Fuckin' Perfect escrita por LelahBallu


Capítulo 5
Capítulo 05


Notas iniciais do capítulo

Olá galerinha!

Quero somente agradecer os comentários, pedir desculpas pelo atraso, e também por qualquer potencial erro.



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– Queen. – Devolvi. Ele inclinou a cabeça observando-me atentamente, um pequeno sorriso se estendendo em seus lábios.

– Você não achou que eu iria sem me despedir, achou?

***

Dei de ombros sem respondê-lo, mas eu realmente achei, e só percebi que estava decepcionada por não vê-lo hoje até que o vi. E em uma surpresa agradável me vi contente por estar errada. Suas mãos estavam nos bolsos da frente do seu casaco, sua postura era leve e ainda assim com uma ponta de expectativa. Eu não sabia certo como agir, ao longo do tempo havia me acostumado a toca-lo, e ele a mim. Oliver estava sempre me tocando, se não fosse por um toque rápido e fugaz no ombro enquanto conversávamos, fosse por um abraço carinhoso quando Tommy não estava por perto para enchê-lo por isso. Franzi o cenho lembrando-me que Tommy estava justamente dentro de casa.

– Tommy falou que você vai visitar seus pais. – Falei puxando assunto.

– Sim. – Confirmou. Em poucos passos estava em minha frente. – Minha mãe intimou, e ninguém pode ignorar um “pedido” de Moira Queen.

– Por quanto tempo?

– Só o fim de semana. – Respondeu prontamente, suas sobrancelhas se ergueram com meu suspiro involuntário. – Não se preocupe Felicity, você não vai ficar sem me ver por muito tempo. – Sorriu.

– Eu não vou sentir sua falta. – Protestei. – Quero dizer, é óbvio que vou sentir sua falta, não é como se eu estivesse ansiosa para você ir, e eu definitivamente me acostumei a ter por perto, eu só não vou ficar olhando pro nada esperando você voltar.

– Ouch.

– Desculpe não foi isso que eu quis dizer. – Ele não pareceu muito certo e estar chateado com o que eu disse. – Oliver. – O chamei. – Desculpe. – Pedi puxando-o pelo braço até que estivéssemos sentados nos degraus que levavam até a porta. – Eu só tive uma conversa com Sara, meio que ainda está na minha cabeça.

– Sobre o que era essa conversa? – Ele perguntou estreitando os olhos. – Nós? – Perguntou quando percebeu meu silêncio. – Não pode levar a sério o que dizem da gente Felicity, eu sempre fui o foco das atenções, e você sempre foi o oposto do tipo de garota que andava comigo.

– Ouch. – Repeti.

– Foi um elogio, acredite. – Sorriu rapidamente. – A questão é que Oliver Queen ter uma amiga parece impossível para eles, por isso inventam histórias de que eu estou te traindo...

– Espere, eu estou sendo taxada de corna? – Perguntei apertando seu braço em surpresa. Ele soltou um palavrão ao notar que dessa parte eu não estava muito ciente.

– Não importa. – Falou ignorando. – Nós dois sabemos o que somos, e isso é o bastante. Por que apenas nós dois é o que importa.

– Isso é por que não tenho namorado, e não tenho ficado com ninguém? – Franzi o cenho. – Aposto que foi o cretino do Cooper que falou isso. Foi ele não foi?

– Eu não tenho ideia de quem falou, assim são os rumores, nunca sabemos de onde veio. – Observou meu rosto. – Você escutou a parte em que falei que os outros não importam?

– Claro, claro. – Concordei. – Quantas pessoas exatamente acham isso?

– Felicity. – Murmurou meu nome sem paciência.

– O quê? – Ele não respondeu apenas me encarou com cara de poucos amigos. – Não me olhe assim Oliver, você está de pegador, eu sou a traída.

– Você sabe que não é traída de verdade não sabe?

– Claro que sei, mas...

– Então foda-se o que os outros pensam. – Interrompeu-me. Pisquei analisando o que ele dizia e suspirei quando percebi que ele estava certo.

– Tem razão.

– Eu tenho. – Concordou.

– Eu já falei que você está certo, não precisa ficar repetindo. – Resmunguei.

– E deixar a oportunidade ir? – Brincou. – De jeito nenhum, nem sempre posso dizer que eu estou certo e Felicity Smoak estava errada. – Empurrei seu ombro arrancando uma risada enquanto eu mesma sorria apesar de tudo. Nossos sorrisos lentamente se esvaíram, o silêncio passou a dominar e embora eu quisesse olhar para qualquer lugar que não fosse o seu rosto, eu não conseguia desviar meus olhos dos seus. Ele pigarreou e se levantou rapidamente.

