com Nyssa, foi Felicity que me apoiou. Nunca senti nada pela minha ex namorada, entretanto o choque de vê-la na minha cama com outra em meio a gemidos, foi um pouco chocante.

Tiro as coisas da minha mala e começo a colocar no armário. Esses 15 dias de férias serão bons, eu tenho certeza, ou não. Espero que tudo de certo. E espero não ficar mais tanto tempo afastado da minha cidade.

- Ollie! – olho para porta e vejo Thea. Ela corre e se joga nos meus braços. Abraço o pequeno e sensível corpo dela. Ela começa a soluçar como uma criança. – Eu pensei que não tinha mais um irmão. – resmungou.

- Claro que você tem. Desculpa ter ficado tanto tempo longe. – trato logo de me desculpar, ante que leve outro soco no ombro.

- Eu te desculpo, por que estou com muitas saudades. – dá um beijo na minha bochecha.

- Como estão as coisas aqui em casa. Nossos pais ainda brigam como antes? – indago.

- Graças a Deus tudo aquilo acabou. – disse, com a felicidade que sentia visível.

Antes de eu ir embora, nossos pais brigavam todas as noites. Minha mãe sempre jogou na cara no do meu pai que ele tinha uma amante e eu nunca duvidei disso. As viagens, ele sempre vinha com uma desculpa esfarrapada e sem contar às vezes que ele chegava atrasado, altas horas da madrugada, e era ali que nosso inferno começava, eles passavam o resto da noite discutido.

- E como estão as coisas em Nova Iorque? Alguma namorada? – perguntou.

- As coisas em Nova Iorque não podem ficar melhores. Não pirralha, não achei nenhuma namorada ainda. – respondo, termino de colocar as coisas no armário e me sento ao lado dela.

- E você? Deise me disse que mamãe te obrigou a participar de aulas de musica. E no começo você odiava as aulas, mas agora, você está adorando. – dou uma pausa para respirar. – Conhecendo você como eu conheço. Só deve ter algum rapaz que te interessou no curso. – ela arqueia as sobrancelhas e dá de ombros.

- Ele é um jovem um pouco problemático. Roubou a bolsa de uma mulher e agora está prestando serviços, essa foi à pena dele. Ele é zelador da escola de musica. – explica.

- Sabe que tem que manter distancia dele. – ela maneia a cabeça e olha para mim.

- Ele mudou. A professora permitiu que ele participasse das aulas. Ele tem uma linda voz. – diz. – A professora está pensando em fazer um musical. Roy está me ajudando muito. – vejo os olhos dela, brilhar intensamente, depois de falar do garoto.

- Speedy está apaixonada! – exclamo. Levo um soco no braço.

- Não estou apaixonada. – ela bufa.

- Está sim. – retruco.

- É eu estou. E ao contrario de você eu admito as coisas. – arqueio minhas sobrancelhas esperando que ela me explique o que acabou de falar. – Você sabe maninho. Felicity! Desde quando você é apaixonado por ela? Acho que desde os dez anos, quando ela defendeu o seu ego, e enfrentou o Jack grandão. – provoca.

- Eu e Felicity, somos apenas bons amigos. – resmungo.

- Então tá, vou fingir que acredito. Só uma dica, quando resolver mexer esse traseiro e fazer algo, vai ser tarde. – levanta e sai rumo à porta do meu quarto.

- O que quer dizer com isso? – indago.

- Você vai vê-la hoje? – assinto. – Não preciso falar mais nada, então, boa sorte. – fecha a porta.

Não acredito que depois de todo esse tempo, Thea ainda ache que sou apaixonado por Felicity. Que grande bobagem, eu e ela somos apenas bons amigos. Eu devo meu ego a ela, desde quando Jack o Grandão queria me bater e ela enfrentou o garoto que era 4 vezes maior que ela. Isso não importa agora. Tenho que visitá-la, só eu sei o quanto sinto a falta dela. Preciso escutar sua doce voz, ver seus olhos azuis e seu rosto angelical.


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Notas finais do capítulo

Já sabem né, comentários, favoritamentos e acompanhamentos são bem vindos. Então não esqueçam de fazer isso. Espero que tenham gostado. Bjooos, até amanhã ou não, vai saber né? :*