– É melhor eu ir. – Falou. Levantei também, limpando a poeira imaginária em minha roupa. Assenti concordando. – Preciso pegar minhas coisas no dormitório. – Acrescentou. – Assenti novamente.

– Tenha uma boa viajem. – Murmurei. Hesitei um instante antes de abraça-lo, por um momento ele pareceu surpreso, mas seus braços me envolveram fortemente, inspirei seu perfume e me afastei. Ele sorriu e se afastou, deu alguns passos antes que eu voltasse a chama-lo. – Oliver! – Ele se virou e aguardou que eu dissesse algo. – Eu vou sentir sua falta. – Falei por fim. Inclinou a cabeça, um sorriso genuíno brincando em seus lábios.

– Eu sei. – Falou antes de se virar.

– Arrogante. – Falei alto o suficiente para que ele escutasse, ele se virou apenas para piscar e voltou a caminhar. Eu voltei a colocar a chave na fechadura, mas antes que eu pudesse gira-la a porta se abriu. Tommy estava com os braços cruzados ar zombeteiro no rosto, enquanto Caitlin ainda com a mão na maçaneta me abordou.

– Graças a Deus! – Murmurou. – Estávamos cansados de escutar atrás da porta.

– Oh pelo amor de Deus vocês estavam escutando atrás da porta? – Passei por ela lançando um olhar incrédulo a ambos. - Você não devia estar na cama?

– Foi fofo. – Tommy falou me deixando constrangida, Caitlin ignorou minha pergunta dando de ombros.

– Por que vocês simplesmente não colocaram a cabeça pela janela? – Falei irônica.

– Por que isso seria ridículo. – Caitlin respondeu. A encarei esperando que ela me explicasse como escutar através de uma porta não era ridículo.

– Eu já estava indo. – Tommy falou. – Vou vê se pego Olie a tempo de reprende-lo por não se despedir de mim. – Brincou. – Eu sempre falei “amigos antes das garotas”... – Meneou a cabeça.

– Continue e amanhã você não entra nessa casa. – O adverti.

– Ei. – Caitlin protestou. – Eu quero meus Donuts.

– Machuca saber que você só se importa com os Donuts. – Tommy fingiu-se de magoado, mas quebrou quando se aproximou dela e beijou seu rosto. Então me encarou sério. – Relaxe loirinha. Só estou me divertindo um pouco. – Repetiu o gesto também me beijado no rosto. Abriu a porta mantendo-a entreaberta com seu corpo – A final “foda-se o que os outros pensam”. – Piscou.

– Idiota. – Falei enquanto ele fechava a porta rapidamente. Encarei Caitlin que ria abertamente.

– O quê? – Perguntou com ar de inocência. Meneei a cabeça e caminhei até meu quarto. – Ele tem razão, foi fofo. – Falou ainda. – A ignorei. O fim de semana foi exatamente como os outros, exceto pelo fato que não havia Oliver nesse, e eu não gostei disso, volta e meia a conversa com Sara vinha a minha cabeça. Estava claro que Oliver era capaz de seguir nossa amizade sem confundir as coisas, ele não se importa com que os outros falavam era uma amostra disso, a questão que eu não queria encarar ou definir uma resposta era se eu também seria capaz. O fato de eu começar a me questionar sobre isso era o que eu mais temia.

[...]

– Ei. – Tirei minha concentração da tela do meu notebook a minha frente e ergui meu rosto para encarar Caitlin. – Posso sentar aqui? Preciso terminar essa maldita dissertação.

– Claro. – Concordei enquanto agrupava meus livros dando espaço para ela colocar seu notebook. Eu estava na biblioteca, em uma das cabines para grupo, tecnicamente eu só poderia entrar aqui com no mínimo mais três pessoas já que, bem, é uma cabine para grupo, mas estando lá fora eu me distraia com o movimento de pessoas entrando e saindo, o arrastado de cadeiras quando se levantavam, até mesmo os suspiro de tédios, por isso eu sempre pedia a Martha, uma das funcionárias da biblioteca que era simpática comigo por que eu sempre ajeitava seu computador de graça, que ela me cedesse uma das cabines quando o movimento estava fraco. Caitlin fechou porta e começou a organizar suas coisas, eu estava acostumada a estudar com Caitlin andando pela casa decorando conceitos de doenças e procedimentos antes de provas e seminários, então o tempo passou sem que percebêssemos a presença uma da outra, após algumas horas trabalhando em silêncio reconfortante fechei deliquei o computador e me alonguei, Caitlin finalmente me encarou e franziu o cenho.

– Já está indo? – Perguntou ao me observar recolhendo minhas coisas. Assenti concordando.

– Eu tenho que correr para almoçar e voltar para aula. – Expliquei.

– Vai almoçar em casa? – Perguntou com um brilho de esperança no ar.

– Não se preocupe, vou deixar algo pronto para você. – Falei com um sorriso.

– Você sabia que eu te amo?

– Claro que sei. – Meneei a cabeça. – Você não seria capaz de sobreviver sem mim, principalmente se fosse depender de sua comida.

– Todo o meu amor por você foi embora com esse comentário. – Fez carranca.

– Tchau Caitlin. – Murmurei, ela acenou voltando sua concentração para a tela a sua frente.

– Lis! – Diminuiu meu passo esperando que Sara me alcançasse.

– Você está sempre me pegando quando vou comer. – Falei quando ela parou em minha frente.

– Vai para cantina? Terei que almoçar lá, não tenho nada preparado no dormitório.

– Não. – Neguei voltando a caminhar. – Ainda vou fazer o almoço, algo rápido por que preciso voltar logo. Quer ir comigo? – Ela pareceu analisar a proposta. - Podemos almoçar juntas, eu já ia fazer comida para Caity também.

– Você está apressada.

– Sim. –Concordei. – Mas você será uma mão a mais, então pretendo usa-la. – Ela me observou com um sorriso brincalhão. Fechei meus olhos brevemente. – Você entendeu.

– Se não for um incomodo, eu gostaria. – Concordou.

– Então vamos. – Falei apressando o passo. Tão logo chegamos em casa providenciamos para que o almoço saísse rápido, eu estava lavando a louça quando meu celular tocou. Enxuguei rapidamente minhas mãos e peguei o celular quando Sara me entregou.

Smoak. – Franzi o cenho imaginando o porquê dele ter me ligado. Hoje era terça e eu ainda não o tinha visto, tentei não pensar muito por que fiquei incomodada com isso, mas estava confusa por não tê-lo visto.

– Queen. – O cumprimentei.

Onde está você? – Perguntou. – Eu já rodei o campus inteiro atrás de você.

– Em casa? – Indaguei.

Em casa? – Repetiu.

– Sim. Por que você está me procurando?

Eu só cheguei hoje. E queria conversar com você. – Falou por fim então retornou. – Por que você está em casa? Hoje é terça.

– E o que é que tem? – Perguntei enquanto acenava para Sara me esperar que eu a acompanharia. – O que é que tem a terça? – Repeti.

– Você não almoça em casa na terça. – Explicou. – Eu vou ai.

– Não! – Exclamei, fechando a porta. – Estou indo para ai. – Falei. – Estou no caminho, e sim, eu almoço em casa na terça, eu não estava almoçando nos últimos dias antes do recesso, por que foi antes do Dr. Wells tirar as férias dele, e ele exigia que eu ficasse com ele na terça para... – Parei por que eu sabia que ele ia dizer que a partir dai tudo que eu dissesse seria grego. - ... Não importa. Agora eu almoço na terça, já nos vemos Oliver, falo com você sobre o interessante tema que é meus horários quando eu tiver na sua frente ok?

Ok. – Concordou. – Nos vemos em breve.

–Tchau. – Desliguei o telefone. E encarei Sara que me observava divertida. – Não começa.

– Está bem. – Concordou. – Mas...

– Mas nada. – Neguei.

– Mas... – Continuou, ignorando minha interrupção. - ... Como ex-cunhada de Olie eu preciso dizer que ele nunca se lembrava da sobremesa favorita de Laurel, quanto mais os dias que ela almoçava em casa.

– Isso é ridículo.

– Parei. – Ergueu as mãos. – Eu só precisava fazer esse pequeno comentário.

– Por que você não me conta o que há entre você e Nyssa? – Mudei de assunto. – Por que você correu dela naquele dia?

– Que eu lembre você correu dela, junto a Tommy. – Tentou se esquivar da pergunta.

– Que eu lembre você também fugiu conosco. – Ressaltei. – E eu e Tommy tínhamos motivos válidos, estávamos sendo impulsionados pelo medo.

– Não me julgue. – Pediu. – Mas nós meio que ficamos em uma festa. - Confessou.

– Como alguém meio que fica com outra pessoa? – Franzi o cenho.

– Eu falo que fiquei com uma garota e é isso que você pergunta? – Eu dei de ombros não querendo dizer que o interesse de Nyssa por Sara sempre foi evidente. - Eu estava bêbada. – Deu de ombros. – Eu não lembro direito, fora ela eu havia ficado com um garoto, assim que cheguei nessa festa na verdade, a questão é que eu nunca tinha ficado com uma garota antes, e estou um pouco confusa para ser sincera. – Deixamos o silêncio dominar enquanto seguíamos passando pelo portão do campus e os corredores do prédio do curso de Administração.

– Por que você está me acompanhando? – Sara franziu o cenho. – Seu prédio é do outro lado.

– Eu... – Pisquei. – Pensei em ver Oliver antes. – Falei apesar de saber que ligaria o fato que eu me atrasaria se fizesse isso.

– E tenho certeza que ele está te esperando em frente a sua sala. – Deu de ombros.

– Tem razão. – Oliver quase nunca está em sua sala, estava tão envolvida na conversa com Sara que não dei atenção ao fato. – Eu vou indo então, e Sara?

– Sim?

– Converse com ela. – A aconselhei. – Você não quer magoa-la. – Ela assentiu e agradeceu, com último aceno eu me despedi e me apressei já que teria que passar por outros prédios antes de chegar ao meu, estava ofegante quando cheguei ao corredor que dava em minha sala, Oliver estava encostado contra a parede ao lado da porta, sua cabeça estava abaixada encarando os sapatos, ao ouvir meus passos ele levantou o rosto, seu sorriso poderia fazer com que uma garota tivesse sérios problemas.

– Hey. – Murmurou quando me aproximei.

– Hey. – Devolvi, me ergui nas pontas dos pés e plantei um beijo na sua bochecha, se ele estranhou não comentou.

– Tenho péssimas noticias. – Falou. – Não tão péssimas na verdade, eu considero ótimas, mas sua aula foi cancelada.

– Como você sabe? – Estranhei. Ele apontou para o mural ao lado da sala, tinha um aviso dizendo que “devido a problemas pessoais” o professor estava incapacitado de dar aulas hoje.

– Parece que foi repentino, não puderam avisar antes. – Explicou atrás de mim. – Quando eu cheguei estavam colocando isso, foi depois que te liguei. – Assim que ele terminou de falar mais alunos chegaram e leram o aviso, empurrei Oliver pela cintura para darmos espaço para eles. - O que vamos fazer agora? – Perguntou parecendo animado.

– Você não tem aula? – Lembrei-o.

– Acabei de chegar de viajem. – Protestou. – Estou cansado.

– Não parecia cansado quando perguntou o que faríamos. – Acusei. – De qualquer forma é melhor eu ir para casa, preciso voltar a trabalhar no meu projeto. Já que você está cansado vai dormir. – Ele pareceu aborrecido com a ideia, e de repente achou a ideia incrível e concordou, estranhei sua mudança súbita de humor até que ele insistiu me levar até em casa e em vez de dar meia volta entrar no seu carro e ir para sua casa ele passou direto ignorando meus protestos e se jogou no meu sofá.

– Você não pode dormir ai. – Protestei com firmeza.

– Claro que posso. – Discordou.

– Quer ficar? Está bem, fique, eu vou para o meu quarto e trabalhar lá. – Não esperei sua resposta, apenas caminhei até meu quarto, liguei meu notebook e subi em minha cama, me encostando contra as paredes, emiti um suspiro de aborrecimento como segundo mais tardes Oliver entrou e se jogou na minha cama. – Oliver.

– Silêncio, eu quero dormir. – Sorri embora devesse está chutando-o fora.

– Eu não vou consegui me concentrar com você deitado ao meu lado. – Reclamei. – Não que você seja uma tentação ou algo do tipo. – Acrescentei rapidamente.

– Eu vou dormir Felicity. – Falou se erguendo nos cotovelos. – Você nem vai me notar aqui. – Pensei em protestar novamente, mas sabia que eu já havia perdido essa batalha, para minha surpresa ele realmente dormiu, em poucos minutos sua respiração era uniforme, observei seu peito subir e descer e os traços do seu rosto, estava mais relaxado, parecendo mais jovem. Com certo esforço mudei meus olhos de volta para a tela e concentrei para de pensar em como Oliver ficava bonito dormindo, suspirei com a idiotice na frase, não havia forma de Oliver Queen não ficar bonito.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, fico esperando a resposta de vocês nos comentários, Xoxo LelahBallu